Capítulo 33Alicia Rogers narrandoEu estou sem saber o que fazer diante a essa situação toda, Jonas se manteve em silêncio o jantar todo e o clima tenso e intenso tinha se exalado na mesa de jantar e era claro que todos os convidados perceberam que tinha algo de errado, sua mãe tentava puxar assunto com todos e movimentar aquele aniversário que depois da entrega do quadro parecia ser mais um velório.Todo mundo perguntando Cadê Mateus o seu novo sócio e falando como os negócios liderado por ele estava indo tão bem nas empresas, já que aqui tinha alguns outros sócios e clientes muito importantes. Jonas não poderia demonstrar que tinha algo acontecendo entre ele e Mateus, quer dizer entre nós três, então vejo que ele suspira e conforme vem as perguntas, ele vai dando desculpas pelo sumiço repentino de Mateus, enquanto Alana na outra ponta da mesa comia em silêncio com um sorriso de satisfeita em seu rosto e Jonas a encarava com um olhar de raiva e sei que era porque ela tinha estragado
Capítulo 34Alicia Rogers narrandoEu já imagino para onde ele está lindo, eu volto para dentro de casa e pego a minha chave, ainda bem que Maria Alice está com a babá. Eu estaciono o carro na frente do prédio de Mateus ao lado do carro de Jonas que até aberto ele tinha deixado.Quando saio do elevador no corredor do apartamento dele, já conseguia escutar as vozes alteradas lá dentro. Ainda bem que era um apartamento por andar.Eu entro no apartamento.- Por favor se acalmem – eu falo.- Vai embora – Jonas fala – que isso é um assunto entre nós dois.- Eu não quero discutir com você Jonas , então vá embora – Mateus fala – você está nervoso e bebeu durante a festa.- Como você foi capaz de me trair dessa forma, você não é um amigo qualquer, você é meu sócio. Eu te coloquei dentro da minha casa ao lado da minha família e você pega a minha mulher – Jonas fala.- Jonas vamos embora – eu falo.- Eu já mandei você calar a porra da tua boca Alicia – ele grita – vai embora daqui, que esse é o
Alicia Rogers narrandoAlicia Rogers, quem era Alicia Rogers? Eu encaro Jonas na minha frente e um filme se passa pela minha cabeça. Eu tinha recém completado 20 anos, eu estava preste a entrar na faculdade e começando a escrever o meu primeiro romance, eu trabalhava em uma sorveteria durante o dia no mesmo horário em que meu pai trabalhava como programador em uma das empresas de Jonas, era eu e ele apenas. A gente morava em uma aldeia que a minha mãe nasceu, ela morreu quando eu tinha 7 anos por causa de um câncer e meu pai não conseguiu socorrer ela a tempo, quando descobriram a doença já era tarde. Meu pai, era o melhor pai do mundo e me ensinou todos os valores, educação e respeito, me ensinou a lutar pelos meus sonhos e objetivos. Foi quando do nada ele começou a passar mal, eu saí correndo do serviço e encontrei meu pai entubado, precisando de uma cirurgia urgentemente e eu não tinha dinheiro para arcar com nada, foi quando a enfermeira me entregou os seus pertences e lá estava
Capítulo 37Alicia Rogers narrandoEu estou desesperada, eu olhava aquele contrato por diversas vezes, tentava procurar algo que dissesse ao contrário, mas só encontrava coisas piores. Ao assinar esse contrato eu não tinha aberto mão apenas da Maria Alice, mas como de outros filhos se a gente tivesse tido.Como pode eu ter me enganado dessa forma? Em ter acreditado nas palavras do advogado e não ter ido atrás de alguém para me auxiliar antes de assinar o contrato.Eu não iria perder o direito de ter a minha filha perto de mim, eu jamais vou deixar ele me afastar da Maria Alice, eu saio do meu quarto e entro no quarto dela onde ela está dormindo, a babá sai do quarto depois de ver o meu estado e sai em silêncio.- Eu amo você – eu falo observando ela dormindo, as lagrimas desce sem parar pelos meus olhos – ninguém vai me afastar de você meu amor, ninguém. Eu prometo, eu juro.O meu coração está apertado, angustiado e eu não conseguia parar de tremer, eu nunca me senti tão mal dessa fo
Alicia Rogers narrandoAlicia Rogers narrandoEu passei a noite sem dormir, ao lado de Maria Alice. Eu não conseguia acreditar que eu não tinha prestado atenção no contrato e Jonas agiu de má fé, porque sabia que naquele momento eu não ia prestar atenção nessas cláusulas, que a única coisa que eu queria era salvar o meu pai.No final, meu pai ainda está naquela calma, eu não tenho direito a minha filha e estou presa nesse casamento horrível. Eu não tinha meu celular e até mesmo o meu notebook ele tirou do quarto e vai saber onde colocou, ele mexeu na minha bolsa e me tirou até os cartões e dinheiro que tinha.Eu me levanto e vou até o meu quarto me arrumar, tomar um banho. Ele está acordado na cama mexendo no celular.- Bom dia minha querida esposa - ele fala quando entro no quarto e eu o encaro.- Bom dia - Eu falo.- Acordou tarde hoje. - Ele fala. - Tome um banho, passe uma maquiagem porque não sou obrigado a ver você com essa cara de choro.Eu não respondo, apenas passo para o clo
Alicia Rogers narrandoEu deixo junto do motorista a Maria Alice no balé, Jonas me proibiu de andar sozinha com o carro, depois que ele descobriu o meu envolvimento com Mateus, ele deixou as coisas ainda mais complicadas e restritas do que era antes, eu sentia que todo mundo me vigiava para depois contar para ele como fo o meu dia e o que eu fiz.Eu desço na frente do hospital onde meu pai está internado e quando entro no quarto eu vejo Mateus.- Mateus – eu falo – achei que você estaria no Brasil.- Eu adiei a minha passagem , eu não deixaria você aqui – ele fala – sem saber noticias de você, como você está.- Eu estou bem – eu falo – eu te falei tudo que eu tinha para te falar naquela ligação.- Foi ele que mandou, eu sei que foi. É ele que me enviou todas as outras mensagens – ele fala.- Você precisa ir embora – eu falo.- VocÊ precisa vir embora comigo, eu pago os custos do hospital do seu pai – ele fala – e a gente consegue na justiça a guarda da Maria Alice.- Não – eu respondo
Alicia Rogers narrandoEu me sento na poltrona no lado de fora do quarto e apenas fecho os olhos orando pela vida do meu pai, eu nunca fui uma pessoa religiosa, mas a minha mãe era. Eu me lembro muito pouco dela, apenas o suficiente para saber o quanto ela me amava. Só que eu lembro exatamente o dia da sua morte, meu pai me levou para me despedir dela no velório, todo mundo da aldeia estava lá, minha vó que já é falecida chorava vendo a sua filha dentro daquele caixão, eu mexia na minha mãe tentando acordar ela, implorava para ela se levantar e me fazer um pão com manteiga, para me contar uma história, mas ela não me levantou e eu só fui entender a sua falta quando eu percebi que ela não me colocaria mais para dormir, que não levaria meu pão com manteiga no sofá e que não colocaria os meus desenhos preferidos na televisão, que não faria mais o meu bolo de aniversário , então eu sofri, sofri muito e meu alicerce foi meu pai, que amava de mais a minha mãe e escondeu o seu sofrimento den
Alicia Rogers narrandoEu entro lentamente no quarto, as palavras do médico foi como facadas dentro de mim. Era horrível saber que meu pai estava mesmo morrendo, eu fiquei oito anos da minha vida esperando ele acordar, vindo aqui todos os dias o vendo dormir e agora eu teria apenas horas para me despedir dele.Jonas conversa com o médico pegando todas as instruções que ele deu, a preparação para o pior, eu não tinha conseguido prestar atenção em nada, sinto Jonas entrando com Maria Alice no seu colo bem atrás de mim.- Alicia – meu pai fala agora sem o tubo – minha filha.- Pai – eu falo chorando- Eu amo você Alicia. - Os seus olhos estão cheio de lágrimas.- Eu estou aqui papai e também amo muito você. - Eu falo- Me perdoe minha filha. - Ele fala deixando as lágrimas. - Por ficar tanto tempo longe.- Eu estou bem papai. Está tudo bem comigo - Eu falo -Eu vim visitar o senhor todos os dias, cuidei do senhor e estive perto. Eu nunca o abandonei.- Minha filha - Ele fala chorando.Eu d