✩。•.─── ❁Wictor❁ ───.•。✩Ao deixar a mansão Konnor, Elias me acompanhou no Cadillac escalade preto, dirigindo rumo ao consultório do médico responsável por minha mudança. Demoramos cerca de quarenta minutos até chegarmos ao prédio. Dez carros faziam o comboio simples, cercando o estacionamento durante todo o tempo em que estive lá.—Fique no carro, Elias. Eu não demoro-—De maneira alguma, senhor. —Enrijeci franzindo o cenho para ele, que respondeu, abrindo a porta do motorista. —Meu dever é protegê-lo em toda e qualquer circunstância, senhor. Por favor, me permita prosseguir com o meu trabalho e nele ter exelência. Estarei ao seu lado, não importa a caminhada ou jornada. Sempre o protegerei com a minha vida, assim como fiz no primeiro dia de juramento. Suas palavras me atingiram e eu me senti ainda mais confiante.Desci do carro, sendo acompanhado por Elias, e subimos pelo elevador particular até o consultório do doutor. Ao entrarmos, Elias ficou parado ao lado da porta. Manteve as
✩。•.─── ❁Liza❁ ───.•。✩Eu sentia que algo havia mudado depois das minhas queixas. Sentí-lo sobre mim, e não poder ser penetrada por ele, não poder lhe dar prazer ou lhe ver delirando em meu corpo, era desolador. Wictor cuidava de mim, como se eu fosse a coisa mais precoisa no mundo, como se eu fosse quebrar. No entanto, eu não conseguia fazer nada em troca.Ele era autossuficiente. Inalcansável. Intocável demais para mim.Percebendo que ele não me tocaria com sensualidade, virei a cabeça para o lado e encarei um ponto vazio na biblioteca, recusando seus carinhos em minha face. A sombra dele foi sumindo aos poucos e o seu peso também, se erguendo no chão.Permaneci ignorando-o visualmente até vê-lo cruzar a biblioteca. —Está com raiva de mim? Só porque não quero lhe machuc-—Você não percebeu que só me machuca quando me evita? —O olhei rapidamente e me sentei, sustentando uma expressão de raiva. Sentia o rosto quente e os olhos aquarelados, mas mordia a mandíbula em silêncio, evitan
✩。•.─── ❁Wictor❁ ───.•。✩Após ter sido encurralado por Elizabeth, na biblioteca, tomei a atitude de lhe pedir um tempo para me corrigir. Eu não lhe abandonaria, mas não tocaria em seu corpo até que deixasse de ser uma besta selvagem e aprendesse como lhe amar, sem lhe machucar.Naquele dia eu fiz tudo como deveria. Elias me acompanhou durante todos os meus compromissos, até que a noite finalmente chegou e eu o dispensei. Ele dormia na mansão, mas foi um pedido pessoal seu. Não me sentiria seguro sem que ele estivesse por perto, considerando que eu era quem eu era e, aparentemente, ele também não.No quarto com Elizabeth, compartilhávamos sua cama. Para evitar que eu lhe condenasse novamente, sugeri que dormíssemos com cobertores separados. Ela não gostou muito da ideia, mas precisou aceitar.—Se ao menos soubesse o quanto eu amo você... —Sussurrava no silêncio da noite, acariciando seus cabelos enquanto ela dormia. —Se soubesse o quanto eu lhe quero por perto...Olhar para alguém que
✩。•.─── ❁Liza❁ ───.•。✩A proposta do Wictor era, de longe, um castigo. Mas, dessa vez eu estava disposta a ajudá-lo da maneira que eu pudesse. E isso significava que eu teria que arranjar uma ocupação que me levasse tempo suficiente para não pensar nele.Dormi feito uma pedra, mas com a decisão de que quando o dia amanhecesse, assumiria uma postura diferente até que ele cumprisse com suas promessas outra vez e voltasse para mim. ...Adentrando à sala, avistei a futura governanta Cleonice e o segurança fiel do meu irmão passando ordens para outros seguranças sobre um incidente na madrugada.—Elias. —Chamei por ele, segurando a alça de ouro da minha Dior.—Bom dia, senhorita. —Disse de maneira formal e impessoal, dispensando os homens com os quais falava anteriormente.—Prepare um comboio para mim, pra essa instituição. —Estiquei um dos catálogos que Wic havia me entregado. —Irei visitá-la e, se eu gostar, passarei a estudar lá. Como você já deve saber é uma instituição de meio período
✩。•.─── ❁Liza❁ ───.•。✩Após deixar a instituição, retornei à mansão Konnor e, ao entrar na sala, me deparei com o senhor Vincenzo Romano que estava sozinho. Senti um fio de ódio abraçando o meu peito por não ver a futura governanta e nem os empregados.—Senhor Romano? —Olhei em volta, de cenho franzido. —O Wictor não falou com o senhor? Faz tempo que está aqui?Ele suspirou para mim, e estendeu a mão, cumprimentando-me ao me aproximar.—Não, senhorita Konnor. Mas... Posso falar com a senhorita. Tenho a certeza de que passará o recado para o seu irmão. —Anunciou-me suas preocupações. —A empregada foi chamá-lo, mas está demorando mais do que o normal. Enfim, vamos ao que interessa. —Ele limpou a garganta e se sentou, obrigando-me a me sentar de frente para ele. —Sei que o seu irmão tem muitos assuntos importantes para tratar, então pedirei que passe os recados sem precisar de todos os detalhes.—Sim, claro. Poderia ter mandado relatórios escritos, mas tudo bem. —Espremi os lábios, cont
✩。•.─── ❁Liza❁ ───.•。✩Elias me olhou com preocupação nos olhos. Um manto sombrio tomou conta do brilho e ele deu um passo para trás.—Senhorita Konnor, peço que descanse por hoje. O senhor Konnor não poderá falar com a senhorita e me ordenou que lhe desse esse recado. Pode deixar, levarei eu mesmo este pacote para ele.Ele tomou o pacote de minha mão com firmeza e passou por mim, deixando que o vento deste ato me atingisse.Expirei cansada. Meus ombros caíram para a frente por saber que estava de mãos atadas. Você me prometeu que ainda seria meu, no fim do dia. Como pode se esconder de mim, debaixo do mesmo teto que eu?Abandonei meus pensamentos e fiz o que Elias havia me sugerido. Retornei para dentro da mansão procurando descansar....✩。•.─── ❁Wictor❁ ───.•。✩Ferido, fui levado por Elias até o meu antigo quarto. Entrar naquele cômodo novamente era um ato de coragem, considerando tudo o que eu havia passado ali dentro.—Elias, vá. Deixe minhas coisas no quarto de Elizabeth, mas n
✩。•.─── ❁Liza❁ ───.•。✩Não tive contato com o meu irmão por uma semana. Os empregados não eram autorizados a entrar em seu antigo quarto. Apenas Elias estava tendo total acesso a ele, o que me deixava ainda mais frustrada. Após oito dias de solidão, encontrei Elias pelo corredor do meu quarto e o indaguei, rangendo os dentes para ele.—Por que está escondendo ele?Elias franziu o cenho e estreitou os olhos para mim. Confuso, o rapaz suspirou e se controlou antes de me responder.—Estou obedecendo as ordens do meu chefe. Se ele não quer ver a senhorita, ele não verá. —Anunciou com rispidez e arrogância.—Não está se achando demais pra um simples chefe de segurança?Ele rolou os olhos para cima, incomodado com a minha abordagem, e bufou com cansaço.—Sou o braço direito do seu irmão, senhorita Konnor. Fiz um juramento e o cumprirei à todo custo. Se a senhorita me der licença, preciso ordenar que levem o café da manhã do senhor Konnor. Ele parece muito melhor hoje de manhã. Seu sorriso
✩。•.─── ❁Wictor❁ ───.•。✩Após duas horas de viagem, finalmente cheguei ao prédio desejado. Era um edifício particular pouco frequentado. Meus seguranças cercaram a área e eu desci, expondo o meu rosto. Ao me aproximar das portas de entrada, ambas se abriram para mim, como se fosse uma mágica.Eu sabia que estavam me esperando. Ninguém manda um aviso sem querer atenção.Adentrei ao prédio, tendo Elias em minha frente durante o tempo todo. Os demais seguranças estavam atrás de mim, cercando todo o espaço por onde eu passava. Todos estavam armados, mas é claro que os membros da seita presumiram isso.Ao adentrarmos, nos deparamos com uma recepção. Elias tinha a planta de todo o edifício após contactar algumas pessoas importantes. Nada que o dinheiro não proporcione.Elias se aproximou ao balcão, mas permitiu que eu fosse visto pela mulher atrás da mesa de madeira. Ela moveu as madeixas brancas para trás das orelhas e sorriu gentilmente para mim.—Senhor Konnor! É uma honra recebê-lo em