✩。•.─── ❁Wictor❁ ───.•。✩Após a conversa com o juiz Pietro Menezes, consegui entrar em contato com Romano e agilizar a papelada para inocentar o meu nome. Nem preciso dizer que a imprensa adorou essa notícia, mas a sociedade continuou a me olhar enfurecida.Em meio a tudo isso, Romano conseguiu que eu fosse emancipado, e é claro, o juiz assinou o reconhecimento da documentação legal para tal feito. Não demorei uma semana inteira para que assumisse o poder financeiro e empresarial da minha família, podendo finalmente retornar para a mansão Konnor e ter posse de tudo aquilo o que era meu e de Elizabeth.—Agora que estamos em casa, o que vai fazer quanto aos quartos? —Perguntou ela, abrindo as janelas de seu quarto para cima.Pensei em minhas próximas palavras, tirando o sobretudo azul marinho que tocava abaixo dos meus joelhos.—Hum... —Resmunguei. —É uma boa pergunta. Mas, digamos que continuarei com os meus planos até que estejamos tranquilos e fora de perigo iminente. —Anunciei. Tro
✩。•.─── ❁Liza❁ ───.•。✩Eu estava vivendo um sonho. Não conseguia saber se os seguranças descobriram sobre o romance entre Wictor e eu, mas acreditava que eles desconfiavam. No entanto, ninguém ousaria questioná-lo sobre isso.Em uma semana e meia, Wictor cumpriu com suas promessas e suas palavras, devolvendo-nos o que era nosso e nos levando de volta para casa, mas dessa vez, sem a pessoa tóxica que nos sufocava.Após uma entrevista com a jornalista do jornal nobre do país, Wictor voltou para casa enquanto a equipe deixava a mansão satisfeita. Me arrumei inteiramente para ele. Coloquei o vestido que ele gostava de me ver usando, me perfumei com seu perfume preferido e mantive a cortina de cabelos longos soltos para trás.Descia pelo lance de escadas encaracoladas, ansiando me jogar em seus braços outra vez. Não conseguia me livrar daquele sentimento embriagante de saudade. Havia passado tempo demais ocultando meu amor pelo Wictor, o que fomentava minha necessidade em tê-lo desesperad
✩。•.─── ❁Wictor❁ ───.•。✩Era difícil ensinar a alguém como ser livre, quando a pessoa claramente não queria ser liberta.Mas, por ela eu seria paciente. Não importasse quanto tempo aquela construção de confiança demorasse para acontecer, eu estaria sempre pronto para segurá-la quando seus medos lhe traíssem.Após conversar com Elizabeth em um acordo estressante, descemos para o jantar e fizemos nossa refeição á dois.Á sós.Ela me contou sobre a decoração nova que estava planejando fazer na mansão e seus planos para a chácara. Ouvia em silêncio, admirando o brilho nobre em seu olhar. Era como olhar através das portas do paraíso. Eu via a esperança florescendo novamente em seu peito.Ao final da refeição, recebi Elias na sala de estar. Ele me entregou as pastas com os catálogos, mas os segurei debaixo do braço e subi pelo lance de escadas pacientemente, ignorando a urgência de uma decisão naquela altura do campeonato. Deixei as pastas em meu quarto e segui para o quarto dela.—Dispense
✩。•.─── ❁Liza❁ ───.•。✩Depois de ter feito ele ejacular dentro da minha boca, limpei os cantos dos lábios e subi, olhando-o fixamente. Ele estava com marcas profundas de mordidas pelas mãos. Suas bochechas avermelhadas e os olhos negros de luxúria. Me aproximei de seu corpo e o abracei, deixando a água cair sobre nós dois.Sentia seu coração acelerado e a respiração cada vez mais ofegante, até que se acalmou aos poucos, abraçando-me de volta.—Não pode evitar me tocar pra sempre. —Falei, ainda com a cabeça em seu peitoral definido.—Não posso machucar você para sempre. —Corrigiu, e beijou meus cabelos brevemente.Wictor e eu terminamos o banho em silêncio. Deixamos o banheiro, ambos vestidos em roupões, e nos preparamos para dormir.Aquele clima desagradável foi se instaurando aos poucos, até chegar a hora de dividirmos a mesma cama. A minha cama.Me virei para ele e pus a cabeça sobre seu braço. Ele parecia cansado e sonolento, mas acariciou meus cabelos até enquanto pôde. Senti suas
✩。•.─── ❁Liza❁ ───.•。✩Comi no quarto mesmo e me levantei para me aprontar. Feito isso, arrastei o vestido longo pelo chão de madeira e deixei meu quarto, permitindo que as empregadas entrassem para limpar e arrumar.Descendo pelo lance de escada encaracolada, encontrei uma senhora aparentemente gentil lendo alguns papeis. Limpei a garganta para chamar sua atenção e ela se virou para mim.—Oh! A... A senhora deve ser a irmã do senhor Konnor. —Disse ela, espremendo os olhos quando sorriu, e esticou a mão para me cumprimentar. —Muito prazer, senhora. Eu me chamo Cleonice. Se me aprovarem, serei sua nova governanta.Apertei sua mão e sorri com delicadeza, soltando logo depois.—Eu me chamo Elizabeth e sim, sou... A irmã do Wictor. —Arqueei as sobrancelhas brevemente, recusando minha crise de consciência naquele momento. —Não precisa me chamar de senhora, todos sempre me chamaram de senhorita, então mantenha isso. —Claro, claro. Sim senhora... Sim, senhorita. Após a troca de cumprimento
✩。•.─── ❁Wictor❁ ───.•。✩Ao deixar a mansão Konnor, Elias me acompanhou no Cadillac escalade preto, dirigindo rumo ao consultório do médico responsável por minha mudança. Demoramos cerca de quarenta minutos até chegarmos ao prédio. Dez carros faziam o comboio simples, cercando o estacionamento durante todo o tempo em que estive lá.—Fique no carro, Elias. Eu não demoro-—De maneira alguma, senhor. —Enrijeci franzindo o cenho para ele, que respondeu, abrindo a porta do motorista. —Meu dever é protegê-lo em toda e qualquer circunstância, senhor. Por favor, me permita prosseguir com o meu trabalho e nele ter exelência. Estarei ao seu lado, não importa a caminhada ou jornada. Sempre o protegerei com a minha vida, assim como fiz no primeiro dia de juramento. Suas palavras me atingiram e eu me senti ainda mais confiante.Desci do carro, sendo acompanhado por Elias, e subimos pelo elevador particular até o consultório do doutor. Ao entrarmos, Elias ficou parado ao lado da porta. Manteve as
✩。•.─── ❁Liza❁ ───.•。✩Eu sentia que algo havia mudado depois das minhas queixas. Sentí-lo sobre mim, e não poder ser penetrada por ele, não poder lhe dar prazer ou lhe ver delirando em meu corpo, era desolador. Wictor cuidava de mim, como se eu fosse a coisa mais precoisa no mundo, como se eu fosse quebrar. No entanto, eu não conseguia fazer nada em troca.Ele era autossuficiente. Inalcansável. Intocável demais para mim.Percebendo que ele não me tocaria com sensualidade, virei a cabeça para o lado e encarei um ponto vazio na biblioteca, recusando seus carinhos em minha face. A sombra dele foi sumindo aos poucos e o seu peso também, se erguendo no chão.Permaneci ignorando-o visualmente até vê-lo cruzar a biblioteca. —Está com raiva de mim? Só porque não quero lhe machuc-—Você não percebeu que só me machuca quando me evita? —O olhei rapidamente e me sentei, sustentando uma expressão de raiva. Sentia o rosto quente e os olhos aquarelados, mas mordia a mandíbula em silêncio, evitan
✩。•.─── ❁Wictor❁ ───.•。✩Após ter sido encurralado por Elizabeth, na biblioteca, tomei a atitude de lhe pedir um tempo para me corrigir. Eu não lhe abandonaria, mas não tocaria em seu corpo até que deixasse de ser uma besta selvagem e aprendesse como lhe amar, sem lhe machucar.Naquele dia eu fiz tudo como deveria. Elias me acompanhou durante todos os meus compromissos, até que a noite finalmente chegou e eu o dispensei. Ele dormia na mansão, mas foi um pedido pessoal seu. Não me sentiria seguro sem que ele estivesse por perto, considerando que eu era quem eu era e, aparentemente, ele também não.No quarto com Elizabeth, compartilhávamos sua cama. Para evitar que eu lhe condenasse novamente, sugeri que dormíssemos com cobertores separados. Ela não gostou muito da ideia, mas precisou aceitar.—Se ao menos soubesse o quanto eu amo você... —Sussurrava no silêncio da noite, acariciando seus cabelos enquanto ela dormia. —Se soubesse o quanto eu lhe quero por perto...Olhar para alguém que