Perspectiva Lauren Quando desci da cabine tive que me apoiar para não cair, minhas pernas estavam bambas e não queriam me obedecer. Um dos seguranças impediu alguém de me tocar, eu agradeci por isso. Mason e Ryder estavam no bar e ambos estavam me olhando, e trocando algumas palavras. –Você foi perfeita. –Lara disse, parando ao meu lado. –Ah, obrigada. Eu to morrendo aqui. –Quer uma ajudinha? –Eu seria eternamente grata. –Sorri, ela me deu o braço e juntas fomos para o camarim. Hannah estava lá e terminando de se vestir. –Oi, vai dançar no tecido? –Ah sim, eu estou estressada e preciso me aliviar. –Ela sentou e nos encarou. –Como foi? –Uma tortura, meu corpo todo está doendo agora. –Nossa. –Lara alargou os olhos para o tablet em sua mão. –Você recebeu mais de cinquenta convites para a cabine privada. –Cabine privada? –Me arrastei para o banco onde Hannah estava e me sentei. –Onde rola toda a diversão. –Lara riu. –Sexo? –Franzi, elas acenaram com a cabeça em
Perspectiva Lauren Estacionei em frente ao grande hotel, o manobrista se apressou para abrir a porta pra mim. Sorri e desci do carro, entreguei a chave pra ele e acenei. Entrei no hotel como de costume, peguei o elevador para o vigésimo andar. Abri minha bolsa e peguei o cartão, parei na última porta a direita. Ao entrar na suíte fui até o closet, havia muitas roupas luxuosas ali. Nos fundos havia uma grande porta disfarçada de espelho, coloquei meu dedo no sensor e a porta abriu. Entrei no que era um elevador, a porta fechou, e o elevador desceu sete andares. A porta abriu, o lugar estava cheio como sempre. –Lauren, você não morre tão cedo. –Sophie riu, e acenou para a sala do chefe. –Ele quer você na sala dele imediatamente. –Droga. –Respirei fundo, virei-me e segui até a sala. –Chefe? –Entre. Ben Shelder é um homem gentil e protetor, ele estava sempre cuidando dos seus agentes, e infelizmente ele tinha um apego comigo desde que me mudei para Nova York. Ele também
Perspectiva Mason Havia algo estranho em Lauren, mas eu não sabia o que era. Nunca a vi antes, mas pra mim era muito familiar. Olhei para a tela do meu celular, era da clínica de reabilitação. Liam estava com problemas, mas isso ate que demorou para acontecer. Enquanto subia mandei mensagem para meus irmãos. Alguns minutos depois Kalel e Ryder entraram rindo, olhei para eles e respirei fundo. Odiava ser eu quem estragaria a noite deles. –É melhor isso ser sério, eu estava me dando bem. –Ryder sorriu, sentou no sofá e me encarou. –Você traiu a Lara seu… –Claro que não! Eu estava me dando bem com a minha garota. –Eu pensei que ela não descesse. –Ela está disfarçada. –Ryder riu. –Por hoje eu serei o menino malvado. –Por favor, eu não pedi para me explicar. –Mas você perguntou. –Ryder riu. –Com licença, podemos voltar ao que é importante? –Kalel nos encarou. –Liam atacou um dos funcionários, mas não foi nada grave. Nós temos que estar lá pela manhã. –Merda. –Ka
Perspectiva Hannah Minhas mãos estavam geladas, eu tinha medo da reação de Liam quando visse o anel de noivado. Quando Mason abriu a porta, ele entrou primeiro e em seguida Kalel. Respirei fundo, e depois de hesitar entrei no quarto. –Filho da puta! –Liam disse, estava furioso, mas parou, seus lindos olhos encontraram os meus e eu não tive mais medo, corri até meu lindo cunhado e o abracei. –Meu amor. Nos perdoe por te deixar aqui. –Cunhadinha. Eu senti sua falta. –Eu também. –Fechei os olhos e deixei as lágrimas escorrerem. –Ei, não chore. –Ele se afastou. –Você não é culpada por minhas escolhas… Ninguém é. Ele olhou por cima dos meus ombros, eu sabia que essas palavras eram para seus irmãos. –Liam… –Suspirei, levantei minha mão e esperei que ele visse o anel. Seus olhos ficaram surpresos, e ele olhou para Kalel. –Vocês estão noivos… ? –Não fique com raiva, não estamos te excluindo… –Eu não estou com raiva. –Ele me olhou e sorriu. –Meus sinceros pêsames p
Perspectiva Lauren Cheguei cedo no clube, tinha que ensaiar e melhorar minha performance se queria que meu plano desse certo. Lara me instruiu no que fazer, quando estávamos saindo do camarim vi Hannah correndo para o andar de cima. Lara olhou para a entrada, onde Kalel e Mason estavam. O clima parecia pesado entre eles. –Vá se adiantando, eu vou ver o que aconteceu com ela. –Tudo bem. –Assenti. Essa era a minha chance de pôr escuta no camarim. Dei meia volta e peguei minha bolsa no armário. Peguei as micros câmeras, procurei um lugar perfeito para esconder. Depois dali fui para o salão, eles estavam distraídos e não viram nada. Me aproximei do balcão onde Lucca estava. –Oi, Lauren. –Ele sorriu. –Como está indo sua adaptação? –Bem. É que eu queria conversar sobre… –Sobre? –Ele fechou o livro em suas mãos. –As… –Pensa rápido. –As cabines privadas. –Mudou de ideia então? –Ele riu, mas ficou sério quando olhou para o outro salão. –Só um minuto. –Ta. –Sorri. Ele
Perspectiva Lauren Abri a porta de casa, não estranhei ao ver Dylan no meu computador. Fui até a cozinha e abri uma garrafa de vinho e me juntei a ele. Havia papeis espalhados por todo lugar, em todos eu via informação sobre a máfia. –O que é tudo isso? –Possíveis casos de assassinato envolvendo a máfia. –Hannah? –Peguei uma folha riscada de vermelho. –Mataram o pai dela para parecer que foi ela. –Dylan se virou para mim. –É óbvio que ela foi inocentada. Vi um nome familiar nas anotações sobre a Hannah, isso não era nada bom. –Lincoln Chase? –Hm, ele fez um contrato com o pai dela. –Dylan pegou o mesmo e me entregou. Eu li, a cada palavra ficava horrorizada. –Os Ottore querem a cabeça de Lincoln, e Lincoln quer a Hannah. –Dylan riu. –Bom…Eu deveria colocá-los em uma sala e deixar que se matem. –Não sei, Lauren. Veja isso. –Dylan girou na cadeira, os olhos fixos na tela do computador. As imagens daquela noite, gravadas pelas câmeras de segurança da boate, se d
Perspectiva Hannah Kalel entrou no quarto e fez o habitual. Tirou a roupa e foi tomar banho, ele não demorou para voltar. Estava usando um short fino, sem blusa e cabelo molhado. Em outras condições eu diria que ele estava uma delícia, mas agora pra mim era um grande tanto faz. Não fazia sentido ele me amar e não desejar ter filhos, não era certo comigo. Será que ele não me achava boa o suficiente pra isso? –Você não vai falar comigo? –Kalel sentou na cama, pois sua mão na minha coxa. –Não. –Mas você acabou de responder. –Ele sorriu, em uma tentativa falha de me divertir. –Hannah, por favor. Não acha que está exagerando? –Não, eu não acho. –Tirei sua mão de mim, e virei pro lado. Kalel respirou fundo, deitou na cama e me abraçou. –Você não entende que eu não quero filhos? –Mas eu quero. Ele soltou uma respiração profunda, tirou seu braço na minha cintura e virou para o lado oposto. Foi assim no dia seguinte também, eu só consegui chorar. Pela manhã desci para
Perspectiva Lauren Bocejei mais uma vez, o café não estava me ajudando. Meus olhos estavam tão pesados, precisava com urgência de uns dias de folga. Ouvi barulho de chave, em seguida vi Dylan no meu apartamento. Voltei minha atenção para o computador, os áudios estavam quase completos. –Você está uma porcaria. – Dylan pôs na mesa um saco com lanche. Estiquei-me e abri o mesmo. Dentro havia seis hambúrgueres. –Eu me sinto muito acabada. –Suspirei. Mordi o hambúrguer e fechei os olhos. –Por que não desiste desse plano idiota? –Nunca. –Peguei meu celular e dei play. ‘’–Eu chequei todas as finanças. –Ryder dizia para alguém. –Dezesseis foram vendidas, algumas com preço maior que o combinado. ‘’–Tudo correu bem? –Kalel perguntou. –O que é isso? –Dylan pegou meu celular. –Eu coloquei uma escuta no balcão. Levando em conta que eles passam bastante tempo lá. –Como fez isso? –Com as engenhocas da empresa. –Abri a gaveta e peguei um pequeno dispositivo. –Ele tem armazenam