— Hmmm. Eu acho que está acontecendo de novo. - Murmurou a mulher enquanto fechava o livro em sua frente, encarou a irmã do outro lado do quarto que começou a resmungar alguma coisa baixa. — Está vendo Rubi, a Esmeralda está quase morrendo.A irmã levantou correndo até a outra e sentou na mesma cama, puxou o livro de suas mãos procurando seus olhos. — Conte para mim, porque está resmungando?— Não estou fazendo nada, Rubi. - Reclamou tomando o livro novamente.— A gente sabe que está acontecendo porque todas as vezes que acontece alguma coisa com seu marcado, suas costas brilham, e você fica nervosa. - Esmeralda riu de lado enquanto Perola também sentada do outro lado. — Eu não sei como é.— Acontece quando seu marcado está fazendo alguma coisa que gosta muito, ou seja, sei lá, ele deve está com a marcada dele fazendo… sexo. A intensidade que ele sente é a mesma que eu sinto, e se eu ficar com raiva, ou me sentir mal com isso, ele vai sentir também.— E você não se sente mal? - Esmera
— Raiden está vido. - Falou de uma vez vendo a expressão do homem mudar de calma para confusa num piscar de olhos. Aquilo também só podia ser algum tipo de piada porque não tinha como seu Alpha está vivo e continuar longe da sua família. — Escutou? O seu pai está vivo.— Como ele pode estar vivo e ao mesmo tempo tão longe? - Reclamou e suspirou olhando para o volante e logo mais além. — Ele devia ao menos ter ligado.— Yuri, te falei isso, porque tenho certeza absoluta que você o único da família que vai ficar calado. Raiden está vivo, mas ao mesmo tempo não está. Raiden está longe porque está se recuperando aos poucos longe de tudo e de todas, e também ao lado da marcada dele, ao menos a nova - Yuri a olhou de novo sem entender nada. — Eu entendi que sua mãe morreu faz muito tempo, e é normal que outros lobos tenham uma ligação nova.— Ele está o que? Criando outra família longe da gente? E a gente? - Podia ver as lágrimas no rosto do homem, era notável o quanto aquela informação hav
— Tenho quase certeza que ele veio te buscar. - Contou Aurora ainda com um riso no rosto.— Ele veio buscar Talissa e a Esmeralda - Avisou sem tirar os olhos de Roger, abriu um sorriso enorme, quase sem ar. Mordeu os lábios deixando que os olhos de seu marcado descessem para eles, tão belo dentro de roupas formais, ele estava lindo, maravilhoso demais. — Será que eu poderia ao menos falar com ele?— Eu quero que desça e vá com ele - ordenou Aurora, aquilo foi escutado por todos dentro da casa, inclusive a mãe de Mika que apesar de querer impedir, sabia o quanto a filha iria sentir estando no mesmo lugar que seu marcado. — Vocês estarão numa festa da alcateia, cercado por seus pais, e todos os betas, não pode haver beijo, mas quem sabe uns abraços, uma dança, só não podem sumir. - Mika sequer pensou no que poderia acontecer depois, desceu correndo passando na frente de Talissa e Esmeralda apenas pular nos braços de Roger.— Achei que Rodrigo viria buscar sua fada - Livia apareceu ao se
— Mas sei que quando estiver o Adrian vai me contar. Meu cheiro vai mudar.— O seu cheiro mudou faz um tempo. Ainda que não seja forte para mim. Mal te reconheço. - Contou com um sorriso e viu os olhos da filha brilharem em sua direção — Sua mãe e Luhan também.— Tudo bem. Tudo bem. Não posso chorar porque se a maquiagem borrar, não vou me perdoar. - Ajeitou o véu curto em seus ombros e o buque em suas mãos. Esperou seu pai parar de rir da sua cara antes de abrir a porta. O cheiro de velas e flores lhe deixou animada. Estava tudo como planejado.Quando Livia Montes viu a mão de seu pai estendida em sua direção, o coração palpitou as pernas até ficaram tremulas, mas em nenhum momento o medo lhe abateu. Desceu do carro escutando suspiros e até um gemido de Adrian, ela podia ouvi-lo perfeitamente, naquela noite a ligação estava tão alta quanto à emoção no peito. Livia o encarou de longe, Adrian estava mais lindo do que qualquer outro dia na sua vida, o cabelo ruivo caindo ao redor de seu
Chocados!Era uma palavra forte? Talvez, mas era como todos estavam.Aurora parou alguns passos depois dos lábios se juntarem. Rodrigo bem em frente ao que parecia uma cena sexy, mas não podia levar isso para o lado pessoal. A festa por alguns segundos tinha parado, afinal, duas mulheres estavam se beijando enquanto ao redor as pessoas apostaram que brigariam.Quando o beijo inesperado terminou, Maria se afastou assistindo todas as reações da fada. Com os olhos ainda fechados, a fada sorriu um pouco tocando em seu coração, sentia-o acelerado o bastante, mas será que era o seu mesmo? Abriu os olhos devagar encarando a mulher em sua frente e não se sentia nem um pouco confusa, era até… Diferente e bom.— Maria - A voz de Rodrigo chegou ao ouvido das marcadas que lhe olharam na mesma hora — O que foi isso?— Eu não vou abrir mão de você. E você não pode abrir mão da sua marcada… De nenhuma das duas. Ela é bonita e aparentemente beija muito bem. Então, juntando tudo, podemos resolver as c
A corrida pela floresta era como calmante para menina, pisando na terra molhada, sentindo o cheiro de cada coisa ao redor além dos animais, e melhor ainda era Jin ao seu lado que mantinha a correria na medida certa até lembrar o caminho que Riki havia lhe dito. Foi parado um pouco e vendo que sua garota ainda estava animada, e deixou-se levar até chegar ao ponto certo. Foi parando aos poucos e deixou que ela percebesse. Andou um pouco mais para a margem da floresta até avistar o prédio de apartamentos. Era bonito como a cidade, tinha até flores ao redor, varandas e tudo que um casal de amor podia pedir.Aurora parou ao lado dele encarando o mesmo lugar, gostou do que via.— Antes de entrar quero te dizer que se não tiver confortável, não precisa entrar. Vamos voltar para sua festa e podemos seguir depois. - Disse simplesmente. Aurora quis ri. Se ele soubesse a vontade que ela estava sentindo, não lhe mandaria aquela loucura. — Entende?— Vamos logo. Eu quero isso. - Entrelaçou seus de
Como Rodrigo já tinha previsto, a chuva daquele amanhecer chegou cedo banhando o lado norte com toda sua beleza. Todas as casas e cada folha daquela floresta foram banhadas pela água dando ao domingo uma beleza incomum. Merecida. Tanto para o casal de marido e mulher que em outro lugar acordavam para voltar a se amar, quanto para o homem que abriu os olhos de repente encarando o teto bege do quarto que ainda não era um quarto, mas seria quando tivesse moveis e uma decoração apresentável.Ao longe avistou a janela de vidro encarando todo o verde da floresta e a chuva que começava a diminuir. Respirou fundo enfim sentindo o peso contra seu corpo e sorriu ao lembrar-se da noite e a madrugada que se estendeu até onde devia. Se alguém o visse no momento, riria da sua falta de controle em deixar que algumas lágrimas caíssem de seus olhos escuros, mas não daria para evitar. O que sentia por Aurora ia muito além do que sentiu por qualquer garota, era como se ela fosse feita para si. Cada dobr
— Imagina se todo ódio que ela sentiu naquela noite explodisse na mãe? Eu acho que a Aurora mataria aquela mulher que nem fez com a amante do Jin.Todos riram na mesa, menos o próprio Jin que ergueu os olhos para o cunhado mais sorridente do universo. Nunca tivera tocado no assunto da sua professora e isso o incomodou na mesma hora, e bastou um olhar mais astuto para Akira ordenar que todos calassem a boca.— O que foi? - Yuri perguntou ao sobrinho que não lhe encarou — Tá, eu sei que você gostava dela. Mas sendo sincero desde que soube da morte da Sophia, você não disse uma só palavra. Você dormia com ela.— Yuri? - Akira advertiu.— O que foi? Nem eu sou tão sem coração assim com as outras mulheres com quem eu fiquei.— Querem saber de uma coisa? - Jin empurrou o café de lado, afinal, nem devia está comendo mesmo. Iria encontrar-se com Aurora. Porém, aquele assunto devia ser comentado sim, pelo menos a sua família tinha que saber o que pensava sobre a morte de sua antiga professora.