Sofri muito escrevendo esse capítulo, então espero que goste. O Chris sempre foi um personagem que eu, particularmente, me apeguei enquanto o criava e escrevia suas cenas. Por favor, continue acompanhando essa obra <3
✩。•.─── ❁Liza❁ ───.•。✩O Wictor estava quebrado em pedaços. Haviam cortado ele em partículas tão pequenas que eu não sabia como colar dessa vez. E eu sempre estive trazendo-o para perto de mim, na intenção de amenizar suas dores. No entanto, Chris estava morto e havia levado um pedaço do meu irmão com ele.—Wic, precisamos ligar pra alguém. Precisamos fazer algo para o Chris. —Disse, abraçada junto a ele, sentindo seu choro em meu ombro.Ele dobrou os joelhos lentamente e eu o acompanhei, sem sair do abraço. Nos sentamos no chão do corredor. Os lamentos de Enzo ecoavam por todo o andar enquanto Wictor chorava em silêncio, sofrendo ao meu lado.Eu me sentia impotente. Incapaz de agir por mim, mesma. Ainda assim, precisava ficar firme para ajudá-lo com aquela nova dor. Uma nova cicatriz.—Wic, meu amor, por favor... Ao menos venha comigo pro quarto. Por favor, levante do chão. Hã? Prometo não lhe pedir para parar de chorar. Ele estava machucado. Com os olhos espremidos e a pele da fa
✩。•.─── ❁Wictor❁ ───.•。✩Estava doendo muito mais do que eu pensei que doeria. Passei pela porta do quarto onde os meninos dormiram e fechei os olhos para não vê-lo sem vida sobre a cama. Descendo pelo lance de escada reta, avistei um homem sereno. Seus olhos levemente avermelhados entregavam o que ele havia feito há minutos, mas não ousaria questioná-lo.—Bom dia. —Disse, estendendo a mão para ele ao me aproximar. —Então o Enzo lhe contou sobre o Chris.—Sim, senhor. —Ele apertou minha mão firmemente e pude perceber seus olhos tão inchados quanto os meus. —Sou o contato de Chris aqui na Jamaica, então... Não se preocupe. Levarei o corpo dele para ser cremado, após o velório, e lhe entregarei as cinzas.Pisquei, não mais chorando.—Certo. Faça isso. —Arqueei as sobrancelhas, inspirando fundo. Os braços ao lado do corpo com punhos fechados. —O senhor... Tem um substituto?-—Ninguém jamais substituirá o Chris! —Enrijeci, franzindo o cenho. —Me perdoe, senhor Konnor. Apenas estou segui
✩。•.─── ❁Wictor❁ ───.•。✩Ali, em auto mar, Enzo fugiu do abraço lentamente e se sentou na borda da lancha, ainda segurando o vaso branco com manchas azuis.—Wictor, não me leve a mal. Mas, eu vou navegar pra ilha e... Vou buscar pelo imóvel do Chris. Eu não quero voltar pra aquela casa onde ele morreu. Eu não conseguiria. —Confessou. Seus ombros caídos e sofridos.—Entendo. —Me sentei ao lado dele. —Já sabe, mais ou menos, pra que lado fica?—Não tenho ideia. —Acariciava o vaso de cerâmica ingenuamente. —Mas, vou procurar até os meus últimos dias. Tenho certeza de que deve haver muito do Chris nesse lugar pra ele ter isso aqui como uma rota de fuga. E... Ainda querer me trazer. Respeitei suas palavras e sua decisão.—Conte comigo para o que precisar, Enzo. Não importa o tamanho da sua necessidade. Sempre conte comigo. Darei um jeito de nos comunicarmos, também não ficarei naquela casa com Elizabeth. Não conseguiria permanecer lá por mais nem um minuto. —Confessei.Tive que me recompo
✩。•.─── ❁Wictor❁ ───.•。✩Eu estava pronto para voltar e começar a assumir o controle das coisas. O controle de tudo o que era maior do que eu.Olhando para as pessoas abaixo de mim, mantinha as mãos nos bolsos da calça enquanto pensava sobre os primeiros passos que daria ao voltar para a Europa. Na varanda do Grand Palladium, revivia as memórias da madrugada daquele dia, embora ele já estivesse acabando. Assistia pacientemente o enterro de um sol que sumia lentamente sobre as montanhas.—Você está pensando há tanto tempo que pedi algo pra você comer. Suspirei, vendo os carros indo e vindo abaixo de nós. O vidro no chão da varanda nos permitia ver bem mais que o parapeito verde.Olhei por cima dos ombros, avistando Elizabeth se aproximar de mansinho.—Estava pensando em como vou fazer pra arruinar a vida do juíz, até ele me inocentar. Elizabeth me olhou com reprovação em seu olhar, mas não contestou. Estiquei o braço para o lado, alcançando a bandeja na qual ela havia me trazido lanc
✩。•.─── ❁Wictor❁ ───.•。✩Havíamos chegado em uma manhã nublada e Elizabeth estava cansada. Após um banho, ela se vestiu com um casaco moletom e uma cueca etiquetada, se permitindo descansar sossegada. Havíamos passado por muitas coisas e ela merecia aquele descanso.Elias demorou, mas quando finalmente chegou, trouxe mais da metade de nossos seguranças.Motos e carros chegaram, preenchendo a área desmatada do local. Olhei pela janela, reconhecendo a maioria daqueles rostos.Eu era apenas um garoto de dezesseis anos diante de uma multidão de homens que serviram à minha família.Puta que pariu... Isso dá um medo...Abandonei meus pensamentos e arrumei a postura, me afastando da janela lentamente. Movi as pernas em passos firmes na direção da porta. Inspirei profundamente, estufando o peito.Ergui o queixo para demonstrar um pouco mais de determinação e então girei a maçaneta, puxando a porta.Os seguranças desceram dos carros e das motos. Enquanto alguns tiravam o capacete, outros fech
✩。•.─── ❁Wictor❁ ───.•。✩Adormeci com medo. Ainda não confiava totalmente em minha nova equipe e tinha muito o que se fazer para descansar sossegado. Nas primeiras horas da madrugada, abri os olhos em completo estado de alerta e olhei em volta. Elizabeth ainda estava dormindo. Me aproximei de sua face, beijei o seu rosto quente e me sentei na cama em seguida. Joguei as pernas para fora da cama e me levantei. Ao cruzar o quarto, segui na direção do banheiro. Nem preciso dizer que fiz o ritual matutino antes mesmo do sol clarear o céu.Retornando do banheiro com uma toalha em volta da cintura, avistei Elizabeth bocejando. Ainda inebriada pelo sono, esfregava o rosto na tentativa de despertar.—Eu ainda acho que deva dormir mais um pouco. —Afirmei com sarcasmo, sacudindo os cabelos com a toalha branca. —Dormiu bem, meu amor?Ela me olhou por cima dos ombros e sorriu. O rosto avermelhado pelo excesso de horas dormidas.—Por quanto tempo eu dormi?—Quase vinte e uma horas, não se sente en
✩。•.─── ❁Wictor❁ ───.•。✩Estava esperando por Elias na sala quando o vi adentrando pela porta da frente. Girei em sua direção, ganhando sua atenção.—Senhor Konnor. —Fez uma breve reverência para mim. Olhei para seu braço e percebi que estava segurando uma maleta robusta e realmente cheia.—O que tem na maleta, Elias?—Senhor, aqui está o restante do dinheiro que o seu pai confiou a mim, para comprar carros, equipamentos, armas, munições, uniformes e vestimentas no geral. O plano de se reeguer. —Me lembrou, esticando o braço em minha direção. —Tudo está comprado, senhor. Mas, não foi gasto nem mesmo a metade do dinheiro.Estiquei o braço para a frente e peguei dele a maleta.—Ótimo trabalho, Elias. —Suspirei, estendendo a maleta para Elizabeth. —Fique com isso quando voltarmos. —Ela segurou, pondo-a sobre o sofá. —Tire dez mil euros para comprarmos algumas coisas na cidade.Elizabeth sabia sobre o que eu estava falando. Era sobre as roupas e coisas femininas que ela tanto sentia falta
✩。•.─── ❁Wictor❁ ───.•。✩Esperei por cerca de quinze minutos. Elizabeth e eu estávamos terminando de comer, quando verifiquei a hora no relógio em meu pulso e percebi que Menezes só teria mais cinco minutos. No entanto, não precisei me preocupar em ligar para o segurança, pois, Menezes estava adentrando ao café igualmente pelas portas dos fundos.Ao se aproximar, meus seguranças o interromperam e o revistaram de trás para a frente antes que ele se aproximasse.Estendi a mão em um floreio, indicando a cadeira próxima a parede para que ele se sentasse.—É um ótimo dia, não é mesmo? O sol já está surgindo, o café ainda vai abrir... —Sorri, relaxando os ombros enquanto olhava através da janela atrás de Pietro. —Você não parece apreciar essas coisas, afinal de contas, tem passado muito tempo trancafiado dentro de paredes. E eu não melhorei as coisas colocando o seu primogênito dentro de um hospital, não é mesmo?Elizabeth juntou sua cadeira à minha e sentou-se ao meu lado.—Diga-me, Pietr