A semana do lado norte passou tão rápido naquele mês que muitas pessoas ficaram perdidas, uma delas foi Talissa que mesmo depois de trazer suas garotas para dentro de casa, não sabia como interagir com nenhuma. Pareciam que todas sofreram do mesmo trauma, e não iria julgá-las nunca por isso. Esmeralda era a única que falava mais consigo tentando fazer com que entendesse onde foi que ela errou quando as deixou sobre a luz da lua como pedia seu feitiço. Quando perdeu sua filhão tão pequena e indefesa da forma mais cruel que o mundo poderia tirar, Talissa confessa que não entendeu bem e não aceitou nunca a perda das filhas e quando achou que não podia mais chorar, a morte de seu marido veio para fazer a sua própria sentença de morte. Ela quis morrer tantas vezes ao longe sua vida que nem mais sabia como respirar.Do lado de fora da sua casa naquela época havia um convém de bruxas e feiticeiras que aguardavam por suas ordens e estavam prontas para fazer tudo que era mandado e estudado nas
O frio do lado Leste da cidade era de matar qualquer pessoa. As arvores já quase cobertas com neve balançavam de um lado para o outro querendo derrubar todo o gelo, mas não conseguia fazer sozinha. Havia poucas aves voando no céu, nenhuma iria desfilar por entre a neve para morrer congelado, além de que nem um sinal de animal, com certeza porque os lobos daquele lado já teriam comido todos eles. Parou o carro em frente à montanha e todo o caminho que teria que seguir andando. Resmungou procurando o casaco do outro lado do banco e vestiu. Esperou os outros carros pararem atrás de si e logo sorriu de lado, ao menos uma coisa ele tinha trago depois de toda a destruição de seu lar.Sim, de seu lar.Desceu do carro ouvindo seus lobos reclamarem do frio. Todos iriam reclamar ninguém na sua alcateia gosta do frio, acabou sorrindo ao arrumar o casaco por entre os ombros.— Achei que lobos não sentiam tanto frio. - Comentou para os outros que tentavam a todo custo se cobrir. — Que lobos fracos
— Vocês serão as madrinhas mais lindas do mundo.— Que cor é o vestido? - Mika chamou atenção e os olhos de Livia para si — EU gosto de preto.— Não vai usar preto no meu casamento.— Eu não posso ir provar o vestido. Tenho uma grande reunião para comandar. - Contou Aurora, — Mas eu já experimentei uns trinta desde que você se mudou para minha casa essa semana. E eu gosto de rosa - Aurora colocou logo sua cor no meio. — Não que isso seja novidade. -— E eu gosto da ideia que estarei sendo alguma coisa num casamento já que não posso ter o meu próprio. - Raíza falou chamando atenção das outras que lhe olharam sem entender. — O que foi? Essa historia toda de casamento me deixou ansiosa, eu quero ter um bebê, e um casamento, e o Fabricio como noivo.— Vocês voltaram? - Essa foi à pergunta mais aleatória que Jin poderia ter feito. As quatro garotas no chão viraram de uma vez para o homem do outro lado parado ao lado do armário de Aurora em pé. — Porque ontem depois do treino ele se jogou n
A reunião com os conselheiros não foi tão escondida assim, na sala de sua casa onde todo mundo parecia mais confortável em falar de todas as pessoas que foram encontradas naquela casa do horror. Aurora escutava tudo que Talissa falava desde as primeiras até as últimas pessoas resgatadas daquele lugar. Cada um havia sim, um poder sobrenatural, além de humanos que estavam ali apenas para que os parentes sobrenaturais fizessem tudo que Takashi desejasse. Novamente, não iria poupar em falar que Takashi era um homem ruim, manter pessoas presas e tortura-las psicologicamente durante anos era uma doença, só podia.Nem podia falar muito, todo mundo conhecia a historia de Anabela, mas enfim, além de sua mãe, nunca foi o tipo de Alpha que prendia alguém assim, gostava de resolver as coisas logo.— E então, as tenho de volta agora e as três disseram que estão prontas para lutar contra Takashi e todo mundo que vier com ele. Elas sabem voar e cada uma tem um poder diferente, chamas, gelo, além de
— Hmmm. Eu acho que está acontecendo de novo. - Murmurou a mulher enquanto fechava o livro em sua frente, encarou a irmã do outro lado do quarto que começou a resmungar alguma coisa baixa. — Está vendo Rubi, a Esmeralda está quase morrendo.A irmã levantou correndo até a outra e sentou na mesma cama, puxou o livro de suas mãos procurando seus olhos. — Conte para mim, porque está resmungando?— Não estou fazendo nada, Rubi. - Reclamou tomando o livro novamente.— A gente sabe que está acontecendo porque todas as vezes que acontece alguma coisa com seu marcado, suas costas brilham, e você fica nervosa. - Esmeralda riu de lado enquanto Perola também sentada do outro lado. — Eu não sei como é.— Acontece quando seu marcado está fazendo alguma coisa que gosta muito, ou seja, sei lá, ele deve está com a marcada dele fazendo… sexo. A intensidade que ele sente é a mesma que eu sinto, e se eu ficar com raiva, ou me sentir mal com isso, ele vai sentir também.— E você não se sente mal? - Esmera
— Raiden está vido. - Falou de uma vez vendo a expressão do homem mudar de calma para confusa num piscar de olhos. Aquilo também só podia ser algum tipo de piada porque não tinha como seu Alpha está vivo e continuar longe da sua família. — Escutou? O seu pai está vivo.— Como ele pode estar vivo e ao mesmo tempo tão longe? - Reclamou e suspirou olhando para o volante e logo mais além. — Ele devia ao menos ter ligado.— Yuri, te falei isso, porque tenho certeza absoluta que você o único da família que vai ficar calado. Raiden está vivo, mas ao mesmo tempo não está. Raiden está longe porque está se recuperando aos poucos longe de tudo e de todas, e também ao lado da marcada dele, ao menos a nova - Yuri a olhou de novo sem entender nada. — Eu entendi que sua mãe morreu faz muito tempo, e é normal que outros lobos tenham uma ligação nova.— Ele está o que? Criando outra família longe da gente? E a gente? - Podia ver as lágrimas no rosto do homem, era notável o quanto aquela informação hav
— Tenho quase certeza que ele veio te buscar. - Contou Aurora ainda com um riso no rosto.— Ele veio buscar Talissa e a Esmeralda - Avisou sem tirar os olhos de Roger, abriu um sorriso enorme, quase sem ar. Mordeu os lábios deixando que os olhos de seu marcado descessem para eles, tão belo dentro de roupas formais, ele estava lindo, maravilhoso demais. — Será que eu poderia ao menos falar com ele?— Eu quero que desça e vá com ele - ordenou Aurora, aquilo foi escutado por todos dentro da casa, inclusive a mãe de Mika que apesar de querer impedir, sabia o quanto a filha iria sentir estando no mesmo lugar que seu marcado. — Vocês estarão numa festa da alcateia, cercado por seus pais, e todos os betas, não pode haver beijo, mas quem sabe uns abraços, uma dança, só não podem sumir. - Mika sequer pensou no que poderia acontecer depois, desceu correndo passando na frente de Talissa e Esmeralda apenas pular nos braços de Roger.— Achei que Rodrigo viria buscar sua fada - Livia apareceu ao se
— Mas sei que quando estiver o Adrian vai me contar. Meu cheiro vai mudar.— O seu cheiro mudou faz um tempo. Ainda que não seja forte para mim. Mal te reconheço. - Contou com um sorriso e viu os olhos da filha brilharem em sua direção — Sua mãe e Luhan também.— Tudo bem. Tudo bem. Não posso chorar porque se a maquiagem borrar, não vou me perdoar. - Ajeitou o véu curto em seus ombros e o buque em suas mãos. Esperou seu pai parar de rir da sua cara antes de abrir a porta. O cheiro de velas e flores lhe deixou animada. Estava tudo como planejado.Quando Livia Montes viu a mão de seu pai estendida em sua direção, o coração palpitou as pernas até ficaram tremulas, mas em nenhum momento o medo lhe abateu. Desceu do carro escutando suspiros e até um gemido de Adrian, ela podia ouvi-lo perfeitamente, naquela noite a ligação estava tão alta quanto à emoção no peito. Livia o encarou de longe, Adrian estava mais lindo do que qualquer outro dia na sua vida, o cabelo ruivo caindo ao redor de seu