A ambição comete, em relação ao poder, o mesmo erro que a ganância em relação à riquezaCharles Caleb ColtonAinda sobre aplausos do povo, Noah Murphy é retirado da praça pelos soldados e levado para prisão real, Ísis observa a família Soares que se abraçam aliviados pela sentença e justiça feita pela sua família, volta seu olhar ao povo ali presente, levanta levemente sua mão pedindo silêncio, que logo é atendida.— Não irei me alongar muito, afinal tivemos um longo dia e creio todos estão cansados e possuem outros afazeres. - Ísis começa a falar chamando a atenção de todos os presentes. - Acredito que não apenas meu retorno, mas minha aparição um tanto quanto abrupta tenha causado certo espanto e alvoroço a todos. Assim como meu desaparecimento causou grande impacto no reino, creio que meu retorno também causará, nesse curto tempo em que cheguei ao reino confesso que fiquei sabendo de algumas histórias e acontecimentos que não me agradam. - Ao ouvir as palavras de Ísis, uma nova com
Do outro lado da província, Ísis chegava ao castelo, e ao descer do cavalo encontra Elena a esperando afoita próximo à entrada do castelo. — ALTEZA! Finalmente retornaste. — O que houve Elena?— A Duquesa Bragança, lhe aguarda na biblioteca.— E quem ela seria?— Viúva do Duque de Bragança, Filha do Marechal Alves. A Duquesa nunca veio ao castelo, nunca se encontrará com a Imperatriz, e veio hoje especificamente a sua procura Princesa.— A família Bragança é responsável por algum assunto da corte ou mesmo província do reino?— Não Alteza, existem boatos que a família era falida, antes mesmo do casamento da Duquesa com o filho mais velho da família.— A quem diga alteza que o casamento fora apenas um arranjo para a Senhora Bragança obter o título de Duquesa. - Um soldado próximo comenta.— Sem falar nos boatos de que o dote dela teria sido usado para pagar as dívidas do Duque em tabernas de todo o Reino. - Outro soldado completa.— Ou seja, ela é uma nobre falida, cuja única propried
— Creio que a Duquesa esteja equivocada em vários aspectos em sua fala – Ísis interrompe a jovem, com um tom seco e frio, sem qualquer vestígio de calma. - Elena, a jovem que lhe atendeste, é minha Dama de Companhia e tenho convicção, que fora informada não apenas disso, mas como também do motivo de minha ausência no castelo. - Ao ouvir tais palavras, por alguns segundos, os olhos da Senhora Bragança se abrem em espanto, mas logo sua postura superior retorna. Ísis fica de pé a frente da jovem a observando atentamente. - Peço desculpas por minha indelicadeza, mas tive um dia longo e cansativo, se a senhora puder ir direto ao assunto que lhe trouxe de tão longe eu agradeceria.— Entendo, mas não é um assunto simples, que possa ser tratado levianamente…— Sou a Princesa Herdeira de Sosayti, nenhum assunto dirigido a mim é tratado levianamente. - Ísis a interrompe novamente com um tom mais e duro que o anterior, os soldados presentes na porta da biblioteca, apesar de pouco terem convivido
— Tu não tens que aceitar, ou questionar nada que por mim for falado! - Ísis fala firmemente se aproximando. - Cabe a Duquesa apenas acatar o que lhe for dito. Marechal, se não me engano, segundo as leis de Sosayti, apenas o primogênito entre os homens pode herdar o título nobre do pai, as mulheres o adquirem pelo casamento.— Sim Majestade.— A Duquesa não possui filhos homens, seu marido faleceu logo após o nascimento de sua filha. — O Duque de Bragança também não possui irmãos ou parentes vivos. Por isso, logo após a morte do Duque, o Imperador passou a administração da província de Hydronies provisoriamente para Pedro. - Enzo explica, recendo um aceno de entendimento de Ísis.— Bom, em duas semanas será realizado no palácio um Baile de Máscaras em minha homenagem, com a presença de todos os Lordes e nobres do Reino, creio que vosso convite já esteja a caminho de seu palacete. Espero lhe encontrar então em tal ocasião, onde aproveitarei para lhe informar quem receberá o título de
— Eles não deveriam vir juntos, afinal não é comum um casal viajar separado, ainda mais nessa época.— Ah, eles não são casados, pelo menos não ainda, creio que irão se dar conta de tudo apenas depois da guerra. - Angel fala pensativo. - Ísis, não devo lhe encontrar novamente tão cedo, então preciso que tenha algo em mente, é de grande importância que você salve algumas pessoas e mude a mentalidade de outras, isso pode mudar o futuro.— Angel, poderia me dizer o que será feito de Senka? Já a localizou? – Nesse pouco tempo em que conhecera Angel, Ísis sabia que devia retira o máximo de informações possível, pois, ele podia simplesmente ir embora.— Senka, jamais, saiu ou sairá do meu radar, sempre sei onde e o que ela está fazendo. Entendo sua revolta a respeito dela, mas existem algumas coisas que devem acontecer, para um bem maior. - Angel responde, então volta seu olhar para porta. - Seu convidado já chegou, mas creio que seu noivo não gostou muito de sua chegada… - completa sorrind
Assim que Ísis conclui sua fala os soldados presentes na porta começam a se dissipar, Enzo fica um tempo ainda sentado à mesa observando a parede a sua frente, ele parecia pensativo como se ponderasse algo importante. Em um único gole Enzo esvazia a xícara de chá a sua frente, se levanta de maneira um pouco brasca, mas controlada, anda em direção à porta e antes de se retirar vira para Ísis lhe fazendo uma leve reverência, saindo em seguida fechado as suas costas a porta.— O Marechal, nunca gostou de cavaleiros, seja eles de qualquer ordem, mas parece ser algo mais pessoal com o Sr Lopes. - Elena comenta observado a porta fechada. - O seu banho está pronto, quanto a roupa tem algo em mente?— Acho que vi um vestido de saia bufante azul com preto, poderia ser ele? - Ísis fala se direcionando a banheiro, e sem responder Elena corre para pegar o vestido escolhido pela princesa.O vestido escolhido, era simples, mas não perdia em nada sua elegância, com uma saia estilo bufante, mas sem e
Tanto Pedro quanto Enzo observavam a cena com espanto, jamais imaginariam que Ísis poderia conhecer o Cavaleiro, mas diferente de Pedro, o olhar de Enzo era quase mortal, ele fuzilava Antony como se pudesse arrancar a cabeça de seus ombros ali mesmo. Tal olhar não passou despercebido nem por Pedro, tão pouco por Antony, esse aperta Ísis um pouco mais em seus braços, observando atentamente o olhar de Enzo, que ao perceber faz menção de se aproximar sendo impedido por Pedro.— Acho melhor nos afastarmos ou seu Marechal acabará me matando apenas com o olhar. - Antony fala ao pé do ouvido de Ísis, causando arrepios na mesma, que se afasta dando um leve tapa no cavaleiro e levando a mão a nuca.— Anthy, você sabe que sinto cócegas! O que faz aqui?— Horas, achei que Angel havia avisado de minha vinda. - O Cavaleiro fala se sentando novamente. — Ele avisou o viria um casal Tony e Andy para me ajudar, mas jamais imaginei que seria você. - Fala se sentando na poltrona na frente de Tony.— Ma
— Então Angel lhe mandou encontrar a princesa, ele disse por quê?— Disse, inclusive, sentamos e bebemos várias canecas de cerveja. - Tony ironiza…- Angel não explica o que deseja, apenas ordena e você faz, sem questionar, com o tempo entenderá o que ele pretende. Demorei um pouco, para entender tal pedido, e porque ele havia me pedido isso. As coisas começaram a ficar claras quando Andy me disse onde estavas, princesa, afinal creio que eu seja um dos poucos que pode viajar no tempo. Quando informei a Angel onde estavas, ele ficou um tempo apreensivo, parecia sem entender o que se passava, mas do nada ele me fala para ir ao seu encontro e protegê-la.— Protegê-la? Ele não pediu que a trouxesse de volta?— Não, acredito que ainda não era seguro o retorno da princesa naquele momento.— E o que haveria de ter mudado agora? A princesa está segura agora? Quem foi responsável pelo desaparecimento dela? – Pedro questiona.— Não sabemos ainda. - Sinis fala entrando no salão. - Quando Angel pe