113. SACRILÉGIO

VALERIA

Levantei os olhos e contemplei o interior do mundo onde Umbros estava aprisionado.

A sensação era horrível, como se toda felicidade tivesse sido sugada por um vórtice de maldade.

O que parecia ser uma ilha flutuava ao longe, fora de nosso alcance, e era o único elemento sólido nesse lugar.

Todo o restante estava encoberto por uma névoa negra como tinta, enquanto relâmpagos lampejavam ao longe entre nuvens de tempestade e escuridão.

Era como estar flutuando no vazio.

— Dê o primeiro passo e nos leve até a Ilha Lunar.

— O primeiro passo? Para onde? — perguntei, olhando para baixo. A sensação de vertigem me fez recuar rapidamente.

— Não seja idiota. Vi que você tinha asas de corvo quando lutou contra o Rei Lycan. Use-as e pare de perder tempo. Voe até a ilha.

Fechei os olhos e tentei invocar a transformação.

Esperava que funcionasse, pois não conseguia controlá-la com facilidade.

Contudo, a sensação de coceira começou em minhas costas, seguida de um desconforto crescente.

Meu ves
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