Tatiana narrando(mãe das meninas) Minha vida estava tão bem como muito tempo não foi. Quando conheci Rodrigo passei por muita coisa pra ficarmos juntos e claro que eu tive que perdoar muita coisa pra estarmos desse jeito hoje. E eu ainda tinha minhas filhas lindas e perfeitas. Quando aconteceu o problema entre as duas, tive medo de que isso abalasse o elo entre as duas, por isso que fui até um pouco egoísta pedindo pra que Gabi pensasse, mas era que eu não queria vê-las assim de mal uma com a outra. Alice sempre foi muito pra frente, desde pequena foi assim, puxou mais o pai dela, só aprende a melhorar quando já fez a merda. Já a Gabi era na dela, toda carinhosa e meiga, puxando o meu jeito. Mas as duas sempre se deram muito bem, então pra uma mãe ver o que aconteceu, acaba ficando sem saber o que fazer.— Será que um dia elas ficam de bem? — Perguntei ao Rodrigo naquela noite.— Eu tenho certeza que sim. As duas são loucas uma pela outra. Tudo vai dar certo, amor.Apenas assenti e m
Gabi Narrando. Já tinha alguns dias antes do acidente que eu tinha perdoado Alice. Mas eu ainda estava magoada, então ficava quieta na minha. As coisas não vão mudar do dia pra noite assim tão rápido, e ela tinha que aprender com seus erros. Mas aí aconteceu esse acidente e penso se fiz certo em agir assim, se acontecer algo sério com ela agora, eu perdi vários dias de mal com ela ao invés de estar ao seu lado. Eu não quero perdê-la, ela é a minha irmã. Não posso negar que fiquei surpresa quando vi a mãe de Luke ali na sala e ali eu entendi que eles dois estavam juntos no carro. E ver a mãe dele ali, foi uma surpresa pra mim, pois ela sempre estava ocupada e nunca estava em casa.No segundo dia que eu estava ali, dona Julia se aproximou de mim e se sentou do meu lado.— Gabi, Luke perguntou se você pode falar com ele?— Claro, eu vou lá. — Sorri.Fui até ao quarto dele e ele estava com gesso na perna e alguns machucados na testa.— Oi Luke. Tudo bem?— Oi Gabi, estou melhor e você?—
Alice narrando. Eu ouvia minha mãe falando, ouvia Gabi falando, meu pai e Lola. Mas ouvi a voz dele também. Eu queria responder, ele dizia que estava indo viajar a trabalho que não conseguiu mudar, mas que voltaria em breve. Ele me pediu perdão e falou que me amava também. Mas eu estava muito cansada e não consegui reagir.No dia seguinte, eu tentei novamente, primeiro abri meus olhos, mas a claridade era forte demais, então fechei novamente. Tentei abrir os olhos mais tarde, o quarto não estava totalmente claro, o que foi melhor pra abrir os olhos. Fui observando o quarto e percebi que não havia morrido, eu estava internada no hospital. Eu estava com uma roupa horrível de hospital, um silêncio perturbador se instalava naquele quarto e um barulho irritante. Olhei em minha volta e encontrei um relógio pendurado na parede e o relógio marcava as quatro da tarde. Fui mexendo a mão devagar até achar um mini controle, apertei qualquer botão. Não sei pra que servia aquilo, mas eu precisava
Eu tinha sido liberada do hospital dois dias depois e tive um monte de recomendações do médico. Chegando em casa, minha mãe não queria nem que eu subisse as escadas, quase não me deixava fazer nada. Eu ficava o dia inteiro deitada vendo televisão e a tarde a Lola vinha pra cá ficar comigo.Uma semana depois, eu já conseguia fazer tudo, mas minha mãe ainda tentava me controlar, o que me deixava irritada de vez em quando. No dia que eu saí na rua, até estranhei, pois fazia tempo que eu não fazia nada disso. Algumas pessoas me pararam pra falar comigo. Naquele dia eu fui até a faculdade, mas enquanto eu andava ali, eu sentia alguém me vigiando, mas eu me virava e não tinha nada. Deixei isso pra lá, deveria ser coisa da minha cabeça mesmo.Devagar consegui chegar na direção da faculdade e me chamaram.— Oi Alice, como você está?— Estou bem. Obrigada.— Recebemos seu teste que a senhorita fez alguns meses atrás. Tínhamos ido atrás de você antes, mas com isso tudo o que aconteceu, não cons
Gabi narrando. Depois que Alice foi embora, todos foram pra casa. Enquanto eu ia pro carro, vi de longe o Luke, que estava em um canto com a cabeça baixa. Queria ter ido até ele, só que meu pai já chamava pra entrar no carro. No caminho pra casa, André me mandou uma mensagem querendo falar comigo, ele parecia nervoso. Pedi pro meu pai me deixar lá. Quando toquei a campainha, ele abriu a porta com sorriso lindo, que fez meu coração acelerar. Ele deu espaço pra eu entrar.— Então? O que houve André?— Gabi, quero te falar uma coisa.— Fale - incentivei ele pra falar, mas ele parecia bastante nervoso.— É que.... eu não quero ser só seu amigo, estou gostando de você e te quero mais que isso. Pronto falei - Ele respirou fundo e sentou no sofá, colocando a mão no rosto. — Eu sei que joguei assim sem mais e sem menos, mas estou segurando isso por muito tempo e eu não estou mais aguentando. Eu sei que você sofreu bastante tem pouco tempo, mas eu quero uma chance, apenas uma pra te mostrar q
Cinco anos depois...— Você não vem Alice? Que merda, já não te vejo mais de anos e você não vem logo pro meu casamento, poxa. —,Falei, tentando convencer Alice a vim ao meu casamento.— Tá, eu vou. Está satisfeita chata? — Ela brinca e eu reviro meus olhos. Fico triste por não ter ajudado em nada.— Você ajudou sim, mesmo longe. Já acabou suas aulas aí? — Perguntei.— Sim, acabou ontem mesmo.— Ata, olha tenho que desligar. Vou acertar as últimas coisas, beijos — Me despedi e desliguei o telefone.Bom, minha vida ta uma loucura total. Aquela noite em que André me pediu em casamento, eu quase infartei, mas antes eu disse um sim para ele. Ficamos noivos primeiro, e esse tempo todo foi tudo maravilhoso. André é o homem da minha vida e tenho certeza que é com ele que vou ficar para sempre. Esse tempo todo, fiquei focada na minha faculdade de administração e eu já tava trabalhando na empresa do meu pai e me saindo muito bem. André também trabalhava e estava indo muito bem. Compramos um a
Alice narrando Depois de ter pego todas as malas e ter colocado no táxi, sentamos atrás e dei o endereço da minha casa. Lola mexia no celular ao meu lado e eu olhava as ruas que passavam pelo o vidro do taxí. Saudades desse lugar, saudades de tudo que eu estava sentindo. Era muito bom estar de volta, mesmo que seja por poucos dias. Acho que com o tempo, mudamos nossos jeitos e gosto. Eu já não era mais aquela menina boba que adorava uma festa e ficar bêbada a semana toda. Eu agora era uma advogada e bem conhecida, já estava me tornando quase a melhor. E tenho muito orgulho disso. Logo cheguei em casa e não tinha ninguém, Lola só trocou de roupa e fomos com o meu carro pro casamento da minha irmã. Eu estava com saudades de todos, mas na verdade não queria voltar, sinto que posso reencontrar o Luke e eu nunca esqueci ele. Posso ter ficado com todos os homens do mundo, mas ninguém tinha o mesmo beijo que o Luke, não fazia meu coração acelerar do jeito que só ele sabia fazer. Dei um sor
O casamento foi tudo de bom. Eu curti com o Luke no cantinho até ele ter que ir embora, pois teria um trabalho amanhã cedo. Me despedi dele e voltei pro lado das meninas que estavam dançando. Conheci pessoalmente Juliana e Giovana, amigas da Gabi. Elas se deram bem comigo e com a Lola e ficamos dançando, bebendo e tirando muitas fotos. Quando era quatro da manhã, eu estava chegando em casa, sem força pra nada. Apenas me joguei na cama e apaguei na mesma hora. Estava morta de cansada.Acordei com meu quarto todo iluminado,com o sol entrando pela janela. Estava tão cansada quando cheguei que nem fechei as cortinas. Fiquei olhando pro teto e minha cabeça já estava doendo. Na próxima vez, tenho que lembrar que já não sou tão novinha assim quando for beber. Levantei e fui ao banheiro. Depois que me arrumei, desci e encontrei minha mãe tava sentada com uma xícara na mão e com a cabeça abaixada. Dei um riso e peguei um remédio que estava perto dela. Tomei, e fui preparar algo pra comer. Lo