No caminho para casa, meus pés não paravam, olhava a cidade passar e sentia meu corpo todo vibrar, sou realmente muito idiota, estar nervosa só pela chance de talvez o ver pela quarta vez. Dou um leve sorriso.
- Chegamos Rora. - Diz Luc entrando em um condomínio lindo.
- Uau. - É somente o que eu falo.
O condomínio é lindo, parece coisa de filme, o prédio então, é gigante, imagino que os apartamentos devem ser um sonho.
Ao chegar lá em cima, o apartamento deles é quase o da cobertura, minhas suspeitas se confirmam, é a casa mais linda, e mais bem decorada que já vi na minha vida, as paredes com janelas imensas, nos dão uma visão espetacular de Portland, eu fico sem fôlego com a vista.
- Gostou? - Arthur pergunta, pegando um pouco de suco na geladeira.
- Eu amei, é lindo. - Falo abobada.
- Eu também, gosto de ficar aqui observando as vezes.
- Vem, vamos para o quarto, vamos começar a trabalhar na apresentação, essa vai ser difícil, quero tirar a melhor nota da sala. - Diz confiante.
- Vamos. - Digo o seguindo.
A casa só vai ficando mais bonita, extremamente iluminada, ela é basicamente em cores brancas e tons pastéis, limpa que daria de fazer uma cirurgia aqui mesmo no chão do corredor, com pinturas lindas nas paredes, algumas pequenas esculturas espalhadas pela casa, chegamos no quarto do Luc, um típico quarto de um menino de dezenove anos, o único lugar bagunçado da casa, mas ainda assim segue o padrão chique da casa.
Pelo que percebi o pai dele não está em casa, então estou visivelmente mais calma, posso relaxar e começar a estudar e fazer esse trabalho que não vai ser nada mole.
Eu e Arthur estamos fazendo uma pesquisa, mas vamos precisar comprar algumas coisas que não temos aqui, temos que montar um caso de defesa de um assassino, provar que ele é inocente. É as vezes ser advogado não é uma coisa boa. Precisamos fazer um quadro de provas e um mapa das vítimas, com várias coisas, então decidimos que Arthur iria comprar os matérias e eu iria fazer o nosso lanche, já que nós estamos azuis de fome.
- Então eu vou lá, aí você pode usar tudo que quiser da cozinha, a casa é sua. - Diz galanteador.
- Obrigada. - Digo sorrindo. - Luc, se não for pedir demais, gostaria de tomar um banho, estou com calor e um pouco agoniada. - Pergunto sem jeito.
- Claro Rora, pode usar o do meu quarto ou o do quarto de hóspedes, no armário deles tem toalhas limpas, eu vou lá. - Ele diz já saindo pela porta.
- Ok. - Digo em voz alta dando uma organizada no quarto antes de ir banhar.
Vou para o banheiro do quarto de hóspedes, tomo um banho rápido, só para tirar o suor, essa cidade está super quente esse mês, que o inverno chegue logo. Saio do banho visto a mesma roupa, vou até minha bolsa e passo meu perfume, sempre ando com ele para cima e para baixo, vai que. Vou para cozinha para fazer o nosso lanche, olho na geladeira encontro pasta de amendoim e geleia, eu amo um sanduíche, então vai ser isso. Pego coloco na bancada e pego pães que estão perto, começo a preparar calma sentindo a fome incomodar um pouco.
- Boa tarde. - Ouço uma voz rouca e potente atrás de mim, eu tomo um susto, mas tento não fazer grande alarde.
- Oi, boa tarde senhor. - Digo normalmente, mas não olho para trás, estou com vergonha por estar na cozinha dele, ele deve me achar mal educada.
- Onde está o Arthur? - Ele pergunta calmo, sinto minhas costas queimarem.
- Saiu para comprar uns matérias para o nosso trabalho. - Digo passando manteiga de amendoim no pão.
Ouço a geladeira abrir e depois fechar.
Finalmente me viro e me deparo com o pai do meu amigo sem camisa, com os cabelos bagunçados, eu nunca tinha visto ele dessa forma, nunca tinha o visto sem um terno perfeito em seu corpo, ele consegue ficar ainda mais gato, santo Deus. Eu não consigo segurar meus olhos que desfilam sobre o seu corpo, seu peitoral que eu passaria facilmente minha língua, seu físico é perfeito, seus braços extremante fortes se apoiando na bancada da cozinha, meus olhos descem pelo seu tanquinho definido, quando vou levando o olhar mais para baixo onde seu abdômen sarado leva diretamente para dentro do short, meu coração acelera, sou tirada do meu momento vergonha quando ele fala.
- Está fazendo lanche? - Pergunta com um sorriso sexy no rosto, não acredito, ele percebeu que eu estava quase babando.
AURORA? SE CONTROLA!
- Ah... Sim... O senhor quer? - Pergunto, mas nesse momento estou totalmente vermelha de vergonha.
- Eu adoraria, estou mesmo com fome. - Diz se encostando mais confortavelmente na bancada ao lado da geladeira.
- Tudo bem. - Me viro de costa novamente e continuo meu trabalho, incluindo mais alguns sanduíches.
- E então? Vocês dois já assumiram esse namoro? - Pergunta divertido.
- Nós não namoramos, de verdade não tem nada disso. - O olho rapidamente para dar firmeza ao que falo.
- Ah sim. - Diz somente.
- Então, você não namora? - Pergunta já mais perto de mim, eu só percebi porque ouvi sua voz mais perto.
- Não, namorei um vez, mas já faz anos. - Digo concentrada no que estou fazendo.
Sinto ele se aproximar ao ponto de estar quase colado na minha costa, sinto o calor que emana dele, ele se inclina um pouco deixando o rosto do lado do meu, então diz com a voz mansa, porém muito grossa como sempre.
- É um belo sanduíche Aurora. - Meu corpo inteiro se arrepia principalmente quando ele diz meu nome.
- Nossa me arrepiei. Merda, eu disse isso em voz alta? - Pergunto incrédula.
- E você gostou? - Ele pergunta ainda muito perto, falando no meu ouvido.
- Gostei. - Em um salto de confiança e loucura respondo com uma voz que nem sabia que eu tinha, me virando para olhar em seus olhos. E que olhos.
Ele sorri malicioso, então dá um beijo no meu ombro me fazendo tremer com o contato do seu lábio na minha pele.
- Rora. - Escuto Arthur chamar.
O pai do meu amigo sai da cozinha, na verdade nem vejo a direção que ele toma, o que acabou de acontecer aqui?
- Rora, tá pronto? - Pergunta Luc entrando na cozinha. - Tô com muita fome.
- Sim, já está pronto. - Digo sorrindo.
- Fiz para o seu pai também. - Digo fofa.
- Já-já levo para ele, vamos comer. - Diz já se sentando na mesa.
- Vamos. - Digo o acompanhando.
Meu coração ainda está a mil com o que eu nem sei descrever que foi.
Será que o dia de ontem realmente aconteceu ou foi um delírio meu? Ainda estou me perguntando, sério! Mas de qualquer forma, não seria nada, não foi nada.Fora de questão uma coisa dessa rolar. Né?Hoje vou dar atenção para minha amiga, ontem ficou fazendo drama por eu ter passando o dia com o Luc, mas ela sabe que meu coração é deles dois. Estou planejando passar o dia colada nela, depois da faculdade vamos assistir filme e botar o papo em dia, uma programação bem good vibe.- Bom dia flor do dia. - Falo para Lívia que acabou de acorda e passa por mim fazendo drama sem falar comigo, eu já conheço a peça.- Bom dia melhor amiga do idiota. - Diz sarcástica.- Que bom que você acordou de bom humor, aproveitar para te dizer que quando voltar da faculdade, nós vamos passar a tarde juntas, a noite também, vamos botar o papo em dia, tá bom? - Pergunto calma.- Se o seu dono não te chamar e você mudar de ideia até lá né. - Diz se sentando na mesa.- Larga de drama bonita de corpo. - Digo a a
Nós chegamos na festa já passava das onze da noite, está bem lotado, música alta a ponto de não ouvir minha própria voz, mas quer saber? Eu gosto, me faz esquecer por alguns momentos os problemas que ficam na minha cabeça o tempo todo, a música me faz focar em outra coisa, quero esquecer até de mim aqui.Hoje eu e Lívia estamos vestidas para matar, eu estou com um vestido preto curtíssimo, Livi com conjunto de saia curtíssima e um top faixa. Resumindo, estamos glamourosas. Foi ótimo poder entrar de cara sem precisar enfrentar fila já que Lívia conhecia o carinha lá que é "amigo" dela. Estamos aqui a mais ou menos uma hora, já bebi um drink, não quero ficar bêbada, só alegre, não posso exagerar, amanhã tem aula, não posso dá uma de doida.Estou dançando sozinha, sentindo o ritmo da música, sendo ousada, me soltando de verdade, até porque ninguém realmente está prestando atenção, são muitas pessoas dançando juntas, eu não seria o centro das atenções. Lívia me abandonou e está se pegand
Tenho que parar de neura, como Arthur poderia saber? Acredito que o pai dele não iria falar do nada:"Peguei sua melhor amiga ontem a noite filhão"E ninguém mais viu, seria muita má sorte ele está lá e ter visto, então vou fazer minha melhor cara de inocente agora.- O que eu estava fazendo ontem? - Me faço de desentendida, mas meu coração está para sair pela boca.- Não finja que não saiu ontem a noite para uma balada, não me chamou para ir também. - Diz me olhando com aqueles olhos azuis intensos, me lembra muito o de outra pessoa.- Cara eu tava afim de sair, curtir uma festa, e você sai e nem me diz, tenho que descobrir pelas histórias da sua amiguinha insuportável. - Diz fingindo realmente estar zangado, mas pelo seu tom de voz percebo que ele não está.Já sorrio aliviada, ainda bem que só é drama.- Insuportável e linda não é? - Digo tentando o irritar.- Que linda? - Pergunta desconfiado. - Não usaria essa palavra para descreve-la. - Ele sorri safado.- Tá bom então. - Sorrio.
Vou contar uma história de amor mas não uma historia tradicional, para os grandes amantes de filmes de romance o amor sempre vence, não é mesmo? As vezes não! As vezes você ama e nem sempre tudo tem um final de conto de fadas ou o desenrolar como tal. Aqui teremos um amor intenso, envolvido em segredos, traições, morte. Tudo começou com um homem chamado Julio Lucca, motivo dos seus pensamentos impuros mais secretos da jovem Aurora. Uma linda menina de dezenove anos de idade que ficou loucamente deslumbrada por esse homem assim que o vê, foram três vezes para ser exata, três vezes na vida, foi pouco e de longe, com somente um aperto de mão no encontro mais próximo, desde a primeira ficou apaixonada com tamanha beleza, aquele homem contém tudo que o sexo masculino tem para que a deixasse nas nuvens. Altura imponente, forte e completamente perfeito, um advogado sério, que transcende masculinidade. Deus! Um pecado! Só há um problema. Ele é o "pai do seu melhor amigo”.E aqui vão as ra
Hoje começo um novo semestre na faculdade, não sei dizer se estou feliz ou triste pelo começo do ano. Por um lado estava com muita saudade do meu melhor amigo, o Arthur, nós somos inseparáveis desde que me mudei para essa cidade, comecei o curso de direito, que ele também está cursando. Mas por outro, sinto falta do meu pai, deixar ele sozinho naquela casa, me deixa com o coração apertado, mas estou fazendo de tudo para me formar e dar tudo de melhor para ele, trazer ele para cá, ou mesmo ir morar lá com ele.Estava na minha cidade com meu pai para as festas de fim de ano e férias, agora que retornei estou louca para ver o Arthur Lucca, ou como gosto de chamar para ser mais curto, Luc. Nós só nos conhecemos a um ano, mas parece uma vida, acho que porque somos muito parecidos, mas se vocês estiverem se perguntando, vocês namoram? A resposta é não. Acho que nós não temos aquilo da reação química da atração, porque nunca sentimos isso, pelo menos eu não, mas acredito muito que ele também