Alexandre Xavier

Maria Vitória entrou no prédio, e eu ainda observava cada passo seu.

— Transaram, não foi, seu filho da puta? — rosnou Heitor assim que ela desapareceu atrás da porta.

Ela ainda olhou para trás quando assenti, em silêncio.

— Podemos conversar em outro lugar? Não quero... — murmurou ele. Mas eu sabia. Ele queria o mesmo que eu: evitar que sua filha tivesse que escolher entre nós — ou se sentir culpada pelo desfecho.

Heitor foi até o carro, e eu o segui na penumbra da madrugada. Quando ele parou num trecho deserto da cidade, eu soube que não havia mais volta.

Ele veio em minha direção e, sem pensar duas vezes, acertou meu rosto com um soco.

— Trepou com ela, depois de ter me prometido, não foi?

Cuspi o gosto metálico do sangue invadindo minha boca e encarei-o.

— Prometer era fácil. Resistir à sua filha... é difícil.

Ele me agarrou pela gola da camisa, os olhos cravados nos meus.

— Bate. Pode bater. Transamos, sim. E não foi a primeira vez. Nem vai ser a última...

O segundo soco veio mai
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