✩。•.─── ❁Wictor❁ ───.•。✩Oh, Elizabeth! Se pudesse se ver através dos meus olhos, entenderia que não há crime, quando se trata de você. O céu que eu pinto por você, sequer possui horizontes, para não determinar onde ele começa e nem onde termina....—Eu preciso de roupas femininas as vezes... Olhei na direção daque voz adocicada e lá estava Elizabeth, terminando de se vestir. Aos meus olhos, ela parecia um pouco mais distante daquela irmãzinha assombrada com quem eu costumava conviver.—Providenciamos isso hoje mesmo, tudo bem pra você? —Como faremos isso? E-Eu não posso ser vista e você também não pode! —Exclamou, esganiçando no ato de seu protesto. —Papai nos pegaria fácil-—Não apareceremos para ninguém. —Atravessei o quarto a passos largos, organizando os pensamentos. —Não seja tola. Eu não colocaria a sua vida em risco assim. —E o que vai fazer? —Você vai ver.Ergui minhas sobrancelhas, deslizando lentamente por seu ombro, até que meus dedos acariciassem seu braço encontrand
✩。•.─── ❁Wictor❁ ───.•。✩Eu confiava em Monttene, mas não o suficiente para sair de casa totalmente desarmado.No retorno para casa, levei Elizabeth ao local onde eu pretendia deixá-la aos cuidados de Chris, antecedendo sua fuga.Basicamente, eu estava me preparando para perdê-la.—Bom, é seguro pra nós, hã! —Soltei a bolsa retangular no chão enquanto Elizabeth espelhava o que eu fazia. Seu olhar perdido me dizia que havia algo de errado. Eu precisava perguntar, mas não precisei. Ela limpou a garganta quando a bolsa caiu aos seus pés e endireitou os ombros, me olhando na sequência.—Já pode me dizer o que está acontecendo, Wic. —Ela espremeu os olhos em minha direção, quase fechando-os com desconfiança. —Dizer o qu-—Não é normal. —Me indagou, se aproximando com os braços cruzados. —Se pretendia me salvar para mentir pra mim, me devolva ao nosso pai. —Invés de erguer o queixo, Elizabeth ergueu um olhar de decepção que me quebrou no meio.Quando você está errando diante da mulher que
✩。•.─── ❁Wictor❁ ───.•。✩Ao retornar ao banker com Elizabeth, ela saiu da garagem, deixando Chris e eu a sós.—Aconteceu alguma coisa? —Perguntei, percebendo que Elizabeth já havia sumido dos nossos olhos.—Lorenzo entrou em contato e disse sobre o que você compartilhou com ele enquanto sua irmã esperava. —Disparou. Chris estava visivelmente ofegante. Ele não parecia a mesma pessoa fria de antes.Baixei o tom de voz e me aproximei um pouco mais dele, olhando em seus olhos assombrados.—Me diga que ele topou e que não fez só cena comigo?Chris acenou positivamente, ainda sustentando o temor nos olhos.—Você não deveria pedir a ajuda dele pra uma coisa dessas-—E por quê? —Arqueei as sobrancelhas, erguendo o queixo para Chris.—Porque se pensar em desistir, ele mata você. —Piscou, mantendo a expressão preocupada. —Lorenzo não investe em alguém assim há muito tempo, e quando ele faz isso, é quase um pacto. Você não está pensando em desistir, está, senhor Konnor?—E por que eu estaria, Ch
✩。•.─── ❁Wictor❁ ───.•。✩Ela comeu comigo. Elizabeth não desconfiou. Enquanto comíamos no balcão aquecido da cozinha, naquele banker, Chris organizava as rotas de fuga para retirá-la do país nas próximas horas... E, provavelmente, nunca mais me veria. As velas acesas, sustentando a vaidade daquele romance. A luminária de cor quente deixando o ambiente cada vez melhor. Esses detalhes nunca mais sairiam da minha cabeça, pois eu era o cara na frente dela, segurando em sua mão enquanto fazíamos planos dos quais eu tinha consciência de que não faria parte deles.Infelizmente, eu seria aquele que disse adeus.Não era religioso, mas ali, diante dela, vendo seus olhos brilharem com todos aqueles planos e sua mão quente sobre a minha... Naquele momento, secretamente no fundo da minha mente, pedi aos céus que me permitissem, ao menos, ligar para ela uma última vez... Ou, não ter que ligar.—Okay, eu já fiz muitos planos e você só fez concordar. Por que não está sonhando comigo? —Questionou com
✩。•.─── ❁Liza❁ ───.•。✩Wictor era uma pessoa cheia de adrenalina. Estava sempre fora, em caçadas com o papai, em viagens com ele e fuçando pelo escritório. Ele nunca gostou de ficar entre as conversas idiotas da mamãe e suas amigas. E eu o entendia, apesar de gostar daquelas conversas fúteis.Chris e eu estávamos saindo do banker quando Wic pediu que ele esperasse por uma hora, o tempo de darmos uma volta. Pra quê? Ele não queria antecipar logo aquela vingança pra vivermos em paz? Ele não parecia agitado, como sempre. Era algo como se aceitasse aquela situação. Eu me sentia da mesma forma, afinal de contas, nós nos encontraríamos depois que ele entregasse a cabeça do nosso pai.Na garupa da motocicleta, abraçada ao seu corpo, encostava o queixo em seu ombro, admirando a vista. Passávamos pela ponte.Ele desacelerou gradativamente até que desviasse da rodovia e adentrássemos á uma área de água. —Está tudo bem, Wic? —Desci da motocicleta, retirando o capacete. —Tá se sentindo bem?Ele
✩。•.─── ❁Wictor❁ ───.•。✩Com as cópias, seguia rumo ao escritório onde ficavam os hackers de Monttene. Ele havia me prometido muita coisa e estava cumprindo com mais do que deveria.Minha motocicleta foi escondida dentro do estacionamento. Todo o prédio estava sob posse e comando do '. Ninguém ousaria confrontá-lo e, sob suas ordens, permitiram meu acesso exclusivo a absolutamente tudo o que eu precisasse.No escritório da cobertura, na companhia de alguns hackers, repassei o plano de espalhar os dados sobre o acidente na fábrica de café, que matou todos os operários presentes em solo. A explosão foi detalhada em perícia e abafada por mais de vinte anos, sem que ninguém se opusesse aos documentos falsos apresentados por meu pai sob as ordens de vovô. Porém, naquela manhã, às 12:40, todos estavam presenciando uma apresentação exclusiva de imagens, assinaturas, transações bancárias, saques, depósitos, cheques, cartas trocadas, email-s trocados, endereços e declarações. Tudo assinado p
✩。•.─── ❁Liza❁ ───.•。✩Chris andou de um lado para o outro, coçando a nuca. Ele era mesmo uma besta ambulante. Cara esquisito...Apesar de olhar constantemente para aquele aparelho antigo, que não tocou, ele finalmente tomou uma atitude.Ergueu a mão na altura do peito e analisou as horas no relógio de pulso. A joia dourada brilhando sob o reflexo de luz que entrava por uma frecha quebrada.—Muito bem, senhorita Konnor, tenho que tirá-la daqui. Ao que tudo indica, não temos muito tempo antes de sermos descobertos-—Mas esse não era o lugar seguro, porra?!Ele chacoalhou o cadeado de um dos caixotes, percebendo que não conseguiria abrí-lo, então o empurrou violentamente, fazendo-o se partir em pedaços pequenos.Pisquei, sobressaltando com o barulho crocante da madeira se partindo.—Mas que porra... Você ficou doido?? —Esganicei, levantando do caixote no qual estava sentada. Olhei para o chão e percebi duas pistolas, munições, bombas de gás e granadas de mão.—Wow... —Meus lábios se fo
✩。•.─── ❁Wictor❁ ───.•。✩Seus olhos finalmente me alcançaram. Ele me olhou com ranto ódio que pude sentir todo o sangue do seu corpo sendo drenado naquele exato momento.Os questionamentos não paravam. Ele tentou não responder, mas estava sufocando.Rapidamente, ele recuou em passos largos e exigiu que a imprensa deixasse as dependências da propriedade Konnor. Acelerei a moto o mais rápido possível e invadi as portas de entrada da mansão, quase atropelando-o.—MAS QUE PORRA! —Ele sobressaltou, pondo a mão no peito.Desliguei a motocicleta e desci, largando o capacete no chão de madeira. A governanta e os demais empregados me olharam com temor, se espalhando todos pelos corredores da mansão.—Oi, papai. —Me pus sobre dois pés firmes em sua direção, encurralando-o aos poucos num pilar revestido por mármore carrara. —Presumo que esteja surpreso com a minha audácia em aparecer assim, a público. Sem as suas ordens! —Arqueei as sobrancelhas, reconhecendo a ironia das minhas palavras.Eu sa