– Um dia, minha mãe estava trabalhando. Eu acordei de manhã e caminhei, ainda um pouco sonolenta, em direção ao banheiro. Ele apareceu, vindo do banheiro, nesse exato momento completamente nu e ele tinha uma ereção. Eu fiquei paralisada, em choque no meio do corredor e ele caminhou lentamente em minha direção. Eu nunca tinha visto um homem nu, exceto nos livros de ciências na escola. E ele era meu padrasto e eu estava sozinha com ele. Eu entrei em pânico, mas ele apenas passou por mim e me olhou como se estivesse se desculpando, embora seu olhar não parecesse nenhum pouco arrependido. Ele disse que havia esquecido a toalha e entrou tranquilamente no quarto e fechou a porta. Eu fiquei paralisada, encostada na parede, exatamente no mesmo lugar. Por um longo tempo e quando finalmente eu encontrei forças para me mover, ouvi um gemido. Como se estivesse com dor. Eu achava que ele estava se sentindo mal ou algo assim, mas depois eu descobri que ele estava se masturbando. Eu corri para o meu
Um silêncio desconfortável se instalou entre nós. Eu sabia que, no momento que eu falasse a Harold sobre o meu passado nossa relação não seria mais a mesma. Quem vai querer se relacionar com uma pessoa tão fodida quanto eu? – Eu sinto muito por hoje, Harold. Quando eu vi o chicote eu só... surtei. E quando você falou que eu queria isso era apenas a frase que ele sempre repetia pra mim e eu me assustei. Mas não foi por você. Sei que você não me faria mal. Quero que saiba que eu sinto muito mesmo. Eu vou embora agora...- Uma porra que você vai – Ele avançou em minha direção e me puxou para os seus braços. Céus! Isso foi como um alento pra mim. Eu não pude deixar de sentir uma distância imensa se colocar entre nós depois que eu contei tudo. Então, esse abraço era o que eu precisava. As lágrimas voltaram com tudo. Eu convulsionava nos braços de Harold.- Shhhhh. Está tudo bem, querida. Eu estou com você. Está segura agora – Eu me agarrei a ele como uma tábua de salvação e me entreguei às
Ele me soltou e caminhou até o outro lado do quarto. Eu prendi a respiração quando ele alcançou a corda e a máscara de dormir. Ele caminhou de volta lentamente e parou na minha frente. Ainda parecia incerto sobre isso – junte as mãos na frente do seu corpo com se estivesse rezando – Eu obedeci ansiosa e ele cuidadosamente enrolou a corda em volta dos meus pulsos. Minha respiração já estava ofegante apenas por estar amarrada – Ajoelhe-se no centro da cama e curve-se em direção à cabeceira – Ele pegou a sobra da corda que pendia dos meus braços e me amarrou à cabeceira. Eu me senti exposta, presa a sua cama e com a bunda para o alto. Ele acariciou meu rosto – Vou colocar essa máscara em você. Mas quero que entenda que se quiser que eu pare, só tem que dizer e eu vou parar imediatamente, entendeu?- Sim. Ele cobriu meus olhos com a máscara, me deixando no escuro. A demora e o silêncio que se seguiu me fez duvidar se ele, realmente, iria fazer isso. Eu esperei pelo que me
Quarta-feira, 20 de novembro de 2013 Harold não permitiu que eu voltasse pra casa no domingo. Não importando o quanto eu dissesse a ele que estava bem. Eu acabei dormindo novamente lá na casa dele e na segunda-feira logo cedo voltei para o meu apartamento para me preparar para o trabalho. Eu quis demais esse Harold atencioso, protetor, compromissado, mas confesso que eu não acreditei que ele realmente existisse. O atencioso e protetor até que sim, mas o compromisso, não mesmo. É como se fosse um Harold diferente e eu confesso que estou adorando. A grande questão é: Até quando? Até quando ele vai conseguir se manter preso a alguém. Meu palpite é que não dure. Pode me chamar de pessimista, mas é o que eu acho. E de certa forma, eu prefiro pensar assim. A queda não doerá tanto, embora ainda vá doer muito.Meu telefone vibrou com uma mensagem dele e eu não posso evitar o sorriso bobo. Não nos vimos desde segunda-feira. Eu estive bastante ocupada com o trabalho e ele também
Enquanto caminhava em direção a sala de Samanta, após a confirmação de Nichole de que ela estaria disponível, eu pensava no que dizer a ela. Eu sabia que ela ficaria feliz por mim em saber que as coisas entre mim e Harold estão dando certo, mas eu não queria entrar em detalhes e mais ainda, eu não queria criar expectativa. No fundo eu ainda achava que estava bom demais pra ser verdade.- Olá, Senhorita Burgos, Samanta está esperando você, não precisa bater.- Olá, Nichole. Obrigada.Eu abri a porta e entrei – Aí está você – ela se levantou e me deu um abraço – Está com um sorriso idiota na cara, quero saber de tudo.- Será que algum dia eu vou conseguir esconder alguma coisa de você? – Nem bem eu disse isso e já senti remorso ao lembrar que eu escondi coisa pior durante anos da minha vida.- Espero que não. Eu sei que tem a ver com Harold.Eu bufei - Por que você acha isso?- Quem mais te deixa com essa cara de boba? – Quer um café?- Não, obrigada. Eu estou bem.Fomos para o sofá e s
Quinta-feira, 21 de novembro de 2013Harold segurou a minha mão, enquanto o avião taxiava na pista do aeroporto em Londres – Ei, eles vão amar você. Fique tranquila. Nós vamos para o hotel, jantaremos lá e só precisamos nos encontrar com eles amanhã. Assim você vai ter algum tempo pra se acalmar, ok?Eu acenei concordando. Nós viajamos em um avião particular. Eu não perguntei se era de Harold ou alugado, nem ele fez qualquer comentário a respeito, mas eu não me surpreenderia. Era extremamente luxuoso e confortável. Com um serviço de bordo de tirar o fôlego. Por conta do fuso horário, era quase cinco da tarde em Londres. O céu ainda estava claro e o vento estava incrivelmente frio. Eu havia reservado um sobretudo marfim para usar sobre uma calça legging de cor preta, própria para ser usada no frio e um vestido godê de mangas compridas de mesma cor. Eu enrolei os braços em volta do meu corpo quando saí da aeronave. Clark, que havia viajado na mesma aeronave conosco, e Harold cuidaram da
Nós caminhamos para fora do aeroporto onde dois carros enormes e pretos com vidros escuros nos aguardavam. O trio seguiu para um deles e nós entramos no segundo carro. Clarck entrou na frente no banco do passageiro junto com o outro motorista. Assim que Harold entrou e sentou-se ao meu lado ele me puxou para o seu colo e me beijou intensamente. Em seguida ele se afastou, mas manteve as suas mãos no meu rosto – Obrigado por isso.- Pelo que?- Por aceitar ficar na casa dos meus pais. Eles ficariam chateados se não aceitasse.- Você deveria ter me dito antes. Não deveria ter reservado o hotel se sabia que eles não ficariam satisfeitos.- Eu sei. Foi estúpido. Eu só pensei em fazer você ficar à vontade.- Eu aprecio isso, mas você os conhece melhor. Então me ajude a não cometer gafes como essa. E eu sei que você só estava pensando em mim, por isso agora eu quero que relaxe. Não quero que essa viagem seja um martírio pra você e me desculpe, por favor, se o fiz se sentir tão pressionado.-
Eu me voltei para admirar a paisagem e Harold envolveu os braços em volta do meu corpo, seu queixo descansando sobre a minha cabeça. Nós ficamos assim por alguns minutos. Apenas curtindo a presença do outro e admirando a vista – Tem tanta coisa pra se ver aqui. Tantos lugares que eu sonhei em visitar.- Infelizmente, temos apenas alguns dias e, mesmo assim, temos alguns compromissos que nos impede de explorar. Eu adoraria te mostrar os lugares e falar um pouco sobre a história de cada um deles. Mas, é apenas a sua primeira visita à Londres. Eu venho muito aqui, tanto por causa da minha família, como por causa do meu trabalho. Então, você terá outras oportunidades.- Eu adoraria.Eventualmente, Harold me levou para conhecer o resto do quarto. Havia um Closet enorme, cheio de roupas elegantes de Harold. Eu, finalmente, entendi por que ele praticamente não trouxe nada. A não ser uma maleta de mão e sua bolsa com Laptop e documentos. Ele abriu outra parte do closet e eu fiquei surpresa ao