O Padre Irresistível
O Padre Irresistível
Por: Artemis Cassana
Capítulo 1

O som do telefone era ouvido pelo apartamento oco da morena de olhos azuis estirada sobre a cama com um cansaço que mal cabia em seu corpo. O relógio já marcava meio dia, ela dormia profundamente em seu banho de beleza matinal já que fora dormir tarde na noite anterior, mas o barulho irritante fora o suficiente para acordá-la.

Buscou o telefone em sua bolsa Prada preta de um couro finíssimo jogando para o melhor amigo que arrumava seu quarto bagunçado gay, Vitor Senna.

- Vitor...pelo amor de Deus atenda esse telefone... – Falou sentindo como se estivesse morrendo, sua dor de cabeça era intensa, a ressaca lhe tomava.

Vitor apressou-se a atender o telefone.

Era Amara, sua tia.

- Prontinho. Ah! Dona Amara, tudo bem com a senhora? - Ele indagou de forma gentil.

- Sim, tudo ótimo, como vão as coisas Vitor? Maria anda dando muito trabalho? - Sabia que sua sobrinha era tão levada quanto possuía seus 15 anos.

- Ah está tudo ótimo, Maria continua nas mesmas bebedeiras e ressaca pra eu cuidar. Ah se eu não amasse moda! - Ele gargalhou alto.

- Você ama Maria também, Vitor!

- Digamos que gosto dela só um…”pouquinho”.

Vitor era uma espécie de babá de Maria, tanto na vida pessoal quanto profissional, suas agendas cheias e indisponíveis eram um redemoinho de má organização quando ele ainda não a assessorava. A modelo também tinha uma vida desregrada regada a luxos desnecessários, após a morte de seu noivo, Maria se encontrava solta pela vida provando tudo que podia e não devia.

Amara riu do outro lado da linha.

- Bom, só estou ligando para avisar que hoje a noite darei uma festa na minha casa, algo bem simples, poucos convidados. Ah! Diga para Maria se comportar, não quero ela tirando a roupa nessa festa porque terá alguns membros da paróquia aqui em casa. - Ela arfou, conhecia a sobrinha e sabia que o pedido era necessário.

- Credo! Mas por que isso?

- Apenas eu resolvi fazer essa festa para arrecadar fundos para a paróquia que eu frequento. A Maria vai até se interessar em ajudar as crianças. - Sabia que ele ajudaria o coração de Maria Valia ouro.

- Claro, claro. Avisarei a ela!

- Até mais Vitor.

- Tchauzinho.

Se encerra a ligação.

- Maria querida, você precisa acordar! - Ele pediu. Maria titubeou os olhos pelo quarto denunciando um cansaço fora do normal. Descendo as mãos pela colcha da cama tentando encontrar algo no que se apegar.

- Ah Vitor, ainda é cedo! - Ela dizia enquanto esfregava a cara entre os lençóis.

‘Ding dong’

- Ah santinho quem seria a essa hora? - O Amigo exclamou.

Vitor foi atender a porta.

Deu de cara com a cabeleira rosa, que mal pedia licença reprovando a bagunça do quarto e caçava Maria que ainda se encontrava jogada sobre a cama em seu quarto, pois sequer aguentava o próprio peso para se levantar naquele instante. Os óculos escuros era sua marca registrada. Vitor botava as rédeas na vida artística da modelo, e mal conseguia controlar seus impulsos, mas a mulher que havia acabado de chegar, botava Maria em um treinamento militar em apenas segundos.

Samara Elinois, parte da assessoria de Maria Lancaster.

- Vitor querido! Como vão as coisas? Maria já acordou?

- Não e ainda está num mau humor minha filha, não aconselho você acordar ela. - Ele sabia do que falava, ah se sabia.

- Ah, essa preguiçosa tem que acordar, combinamos de almoçar com a Hillary!

Samara dirigiu-se ao quarto de Maria.

- BOM DIA FLOR DO DIA! - entrou abrindo as persianas expondo o sol e seus raios quentes, desmistificando a aparência de caverna que tinha o cômodo zoneado.

- Samara... – gemeu – pelo amor de Deus, deixe-me dormir...

- Não, não, esqueceu-se de que combinamos com Hillary?

Maria deu um pulo da cama.

- Céus! Esqueci! - passou a mão no rosto - ela vai nos matar !

Levantou correndo, entrou no banheiro e começou sua higiene matinal, primeiro um bom banho para tirar ao menos o cheiro de álcool e daí por diante. Vestiu um short jeans claro, blusa amarela básica de alcinhas finas, um tênis branco e prendeu os cabelos em coque frouxo, afinal... seria só um almoço.

- Pelo amor de Deus Vitor, me dá aquele remedinho? - Pediu vendo o mundo inteiro rodopiar.

- Está em cima do balcão sabia que precisaria.

- Ah ele não é um amor? - exclamou abraçando seu gordinho por trás. Vitor era o que ela chamaria de “pequeno homem”. Gordinho, baixinho, seus cabelos de um cobre claro e os olhos tão acobreados como seus fios. Sua bochecha convidava qualquer um ao apertá-lo.

- Claro, claro, agora vamos?

- Maria, não demore, temos que visitar algumas entidades carentes hoje. Ah! E você tem uma festa na casa de sua tia Amara pra ir.

Ela ergueu as sobrancelhas. A muito tempo não via Amara. A falta de tempo diante da agenda impossível, lhe tirava a noção de tempo que ela achava que tinha, e na maioria das vezes seu cansaço era tanto, que ela suplicava á Vitor ou Samara um passe para encher a cara e acordar em quartos alheios.

- Ah, sério? Que ótimo! Não vou demorar ok Vitor?

◇◇◇◇◇◇◇◇◇◇

- Hillary querida! Desculpe o atraso, sabe como é a bela adormecida. - Exclamou a Elinois.

- Sei bem. - O Restaurante não estava cheio, pois com um sol intenso daquele jeito, as pessoas queriam saber mesmo era das areias escaldantes da praia mais próxima, junto da água gelada e salgada do mar. Hillary Fating, era sua assistente, amiga e quebra galho também.

- Ah meninas não posso fazer nada. - E não podia. Já não tinha noção de horários, mas a bebida tirava “totalmente” sua noção de tempo.

Maria e Samara sentaram-se à mesa com Hillary. Hillary era a única filha de Amara.

- E os preparativos para a festa Hillary? - Indagou a morena levando o copo de água à boca.

- Festa? - ela cerrou os olhos

- É na sua casa hoje à noite - completou Lancaster.

- Ah é mais um jantar do que uma festa.

- Ah sério? - Disse Samara.

- Sim, é pra arrecadar fundos para a paróquia de Hope.

- Ah sério? - Gesticulou Maria. A mesma era nada mais nada menos que uma das modelos mais aclamadas do momento, tinha suas próprias ONGs, seus institutos e ajudava muitos círculos solidários. Participava de programas beneficentes, disputada entre os marketing, propagandas e tão solicitada que não havia nem mesmo lugar na lista de espera.

- Sim. A propósito Maria, minha mãe pediu pra te avisar pra não beber muito e não dar um vexame igual na última vez em que tirou sua roupa. Teremos um padre lá! - Pediu a Fating.

Maria se engasgou com a água rindo.

- Nossa, é melhor não mesmo, vai acabar matando o velhinho Maria!

Hillary e Samara soltaram gargalhadas.

- Há,há,há, muito engraçado! Pois saibam que só fiz aquilo porque estava muito tonta! Com um padre lá não farei nada, claro! - ela se recompôs - Serei discreta.

- Seeei ! - Exclamaram Hillary e Samara juntas..

As duas riram novamente.

- Ai como são chatas!

◇◇◇◇◇◇◇◇

O sol marcava como um maçarico, ele retirava as frutas já maduras da horta para que ela pudesse estar até o final do dia disponível, para que as crianças do orfanato pudessem saborear. O plantio era quase um hobby, as tarefas braçais cansativas, mais ainda sim suas favoritas, e o bônus no final era colher vegetais e frutas frescas para manter todos da paróquia saudáveis. Seu nome era Damon Spencer, apesar de novo, era o padre da paróquia de Hope.

ouviu Criseida o chamar.

- Damon, não se esqueceu que o jantar é hoje né?

Damon levantou-se todo sujo de terra, o punho levemente arranhado, sorriu amistoso em direção a diretora.

- Claro que não, Vó - Sorriu amistoso.

- Meu Deus! Quantas vezes tenho que repetir que sou sua tia não avó?

Ele riu

- Várias! - exclamou.

Quanto mais tentava limpar-se, mais se sujava.

- Veja como está sujo! Vá agora tomar um banho, está quase na hora da festa na casa de Amara, você deve estar bem apresentável, é nossa grande chance de arrecadar fundos e quem sabe comprar a chácara?

A Chácara estava prestes a ir para leilão pelo tamanho valor em dívidas e impostos não pagos ao decorrer dos anos. Era difícil manter a conta alta de alimentação mesmo tendo plantios próprios, manter higiene, medicamentos infantis, contas de luz e ainda sim pagar tantos impostos . A fé de Damon era maior que qualquer coisa, pois o deus que ele seguia não falhava e em prol de suas crianças, suas preces seriam ouvidas.

- É muito dinheiro... -Ele olhava vazio - Mas tenho fé que conseguiremos.

A chácara onde moravam com as crianças carentes não era deles, uma empresa emprestava as terras até encontrar um morador, mas isso já fazia 3 anos e por deus, cada carta que chegava solicitando a devolução do terreno ao proprietário, ele fazia uma oração ferverosa.

- Isso está certo. Mas podemos fazer algumas melhorias.

- Está certa, vou tomar um banho. - ele citou

Ele beijou a testa da tia e foi correndo tomar seu banho.

◇◇◇◇◇◇◇◇

Em seu apartamento, Maria se encontrava petrificada em seu quarto sem a menor ideia do que usar para a ocasião. Sua beleza era um escândalo e seu armário fazia questão de mostrar isso quando ela vestia as peças de roupas ali guardada.

- Vitor, o tubinho preto ou o vestido branco? - Ela indagava pondo as duas peças em frente ao corpo.

- Claro que o branco querida, ainda mais que terá um padre lá. Aí você vai com sua sandália coral, o cintinho coral e brilhou! - Seus dedos sapecaram pelo ar imitando um brilho invisível e fantasioso.

- Ah, o que seria de mim sem você não é querido?

Maria apertou a bochecha de Vitor.

- Nada absolutamente nada, agora vá se aprontar porque aquele seu almoço demorado atrasou a sua agenda inteira.

Estava atrasada.

◇◇◇◇◇◇◇◇◇

Damon e Criseida mais algumas senhoras da paróquia já chegavam à casa de Amara. Criseida vestia um vestido simples e Damon calça social preta e camisa branca com as mangas dobradas até o cotovelo, o sapato social brilhava engraxado, os cabelos loiros desgrenhados e a barba loirissima se encontrava grande e por fazer. Nunca foi um homem muito ligado à aparência, até porque ele depois de estudar tanto tempo, ele sabia que a vaidade era um pecado terrível.

- Boa noite! Sejam bem vindos! - Formalizou a anfitriã, Amara.

- Oh, obrigada Amara. - Tomou a frente Criseida

- Que isso, entrem, sintam-se à vontade, já temos alguns convidados por aí, alguns para chegar.

- Muito obrigado senhorita Amara. - Sorriu o loiro educado.

- Que isso, Damon, A Casa é de vocês. - Sempre muito educada.

A festa já estava em andamento, Amara era tão bem inserida na sociedade quanto Maria, apesar de não ser tão conhecida mundialmente quanto sua sobrinha, ela era muito conhecida no mundo dos investimentos com suas ações milionárias, mas ainda sim, nem todos os investidores ali tinham interesse em caridade. A ideia de investir em algo que lhes desse retorno era muito melhor do que investir em uma chácara só para obter a bênção de um padre.

- Samara! Onde está Maria? - Amara estava preocupada.

- Ah, Amara não se preocupe, sabe como ela sempre se atrasa.

- Essa menina cada dia me preocupa mais!

- Tia, relaxa, agora me diz, quem é o loiro bonitão? - indagou Samara. Era impossível não notar o homem másculo e viril nos corredores, a atenção que ele chamava era tamanha. Seus fios dourados eram como um farão dentro da enorme casa da tia de Amara.

Amara avistou quem Samara mencionava.

- Samara! Aquele é o padre! Não fale assim!

Samara cuspiu a bebida que estava em sua boca. Olhando incrédula e embasbacada. Mas que diabos de padre era aquele ? Uma pegadinha ?

Padre!? Meu Deus, e eu esperando um velhinho! - Ela riu

- Se vocês garotas fossem na missa iriam saber que os padres não são sempre os velhinhos.

Samara não respondeu, estava boquiaberta. Ah, Maria não poderia colocar os olhos naquele padre, caso contrário iria querer seduzi-lo, e Maria sempre fora assídua em seus jogos de conquista, além da vitoriosa. Suspirou, a amiga estava demorando.

◇◇◇◇◇◇◇◇◇

- Vitor amaaado! Estou atrasadíssima!

- Claro,demorou meio século no banho!

- Vamos rápido! Esse vestido não está muito curto, certo?

Vitor checou o visual da amiga. Estava perfeita, deslumbrante.

- Claro que não! Um pouco acima do joelho! Está maravilhosa como sempre.

- Obrigada querido, foi você quem escolheu.

- Sim claro, vamos logo, não vamos perder tempo. - ele riu dando um beijo na testa de sua menina.

O caminho do apartamento de Maria à casa de Amara não era muito longo, e por sorte o trânsito não estava catastrófico, não demoraram muito tempo para chegar. Havia mais congestionamento nos portões da casa de sua tia do que nas ruas da cidade.

Ao entrar Maria procurou por suas amigas e ela sabia que com a personalidade espalhafatosa de Hillary era impossível não encontrá-la, mas depois de rodar, não havia sinal de nenhuma delas. O salão estava cheio e sua beleza como sempre chamava atenção, por sorte tinha Vitor como companhia, não estava reconhecendo ninguém ali.

- Vitor achou elas?

- Não... Devem estar no banheiro ou algo assim.

Um garçom passava com uma bandeja de champanhe nas taças de vidro transparente, Maria pegou uma taça para seu deleite, para ela era difícil resistir. Embora o pedido de sua tia tilintar como um sino em sua cabeça, ela não perderia o controle dessa vez, afinal, era apenas um jantar, não ?

- Vou atrás delas, me espere aqui.

- Tudo bem.

Maria andava distraidamente à procura das meninas, realmente deviam estar no banheiro. Estava tão distraída que não notou um echarpe caído no chão, acabou tropeçando e caindo, por sorte não foi ao chão, pois algo, na verdade alguém a segurou, recebendo nela um banho inteiro do champanhe que antes ocupava seu copo.

- Meu Deus! Perdão! Eu não...

Calou-se no momento em que levantou-se e viu aquele que a amparou, loiro um pouco mais alto que ela, bronzeado, olhos azuis, e aparentemente um físico que por Deus! Ficou sem ar, seu mundo inteiro parou, ele ainda segurava seus braços com aquela mão forte, ela não era a única que o encarava, ele também a encarava. E Maria sabia reconhecer o olhar de um homem quando reagia à sua beleza e aquele não era uma exceção. O rosto quadrado, simétrico, maçãs altas, o nariz pequeno e arrebitado, seus olhos piscavam, a encarando, admirando...Pensou rápido, poderia brincar um pouco com ele e depois jogar fora como os outros. Era sempre assim. Eles sempre a queriam facilmente, e ela logo se enjoava. Mas teve algo nele que a intrigou, seus olhos ficaram parados por um bom tempo em seus olhos e não percorrendo seu corpo. E ainda tinha mais, que reação foi aquela de seu próprio corpo, estremeceu-se toda apenas com aquele contato. Recompôs-se do transe com a voz dele.

- A senhora está bem?

Damon conversava com alguns homens sobre os projetos da chácara quando percebeu que uma mulher tropeçava e caía para cima de si, em um reflexo rápido que a amparou. Porém o que veio a seguir não esperava, quando avistou o rosto da mulher ficou estático encarando aquelas duas pérolas, seu coração acelerou, e suou frio, depois sem perceber seus olhos desceram pelo corpo escultural, arrepiou-se, há quanto tempo não reparava assim o corpo de uma mulher? Desde que entrou para o seminário. A batina retirou a malícia de sua carne, mas aquela mulher trazia todos os sentimentos abandonados à mercê da igreja à tona. Acordou de seus devaneios e percebeu que ainda a segurava e sentiu sua suave fragrância, o que era aquela mulher?

- Oh! Sim, sim... Apenas tropecei em algo.

Ela parecia nervosa ou algo parecido.

- Que bom que não se machucou.

Maria percebeu o estado que se encontrava, estava estacada, nervosa como uma adolescente em seu primeiro encontro, as sensações que aquele homem a fazia sentir eram intensas demais para suportar.

- Oh não! Veja sua blusa, derramei todo meu champanhe nela! E agora?

Maria parecia muito aflita, Damon riu da grande preocupação dela por algo tão pequeno. Graciosa, extremamente graciosa.

- Não se preocupe. - Ele a acalentou - É somente uma bebida

- Espere aqui, vou pedir à tia Amara algo para se limpar.

Maria desapareceu rápido como apareceu.

- Vitor! Vitor! Eu não acredito nisso!

- O que? A encontrou?

- Não, mas ao invés disso encontrei um Deus grego! Oh não! Tão educado precisa ver! - As palavras saiam sôfregas pelos lábios rubros

Maria puxou Vitor para trás de algumas pilastras e então avistou Damon e o indicou a Vitor.

- Choquei! Maria, fofa, você encontrou uma beldade! Agarre-o enquanto é tempo! Ele te encarou? Como foi?

Maria estava sem fôlego até aquele momento, o curto espaço de tempo que esteve com ele seu corpo se inundou de tantas sensações que ela nem ao menos poderia descrever.

Ele deveria ser dela, pelo menos essa noite.

- Não sei nem como explicar.

- Qual o nome dele?

- Não sei.

- Como não sabe!?

- Simplesmente não perguntei, vim correndo Vitor!

Maria assustou-se quando ouviu seu nome ser chamado.

Maria, querida!

- Titia!

As duas cumprimentaram-se com beijos na bochecha.

- Está um pouco atrasada!

- Oh! Perdão. - Ela se desculpou gentilmente

- Não é problema, boa noite Vitor. Está linda como sempre.

- Obrigada tia, a senhora também. Sabe onde estão Samara e Hillary?

- Não faço ideia! Mas venha querida quero te apresentar a alguém. - Sua tia a puxou tão repentinamente que esta não pode nem sequer reclamar.

- Espere, tia, sabe o que é? Derramei bebida na casa de um homem e precisava limpar.

- Querida, quem vou te apresentar é mais importante. Venha. - Ela dizia ansiosa.

Maria seguiu a tia, era impossível contestá-la, Vitor ficou ali conversando com Diego, um dos primos de Maria.. Seu coração falhou uma batida quando viu que a tia ia em direção ao belo loiro e uma senhora ao seu lado. Seu coração palpitou forte enquanto o homem voltava a encarar seus olhos da mesma maneira que havia feito antes, tão profundo como o oceano revolto em uma tempestade sem fim. Suas pernas tremeram e o salto que vestia só dificultava seu andar. Se sentia algo no auge de sua adolescência como uma menina que andava em direção ao seu próprio amor.

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