Até onde você está determinado a ir para proteger a pessoa que ama? Talvez você tenha respondido: TUDO. Em uma sociedade que vive sobre a égide das normas do direito isso é muito relativo. Mas existem pessoas que costumam levar à literalidade tudo que diz. Se você é uma dessas pessoas fique atento, pois o passado sempre retorna para nos assombrar.SEMPRE.E nesses momentos você pode ser obrigado a fazer coisas que vão de encontro a tudo que você acredita. Bem, dizem que no amor e na guerra vale tudo. Pois bem, valendo!!!*******Sábado, 16 de novembro de 2013 O peso do seu corpo sobre o meu, o hálito fedendo a cigarro e a cerveja, a escuridão do quarto, a dor no meio das minhas pernas são sensações conhecidas agora. Mas não importa quanto tempo passe, isso nunca será normal pra mim. Embora a frequência com que isso acontece talvez já fosse o suficiente para estar dentro da normalidade. Eu ainda estou atordoada com a pancada na minha cabeça, mas continuo lutando. Mas quanto mais eu
- Vamos sair pra jantar? – A mão de Harold desliza pelas minhas costas. Uma carícia tão doce em comparação a forma voraz com a qual ele me teve a tarde inteira. - Eu adoraria. Mas preciso passar em casa e trocar de roupa.- Precisamos providenciar algumas roupas pra você. Pra que você não tenha que ir pra casa atrás de roupas.- Uau. Isso não é um pouco comprometedor demais pra quem não queria compromisso algum até a pouco tempo?Ele segurou meu queixo e inclinou minha cabeça me obrigando a olhar pra ele – Eu disse a você Carol: Eu quero isso. Eu não queria e não sabia como fazer isso e eu continuo sem saber, mas você mexeu comigo de um jeito que... eu quero tentar. Como você disse: Não é um casamento. Mas eu quero ter algum comprometimento com você. Quero que seja minha namorada. Quero roupas suas na minha casa, quero que durma aqui de vez em quando, quero dormir com você no seu apartamento algumas vezes, quero tentar. Minha nossa! Como isso aconteceu? Como foi que ele ficou assim?
O jantar estava uma delícia e nós conversamos apenas bobagens. Curiosidades que tínhamos um sobre o outro. Quando saímos do restaurante, Clarck estava nos esperando na saída. Nós entramos e seguimos em silêncio até a casa de Harold. No quarto Harold se aproximou de mim por trás, quando eu estava prestes a tirar o meu vestido – Deixe que eu faça isso.Eu assenti e tirei as mãos deixando o caminho livre pra ele. Mas, ao contrário do que eu pensava, ele não o abriu. Ele deslizou as mãos pelo meu corpo, apertando meus quadris, meus seios, ele estava em todos os lugares como se não pudesse esperar para me marcar em todos os lugares. Ele beijou a curva do meu pescoço e me puxou mais em direção ao seu corpo. Em seguida, ele segurou a minha mão e guiou até o seu pênis. Estava absurdamente duro – Veja como estou. Estou assim a noite inteira. Desde o momento que a vi gozar na frente de todas aquelas pessoas, eu não consigo para de pensar no que eu vou fazer com você está noite.- E o que é isso
Domingo, 17 de novembro de 2013- Shhhh, está tudo bem. Você está segura. Eu estou aqui com você, baby. Acorde. Venha pra mim. As palavras de conforto foram lentamente penetrando na minha mente, trazendo-me para aqui e agora. Eu me sentei rapidamente olhando em volta assustada, tentando perceber onde eu estava. Meu corpo todo tremia e meu rosto estava banhado em lágrimas. Eu lutei para sair da cama e tateei em busca do banheiro. Estava escuro e eu ainda estava entre o pesadelo e a realidade. Mãos fortes me seguraram e eu lutei contra essas mãos – Solte-me. Seu monstro. Deixe-me em paz. Eu odeio você. Eu não quero isso. Eu não quero isso. Por favor, me deixe em paz – Eu escorreguei para o chão, minhas pernas trêmulas demais para me sustentar de pé, quando as luzes se acenderam. Eu tentei enxergar apesar da luz me ofuscando e o que eu vi, partiu meu coração. Harold estava de pé, do outro lado do quarto, próximo ao interruptor, me olhando assustado. Quando eu percebi a lo
– Um dia, minha mãe estava trabalhando. Eu acordei de manhã e caminhei, ainda um pouco sonolenta, em direção ao banheiro. Ele apareceu, vindo do banheiro, nesse exato momento completamente nu e ele tinha uma ereção. Eu fiquei paralisada, em choque no meio do corredor e ele caminhou lentamente em minha direção. Eu nunca tinha visto um homem nu, exceto nos livros de ciências na escola. E ele era meu padrasto e eu estava sozinha com ele. Eu entrei em pânico, mas ele apenas passou por mim e me olhou como se estivesse se desculpando, embora seu olhar não parecesse nenhum pouco arrependido. Ele disse que havia esquecido a toalha e entrou tranquilamente no quarto e fechou a porta. Eu fiquei paralisada, encostada na parede, exatamente no mesmo lugar. Por um longo tempo e quando finalmente eu encontrei forças para me mover, ouvi um gemido. Como se estivesse com dor. Eu achava que ele estava se sentindo mal ou algo assim, mas depois eu descobri que ele estava se masturbando. Eu corri para o meu
Um silêncio desconfortável se instalou entre nós. Eu sabia que, no momento que eu falasse a Harold sobre o meu passado nossa relação não seria mais a mesma. Quem vai querer se relacionar com uma pessoa tão fodida quanto eu? – Eu sinto muito por hoje, Harold. Quando eu vi o chicote eu só... surtei. E quando você falou que eu queria isso era apenas a frase que ele sempre repetia pra mim e eu me assustei. Mas não foi por você. Sei que você não me faria mal. Quero que saiba que eu sinto muito mesmo. Eu vou embora agora...- Uma porra que você vai – Ele avançou em minha direção e me puxou para os seus braços. Céus! Isso foi como um alento pra mim. Eu não pude deixar de sentir uma distância imensa se colocar entre nós depois que eu contei tudo. Então, esse abraço era o que eu precisava. As lágrimas voltaram com tudo. Eu convulsionava nos braços de Harold.- Shhhhh. Está tudo bem, querida. Eu estou com você. Está segura agora – Eu me agarrei a ele como uma tábua de salvação e me entreguei às
Ele me soltou e caminhou até o outro lado do quarto. Eu prendi a respiração quando ele alcançou a corda e a máscara de dormir. Ele caminhou de volta lentamente e parou na minha frente. Ainda parecia incerto sobre isso – junte as mãos na frente do seu corpo com se estivesse rezando – Eu obedeci ansiosa e ele cuidadosamente enrolou a corda em volta dos meus pulsos. Minha respiração já estava ofegante apenas por estar amarrada – Ajoelhe-se no centro da cama e curve-se em direção à cabeceira – Ele pegou a sobra da corda que pendia dos meus braços e me amarrou à cabeceira. Eu me senti exposta, presa a sua cama e com a bunda para o alto. Ele acariciou meu rosto – Vou colocar essa máscara em você. Mas quero que entenda que se quiser que eu pare, só tem que dizer e eu vou parar imediatamente, entendeu?- Sim. Ele cobriu meus olhos com a máscara, me deixando no escuro. A demora e o silêncio que se seguiu me fez duvidar se ele, realmente, iria fazer isso. Eu esperei pelo que me
Quarta-feira, 20 de novembro de 2013 Harold não permitiu que eu voltasse pra casa no domingo. Não importando o quanto eu dissesse a ele que estava bem. Eu acabei dormindo novamente lá na casa dele e na segunda-feira logo cedo voltei para o meu apartamento para me preparar para o trabalho. Eu quis demais esse Harold atencioso, protetor, compromissado, mas confesso que eu não acreditei que ele realmente existisse. O atencioso e protetor até que sim, mas o compromisso, não mesmo. É como se fosse um Harold diferente e eu confesso que estou adorando. A grande questão é: Até quando? Até quando ele vai conseguir se manter preso a alguém. Meu palpite é que não dure. Pode me chamar de pessimista, mas é o que eu acho. E de certa forma, eu prefiro pensar assim. A queda não doerá tanto, embora ainda vá doer muito.Meu telefone vibrou com uma mensagem dele e eu não posso evitar o sorriso bobo. Não nos vimos desde segunda-feira. Eu estive bastante ocupada com o trabalho e ele também