— Lorde Batista, não o conheço muito bem, nunca fui próximo aos membros da corte, e pelo que sei desde seu desaparecimento, ele se afastou dos assuntos relacionados a coroa. - Enzo responde seguindo o olhar de Ísis, o Duque agora conversava com um senhor baixo de cabelos grisalhos, mas esse logo se afasta do Duque, balançando a cabeça como se descordasse completamente do Duque. - Acho que a relação dele com os demais Lordes não é tão boa.— Claro que não. - Andy fala ao lado de Ísis assustando a dupla. - O Senhor César foi o único a questionar a imperatriz, bem como a posição de Artur, muitos o rotularam de louco por questioná-la.— Foi o senhor Batista que nos avisou a respeito da morte de minha prima. - Fala o príncipe Uriah, ao lado de Enzo— Foi ele também que levantou as primeiras suspeitas a esse respeito. - completa Heitor.— Então podemos, a princípio, confiar nele, me pareceu muito perspicaz no julgamento de Noah – Ísis declara. - Sabem se ele é casado?— Viúvo, sua esposa fa
— Sim, ficamos sabendo, bem como do arranjo realizado pelo Imperador, passando a administração de Hydronies, para o Marechal Pedro. O que convenhamos não foi bem-aceito entre os lordes, afinal não cabe aos soldados administrar uma província.— Bom, eu gostaria que se casasse com a jovem Audrey, a viúva do Duque de Bragança. Ela possui uma filha de doze anos, mas minha Dama Elena ficara responsável por sua educação e eu mesma cuidarei dos arranjos para o casamento da pequena, e claro que posso auxiliar também nos preparativos para o casamento da pequena Emília.— Não sei por onde andou por todos esses anos Majestade, mas ao que parece está a par de tudo que acontece no reino. - César fala parando, fazendo Ísis interromper seus passos também. - Posso saber por que estais cuidando pessoalmente do casamento de uma mera viúva? Qual importância disso para o reino?Ísis observa o salão calmamente, o questionamento de César era válido, ela não era uma pessoa qualquer e sim a Imperatriz, por q
Ouvir tais palavras de Pedro, foi como se o chão fosse retirado dos pés de Ísis, seu corpo cambaleou para o lado, sendo rapidamente apoiado por Enzo. Sua mente dava voltas, relembrando cada acontecimento e a fala de Noah no julgamento volta a sua mente, seu coração se apertou, um pavor se apossou de seu ventre, medo não apenas por si, mas por seu povo.— Como? Como ele fugiu?— Não sabemos ao certo, acredito que aproveitou algum descuido da segurança durante o baile. - Pedro responde observando o céu pela janela. - Majestade peço perdão por minha incompetência.— Quantas perdas? - Ísis pergunta, recebendo como respostas um balançar da cabeça de Pedro, gesto acompanhado de soco no parapeito da janela.— Nenhuma. - Enzo responde por Pedro. - O infeliz saiu de sua cela sem qualquer alarde, aparentemente ninguém o viu desde o jantar.— Está dizendo que ele teve ajuda de alguém de dentro do castelo?— É uma possibilidade… - Enzo começa, mas logo é interrompido por Pedro.— É IMPOSSÍVEL ENZO
Após se despedir dos convidados Ísis segue para seus aposentos acompanhada por Enzo, em silêncio entram no quarto. Apesar de todo esforço que Ísis fez, ela sabia que jamais conseguiria esconder seus sentimentos de Enzo. Assim que entram no quarto, Enzo puxa Ísis pela cintura, colando seu corpo ao dele e apertando carinhosamente o frágil corpo da princesa em seus braços. Ao sentir tal carinho, Ísis fraqueja deixando lagrimas vir aos seus olhos, lagrimas que logo escorrem por seu rosto, levando consigo toda angustia e dor que vinha segurando ao logo desses dias.Após alguns minutos naquela posição, o choro silencioso de Ísis cessa, lentamente ela se afasta de Enzo, esse, segura seu rosto entre suas mãos, limpando delicadamente todos os vestígios que as lágrimas ali deixaram. Os olhos do Marechal encaravam atentamente os olhos da princesa, transmitindo segurança e conforto.— Sei que passaste por muitas coisas desde que retornaste, mas quero que saiba que aqui, na minha frente, podes fra
O som da porta se abrindo, seguindo pela luz do sol atingindo seu rosto, despertou Ísis de seu sono. Essa, ainda de olhos fechados, puxa um dos travesseiros cobrindo seu rosto numa tentativa de voltar a dormir, mas tal tentativa se faz frustrada ao sentir o mesmo ser retirado de seu rosto delicadamente. — Majestade, entendo que estejas cansada, mas precisas levantar. - A voz suave de Elena soa ao seu lado, ela não a reprimia, estava mais como se tentasse de alguma forma se desculpar por tal situação. - Tentei postergar ao máximo, mas alguns Lordes já se encontram no palácio e não seria de bom-tom deixá-los esperando por Vossa Majestade.Ísis ainda sonolenta senta na cama, um pouco atordoada olha em volta como se tentasse se situar do ambiente ou mesmo se lembrar de onde estava. A princesa leva a mão aos cabelos bagunçando os poucos fios que se soltaram do peteado que usara na noite anterior, só então percebeu que ainda se encontrava com as roupas do baile. Se lembrando que não havia
— Quem enviou essa carta? – Ísis questiona sentando-se a mesa e agradecendo a serva que lhe trazia seu café. — Seja quem for está pedindo para ser morto! - Enzo responde sentando-se a mesa ao lado de Ísis e entregando a ela uma taça com frutas cortadas e retirando de sua mão a xícara de café. - Coma algo antes de tomar café. - Ísis não rebate, apenas come as frutas que lhe foram oferecidas. — É um assunto sério, precisamos ter calma para lidar com tal, mas quem teria essa ousadia toda? - Pedro fala calmamente, pegando a xícara de café que outrora estava com Ísis e tomando-a, recendo um olhar mortal de Ísis.— Esse café é meu. - A princesa fala com um pedaço de morango no caminho da boca, observando Pedro sentado a sua frente, esse, não se mostra intimidado, apenas dá de ombros e continua saboreando o café.— Sabemos bem quem foi… - A voz de Andy soa pelo quarto, assustando os presentes.— Mulher ainda terá a cabeça arrancada de seu pescoço se continuar nos assustando assim! - Enzo f
Ísis é desperta de seus pensamos por singelo toque de Enzo em seu ombro, ela volta seu olhar aos homens ali presentes a observando atentamente, anda calmamente até o trono onde se senta. Cerca de dois degraus a baixo do trono, a sua direita encontrava-se o Arquiduque Batista e a esquerda Pedro, Enzo para o espanto de todos os presentes se põe de pé imediatamente ao lado de Ísis com um dos braços apoiado no encosto do trono de Ísis.— Sejam Bem-vindos, e agradeço a todos pela presença. - Ísis saúda a todos calmamente, ela nota o olhar de alguns de desconfiança, outros com certa relutância. - Bom, Creio que o Arquiduque Batista já tenha lhes adiantado alguns assuntos que devemos tratar hoje.—
Bastou um balançar da mão de Enzo e diversos soldados entraram no salão, nenhuma espada foi empunhada, alguns soldados se empenharam em apenas em afastar os Lordes que estavam a ponto de ir as vias de fato. Outros apenas em mostrar sua imponente presença ali, indicando que deveriam se comportar ou teriam que arcar com as consequências. Pouco tempo depois o silêncio se fez presente no local, todos então voltam seu olhar para o trono onde Ísis se encontrava observando a todos com calma.Alguns Lordes eram segurados pelos braços, outros imobilizados de joelhos perante o trono, dentre esses de joelhos se encontrava o Lorde Bundonne, esse era segurado pelo Soldado Mendes, que forçava o Lorde não apenas a permanecer de joelhos, mas também de cabeça baixa, imobilizado. Ísis com ajuda de Enzo se levanta, ela sinaliza a Pedro que esse deve permanecer ali de pé à esquerda do trono, e assim ele faz.Com toda elegância, Ísis desce os degraus do trono, dá uma volta no salão, passando entre cada um