✩。•.─── ❁Wictor❁ ───.•。✩Ali, em auto mar, Enzo fugiu do abraço lentamente e se sentou na borda da lancha, ainda segurando o vaso branco com manchas azuis.—Wictor, não me leve a mal. Mas, eu vou navegar pra ilha e... Vou buscar pelo imóvel do Chris. Eu não quero voltar pra aquela casa onde ele morreu. Eu não conseguiria. —Confessou. Seus ombros caídos e sofridos.—Entendo. —Me sentei ao lado dele. —Já sabe, mais ou menos, pra que lado fica?—Não tenho ideia. —Acariciava o vaso de cerâmica ingenuamente. —Mas, vou procurar até os meus últimos dias. Tenho certeza de que deve haver muito do Chris nesse lugar pra ele ter isso aqui como uma rota de fuga. E... Ainda querer me trazer. Respeitei suas palavras e sua decisão.—Conte comigo para o que precisar, Enzo. Não importa o tamanho da sua necessidade. Sempre conte comigo. Darei um jeito de nos comunicarmos, também não ficarei naquela casa com Elizabeth. Não conseguiria permanecer lá por mais nem um minuto. —Confessei.Tive que me recompo
✩。•.─── ❁Wictor❁ ───.•。✩Eu estava pronto para voltar e começar a assumir o controle das coisas. O controle de tudo o que era maior do que eu.Olhando para as pessoas abaixo de mim, mantinha as mãos nos bolsos da calça enquanto pensava sobre os primeiros passos que daria ao voltar para a Europa. Na varanda do Grand Palladium, revivia as memórias da madrugada daquele dia, embora ele já estivesse acabando. Assistia pacientemente o enterro de um sol que sumia lentamente sobre as montanhas.—Você está pensando há tanto tempo que pedi algo pra você comer. Suspirei, vendo os carros indo e vindo abaixo de nós. O vidro no chão da varanda nos permitia ver bem mais que o parapeito verde.Olhei por cima dos ombros, avistando Elizabeth se aproximar de mansinho.—Estava pensando em como vou fazer pra arruinar a vida do juíz, até ele me inocentar. Elizabeth me olhou com reprovação em seu olhar, mas não contestou. Estiquei o braço para o lado, alcançando a bandeja na qual ela havia me trazido lanc
✩。•.─── ❁Wictor❁ ───.•。✩Havíamos chegado em uma manhã nublada e Elizabeth estava cansada. Após um banho, ela se vestiu com um casaco moletom e uma cueca etiquetada, se permitindo descansar sossegada. Havíamos passado por muitas coisas e ela merecia aquele descanso.Elias demorou, mas quando finalmente chegou, trouxe mais da metade de nossos seguranças.Motos e carros chegaram, preenchendo a área desmatada do local. Olhei pela janela, reconhecendo a maioria daqueles rostos.Eu era apenas um garoto de dezesseis anos diante de uma multidão de homens que serviram à minha família.Puta que pariu... Isso dá um medo...Abandonei meus pensamentos e arrumei a postura, me afastando da janela lentamente. Movi as pernas em passos firmes na direção da porta. Inspirei profundamente, estufando o peito.Ergui o queixo para demonstrar um pouco mais de determinação e então girei a maçaneta, puxando a porta.Os seguranças desceram dos carros e das motos. Enquanto alguns tiravam o capacete, outros fech
✩。•.─── ❁Wictor❁ ───.•。✩Adormeci com medo. Ainda não confiava totalmente em minha nova equipe e tinha muito o que se fazer para descansar sossegado. Nas primeiras horas da madrugada, abri os olhos em completo estado de alerta e olhei em volta. Elizabeth ainda estava dormindo. Me aproximei de sua face, beijei o seu rosto quente e me sentei na cama em seguida. Joguei as pernas para fora da cama e me levantei. Ao cruzar o quarto, segui na direção do banheiro. Nem preciso dizer que fiz o ritual matutino antes mesmo do sol clarear o céu.Retornando do banheiro com uma toalha em volta da cintura, avistei Elizabeth bocejando. Ainda inebriada pelo sono, esfregava o rosto na tentativa de despertar.—Eu ainda acho que deva dormir mais um pouco. —Afirmei com sarcasmo, sacudindo os cabelos com a toalha branca. —Dormiu bem, meu amor?Ela me olhou por cima dos ombros e sorriu. O rosto avermelhado pelo excesso de horas dormidas.—Por quanto tempo eu dormi?—Quase vinte e uma horas, não se sente en
✩。•.─── ❁Wictor❁ ───.•。✩Estava esperando por Elias na sala quando o vi adentrando pela porta da frente. Girei em sua direção, ganhando sua atenção.—Senhor Konnor. —Fez uma breve reverência para mim. Olhei para seu braço e percebi que estava segurando uma maleta robusta e realmente cheia.—O que tem na maleta, Elias?—Senhor, aqui está o restante do dinheiro que o seu pai confiou a mim, para comprar carros, equipamentos, armas, munições, uniformes e vestimentas no geral. O plano de se reeguer. —Me lembrou, esticando o braço em minha direção. —Tudo está comprado, senhor. Mas, não foi gasto nem mesmo a metade do dinheiro.Estiquei o braço para a frente e peguei dele a maleta.—Ótimo trabalho, Elias. —Suspirei, estendendo a maleta para Elizabeth. —Fique com isso quando voltarmos. —Ela segurou, pondo-a sobre o sofá. —Tire dez mil euros para comprarmos algumas coisas na cidade.Elizabeth sabia sobre o que eu estava falando. Era sobre as roupas e coisas femininas que ela tanto sentia falta
✩。•.─── ❁Wictor❁ ───.•。✩Esperei por cerca de quinze minutos. Elizabeth e eu estávamos terminando de comer, quando verifiquei a hora no relógio em meu pulso e percebi que Menezes só teria mais cinco minutos. No entanto, não precisei me preocupar em ligar para o segurança, pois, Menezes estava adentrando ao café igualmente pelas portas dos fundos.Ao se aproximar, meus seguranças o interromperam e o revistaram de trás para a frente antes que ele se aproximasse.Estendi a mão em um floreio, indicando a cadeira próxima a parede para que ele se sentasse.—É um ótimo dia, não é mesmo? O sol já está surgindo, o café ainda vai abrir... —Sorri, relaxando os ombros enquanto olhava através da janela atrás de Pietro. —Você não parece apreciar essas coisas, afinal de contas, tem passado muito tempo trancafiado dentro de paredes. E eu não melhorei as coisas colocando o seu primogênito dentro de um hospital, não é mesmo?Elizabeth juntou sua cadeira à minha e sentou-se ao meu lado.—Diga-me, Pietr
✩。•.─── ❁Wictor❁ ───.•。✩Elizabeth e eu fizemos várias compras pelo centro, chegando a torrar os dez mil euros como esperávamos. Ela comprou tudo o que queria e eu também me beneficiei de muitas roupas novas. Retornando para o casarão, fui surpreendido pelo número altamente surpreendente de homens que haviam se multiplicado pela propriedade. Descendo do carro, meus olhos buscavam por Elias, até encontrá-lo vindo em minha direção.—Senhor Konnor! Seja bem vindo novamente. —Sorriu brevemente para mim, mantendo as mãos relaxadas ao lado do corpo. —Como foi a viagem?—Tranquila. Esse é o pessoal que faltava, Elias? —Olhei por cima dos ombros dele, incrédulo.—Sim, senhor. Organizei uma base para que todos fiquem abrigados até o senhor nos realocar para o alojamento da guarda dos Konnor. Eles vieram muito antes do esperado, senhor. Ansiavam por sua ascensão.Engoli.Suas palavras fizeram um pico de ansiedade se formar em meu peito, mas aquela não era hora de hesitar.Olhei para Elias e er
✩。•.─── ❁Wictor❁ ───.•。✩Após a conversa com o juiz Pietro Menezes, consegui entrar em contato com Romano e agilizar a papelada para inocentar o meu nome. Nem preciso dizer que a imprensa adorou essa notícia, mas a sociedade continuou a me olhar enfurecida.Em meio a tudo isso, Romano conseguiu que eu fosse emancipado, e é claro, o juiz assinou o reconhecimento da documentação legal para tal feito. Não demorei uma semana inteira para que assumisse o poder financeiro e empresarial da minha família, podendo finalmente retornar para a mansão Konnor e ter posse de tudo aquilo o que era meu e de Elizabeth.—Agora que estamos em casa, o que vai fazer quanto aos quartos? —Perguntou ela, abrindo as janelas de seu quarto para cima.Pensei em minhas próximas palavras, tirando o sobretudo azul marinho que tocava abaixo dos meus joelhos.—Hum... —Resmunguei. —É uma boa pergunta. Mas, digamos que continuarei com os meus planos até que estejamos tranquilos e fora de perigo iminente. —Anunciei. Tro