Um mês depois...Os dias foram passando e a cada dia a saudades pela Larissa, aumentava. Zeca saiu do hospital e estava arrasado pelo o que aconteceu. E pelo o que eu soube, ele estava até faltando terapia.Lola sempre estava comigo, íamos sempre em festas e encontrávamos o Luke lá. E ele sempre me carregava pro canto e a Lola dava uma de fotógrafa e ficava tirando fotos nossas, até que ficavam bonitas. E falando nela, estava em um relacionamento io-io com o Lipo, eles ficavam terminando e voltando, mas no final acabavam ficando juntos pois eles se gostavam muito.Minha irmã com o Luke, não estava indo tão bem assim. Eles sempre brigavam, mas depois voltavam. E eu tentava resistir a ele, mas acabava ficando. Rick havia sumido um pouco e achei até melhor; pois eu não estou afim de algo sério.— Você gosta dele Alice né? — Lola perguntou, enquanto pegávamos sol.— Não sei — Respondi.— Óbvio que gosta, ta na sua testa isso.Por quanto tempo eu ia esconder isso? Eu estava amando aquele g
Gabi narrando. Os dias que passaram me aproximei mais da minha irmã. Estava sentindo falta de como éramos coladas uma na outra, então sempre estava com ela e Lola. E falando em amizade, minha amizade com André estava cada vez melhor, sempre estávamos juntos e ele me apoiou demais quando troquei de curso, sem nem falar ainda com meus pais. Flávia estava me evitando e nem falando direito comigo estava, mas deixei pra falar depois com ela. Eu sei que não fiz nada de errado, então estava tranquila.Eu tinha passado a tarde toda tirando fotos com a Alice e a Lola. Quando paramos de tirar fotos, eu fui pro meu quarto, tomei um banho e me arrumei. Fiquei vendo as fotos que tiramos e tinha algumas no celular da Lola. Fui até o quarto da Alice e pedi pra Lola passar as fotos pra mim.— Pode pegar lá em baixo, não tem senha no celular. — Ela me disse e Alice estava no banho.Eu desci e fui atrás do celular que estava na mesa. Me sentei ali na cadeira e fiquei olhando a galeria. Achei um monte
Alice narrando. Eu estava sozinha, tinha perdido minha irmã, o garoto que eu gostava e perdi minha melhor amiga. E eu sentia que todos sabiam do que aconteceu, pois todos me olhavam estranhos.Acabei saindo da loja, eu estava de saco cheio daquela loja e ainda recebi um dinheiro bom saindo de lá. A faculdade eu já tinha trocado, iria começar a fazer direito e nem tinha falado com os meus pais ainda sobre isso.Eu ainda tentava se aproximar de Gabi, mas ela ficava cada vez menos aqui em casa. E quando estava, ela me ignorava. Quase toda noite eu deitava chorando e meus pais viam conversar comigo. Eu sei que o tempo era o melhor remédio, mas eu não suportava ficar assim com ela. E a Lola ainda tentou falar comigo, mas eu ignorava suas ligações e mensagens. Eu me senti chateada porque se ela tivesse apagado tudo, isso não iria acontecer, mas eu sentia muita sua falta, ela não teve culpa nisso.Tinha dias que eu ia até o cemitério pra visitar o túmulo de Larissa. Eu ficava ali conversand
Tatiana narrando(mãe das meninas) Minha vida estava tão bem como muito tempo não foi. Quando conheci Rodrigo passei por muita coisa pra ficarmos juntos e claro que eu tive que perdoar muita coisa pra estarmos desse jeito hoje. E eu ainda tinha minhas filhas lindas e perfeitas. Quando aconteceu o problema entre as duas, tive medo de que isso abalasse o elo entre as duas, por isso que fui até um pouco egoísta pedindo pra que Gabi pensasse, mas era que eu não queria vê-las assim de mal uma com a outra. Alice sempre foi muito pra frente, desde pequena foi assim, puxou mais o pai dela, só aprende a melhorar quando já fez a merda. Já a Gabi era na dela, toda carinhosa e meiga, puxando o meu jeito. Mas as duas sempre se deram muito bem, então pra uma mãe ver o que aconteceu, acaba ficando sem saber o que fazer.— Será que um dia elas ficam de bem? — Perguntei ao Rodrigo naquela noite.— Eu tenho certeza que sim. As duas são loucas uma pela outra. Tudo vai dar certo, amor.Apenas assenti e m
Gabi Narrando. Já tinha alguns dias antes do acidente que eu tinha perdoado Alice. Mas eu ainda estava magoada, então ficava quieta na minha. As coisas não vão mudar do dia pra noite assim tão rápido, e ela tinha que aprender com seus erros. Mas aí aconteceu esse acidente e penso se fiz certo em agir assim, se acontecer algo sério com ela agora, eu perdi vários dias de mal com ela ao invés de estar ao seu lado. Eu não quero perdê-la, ela é a minha irmã. Não posso negar que fiquei surpresa quando vi a mãe de Luke ali na sala e ali eu entendi que eles dois estavam juntos no carro. E ver a mãe dele ali, foi uma surpresa pra mim, pois ela sempre estava ocupada e nunca estava em casa.No segundo dia que eu estava ali, dona Julia se aproximou de mim e se sentou do meu lado.— Gabi, Luke perguntou se você pode falar com ele?— Claro, eu vou lá. — Sorri.Fui até ao quarto dele e ele estava com gesso na perna e alguns machucados na testa.— Oi Luke. Tudo bem?— Oi Gabi, estou melhor e você?—
Alice narrando. Eu ouvia minha mãe falando, ouvia Gabi falando, meu pai e Lola. Mas ouvi a voz dele também. Eu queria responder, ele dizia que estava indo viajar a trabalho que não conseguiu mudar, mas que voltaria em breve. Ele me pediu perdão e falou que me amava também. Mas eu estava muito cansada e não consegui reagir.No dia seguinte, eu tentei novamente, primeiro abri meus olhos, mas a claridade era forte demais, então fechei novamente. Tentei abrir os olhos mais tarde, o quarto não estava totalmente claro, o que foi melhor pra abrir os olhos. Fui observando o quarto e percebi que não havia morrido, eu estava internada no hospital. Eu estava com uma roupa horrível de hospital, um silêncio perturbador se instalava naquele quarto e um barulho irritante. Olhei em minha volta e encontrei um relógio pendurado na parede e o relógio marcava as quatro da tarde. Fui mexendo a mão devagar até achar um mini controle, apertei qualquer botão. Não sei pra que servia aquilo, mas eu precisava
Eu tinha sido liberada do hospital dois dias depois e tive um monte de recomendações do médico. Chegando em casa, minha mãe não queria nem que eu subisse as escadas, quase não me deixava fazer nada. Eu ficava o dia inteiro deitada vendo televisão e a tarde a Lola vinha pra cá ficar comigo.Uma semana depois, eu já conseguia fazer tudo, mas minha mãe ainda tentava me controlar, o que me deixava irritada de vez em quando. No dia que eu saí na rua, até estranhei, pois fazia tempo que eu não fazia nada disso. Algumas pessoas me pararam pra falar comigo. Naquele dia eu fui até a faculdade, mas enquanto eu andava ali, eu sentia alguém me vigiando, mas eu me virava e não tinha nada. Deixei isso pra lá, deveria ser coisa da minha cabeça mesmo.Devagar consegui chegar na direção da faculdade e me chamaram.— Oi Alice, como você está?— Estou bem. Obrigada.— Recebemos seu teste que a senhorita fez alguns meses atrás. Tínhamos ido atrás de você antes, mas com isso tudo o que aconteceu, não cons
Gabi narrando. Depois que Alice foi embora, todos foram pra casa. Enquanto eu ia pro carro, vi de longe o Luke, que estava em um canto com a cabeça baixa. Queria ter ido até ele, só que meu pai já chamava pra entrar no carro. No caminho pra casa, André me mandou uma mensagem querendo falar comigo, ele parecia nervoso. Pedi pro meu pai me deixar lá. Quando toquei a campainha, ele abriu a porta com sorriso lindo, que fez meu coração acelerar. Ele deu espaço pra eu entrar.— Então? O que houve André?— Gabi, quero te falar uma coisa.— Fale - incentivei ele pra falar, mas ele parecia bastante nervoso.— É que.... eu não quero ser só seu amigo, estou gostando de você e te quero mais que isso. Pronto falei - Ele respirou fundo e sentou no sofá, colocando a mão no rosto. — Eu sei que joguei assim sem mais e sem menos, mas estou segurando isso por muito tempo e eu não estou mais aguentando. Eu sei que você sofreu bastante tem pouco tempo, mas eu quero uma chance, apenas uma pra te mostrar q