ELLIOTAs investidas começaram a se tornar mais frenéticas, a mão do lycan deslizava mais e mais para trás, se enfiando profundamente na fenda inchada e macia.Um grito rouco e com tons dolorosos nos despertou, Vorath imediatamente se ergueu para ver o fio de sangue escorrendo entre os lábios de Katherine."Não, não, eu a machuquei, machuquei minha fêmea!" — rugiu preocupado, entrando em pânico, tentando se retirar, mas ela…— Não, não para, lobinho, estou bem, não se assuste mmm — levou a mão para trás, acariciando a coxa do meu lycan.— Só não tão brusco… ahh… não para agora, estou perto, amor, me fode mais, me dá de novo… mmm… — sua voz exigente, nos incitando a continuar.Ela mesma se colocou de joelhos, seus dedos acariciando a pelagem, seus cabelos suaves abanando contra o peito de Vorath, enfeitiçando-o com seus gemidos, com seus movimentos sensuais, ainda nos tomando dentro dela, se penetrando.A cabeça erguida e os olhos semicerrados de prazer, mas meu lobo não conseguia esqu
KATHERINEMeu peito ressoava “boom”, “boom”, “boom” com as batidas aceleradas do meu coração.A imagem se tornou tão nítida e real em minha mente.Era lindo, sua pelagem brilhava em um castanho escuro, suas pupilas vermelhas e selvagens pareciam me olhar direto na alma.Fiquei muda por um instante, não sabia o que dizer, jamais pensei que essa presença pudesse invadir assim meus sentidos.“Eu… eu não quis te machucar, querida, só… só gosto demais de você, minha fêmea. Posso parecer intimidador, mas o que aconteceu hoje, o que aconteceu na floresta… eu só sou assim com nossos inimigos,” ele começou a balbuciar em minha mente.Deu alguns passos hesitantes, apesar de ser um lobo poderoso, com uma aura tão agressiva, eu podia ver a incerteza em seus olhos.Coisa linda, tão fofinho e preocupado com meus sentimentos.“Você tem medo de mim? Você… odeia estar emparelhada com uma besta sanguinária?”— Não! — respondi em voz alta — Elliot, diz a ele que não, amor, eu não o odeio.Comecei a resp
ELLIOT"Já está feliz?", perguntei ao meu lobo enquanto afundava o nariz nos cabelos de Kath.Agora, com minha parte animal completamente desperta, eu podia sentir uma atração quase obsessiva por ela.O aroma de lavanda ficava mais intenso, eu queria tê-lo só para mim, que seu corpo sempre carregasse minha essência, que os outros machos soubessem que essa linda mulher era só minha.Algo bastante idiota considerando que os seres elementais não podiam sentir os avisos pelo cheiro."Não o suficiente, quero sair e estar com ela, abraçá-la. Está fazendo frio, minha pelagem dá muito calor, vamos nos transformar.""Não," respondi sem hesitar, já sentindo a pressão em minha mente, firme e dominante, me obrigando a ceder o controle."Você acha que não percebo seus truques? Só quer ser o protagonista. Lembre-se de que, neste reino, ninguém pode nos descobrir ou podemos morrer.""Que tentem. Agora que estou acordado, nenhum ser vai me separar da minha fêmea," rosnou entre os dentes, e esse aviso
ELLIOTDeixei um bilhete desenhado no azulejo de pedra com um carvão, caso ela acordasse de repente.Beijando-a na cabeça, reabasteci a lareira com mais madeira e a cobri bem com suas roupas um pouco desarrumadas.Ela ficou bem quentinha junto ao fogo e então saí para o pátio dos fundos.A velha cerca de madeira que fazia divisa com a floresta estava caindo aos pedaços, com as trepadeiras se espalhando como se fossem donas do lugar.Olhei para trás, para a imponente mansão que projetava sombras, para as paredes úmidas e cobertas por exuberantes glicínias.Convoquei a transformação, olhando para o céu, para a enorme lua livre das nuvens escuras, cuja claridade iluminava minha metamorfose na poderosa besta.Dentes afiados, meu maxilar e mandíbula se remodelando em um focinho, cada osso e tendão doíam como sempre, minha coluna estalava, os poros se cobriam com a pelagem escura.«Auuuuuuu!»O uivo lupino ecoou no meio da noite, e ao longe, os sensíveis ouvidos de lycan captaram a resposta
KATHERINESua boca sorria, mas eu estava com medo, era como uma réplica de mim mesma. Dei um passo para trás, assustada.Seu olhar, de repente, se tornou triste. Ela abriu os lábios, falava comigo, mas eu não conseguia ouvir nada.O tempo estava acabando, eu sabia.Num piscar de olhos, a vi pular pela janela de vidro do segundo andar. Estendi a mão em pânico, fragmentos brilhantes, como milhares de borboletas voando, nublaram minha visão.Ela vai morrer se se jogar daqui!»—Não! —Acordei de sobressalto, minha mão estendida como no sonho, tentando agarrar aquela... mulher tão parecida comigo.Algo molhava meu rosto e, ao tocar minhas bochechas com a ponta dos dedos, senti as lágrimas.Isso foi um sonho? Estranho demais, vívido demais e um pouco assustador.Olhei ao redor, tentando me acalmar, mas não vi Elliot ao meu lado, e isso fez minha ansiedade voltar.—Elliot? —chamei enquanto me sentava, movendo-me até a borda do tapete.Achei que estaria em pedaços pelo esforço físico, mas, na
KATHERINEEntão eu fiz. Tomando uma respiração profunda, agarrei a borla com a mão e puxei a corda para baixo.Track track track!— Ai! — soltei um grito e pulei para trás, assustada, quando uma escada de mão antiga caiu do teto com um barulho estrondoso.Uma nuvem de poeira logo inundou o corredor, e comecei a tossir quase até sufocar, abanando a mão para dissipar um pouco o ar carregado.Finalmente, consegui focar nas alturas, onde um buraco escuro havia se aberto.Dava um arrepio na espinha, como se a qualquer momento olhos pudessem me espreitar das trevas.Baixei o olhar para a escada suspensa à minha frente. Os degraus estavam desgastados, e cupins se espalhavam corroendo a madeira.Mesmo assim, aquele instinto me impulsionava a explorar, como quando segui Francis; uma magia poderosa puxava minha alma.Decidi correr o último risco e subir.Coloquei as mãos nos suportes laterais com certo nojo, levantei o pé e me certifiquei de não cair logo no primeiro degrau.Comecei a subir, po
KATHERINEHesitei um pouco antes de colocar a mão novamente naquele espaço desconhecido.Observei a ponta do meu dedo, que já estava se curando.A ideia maluca de que apenas com o meu sangue ou o da minha irmã esse esconderijo secreto se abriria passou pela minha mente."Se já está no meio do caminho, continue até o fim", pensei, fazendo uma careta sarcástica, enquanto tomava o último risco e rezava para não perder a mão.Enfiei a mão no buraco e senti uma superfície dura e metálica. Agarrei com firmeza. Parecia uma pequena caixa, pesada enquanto a ergui.Através da pouca luz, entre sombras e minhas pupilas se estreitando para focar, percebi que havia encontrado um pequeno porta-joias.Os detalhes em bronze brilhavam lindamente, a superfície semelhante ao ônix me lembrou daquele colar que dei a Elliot.Estava tão concentrada observando que não percebi a mudança no ambiente: a luz da lua desaparecia atrás das nuvens tempestuosas, o ar viciado ficava mais denso, as trevas me cercavam.T
KATHERINEBAM! BAM!—AAAHHH! — gritei em puro pânico, quase podia sentir a respiração em minha nuca. A maldit4 janela não parava de bater.Me levantei com as pernas bambas, mas corri como uma louca, apertando o pequeno cofre contra o peito.A luz da saída parecia tão perto e, ao mesmo tempo, tão longe.Acreditei ouvir passos me perseguindo, os panos brancos ao meu redor pareciam mãos e monstros me cercando, me prendendo nessa maldição.Joguei o cofre pelo buraco da entrada e pulei logo atrás dele.Com os olhos semicerrados, me sentei no chão e desci as pernas, agarrando-me à escada, com medo de ver algo bem diante do meu rosto.Seu rosto. Aquele rosto acusador, cheio de ódio e sede de vingança.Meu pé escorregou na pressa de escapar, e um dos degraus se quebrou pela metade.Agarrei-me com as unhas na madeira, tentando encontrar equilíbrio, mas a sensação de cair no vazio tomou conta dos meus sentidos.Tentei agarrar o ar, desesperada, abrindo os olhos apenas para ver o quadrado escuro