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Ele dá um passo ao meu lado e passa a mão pelo cabelo. Tenho que levantar minha cabeça até encontrar seus olhos. — Eu não sou capaz de amar, Hadley. — ele não demonstra nenhuma expressão, sua voz um sussurro assombrado, antes de olhar para o mar e enfiar as mãos nos bolsos. — Eu aprendi há muito tempo que, quanto mais você quer alguém, mais você cobiça e precisa e ama... Não importa. No final, eles vão deixá-lo de qualquer maneira. — ele pega uma concha e joga. — Além disso, alguém pode dizer-lhe que te ama, mas as palavras podem mentir e ações podem ser improvisadas para fingir algo que não é.

Um arrepio percorre-me com as suas palavras. Que maneira triste, horrível para passar a vida. Sempre querer, mas nunca ter, porque você acha que vai perder de uma hora pra outra. Ser tão magoado que você acha que as palavras e ações ferem mais do que a pessoa por trás delas. Meu coração está arrasado pelo menino pobre que viveu uma vida vazia de amor incondicional. Dói pelo homem diante de mim
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