Aisha sentiu a vibração em seu bolso. — Que inoportuno! — Khalil se afastou dela, se recompondo Aisha se apoiou nele.O celular de Khalil brilhou em seu rosto, permitindo que ela visse seu rosto antes de apoiá-lo contra seu peito, enquanto ele a sustentava com a mão esquerda. "A senhora os procura." — avisou Samuel. — Certamente notaram nossa falta. — murmurou para que ela soubesse do que se tratava, digitando sua resposta. "Apenas diga que estaremos de volta em minutos!" — enviou de volta.Samuel apenas visualizou, demostrando está cuidando da situação. — Preciso de alguns minutos. — resmungou ele. Para ficar naquele estado era rápido demais, pois Aisha era sua perdição, mas para retornar ao estado normal, era um sacrifício.Aisha sorriu contra seu peito, suas mãos estavam espalmadas ali. — Devo me desculpar? — ela perguntou. — Deve me compensar! — beijou o alto de sua cabeça. — E quando será isso? — deslizou seus dedos para cima, chegando a seus ombros. — Infelizmente, não
Um arrepio subiu sua espinha, ele não tinha medo de Khalil, olhava todos nos olhos, como alguém da alta sociedade, mas não se vestia com tanta elegância como os outros faziam, ele parecia ter seu próprio estilo fora dali.O homem chamado Naim não deu sequer um passo atrais, permanecendo no lugar. Aisha não soube como reagir, não tinha certeza se devia sentir medo dele, mesmo sentindo um pouco, ou se ele era apenas alguém que trataria de negócios com Khalil.Khalil surgiu, notando assim que apareceu, sua mulher com uma cara estranha, parecendo receosa com o desconhecido que olhava na direção dele. Mirando na direção dele, recebeu um olhar confuso de sua esposa. — Acredito que o encontrei. — disse o homem, virando-se para a direção de Khalil.Khalil tinha a postura real que apresentava nas notícias, tinha o rosto erguido, intimidante e não necessariamente arrogante, caminhando firme e seguro de si, parou perto dos dois. — Masa'u Al-Khair! — o desconhecido estendeu-lhe a mão confiante.
Foram até Layla para comemorar com ela o resto da noite. Quando tudo acabou, eles voltaram para casa, onde Khalil deixou o envelope em seu escritório, na manhã seguinte ele teria conhecimento do conteúdo, aparentemente pessoal.Tentou esquecer o ocorrido. No dia seguinte fez sua rotina, agora ele fazia alguns exercícios durante a manhã, já que estava com seus trinta, quase trinta e três anos, podia dizer dever mudar seus hábitos, antes de sentir falta de sua boa forma. Corria pelo pequeno espaço de pedras que criou no jardim para que seu filho pudesse andar de bicicleta, pois Haidar já havia conseguido fazê-lo, a poucos dias ele havia tirado as rodinhas a pedido do filho.Antes... — Ab! — gritou Haidar quando parava sua bicicleta recém-comprada, a antiga era pequena demais. Mesmo que para os adultos não fossem uma diferença tão grande, mas notava-se pelos primeiros dias que ele quase não alcançava os pedais, hoje estava acostumado e conseguia fazê-lo. — Para quê está gritaria? — Ai
Khalil alisou a folha, para que ela não ficasse com muitas dobras e interrompesse sua leitura, mesmo que as palavras não parecessem muitas, quando conseguiu começou a ler. "Azīziyyun alssanyyindu, hasanun äli maktūmin..." (caro senhor, Hassan Al-Maktoum...) "... Tenho certeza de que não tem conhecimento desta notícia que agora lhe darei, caso contrário, as circunstâncias não seriam as que se apresentam. Por isso escrevo com absoluta certeza, de que não deveria ser eu o portador desta notícia, sendo ele o seu pai, o primeiro Hassan da família. Desde já, peço-lhe que quando terminar de ler o conteúdo desta carta, venha me procurar. Ainda estarei na cidade, podemos esclarecer qualquer dúvida que tenha imediatamente. Sem mais delongas, lhe escrevo agora o que venho adiando a anos... Seu pai, o antigo Sheik do emirado de Abu Dhabi, escondeu de toda família, um segredo, segredo esse que ninguém pode esconder a vida toda. Mas seu erro, foi que não se certificou de que a família jamais de
Khalil parou o que estava fazendo, as mãos só encontraram o calor de seu corpo agora e ele já teria de largar? — Quão importante? — quis saber, se afastando quase nada, para olhar em seus olhos. — Não deixa de ser importante. Então acho melhor retornar. — fingiu aconselhar, queria mesmo é dá o troco. — Outra hora. — ele iria voltar para sua tortura, mas ela o impediu, se afastando devagar. — Vamos senhor responsável, tem mil e uma funções aqui, pode deixar isso para depois. — quase passou o celular dele por seu corpo. — Não faça isso! — ordenou de repente.Aisha arqueou uma sobrancelha. — Não pode simplesmente deixar o cheiro de sua pele aí. Seria mais difícil de me concentrar no trabalho do que já é. — explicou.Aisha mordeu o lábio inferior com travessura, pensou por alguns segundos, então o entregou, escapando assim que seus dedos se tocaram, na hora da devolução do aparelho. — Aonde vai? — Khalil já havia esquecido completamente o ocorrido anterior, até ali. — Tomar um ba
Khalil o estudou com cuidado, Naim não se preocupou com toda a averiguação que o outro fazia, não precisava de câmera alguma, nas mãos de Khalil, para poder dizer que ele gravava sua alma, procurando indícios de sugeira. Naim não o culpa, se não estivesse acostumado com a informação por anos, seria pior que ele. — Conte! — não era novidade o sheik ser mandão. — A mulher chamada Isa, não tinha um sobrenome importante, mas se apaixonou pelo sheik Hassan Al-Maktoum. O sheik gostava de outra, Layla, sua quase meia-irmã, criada por sua mãe Mariam. Mas Hassan não podia ficar com Layla, já que Mariam não aprovava no início... — Khalil o fitou desta vez. Ele sabia muito. — Hassan começou a namorar outras mulheres, por anos foi assim, até que, ele finalmente enxerga Isa, uma jovem sem muitos talentos, mas com intenções boas. Quando Hassan se aproximou da pobre jovem, ela não hesitou em abrir as portas para ele. O sheik a fez propostas, a princípio, recusadas, Isa era bonita, quase tanto qua
Naim não se importava mais com o conteúdo daquela carta, no início havia sido diferente, saber que seu pai de biológico não era aquele que lhe criou com todo amor que ele pode dar, que sua mãe nunca teve coragem de contar a verdade ao filho, nem para o pai que ele conhecia, não contara quem era o causador de sua infelicidade, antes de tudo aquilo. Naim sentiu raiva por Hassan ter escrito aquela carta, desejou nunca ter conhecimento daquele segredo, mas era seu destino. Aquela carta já havia sido muitas coisas, menos sinônimo de alegria, ele sabia que teria de guardá-la, para um dia usar, pois, precisava dela, naquele momento era o único modo de provar que também era filho do Hassan.Mas ele não queria nada que fosse dele, a não ser, conviver com o irmão mais novo. Naim já tinha a riqueza de seu pai adotivo, o único pai que reconhecia, não precisava de mais nada. Tinha conhecimento de todas as letras que estavam naquela carta, por um dia já ter odiado a mesma. Basicamente sabia cada pa
— Não vou pedi desculpas pelo... — Naim tomou a palavra sem desrespeitá-lo, tinha em mente que ainda estava na terra de Khalil, aquela que ele governava. — Não se dê ao trabalho de pôr um título por mim no seu pai, aquele que conheço como tal, ficou na Arábia Saudita, esperando pelo meu retorno. — esclareceu.Khalil não poderia dizer que nada relacionado a eles, depois da carta nada poderia ser agradável. Naim já havia se acostumado, mas com certeza ainda sentia algo com as palavras frias de seu progenitor. — Certamente não deve me pedi desculpas por nada que ele fez ou pensou naquela época. Na verdade, não temos nada a ver com isso.Khalil anuiu, eles realmente não tinham nada a ver com a história que cercava o mesmo homem e duas mulheres. — Mais podemos resolver isso por nós mesmo! — assegurou o sheik. — Não fala de herança, certamente. — Naim, pois os cotovelos sobre os joelhos, tomando uma postura que delatasse seu interesse pelo assunto. — Acredito que não é o que quer, depo