✩。•.─── ❁Liza❁ ───.•。✩Quando a desesperança toma conta do seu peito, você só sente um vazio enorme.Passei semanas, dias, horas me sentindo dessa maneira, até aquele momento fatídico. Era estar mergulhando nos braços da esperança novamente. Ele estava me segurando, me beijando, me olhando. Era demais para alguém como eu acreditar. Se eu morresse naquela hora, teria vivido os melhores minutos da minha vida toda.Ofegante e domada pela emoção de tê-lo outra vez, recuei a cabeça, subindo o olhar de encontro aos dele, sussurrando:—Me belisca...-—Não preciso. —Mordiscou meu lábio inferior, prendendo minha cintura à dele. —Eles vão te matar-—Eu estou aqui, não estou? "Morri" por você uma vez, posso morrer novamente. Seu sorriso para mim, era a realidade da qual eu precisava. Embora parecesse incomodado com algo na cintura, ele se mantinha inconsequente como antes.Alguém bateu na porta e, logo em seguida, perguntou:—Liza? Vai se mudar para o banheiro?Mamãe...Wictor me soltou aos
✩。•.─── ❁Liza❁ ───.•。✩Nossa volta para casa foi marcada por um bom humor que tomou conta da minha estrutura facial.Meu sorriso me fazia parecer louca.Arrumei o cardigã, olhando pela janela do carro em movimento e ignorando a presença do meu noivo.—Você parece feliz. Diferente de quando saiu da mesa. O que aconteceu naquele banheiro, Liza?Bryan pôs a mão sobre a minha, ameaçando ultrapassar o contato físico.—Me olhei no espelho e percebi o quão sortuda eu sou por ter... —Pisquei, virando a cabeça para ele, e engoli as palavras. —Por estar me relacionando em prol do bem-estar da sua família e da minha. —Menti.Bryan não esboçou reação alguma. Sua expressão de sorriso falso permaneceu no mesmo lugar. Ele sabia que era mentira, mas não poderia me contestar.Com isso, foi a minha vez de perguntar:—Por onde esteve, depois que eu fui ao banheiro? Fabricando as próprias respostas, ele permanecia me olhando com a mão parada sobre a minha, na coxa. Um pensamento começou a se expandir e
✩。•.─── ❁Liza❁ ───.•。✩Titia estava descompassada e minha mãe, desacreditada. Mantive o silêncio, observando a distância. Tia Claire passou pela porta, como um furacão, prometendo nunca mais voltar a falar com meu pai.—Como você pôde? Eu... Eu quero acreditar que Claire está errada, Walter, mas é impossível. —Ela manteve a mão trêmula e magrecela sobre o peito, impactada.Ele expirou, erguendo o olhar para ela. —Vá em frente e acredite nas mentiras de Clair-—Você está mentindo o tempo todo pra mim. —Sua fala fez papai encará-la, desonrado. —A sua cara treme. Há um brilho sombrios nos seus olhos quando estão olhando para mim... E eu não quero mais ter que viver com dúvidas-—O que está insinuando? —Ele estreitou as sobrancelhas, enrijecendo.—Walter, eu quero o divórcio.Papai ficou sem palavras. Os sapatos de mamãe a levaram para as escadas. Os estilhaços de vidros fizeram um zumbido irregular quando o copo foi arremessado contra um dos pilares daquela sala, sob a fúria de meu p
✩。•.─── ❁Liza❁ ───.•。✩Após esperar por mais de uma hora, finalmente ouço passos naquela escada de ferro frio. Sentada no chão, tirei o queixo dentre os joelhos e ergui o olhar, avistando Wic sendo carregado pelo Chris. Com um braço passado por cima dos ombros do Chris, ele se apoiava até chegar àquela sala.—Wic! —Levantei rapidamente, indo recebê-lo. —O que aconteceu? Por que estava cortado?—Não te interessa, senhorita Konnor. —Disse Chris, olhando-me com severidade. —Deixa ela, Chris. Vamos entrar, eu preciso deitar. Estou tonto... —Resmungou, mantendo o apoio em seu amiguinho misterioso e grosseiro.Em silêncio, acompanhei os dois até a porta que não abria. Misteriosamente, o segurança imbecil ajustou a altura dos olhos na altura de uma luz minimamente verde, destrancando a porta rigorosa.Sobressaltei. É sério que esse pentelho manda em alguma coisa por aqui?Ainda guardando minhas palavras, observava o cuidado daquele ser humano ridículo com o meu irmão. Ao menos ele servia pa
✩。•.─── ❁Wictor❁ ───.•。✩Elizabeth estava mais estranha que o normal quando eu a vi. Mal sabia ela que, horas antes de buscá-la para o banker, eu estive em confronto com os seguranças do nosso pai.DUAS HORAS ANTES...Recarregando a submetralhadora, sentia as costas reclamarem a parede empoeirada onde me apoiava.—O que é que eu faço com o senhor, hã? —Ele disparou, virando-se de costas para atirar contra nossos inimigos.—Eu fiz tudo na medida pra dar certo, Chris! —Reclamei, atirando de volta contra o empilhado de pedras, há quinze metros de nós.—E o senhor nem se deu conta de que o senhor Konnor ordenou que lhe matassem!Eu quis parar, mas a situação era crítica demais para que eu simplesmente levasse as minhas emoções a sério.Aquilo durou por cerca de vinte minutos, até que foram embora.Caminhando entre os escombros do que restou, virava a cabeça para os lados, lentamente, em busca de perigo eminente. Meus olhos seguiam sobre a direção do cano de ferro tal qual eu empunhava.Mi
✩。•.─── ❁Liza❁ ───.•。✩O Chris me levou para a cidade e me deixou há cerca de três quilômetros de casa. Eu caminhei. Meus pensamentos não me deixaram ter noção do tempo. Quando menos esperei, estava de frente para os portões, sendo recepcionada pelos seguranças. Todos confusos, ninguém conseguiu imaginar como eu havia despistado meus seguranças pessoais.—Senhorita Konnor! Como... Como...—Abra essa merda, por favor. Tenha a fineza de me deixar passar. Minhas palavras rudes atingiram o segurança que me confrontava, fazendo-o obedecer sem mais protestos. Os grandes portões se abriram lentamente e eu passei entre eles. Olhar vazio, um pé na frente do outro, encarando as pedras importadas sob meus sapatos. Nem mais uma dúvida. Hoje eu confronto o meu pai...Estavam esperando por mim. Ao me verem entrar pela porta da frente, mamãe e papai correram em minha direção. O abraço de mamãe me fez sentir como se ela quisesse me pôr para dentro do útero outra vez.—O que aconteceu, minha filha
✩。•.─── ❁Liza❁ ───.•。✩Papai se levantou novamente, sem medo. Encarando-me sereno.—Muito bem. Eu também me revoltaria. —Confessou. —A sua mãe é a mulher da minha vida, e se ela me traísse assim... Nossa! Eu ficaria muito enfurecido. —Trocou poucos passos em minha direção, erguendo a palma das mãos em redenção. —Eu sempre soube que você nutria sentimentos pelo seu irmão. O quê?! Todos aqueles presentes esquisitos... As noites em que vocês dividiam a mesma cama sem motivo nenhum...?! O que esperava que eu pensasse? Só não protestei porque não são irmãos de sangue, minha filha. Mas, eu ainda acho muito esquisito. —Wictor nunca me tocou! —E eu sei disso! Ele sempre lhe viu como uma irmãzinha ingênua. Por isso eu dormia tranquilo. Mas eu sempre soube dos seus olhares para ele, mesmo quando ele não estava vendo. Papai estava me despindo. Ele estava contando a minha ossada escondida no armário. Ele estava me deixando nua, mesmo quando eu vestia roupas.—Escute o que o seu pai está lhe
✩。•.─── ❁Wictor❁ ───.•。✩Adormeci pensando nela e quando acordei, me deparei com um Chris zumbificado tomando conta da sala de comandos.Troquei alguns passos na direção das luzes azuladas, encontrando os monitores ligados.—Você não dorme? —Questionei, analisando as horas no relógio de pulso. —Deixei sua irmã perto da mansão Konnor, senhor. Ela pediu para ir. —Avisou, digitando. O barulho do teclado fazia alguns cliques satisfatórios.Aquela ruga se fez em minha testa enquanto eu passava os dedos entre as madeixas louras.Não é possível. Por que ela iria tão de pressa?Engoli.Meu retorno para o quarto foi envolto em ligações perdidas para ela. O celular chamava, mas ela não atendia.O que aconteceu, hein, Elizabeth? Eu preciso de você agora...Entrando no quarto, fui diretamente para o banheiro e tomei um banho quente. O ferimento ardia, queimava como se estivesse se partindo outra vez.Eu preciso descobrir o que aconteceu. E se você não fala comigo, eu dou um jeito de falar com vo