A festa que estávamos era um pouco afastada do centro da cidade, que é onde moramos. Era uma típica festa de filme. Estávamos em uma mansão, com pessoas bem mais velhas que nós, a nossa volta. Pelo que ouvi, era festa de uma fraternidade.
— Como souberam dessa festa? — pergunto, aos meninos.
— Bruce conhece uma pessoa, que conhece outra, que conhece outra... E aqui estamos.
— Vamos beber!
Depois do momento maravilhoso que eu e Connor havíamos passado no banheiro, antes do meu broxante vômito, desço da pia, lavo minha boca do melhor jeito que posso e ajeito o vestido.Connor agarra na minha mão e nós saímos do banheiro. A festa ainda estava ótima, mas para mim, tinha acabado no momento em que Connor chegou.— Para onde vamos? — pergunto, assim que entramos no seu carro. Bruce me encara assim que o alto falante é desligado.Então é isso. Ele me entregou.— Por que fez isso?— O que? — ri. — Olívia, eu não...— A quanto tempo sabia?— De que?— NÃO SE FAÇA DE DESENTENDIDO. — grito. — JÁ SAQUEI TUDO. É VOCÊ POR TRÁS DAQUELAS MENSAGENS. TUDO ISSO PORQUE EU NÃO TE QUIS?Ele me olhava perplexo.— Mensagens? Espera... por que você não me quis? Eu nunca...— CHEGA. — esbravejo mais uma vez. — NUNCA MAIS FALA COMIGO.Dou-lhe as costas e corro para dentro da escola. Minha prima me grita, mas não tenho tempo para ela. Tenho destino e estou furiosa.Ricky.A secretaria mal tem tempo de levantar para tentar me impedir de algo. Abro a porta com tanta violência, que a mesma bate na outra parede.Vinte e Dois
um mês depoisCom o feriado de ação de graças chegando, eu só esperava uma coisa.Rever James.Rever meu melhor amigo que me viu e ouviu chorar por horas, quando descobri que Connor havia me traído. — O que? Scarlet?Olho para o aparelho e xingo-a por ter falado aquilo e desligado.Como a odeio.— O que foi? — James pergunta. — Quem é Scarlet? — Olívia? Olívia, acorda.Sinto leves batidas no meu rosto, até que desperto. Sento-me, ainda apoiada em alguém e olho em volta.— Que susto você me deu.— Scarlet?— pisco algumas vezes e então sinto uma pontada na cabeça. — Ai... [Connor]Olívia estava dormindo de bruços e agarrada a um travesseiro. Puxo o lençol para cobrir seu corpo nu, enquanto passo meus dedos pela sua coluna.Ao ver ela tão entregue e relaxada, me fez perceber o que eu tenho de fazer. Não era justo com ela e muito menos comigo. Não podia deixar que ela me visse morrer aos poucos. Que me veja ter um ataque e corra ate o hospital, a cada dor de cabeça que tenho. Tenho que deixa-la ir, antes de fazê-lo para sempre. uma semana depois — Ainda bem que seu pai não insistiu para que fôssemos ao mercado com ele. — Jam diz, passando o braço em volta do meu pescoço. — Só porque a vovó pediu. — Sua avó é um doce. Só implicou com meu piercing. — ele brinca com o piercing do septo. Meu mundo havia desabado de uma só vez, ao ouvir aquilo. Eu ouvi o homem repetir várias vezes o meu nome, até alguém gritar que o coração de um paciente havia parado. Naquele mesmo segundo o meu coração também parou, imaginando que seria Connor, aquele paciente.— Oli? — James chama. — Você está tremendo. O que aconteceu?— Connor... Ele...— Olívia! Último capítuloVinte e Quatro
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Vinte e Seis
Vinte e Sete
Vinte e Oito