RIO DE JANEIRO-BRASIL
SETE ANOS DEPOIS
POR LUNA
—Miguel não vá para longe da mamãe—digo ao pequeno anjo travesso de seis anos.
—Não vou mamãe, estou brincando com o Felipe—ele diz e sai correndo com o outro pequeno.
Levo o copo de suco à boca novamente até que Bianca chama minha atenção.
—Lu, posso fazer uma pergunta?—ela inquire.
—Claro Bia—digo a jovem de cabelos compridos.
Quando cheguei ao Brasil, perdida e grávida, Hector me acolheu e me ajudou, algum tempo tivemos problemas com Bianca, pois apesar de sermos apenas amigos, a ideia de abrigar a ex-noiva em casa não soava bem aos ouvidos de Bianca, e essa ideia sobre mim só mudou depois que nós duas conversamos e ela viu que eu não representava perigo.
Meses depois ela e Hec
ISTAMBUL-TURQUIAPOR ALEJANDROOlho no espelho e vejo o que sete anos mudaram em mim, meus cabelos estão diferentes, a responsabilidade me caiu sobre os ombros, dois anos após me casar com Ayla, recebi a visita de um dos representantes do conselho, que alegaram um pequeno erro no meu pedido para capo anos antes, sendo assim me nomearam capo da máfia turca.Com isso adquiri inúmeras responsabilidades, desde exterminar concorrentes a comparecer em bailes beneficentes.Olho o convite em minhas mãos, baile de moda, bufo isso deve ser um saco, mas terá a presença de muita gente importante, eu adoraria visitar o Brasil novamente, nunca ouvi falar dessa agência Bianca Alcantara Model's, deve ser de alguma patricinha filhinha de papai.Vejo Ayla invadir o escritório mais uma vez chorando.—O que foi agora Ayla?—pergunto sem interesse.&
RIO DE JANEIRO-BRASILPOR LUNA...Ouço-os abrir a porta, hoje Lili e Miguel demoraram um pouco mais, a julgar pelos olhinhos brilhantes do meu filho, suponho que se divertiram bastante.—Oi mamãe, hoje no shopping foi o máximo—ele diz.—Venha Miguel, vamos tomar banho, deixe sua mãe descansar—Lili diz.—Mamãe depois do banho vou lhe contar sobre meu pai de mentirinha—Miguel diz.—Que história é essa Aline?—questiono.—Ah dona Luna, conhecemos um senhor no shopping muito bonito devo dizer, Miguel esbarrou nele sem querer, e depois os meninos malvados do colégio apareceram, e Miguel disse que eles tiravam sarro dele porque ele não tinha...—ela para de falar—enfim a senhora sabe, o moço então se passou por pai dele para os garotos o aceitarem na turma, por favor d
RIO DE JANEIRO- BRASILPOR ALEJANDRODepois daquela tarde no shopping com aquele garoto até então desconhecido, algo mudou em mim. E mesmo que por poucas horas eu gostei de estar com aquela criança. Miguel era um garoto muito inteligente, e discursava com propriedade sobre as espécies de dinossauros, o que eles comiam e seu habitat natural, ele me fascina com seu conhecimento, até me lembrava uma outra pessoa, toda autoritária e conhecedora de seu mundo.Ah Alejandro, esqueça a Luna, projetá-la no pequeno era loucura certamente.Após uma noite agitada, em que acordei diversas vezes, levantei-me e decidi passear na orla. Sempre gostei do mar, do cheiro da maresia.Quando chego à recepção, o gerente do hotel está conversando com um garotinho, que ao virar-se constato que é Miguel, ele me vê e diz.&
RIO DE JANEIRO-BRASILPOR LUNATê-lo tão próximo a mim, desperta inúmeras sensações, sinto seu perfume e suas mãos na minha cintura, seu toque arde em minha pele, eu senti tanta a falta dele que agora não sei como agir. Ele me beija, eu me permito ser beijada.Suas mãos percorrem meu corpo, seus lábios tocam os meus, sua língua pede passagem e eu permito que ele me invada.—Luna quanta saudade eu senti de você, do seu cheiro, do seu corpo, seu toque, eu te amei todos esses anos, eu ainda te amo—ouço Alejandro dizer.—Eu te amo—confesso.O guiei pelo corredor que levava até o meu quarto, ele se aproximou retirando minha blusa.—Vamos tomar um banho, quero cuidar de você—ele diz.Ele então caminha até a porta que leva ao meu banheiro, como se j&aa
RIO DE JANEIRO-BRASILPOR ALEJANDRO—Oi filho—Luna e eu dissemos juntos.Ele nos olha e sorri.—Estou sonhando? Minha mamãe e meu papai de mentirinha estão aqui comigo?—Miguel diz.Luna iria dizer algo, mas a interrompi.—Não é um sonho Miguel, estamos aqui, você está no hospital, mas logo logo estará em casa—digo.—Mamãe, o que aconteceu? Eu lembro do barulho quando estávamos no carro—Miguel diz.-Filho sofremos um acidente, estamos no hospital mas já está tudo bem, não se preocupe logo vamos para casa-Luna diz.—Você vai para casa com a gente?—ele me pergunta.Olho para Luna.—Se a sua mãe deixar eu vou—afirmo.—Mamãe deixe, por favor, eu nunca tive um papai, eu queria ter um mesmo de me
PETRÓPOLIS-RIO DE JANEIRO-BRASILPOR LUNA—Luna acalme-se vai dar tudo certo, você está perfeita, o lugar está lindo, e o seu noivo bonitão como sempre—minha irmã tenta me acalmar pela milésima vez.—Eu sei Ceci, mas meu coração está apertado, tenho tanto medo, já nos desencontramos tantas vezes que parece que algo sempre vai dar errado—digo.—Luna, essa é a hora de vocês serem felizes, nada vai dar errado, tudo sairá perfeitamente maravilhoso—Bianca diz.—Vocês são as madrinhas mais perfeitas que uma noiva poderia ter—digo sorrindo.Olho pela janela do quarto, da grande cada estilo colonial que alugamos para o casamento, ela é perfeita, espaçosa, tem cheiro de lar.Ouço uma leve batida na porta, e então Hector entra ac
Me chamo Miguel Bernardi Armed, tenho vinte e oito anos, e sou herdeiro de duas grandes máfias, comando com orgulho algumas empresas da família, tenho tudo que quero, dinheiro, carros, motos que são minha paixão e só perdem para as mulheres.Não tenho pontos fracos, ao menos não posso deixar que meus inimigos saibam que os tenho, pois o meu ponto fraco é um ser de vinte anos, que se chama Antonella Bernardi Armed, sim minha irmã é meu ponto fraco. Essa diaba insiste em sair sozinha e ficar exposta, ela não se dá conta de quem somos do quanto estamos expostos, todos acham que eu esqueci por ser novo na época em que aconteceu, mas me lembro do que aconteceu no casamento dos nossos pais.E eu mataria qualquer um que se aproximasse da minha irmã, que a fizesse mal.E agora ainda tenho que aturar essa outra maluca da amiga dela, que quase sempre está aqui dentro d
MADRI-ESPANHAPOR LUNA ORTIZChamo-me Luna Ortiz, nasci na Itália há exatos trinta e dois anos atrás, sou filha única, minha mãe morreu quando eu era ainda muito jovem, meu pai era tudo que eu tinha, era minha fortaleza até exatos dois anos atrás.Eu trabalhava como modelo, para uma famosa grife em Madri, eu era uma modelo curvy, tinha orgulho de exibir minhas curvas nas revistas e outdoors da cidade. Quando mais nova eu sentia muita vergonha do meu peso, do tamanho dos meus seios, da minha altura, hoje exibo todos esses atributos com orgulho, tenho naturalmente o que muitas mulheres pagam fortunas para ter: um corpo de verdade.Até o dia que fui usada pelo meu próprio pai como forma de pagamento de uma dívida com a máfia Espanhola só aí descobri que meu pai era um contrabandista de armas.Minha vida virou de cabeça pa