Alice Narrando.
Abrir os olhos devagar, a claridade invadiu meus olhos e fechei no mesmo instante. Tentei novamente me acostumar com a claridade e observei ao meu redor. A noite passada tinha sido incrível demais. Fui a uma social na casa do Fred, meu melhor amigo. Ele só faz festas boas, cheio de homens gatos e cheio de bebidas. Me acabei. Levantei e me olhei no espelho. Eu estava com o cabelo todo pra cima, parecia até que fui atropelada por um monte de pessoas. Fui logo tomar um banho, depois que terminei me arrumei e desci. Minha irmã estava na sala mexendo no celular. Somos gêmeas, mas muito diferente uma da outra. Enquanto eu estou nas festas, ela está em casa. Enquanto eu estou no shopping, ela está estudando e assim vai. Mas eu amo a minha irmã mais que tudo, ela é tudo na minha vida. E tem meus pais, Tatiana e Rodrigo. Todos que ouvirem a história deles dois sentem inveja. E só de pensar que eles se envolveram por causa do meu avô e por causa de um casamento forçado, quase ninguém acredita.— Bom dia dorminhoca — Gabriela falou chamando minha atenção, olhei pra ela e dei um sorriso. Sentei ao seu lado e fiquei ali quieta olhando pra um ponto fixo. Minha mãe apareceu vindo com meu pai atrás.— Oi querida, que horas você chegou ontem?— Não sei, só sei que to morta.— Você tinha que parar de ir nesses lugares, faz como sua irmã... fica em casa. — E lá vem meu pai fazendo o mesmo drama de sempre. Ele não aceita que eu cresci e quer me ver presa em casa. Mal sabe ele que sou igual a ele.— Pai você já teve minha idade e sabe como é, então nem tente.— Verdade, você é até calma perto do que eu era — Minha mãe deu um tapa em seu braço e fiquei rindo.— Gente, posso falar uma coisa? — Gabi levantou pra falar, olhamos pra ela e na hora que ela ia falar, a companhia tocou. Ela falou que iria falar depois e foi atender. Lola entrou com um óculos escuro na cara, jogou a bolsa no sofá e foi falar com meus pais. Sabe uma pessoa folgada? É ela, sempre assim. Meus pais tem ela como terceira filha e isso faz que Lola seja folgada na casa. Se jogou do meu lado e me abraçou.— Não sei quem ta mais morta, Lola ou Alice— Minha mãe disse nos olhando e rindo.— Tia, foi irado ontem, eu bebi todas. Não sei nem como cheguei em casa — Lola respondeu toda animada e rindo.Ficamos conversando e fomos pra mesa. Enquanto almoçamos, Gabi tentou dizer novamente o que queria.— Então, eu conheci um menino a três meses e estávamos ficando. Mas aí ele me pediu em namoro e eu queria que vocês conhecessem ele — Ela deu um sorriso tímido e tava toda corada. Dei um sorrisão.— Irmã ta namorando? Que linda, parabéns. —levantei e abracei ela.— Quem é ele Gabriela? — Meu pai falou todo sério, ciumento.— O nome dele é Luke, ele faz faculdade de direito pai.— Ele vem quando minha filha?— Estava pensando em chamar ele hoje pra vim aqui, aproveitar que todos estão em casa.— Ta bom, vou preparar um jantar pra todos, tá?— Ok mãe, vocês vão adorar ele.Lola ficou com uma cara de que queria falar algo, mas eu a conhecia e sei que seria só pra mim. Conheço minha vaca de longe. Pedi licença e subi com a Lola.— Fala, o que foi? — Perguntei deitando na cama e olhando ela.— Sei lá, eu lembro ontem do Guga falando de um amigo que veio não sei da onde e que o nome era Luke.— E daí?— E daí que pode ser esse menino né?— No mundo tem vários meninos com esse nome, não viaja.— Hoje tem lual, vamos? — Ela perguntou, mudando de assunto.— Esqueceu que tenho jantar aqui?— Ué vamos depois, deixa eles aí e partiu.— Vai ficar né?— Sim, vou perder a de conhecer meu cunhado?— Safada, tira o olho que é da Gabi o homem.—Não disse nada.Ficamos mexendo no notebook a tarde toda, e quando era seis e pouca, Lola foi tomar banho, enquanto eu ia escolhendo minha roupa. Peguei um short curto com estampa de flores e uma blusa transparente. Peguei um arco de flores e deixei ali na cama. Lola saiu com um vestido larguinho, parecido com esses de praia mesmo, sendo todo branco. Tomei meu banho de gato, mas me lavei direitinho. Coloquei minha roupa e estava muito linda, se eu fosse homem me pegava, sem brincadeira. Meu cabelo loiro batia no meio das minhas costas, então peguei a chapinha e passei pra deixar mais liso do jeito que eu gosto. Fiz uma maquiagem leve no rosto. Quando terminei, Lola estava tirando foto e eu fui tirar com ela. Ela logo postou no f******k e descemos. Meus pais estavam na cozinha e Gabi desceu toda arrumadinha. Com um vestido rosa tomara que caia.— Vocês já vão sair? — Meu pai ciumento como sempre, marcando em cima.— Sim senhor Rodrigo, vamos a um lual. Estou bonita? — Encarei ele batendo os olhos e dei um sorriso doce. Ele se derreteu todo e me abraçou.— Como está crescendo. Era uma menina tão fofa quando pequena, vivia com bonecas na mão.— Aí pai, menos. — Eu disse rindo e me separando dele. Dei um beijo na bochecha da minha mãe e fiquei ali bebendo água. Enquanto escutava a conversa da Lola com minha mãe.A companhia tocou e Gabi foi atender. Escutei uma risada e com certeza o menino chegou. Deveria ser um nerd esse menino, daqueles que usa óculos fundo de garrafa e cheio de espinhas. Porque minha irmã não tem um gosto bom não. Lembro na quinta série ela chorou por um menino, fui ver quem era e era o garoto mais feio do colégio que não queria ficar com ninguém. Quando terminamos o colégio descobrimos que ele era gay. Até lembrei da Lola falando do menino, mas até rir com isso, até por que seria impossível Gabi arrumar um bad boy como eu imaginei que Lola falava. Enchi mais o copo com água e fui pra sala. Minha blusa prendeu no short e fui andando tentando consertar minha blusa presa no short. Quando levantei minha cabeça, vi um homem na minha frente e travei. Puta merda!O homem era lindo, perfeito, parece que tinha saído de um filme de suspense e parou aqui em casa. Ele era alto, cabelo escuro e tinha barba. Sim, homens com barba pra mim é a perdição. Ele tinha uma cara de safado e misterioso. E dei uma encarada de cima pra baixo. Já dava pra ver, que por baixo das roupas ele era um tesão. Um pecado de pessoa. Lola tava com as bochechas vermelhas e eu nunca a vi ficar desse jeito perto de um homem. Afastei aqueles pensamentos e foquei na realidade, ele é da minha irmã!— Lu, essa é Alice minha irmã — Gabi me apresentou ele e ele me encarou. Meu coração acelerou na mesma hora, para com isso merda.— Oi Alice, sua irmã falou demais de você e vocês são lindas. — Ele deu um sorriso de lado e me deu um abraço.— Ah... obrigada, prazer. — Retribui o abraço e sentir a respiração dele no meu pescoço. Me arrepiei na mesma hora e me afastei indo pra perto da Lola. Meu pai já conversava com esse menino como se conhecesse ele a anos. Gabi ficava toda boba do lado vendo eles dois. E eu fiquei ao lado da Lola que mexia no celular dela.— Ei Lice, vai aonde? Está toda arrumada. — Gabi me perguntou e todos se viraram pra mim. Todos eles me olharam, e eu ignorei um certo olhar.— Sair, quer vim? Você está precisando se divertir. — Lola respondeu na minha frente.Dei um pedala na cabeça dela e ela reclamou. Dei um risada.— Vamos para um lual de um amigo nosso.— Do Fred?— Não, social dele foi ontem então ele não deve fazer... — Quando eu ia falar, meu celular tocou e a pessoa não morre tão cedo, era Fred me ligando.— Fala tesudo. — Eu disse atendendo e olhei pro meu pai. Ele odiava que eu falasse essas coisas perto dele e eu ficava rindo.— Assim eu gamo gata, to indo aí pegar vocês, tá?— Pra que? Tenho pernas e não é longe daqui— Vai a merda também, me ofereço e faz isso.— Hum, sabe que te amo né? Mas pode indo que vou andando com a Lola.— PODE VIM QUE EU NÃO QUERO IR ANDANDO. — Lola começou a gritar pro Fred escutar e eu mandei ela calar a boca.— Ele disse que só por causa disso você vai andando Lola. — Eu falei pra ela rindo e ela mostrou a língua.— A gente se ver lá então, beijos gata. — Me despedi do Fred.— Mãe, acho que não vou ficar pra jantar não, tem problema? — Eu disse pra ela.— Por mim tudo bem, mas ver com sua irmã se ela se importa.Fui até a sala e ele estava abraçado com ela. Mas o rosto virado pra mim, me encarando.— Gabi, preciso ficar pra jantar? Não queria chegar tarde lá. — Falei, disfarçando e não olhando ele.— Tudo bem, pode ir.Dei um grito na Lola que desceu com as nossas bolsas. Coloquei no meu ombro e fiquei no espelho passando o brilho enquanto Lola se despedia dos meus pais e deles lá. Dei um beijo em cada um e dei um abraço no Luke. Ele me abraçou forte e eu sentir seu perfume. Me afastei rápido querendo me afastar dele, dei um sorriso e sai com a Lola.— Que homem é aquele cara? Aonde sua irmã encontrou ele? Puta merda, minha calcinha tá pedindo socorro. — Lola dizia alto e rindo. Quem passava do nosso lado, nos olhava com uma cara assustada. Rir dela.— Fala baixo garota, ele é estranho.— Mas é gostoso, lindo e eu vi o olhar dele pra você.— Que? Viajou né?— É sério, ele te comeu pelo os olhos quando te viu.— Para tá? Se minha irmã ouvir algo disso vai ser a maior confusão.Lola ficou falando de outras coisas enquanto íamos andando até a praia que era perto dali. Mas fiquei pensando no que ela disse, isso não podia acontecer e eu nem quero que aconteça nada. Chegamos e no posto cinco encontramos todos os nossos amigos. Fred era meu melhor amigo, ele é daqueles que tristeza não tem vez e se tem festas e mulheres ele está lá, não importa qual é o lugar. E é um puto de um drogado, mas perto de mim ele controla. Gustavo é mais conhecido como Guga, ele também é malucão, mas gente boa demais. E tem o Erick, Julian, Rafael e Caio. E só nós duas de meninas? Não, tem a Larissa, mas ela está viajando. Fomos andando até chegar no lual que era de um amigo do Guga. Pegamos um copo com alguma bebida que eu não sabia o nome e ficamos bebendo enquanto dançavamos. Quando era duas da manhã, eu estava sentada olhando o mar e com um copo na minha mão. Os meninos estavam alegres demais e o amigo do Guga tinha acabado de chegar, então estava no momento "apresentações". Levantei e fiquei procurando a Lola. Mas acabei vendo o namorado da minha irmã junto com alguns garotos. Estranhei e fui até ele. Nossos olhares se encontraram e ele ficou me encarando. Parei em um canto olhando-o e ele se despediu dos garotos e veio em minha direção.— Minha irmã veio com você? — Perguntei assim que ele parou na minha frente.— Não quis vim, fazer o que né? — Ele riu bebendo a cerveja que tinha na lata.— E ela sabe que você está aqui?— Só vai saber se você falar.— Não vou me meter nisso, mas você ta errado.Me afastei dele e fui andando até o bar. Peguei outra bebida e sentei perto do mar. Peguei um cigarro e fiquei fumando ali.— E seus pais sabem que você fuma? — Ele sentou do meu lado, me dando um susto e acedendo um cigarro também.— Só vai saber se você falar. — Dei um sorriso, e ele riu balançando a cabeça.— Você e a Gabi são bem diferentes...— Só porque somos gêmeas não quer dizer que somos totalmente iguais.— Verdade, olha você pra ela.— O que tem eu? Só porque não sou de ficar em casa, sou errada?— Ela é toda certinha, já você é toda errada, fuma, bebe, vive em festas.— Não vivo em festas não e só fumo quando não tem nada pra fazer.— Vive sim, a maioria dos homens só falam de você.— De mim? O que falam?— Ainda é curiosa. — Ele sorriu de lado. — Assunto de homens.— Af, para com isso.— Não, você é linda. — Ele disse me deixando sem graça.— Se você acha minha irmã bonita então também sou. — Revirei os olhos, sorrindo.— Tudo é sua irmã hein? Mas não tem nada a ver isso cara.— Você não tinha que estar aqui, se ela descobrir vai ficar mal contigo.— Tem problema não, eu sou assim e ela sabe, não vou mudar por mina nenhuma não.Fiquei olhando pra ele e balancei a cabeça e virei pra olhar o mar. Tomei um susto quando sentir sua mão na minha coxa. Me arrepiei e tentei controlar minha respiração. Ele apertava cada mais forte.— Para com isso, ta doido? — Tentei afastar sua mão dali.Ele segurou na minha mão forte e eu tentei afastar minha mão dali, mas ele era mais forte.— Ta sentindo? Você me deixa duro só de olhar e falar. — Ele alisou minha mão por cima do seu volume. Dava pra sentir que era grande e grosso. Sem eu perceber, apertei com vontade. Ele deu um gemido e veio pra cima de mim. Cheirou meu pescoço e ficou me beijando, me arrepiando.— Vem cá — Levantou me puxando e me levando pra longe. Ele só parou quando chegamos a umas pedras grandes que tinha ali e me encostou nelas, ele se encaixou nas minhas pernas e ficou me olhando.— Não, sai daqui Luke não vou fazer isso com minha irmã, SAI. — Eu já estava ficando nervosa e ele me apertou mais nele. Ele encostou seu corpo, me fazendo sentir o quanto estava cheiroso e ficou me encarando.— Você já está na minha.— Não estou, sai Luke. Que merda. — Ele colocou a mão por baixo da minha blusa e apertava minha cintura e roçava em mim. Fechei meus olhos sentindo e tentando resistir. Ele subiu suas mão e colocou em cima dos meus seios. Deu um sorriso e ficou mordendo minha orelha e soltando uns gemidos bem baixos.— Para Luke, por favor… — Eu já não tinha voz, eu estava pegando fogo.— Você não quer parar, você quer mais e muito.Quando abrir os olhos, ele me olhava com o olhar de desejo, dava pra sentir. Ele passou a mão pelo meu corpo e eu me segurei em seu braço, enfiando as unhas ali. Ele sorriu sem se abalar. Sentir sua mão em minha intimidade, ele sorriu e me fez fechar os olhos o sentindo ali.— Diz que não me quer… Diz. — Ele sussurrou em meu ouvido.O gemido dele me arrepiou e eu me apertei mais nele, tentando resistir de todos os jeitos, mas eu já estava quase chegando lá. Soltei um gemido e apertei seu braço, o fazendo sorrir vitorioso.Ele se afastou de mim e eu fiquei o encarando com o coração acelerado e me toquei no que tinha acontecido. Não era pra isso acontecer, poderia colocar a culpa na bebida, mas não era totalmente verdade. Eu quis aquilo, a culpa já tomava conta de mim, do que eu fiz. Empurrei ele pra longe de mim e sai correndo dali. Ainda escutei ele chamando meu nome, mas eu não parei. Não queria conversar sobre o que aconteceu, só queria esquecer. Tinha traído minha irmã, a pessoa que mais amo no mundo. Quando cheguei em casa, mandei uma mensagem pra Lola avisando que eu tinha ido embora e depois conversávamos mais. A casa estava toda em silêncio e as luzes apagadas, fui até a cozinha e peguei um copo com água pra beber. Fiquei parada olhando pro nada e sem querer pensar em tudo o que aconteceu.— Veio cedo hoje? — Gabi apareceu me dando um susto. O copo quase caiu da minha mão na hora.— É....tava chato demais. — Respondi, disfarçando o meu desespero. E deixando o copo pra sair dali. Eu não conseguia conversar com ela ainda sabendo o que aconteceu horas antes.— Acho que o Luke foi pra esse lual, mas eu confio nele. — Ela deu um sorriso doce e subimos, antes de eu entrar no quarto chamei a Gabi, ela se virou e me olhou.— Você realmente gosta dele né?— Sim irmã. Eu sei que ele é errado, mas eu sei que vou mudá-lo para melhor.Apenas concordei e a desejei boa noite, entrei no meu quarto sentindo as lágrimas descer. Não consegui nem tirar minha roupa ou a maquiagem, só me deitei na cama chorando.Mal consegui dormi de noite, minha cabeça estava a mil e eu me sentia culpada o tempo inteiro. E quando fechava os olhos, eu sentia ele perto de mim. Sua boca no meu pescoço, me alisando. Sete da manhã, eu já estava de banho tomado e na sala vendo desenho. Sim, eu amo desenho animado. Minha mãe apareceu e tomou um susto comigo, ela se sentou comigo e ficou fazendo cafuné em mim.— Você está bem, filha?— Sim mãe, só não conseguir dormi bem.— Vou fazer o café ta?— Vai lá.Ela saiu da sala e nem deu dez minutos, apareceu meu pai, me deu bom dia e foi pra cozinha. Fui logo atrás e sentei na mesa com eles. Ficamos conversando, até que a Gabi apareceu e se juntou a nós.— Mãe, Luke vem almoçar ta?— Ok filha, eu adorei ele e é lindo.— É sim mãe, só que ele tem que mudar muito.— Mudar o que?— Ele gosta de sair, tem amigos errados sabe, eu quero um homem para casar e vou aos poucos tentar mudar isso.— Acho que você tinha que aceitar como ele é e não mudar. — Falei me intrometendo na c
Luke Narrando.Sempre fui um garoto errado. Desde dos quinze anos já se drogando, indo à baile de morro e pegando mulheres. Mas sempre tive as melhores pessoas do mundo ao meu mundo. Felipe, Guga e Bruno são meus amigos-irmãos. Eu fiquei uns dias fora e voltei meses atrás, acabei conhecendo uma menina tão meiguinha a Gabriela, ela é a pessoa mais doce que conheço nessa vida. Começamos a ficar e quase ninguém colocava fé nessa relação e então, começamos a namorar. Felipe como é mais conhecido como Lipo, é meu melhor melhor amigo e dizia que eu estava me apaixando, mas eu não sentia isso tudo, não esse amor. Gabi me ajudava em tudo, mas quando eu falava que eu ia sair já ficava com a cara fechada, e mesmo assim dizia que confiava em mim. Quando saia sem ela, nem fiquei com nenhuma menina, mas tudo mudou, depois que conheci a irmã dela. Lembro como se fosse ontem, ela falando da irmã...Estávamos em uma lanchonete enquanto tomava um milk shake, Gabi comia um hambúrguer.—Quando você quer
Alice narrando. Na segunda-feira, o relógio marcava seis e meia da manhã, eu já tava acordada e pronta pra minha faculdade e depois ir trabalhar. Faço faculdade de administração, assim como meu pai fazia. Tenho muito orgulho dele e no futuro espero estar ao lado dele trabalhando. E a loja onde trabalho é de sapatos e acessórios. Eu gostava muito de trabalhar lá, mas não via a hora de terminar a faculdade e sair fora dali, pois trabalhar com vendas não era fácil. Sempre tenho que estar bem arrumada, atender com classe pois eu lidava com gente rica e as vezes bem metida.Quando eu estava indo pro carro, recebi uma mensagem de Lola me chamando pra almoçamos mais tarde, respondi dizendo que iria e me despedi dela. Me arrumei toda e sai antes sem tomar café, estava sem fome mesmo.Depois das minhas aulas terminarem, eu fui embora indo até o lugar marcado com a Lola. Ela já estava lá sentada me esperando. Cumprimentei ela com um abraço e me sentei a sua frente.— Eu tenho um negócio pra t
No dia seguinte, acordei com uma ressaca terrível, parecia até que um caminhão passou por cima de mim. Eu estava ouvindo vozes lá de baixo, mas eu tinha vontade de ficar o dia inteiro aqui deitada, dormindo. Senti meu celular tremer recebendo mensagens, nem vi quem me mandou e fui abrindo as fotos que estavam ali. Eram fotos de ontem, tinha de vários jeitos, dançando com os meninos, dançando com a Lola e a Gabi, até que vi fotos minha com Luke. A gente próximos, abraçados e dando um selinho. Meu coração acelerou e eu cheguei a me tremer imaginando quem tinha tirado aquilo e poderia me ferrar, mas respirei aliviada quando vi que era a conversa da Lola. Fiquei viajando nas fotos até que alguém abriu a porta e Lola apareceu ali, rindo da minha cara.— Você é uma cachorra, como você faz isso comigo? — Eu falo e ela rir.— Vai dizer que não gostou das fotos? Até que ficaram boas.— Foi você que tirou?— A de vocês sim, as outras não. Mas pode ficar tranquila, ninguém viu isso.— Isso o que
Já era noite quando Fred e Luke resolveram ir comprar mais bebidas e chamar alguns amigos também. Colocamos música e fizemos um churrasco ali. Ficamos conversando, rindo e se zoando como sempre. Até os amigos de Luke estavam ali.— Que tal brincarmos de verdade ou desafio? — Lola perguntou, enquanto batia as mãos pra chamar nossa atenção.Todos concordaram e fomos pra varanda se sentar no chão. Na rodinha estava eu, Lola, Gabi, Flávia, Ana, Paula, Fred, Luke, Lipo, Guga, Daniel e Rafael. Rodamos a garrafa e caiu primeiro para Rafael pergunta a Ana. Ela pediu verdade e ele fez uma pergunta pra ela. Depois foi caindo para outros, mas ninguém tinha coragem de pedir desafio. A garrafa caiu pro Julian pergunta ao Luke, mas antes de alguém falar, Lola já estava reclamando.— Ninguém pede desafio nessa merda, aí fica chato. — Lola disse— Então bora. Quero desafio. — Luke disse, rindo. Geral olhou na mesma hora pra Gabi que apenas deu de ombros, como não se importasse.— Já que a Lola está a
Luke narrando. Um mês tinha se passado e cada dia mais eu tentava disfarçar a falta que Alice me fazia. Eu estava com a irmã dela, mas eu não parava de pensar nela. Eu tentei diversas vezes romper com a Gabi, mas ela sempre inventava que tinha que fazer algo e me cortava quando eu falava disso. Eu sabia que no fundo, Gabi tinha esperanças de me mudar e me fazer amá-la, mas eu não conseguia mandar no meu coração que sempre batia feito louco pela Alice. Eu ainda tentei gostar dela mais do que deveria, mas não dava. Alice roubou toda minha atenção pra ela. O pior foi quando ela começou a me ignorar e eu com orgulho bobo, a ignorei quando ela veio falando comigo. Então cada um foi pro um lado e fim. Não se falávamos mais e ela ainda estava de papo com aquele idiota do Rick.Eu sentia muita falta dela e isso era uma merda. Pior ainda foi quando um dia eu estava na rua do Lipo, ali sempre rolava bebidas e festas. Eu já estava doidão quando a Flávia apareceu toda sorridente pra mim. Ela era
Gabriela Narrando. Eu poderia dizer que estou na minha melhor fase da vida. Eu fazia um curso maravilhoso que era a psicologia, tinha meus pais e minha irmã ao meu lado e tinha um namorado bom. Luke ainda tinha aquele jeito de bad boy, de homem errado, mas eu sentia que poderia mudá-lo pra melhor, poderia tornar ele um homem de família.— Oi, como você está? — Era André que me perguntou.André era meu amigo da faculdade. Ele entrou no segundo dia de aula da faculdade e se sentou perto de mim. Na primeira aula, a professora já estava passando um trabalho e como ele estava perto de mim, resolvemos nos juntar pra fazer o trabalho. André é um homem de família, muito engraçado, fofo e lindo demais, não podia negar. Eu me sentia a vontade com ele, ele me ouvia e conversava sobre tudo comigo, era muito bom. E constatar que o que eu tinha com ele era diferente com Luke, me deixava um pouco agoniada e chateada. Com André meu coração até chegava a bater mais forte, mas eu ignorava, até por que
Alice narrando. Como eu consegui sair cedo do trabalho, resolvi sair com Luke e enviei uma mensagem confirmando com ele. Ele disse que viria me buscar, pois não precisava ir toda arrumada. Avisei aos meus pais que iria sair e fiquei esperando ele que logo apareceu com sua moto. Subi atrás, me segurei nele e ele acelerou saindo dali. Ele foi pilotando e logo chegando à praia, mas ele não parou, continuou até subir um caminho cheio de mato. Depois de uns quinze minutos, ele estacionou a moto e lá de cima dava pra ver tudo e o sol se pondo ali tão lindo.— Por que me trouxe aqui? É lindo demais. — Ele parou do meu lado e ficamos olhando aquela paisagem maravilhosa. O mar e o sol indo embora, era a combinação perfeita.— Aqui é o meu lugar preferido, quase ninguém sabe daqui. — Ele sorriu.— Hum… Nem Gabi veio aqui?— Não, apenas você mesmo. — Ele me encarou.— Fico surpresa por isso, você é todo fechado, não imaginava que você me trouxesse aqui.— Eu sou mesmo, mas o que você quiser sab