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Capitulo 2 - Aurora - Casa do Arthur

No caminho para casa, meus pés não paravam, olhava a cidade passar e sentia meu corpo todo vibrar, sou realmente muito idiota, estar nervosa só pela chance de talvez o ver pela quarta vez. Dou um leve sorriso.

- Chegamos Rora. - Diz Luc entrando em um condomínio lindo.

- Uau. - É somente o que eu falo.

O condomínio é lindo, parece coisa de filme, o prédio então, é gigante, imagino que os apartamentos devem ser um sonho. 

Ao chegar lá em cima, o apartamento deles é quase o da cobertura, minhas suspeitas se confirmam, é a casa mais linda, e mais bem decorada que já vi na minha vida, as paredes com janelas imensas, nos dão uma visão espetacular de Portland, eu fico sem fôlego com a vista. 

- Gostou? - Arthur pergunta, pegando um pouco de suco na geladeira.

- Eu amei, é lindo. - Falo abobada. 

- Eu também, gosto de ficar aqui observando as vezes. 

- Vem, vamos para o quarto, vamos começar a trabalhar na apresentação, essa vai ser difícil, quero tirar a melhor nota da sala. - Diz confiante.

- Vamos. - Digo o seguindo.

A casa só vai ficando mais bonita, extremamente iluminada, ela é basicamente em cores brancas e tons pastéis, limpa que daria de fazer uma cirurgia aqui mesmo no chão do corredor, com pinturas lindas nas paredes, algumas pequenas esculturas espalhadas pela casa, chegamos no quarto do Luc, um típico quarto de um menino de dezenove anos, o único lugar bagunçado da casa, mas ainda assim segue o padrão chique da casa. 

Pelo que percebi o pai dele não está em casa, então estou visivelmente mais calma, posso relaxar e começar a estudar e fazer esse trabalho que não vai ser nada mole.

Eu e Arthur estamos fazendo uma pesquisa, mas vamos precisar comprar algumas coisas que não temos aqui, temos que montar um caso de defesa de um assassino, provar que ele é inocente. É as vezes ser advogado não é uma coisa boa. Precisamos fazer um quadro de provas e um mapa das vítimas, com várias coisas, então decidimos que Arthur iria comprar os matérias e eu iria fazer o nosso lanche, já que nós estamos azuis de fome. 

- Então eu vou lá, aí você pode usar tudo que quiser da cozinha, a casa é sua. - Diz galanteador. 

- Obrigada. - Digo sorrindo. - Luc, se não for pedir demais, gostaria de tomar um banho, estou com calor e um pouco agoniada. - Pergunto sem jeito. 

- Claro Rora, pode usar o do meu quarto ou o do quarto de hóspedes, no armário deles tem toalhas limpas, eu vou lá. - Ele diz já saindo pela porta.

- Ok. - Digo em voz alta dando uma organizada no quarto antes de ir banhar.

Vou para o banheiro do quarto de hóspedes, tomo um banho rápido, só para tirar o suor, essa cidade está super quente esse mês, que o inverno chegue logo. Saio do banho visto a mesma roupa, vou até minha bolsa e passo meu perfume, sempre ando com ele para cima e para baixo, vai que. Vou para cozinha para fazer o nosso lanche, olho na geladeira encontro pasta de amendoim e geleia, eu amo um sanduíche, então vai ser isso. Pego coloco na bancada e pego pães que estão perto, começo a preparar calma sentindo a fome incomodar um pouco.

- Boa tarde. - Ouço uma voz rouca e potente atrás de mim, eu tomo um susto, mas tento não fazer grande alarde.

- Oi, boa tarde senhor. - Digo normalmente, mas não olho para trás, estou com vergonha por estar na cozinha dele, ele deve me achar mal educada.

- Onde está o Arthur? - Ele pergunta calmo, sinto minhas costas queimarem. 

- Saiu para comprar uns matérias para o nosso trabalho. - Digo passando manteiga de amendoim no pão.

Ouço a geladeira abrir e depois fechar.

Finalmente me viro e me deparo com o pai do meu amigo sem camisa, com os cabelos bagunçados, eu nunca tinha visto ele dessa forma, nunca tinha o visto sem um terno perfeito em seu corpo, ele consegue ficar ainda mais gato, santo Deus. Eu não consigo segurar meus olhos que desfilam sobre o seu corpo, seu peitoral que eu passaria facilmente minha língua, seu físico é perfeito, seus braços extremante fortes se apoiando na bancada da cozinha, meus olhos descem pelo seu tanquinho definido, quando vou levando o olhar mais para baixo onde seu abdômen sarado leva diretamente para dentro do short, meu coração acelera, sou tirada do meu momento vergonha quando ele fala.

- Está fazendo lanche? - Pergunta com um sorriso sexy no rosto, não acredito, ele percebeu que eu estava quase babando. 

AURORA? SE CONTROLA!

- Ah... Sim... O senhor quer? - Pergunto, mas nesse momento estou totalmente vermelha de vergonha. 

- Eu adoraria, estou mesmo com fome. - Diz se encostando mais confortavelmente na bancada ao lado da geladeira.

- Tudo bem. - Me viro de costa novamente e continuo meu trabalho, incluindo mais alguns sanduíches.

- E então? Vocês dois já assumiram esse namoro? - Pergunta divertido. 

- Nós não namoramos, de verdade não tem nada disso. - O olho rapidamente para dar firmeza ao que falo.

- Ah sim. - Diz somente. 

- Então, você não namora? - Pergunta já mais perto de mim, eu só percebi porque ouvi sua voz mais perto.

- Não, namorei um vez, mas já faz anos. - Digo concentrada no que estou fazendo.

Sinto ele se aproximar ao ponto de estar quase colado na minha costa, sinto o calor que emana dele, ele se inclina um pouco deixando o rosto do lado do meu, então diz com a voz mansa, porém muito grossa como sempre.

- É um belo sanduíche Aurora. - Meu corpo inteiro se arrepia principalmente quando ele diz meu nome. 

- Nossa me arrepiei. Merda, eu disse isso em voz alta? - Pergunto incrédula. 

- E você gostou? - Ele pergunta ainda muito perto, falando no meu ouvido.

- Gostei. - Em um salto de confiança e loucura respondo com uma voz que nem sabia que eu tinha, me virando para olhar em seus olhos. E que olhos.

Ele sorri malicioso, então dá um beijo no meu ombro me fazendo tremer com o contato do seu lábio na minha pele. 

- Rora. - Escuto Arthur chamar. 

O pai do meu amigo sai da cozinha, na verdade nem vejo a direção que ele toma, o que acabou de acontecer aqui?

- Rora, tá pronto? - Pergunta Luc entrando na cozinha. - Tô com muita fome. 

- Sim, já está pronto. - Digo sorrindo.

- Fiz para o seu pai também. - Digo fofa. 

- Já-já levo para ele, vamos comer. - Diz já se sentando na mesa.

- Vamos. - Digo o acompanhando.

Meu coração ainda está a mil com o que eu nem sei descrever que foi.

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