Beatriz:Entro no quarto com muita raiva, quem ele pensava que eu era, uma prostituta, ou alguém que ele podia usar e jogar fora depois, ainda tinha as lembranças dos seus toques e do seu beijos em meus lábios que ansiava por mais, mas não permitirei ser usada por um cara como ele, ele já demostrou que tem muito dinheiro e o que quer consegue, mesmo assim, juro que não vou me entregar, me jogo na cama frustrada com as palavras dele, “devemos conversa em casa querida, acho que aqui não é um lugar apropriado”, conversar, sorrio com raiva, ele chamou aquilo de conversar, li sobre sua cultura, e o que a Patrícia falou era verdade, ele queria brincar comigo e depois que se enjoasse, me libertaria, mas esse pensamento me deixa triste, sinto uma dor, uma angústia, por que sinto isso? Não era isso que queria, porque não dou o que ele quer e depois viverei a minha vida com minha família.Me jogo na cama do mesmo jeito que cheguei segurando minhas lágrimas e a minha frustração, então a porta fo
Beatriz:Chegamos à faculdade, o Káiros fez questão de entrar comigo, me deixando envergonhada pelos olhares, ele chamava muita atenção, preferia que não tivesse vindo, o diretor nos recebeu na entrada, todos bajulava ele a todo momento só estava faltando o tapete vermelho, pensava com raiva dos olhares das mulheres para ele, a secretária do diretor uma mulher bem bonita de 29 anos, não disfarçava o seu interesse, a toda hora perguntando se ele desejava alguma coisa.— Claro, senhor Káiros, a aluna Beatriz poderá retornar amanhã mesmo, tenho certeza de que todos os professores farão de tudo para ajudá-la no que for preciso.— Agradeço Diretor Raul, foi um prazer conhecê-lo, o Káiros falo apertando a mão dele em agradecimento.— Diretor obrigada por permiti que eu retorne, prometo que vou dar o meu melhor, falo feliz por saber que amanhã voltaria a fazer a faculdade.— Que bom, senhorita Santos, o prazer é nosso, por ter uma aluna como você, ele falou sorrindo olhando com interesse par
Beatriz:Acordei animada, já tinha tomado banho e me arrumado para ir à faculdade, desde ontem, não havia visto mais o Káiros, coloquei um conjuntinho de blazer branco com detalhes cinza, deixo meus cabelos num rabo de cavalo, faço uma leve maquiagem, a senhora Camila, veio logo cedo me entregar uma bolsa com tudo que precisaria para a faculdade, fiquei surpresa que até o notebook, havia na bolsa, desço animada olhando e torcendo para não encontrar aquele homem.— Bom dia, senhora Beatriz, a Camila fala quando entrei ao salão, algumas empregadas me olharam torto e desapareceram pela mansão.— Bom dia, senhora Camila, obrigada pelas coisas que deixou no meu quarto.— Que bom que agradou à senhora, o senhor providenciou tudo.Escuto e meu coração acelera, ele que comprou tudo, bom, sairia do dinheiro dele mesmo, vou e tomo meu café animada, hoje era um dia muito especial, nem acreditava que isso estava acontecendo, algo que depois que vim para cá achei que seria impossível.Vou para fac
Káiros:Após deixar a Bia em minha casa, volto para empresa, o Felipe me aguardava para dá início a reunião com alguns empresários e irmão da facção Meirelles, a reunião foi longa e cansativa, já estava imaginando que uma hora o outra eles iriam perguntar da família Santos, o Pai da Bia deixou muitos inimigos, e isso está me custando muito, todos querem se vingar, mesmo o desgraçado estando morto, ele ainda conseguia fazer mais inimigos, descobrimos que foi ele que estava por trás dos desvios de cargas, tive que assumir a dívida para consegui proteger a família dela, mesmo engolindo o meu orgulho.Cada vez que aparecia os podres do Santos, o meu ódio só aumentava, se ele estivesse vivo juro que a essa altura já teria esganado ele, a reunião terminou com muitos deles bravos comigo, sabia que estava passando dos limites, mesmo sendo o chefe, não podia negar vingança, tinha que pensar em uma forma de todos intender de uma vez por todas, que ela era minha e ninguém iria colocar um dedo se
Káiros:Estava cansado e acabei cochilando no escritório mesmo, sentia minha cabeça pesada e um pensamento longo em uma única pessoa, Beatriz, sinto seu perfume me embriagando com o cheiro agradável de flores, parecia até que ela estava do meu lado, algo macio e delicado tocando meu rosto me fazendo despertar e com a agilidade que adquirir na época que lutava, seguro ela em um estante a olhando sem acreditar que era ela mesmo que estava ali, ela toma um susto gritando e a puxo fazendo ela cair em meus braços, a segurando no meu colo.Escuto ela tímida e envergonhada se desculpando e a única coisa que fiz, foi parar seus lábios com um toque do meu dedo a deixando surpresa.— Xiiii... eu, sei querida, falo desejando-a como nunca desejei outra mulher.— Eu..., eu vi a porta aberta e a luz ligada..., ela fala gaguejando trêmula com a nossa proximidade, sentia seu corpo tenso, sua respiração acelerada, ela reagia como alguém inexperiente, sabia que ela me desejava pelas minhas experiências
Beatriz:Estou nos braços do Káiros sentindo o meu mundo cair, meu coração doía, a raiva em saber que o meu pai não pensou em suas filhas e muito menos na sua mulher, que homem cruel, mau reconheço ele agora, a dor era tanta que parecia que ia morrer, se não fosse pela voz carinhosa do Káiros me dando conforto e falando que protegeria a minha família, não queria mais viver nesse mundo cruel, sua voz soava doce me trazendo a realidade, se eu quiser proteger a minha família, a minha irmãzinha, terei que me casar com ele, não que isso seja um sacrifício, ele é lindo, o homem dos sonhos de qualquer mulher, mas sabendo que terei que esquecer tudo que sonhei, mesmo estando presa aqui, tinha esperança em algum dia ele me libertar, agora casada, acho que isso não seria mais possível, sei que em sua religião a mulher e submissa ao seu marido, mau poderei olhar em seus olhos, ou desafiar, sei que existem punições, ele poderá ter outra esposa, isso tudo é novo e difícil de aceitar.— Bia, fale a
Beatriz: Acordo com o despertador tocando me sentindo ainda sonolenta, agora sentia o peso de não ter conseguido dormir cedo e de ter ficado a noite toda pensando no Káiros, como pode ser, nunca senti essa necessidade de estar com ninguém, mas ele era diferente, quantas vezes imaginava como seria dormir agarradinha com ele? Como é um casamento em seu país? Como terei que me comportar? Tudo me assustava, me levanto e vou me arrumar, tinha que correr que já estava quase atrasada para faculdade, em 20 minutos já estava pronta, com um lindo conjunto social azul, prendo meus cabelos loiros em um coque e faço uma leve maquiagem, pego minha bolsa e desço para tomar o meu café. Me aproximo do salão ansiosa em vê-lo, quando entro reparo que ele estava já sentado tomando seu café, quando entro ele me olha dos pés à cabeça como quisesse conferir algo me deixando desconfortável. — Bom dia, Habib! Ele falou me deixando tímida com o olhar dos empregados para nós, porque me chamou assim, ele nunc
Káiros: Já tem um tempinho que estava aguardando a Bia e sua amiga para almoçar, nunca fui de esperar por ninguém, realmente não sei o que essa garota fez comigo, nem me reconheço, olho para a entrada do salão quando observo ela entrando com seus olhinhos azuis me olhando, ela entra um pouco tímida mais a sua amiga já parecia bem à vontade, falando com ela empolgada quando olhou para a mesa repleta de comida que dava para um batalhão, gostei dela, acho que a sua presença poderá deixar a Bia mais à vontade, quero que ela se sinta em casa, e comece a perceber que de agora em diante a casa era dela, ela poderá convidar a sua família e suas amigas quando bem entender. Me levanto para recebê-las olhando para Bia. — Sente-se aqui Habib! Falo puxando a cadeira para ela se senta ao meu lado. — Obrigada, ela falou um pouco tímida, obedecendo. — Bia, que cavalheiro, a Carla falou baixinho, mas o Káiros acabou ouvindo, sorrindo divertido com o comentário. Eles almoçaram, a Carla não parava