CAPÍTULO III

MADRI-ESPANHA

POR LUNA...

Quando senti os lábios de Alejandro nos meus, foi como se tudo que eu havia guardado, todos os instintos e desejos viessem à tona, me senti finalmente completa. Suas mãos percorriam meu corpo de forma carinhosa, seu perfume amadeirado me invadia aguçando o meu desejo por mais. Então ele interrompe o beijo e diz:

—Luna se não pararmos agora não poderei mais parar, entende? —ele diz apertando minha cintura contra o mármore frio da bancada.

—Não pare Alejandro eu te quero dentro de mim—digo excitada.

E como se eu pesasse tanto quanto uma pena, ele me coloca sobre o mármore frio, abaixando-se entre minhas pernas retirando a pequena calcinha de renda, então sinto o toque de seus lábios em mim, me invadindo, me completando. Logo ele está posicionado entre as minhas pernas abertas, e sem aviso prévio vai brincando com seu pau, que agora vendo de perto é grande e com veias que parecem brilhar na fraca luz do ambiente.

—Você me quer aqui, Luna? Ele pressiona um pouco mais na minha entrada.

—Sim, eu quero! —digo em êxtase.

Então o sinto me penetrando lentamente, com cuidado, mas com muito desejo.

Ele aumenta a velocidade enquanto devora meus seios com a boca.

—Você é tão linda, perfeita para mim—ele diz.

O barulho das estocadas e beijos preenchem o lugar, nossas roupas jogadas no chão da cozinha, minha calcinha enrolada em seu pulso direito.

Éramos a imagem da luxúria e desejo. Ele sabia onde me tocar e como fazer, me levou a ter orgasmos até então desconhecidos.

—Seja minha Luna, seja minha mulher—ele diz quando chega ao ápice, então sinto o líquido quente sobre a minha barriga.

Ele me beija e diz:

—Não se mexa vou limpar essa bagunça.

Ele então coloca novamente o moletom e caminha até a bancada pegando alguns guardanapos de papel. Ele volta e eu tento pega-los porém ele os puxa e diz:

—Me deixe cuidar de você?

—Pode deixar eu limpo—digo envergonhada.

—Não falo só de agora, Luna—ele diz limpando minha barriga—me deixe te proteger?

—Alejandro isso é perigoso demais—digo com medo.

—Eu nunca fugi do perigo Luna e definitivamente—ele olha meu corpo nu sobre a bancada e dá um sorriso safado de lado—você vale o perigo.

Sorrio envergonhada e digo

—Você pode ter qualquer mulher Alejandro—digo.

—Eu quero você Luna, e acredite em mim seu marido não é o meu maior problema—ele diz.

Eu sabia do que Álvaro era capaz, se ele soubesse do que aconteceu aqui, ele mataria Alejandro na minha frente, e eu definitivamente não suportaria isso.

—Alejandro isso não voltará a acontecer, eu me deixei levar pelo momento, me desculpe—digo descendo da bancada e pegando minha camisola do chão.

—Luna não tenha medo—ele diz.

—Não é medo Sr Mendez, apenas não deveria ter acontecido—digo firme, porém sem olha-lo.

Caminho rapidamente para o meu quarto, fechando a porta assim que entro, vou até uma das janelas e vejo-o caminhar até a casa de hospedes, ele passa a mão pelos cabelos negros, o mesmo cabelo que há pouco eu segurava, vejo-o entrar e bater a porta atrás de si.

Acredite, Alejandro é para o seu próprio bem.

Entro no chuveiro, e deixo a água morna cair sobre meu corpo, sobre os lugares que ele tocou, me perco nas lembranças dos seus sussurros e gemidos.

Eu não podia e nem deveria me apaixonar por ele.

Eu não devia querer estar na cama com o meu guarda-costas.

Saio do banheiro e pego um pijama qualquer no armário, deito em minha cama e pego meu celular, que era rastreado para fazer e receber ligações, porém consegui burlar o sistema para acessar algumas redes sociais, lembre-me de agradecer ao meu professor de software. Entro na barra de pesquisas e digito o nome dele, logo o perfil aparece, vejo algumas fotos dele com uma senhora, suponho que seja avó, algumas fotos de viagens e então uma em que ele aparece com uma mulher, na legenda a frase: "Te amarei eternamente", ela era jovem e linda e claro magra.

O que um homem que teve uma mulher dessas iria querer com uma mulher como eu? Ele não a esqueceu e a maior prova reluzia em sua mão direita, ele ainda usava a aliança.

Rolo a tela para baixo e vejo mais algumas fotos deles juntos e isso me causa um desconforto enorme.

Logo adormeço e em meu sonho nada disso aconteceu, estou na lanchonete comendo hambúrgueres, mas não é Arthur comigo, Alejandro está ali e me sorri, de repente um tiro, ele cai.

Acordo assustada, já é dia meu celular toca vejo o nome de Álvaro na tela.

—Alô! —atendo sem ânimo.

—O que faz dormindo até essa hora Luna? —ele questiona.

—Desculpe dormi tarde—digo.

—Com certeza estava comendo de madrugada novamente, não é Luna? —ele pergunta.

—Sim é isso—afirmo, na verdade eu queria dizer que estava sendo comida, mas eu não podia.

—Já disse que assim vai ficar ainda mais gorda, enfim liguei para avisar que não chegarei a tempo do leilão beneficente na sexta, a viagem se estenderá ainda mais uma semana. Você me representará, farei a transferência e você arrematará o conjunto de Safiras, entendeu? —ele questiona.

—Sim—digo.

—Assim que o arrematar coloque-o e ao chegar em casa o coloque no cofre. O Sr Mendez a acompanhará, quero alguém de olho em você, não tente nenhuma gracinha Luna, fui claro? —ele questiona.

—Sim Álvaro—digo.

—Se precisar de um vestido novo saia para comprar e pare de comer como uma porca faminta ou nenhum vestido caberá em você—ele desliga.

Mais uma vez ele me xingou e me humilhou, porém hoje não vou chorar, pois ontem fui amada por um homem de verdade.

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