— Você está escutando isso? - Yoshi comentou olhando para o marido do outro lado da sala — Parece um uivo, um uivo do Adrian.— Como você sabe que é do Adrian? - Riki virou de repente com os olhos bem arregalados. — Ele se casou, não está mais disponível.— Nem eu estou disponível porque também sou casado. - Riki cruzou os braços se aproximando — Qual o seu problema? Acha que eu posso te trocar assim no estalar de dedos?— Eu não sei o que se passa na sua cabeça, ainda mais perto de homens que te deixam nervoso. - Yoshi quis muito ri, e abaixou os olhos colocando as mãos grandes na cintura. — Qual é a graça?— A graça é que você tá excitado e está todo mundo sentindo, principalmente eu. É noite de lua cheia e estamos tentando lidar com o fato de que o Jin… - apontou para o moreno que já tinha os olhos vermelhos querendo descontroladamente se desamarrar. — Tá surtando de vez. Então só um surtando é melhor do que dois.Riki cruzou os braços dando os ombros e novamente todos escutaram o
Mika ainda se olhava no espero sabendo que a calmaria não iria durar. A mãe terminava de secar seus cabelos vermelhos com um sorriso mínimo no rosto. Conseguiu assistir pelo espelho o sol chegar ao céu com destreza clareando toda a cidade com sua gloria. Um domingo que jamais seria esquecido. Fechou os olhos azuis lembrando perfeitamente do momento em que viu o rosto do seu amado aparecer diante de seus olhos para lhe salvar de um perigo. Aquele abraço, aquele beijo em seu rosto, o cuidado, o carinho.Céus…Não via a hora de estar finalmente nos braços daquele homem e ser amada e ser tocada e devorada por aquelas mãos grandes. O cheiro dele pareceu não ter saído de seu corpo mesmo depois de um banho longo de banheira. E não iria sair, não ia mesmo.— O que vai querer para o café? - Mika abriu os olhos ao escutar a voz de sua mãe, encarou-a pelo espelho com um sorriso mínimo. — É só falar.— Não quero nada, mãe. Não quero nada. - Levantou da penteadeira caminhando pelo quarto e parou d
Longe dali Adrian chegou à casa de sua esposa com um sorriso mais largo que podia expor, adentrou sabendo que o sogro não estava presente, mas a sogra andava de um lado para outro para preparar o casamento da sua única filha louca que não gostava de nada.— Adrian - O ruivo segurou a esposa que voou em seus braços cheia de carinho. O beijou de todas as formas que podia antes de voltar para o chão. — Fico feliz que tenha chegado. Sabia que vinha, em algum momento você viria. Mamãe está escolhendo a cor das cortinas para nosso casamento, chegue aqui e diga a ela como quer.Virou o marido de frente para sua mãe na esperança dos dois se entenderem.— As cortinas deveriam ser brancas, como todo casamento normal. - Adrian disse e a mulher se surpreendeu. — E ela disse que queria que fosse debaixo daquelas arvores do bosque ao leste. Então a decoração deveria ser feita de troncos de arvores. E também precisamos de um tapete vermelho.— Espera o que? - A dona da casa sorriu deixando de lado o
Quando Jin acordou naquela segunda-feira, tudo que desejou foi Aurora ao seu lado. Queria ter acordado ao lado dela e sentir seu cheiro, vê-la sorrir ao saber que ele esteve ali ao seu lado até o fim, mas infelizmente foi arrastado para fora por Adrian e Yan que simplesmente decidiram que um dia inteiro era o limite para ele ficar deitado com a rosada. E para que não houvesse confusão com os Betas de sua querida, resolveu levantar sem questionar, sem brigar e pronto.Desceu as escadas da casa grande ouvindo as risadas de sua mãe que logo o avistou e correu para abraçar o filho mais novo. Sabia que devia ser mais aberta com o pequeno Iakisamoto… Mas, né. Era seu filho e ponto final.Não chamou ninguém para acompanhá-lo, não estava tão frio e sua moto estava lhe chamando, fazia tempo que não andava de moto e agora não surtaria do nada para cair no meio da estrada como na noite da chuva, sua mãe também não iria lhe perguntar. O ronco do motor era uma das coisas que mais gostava, atravess
— Então, eu estava pensando em arrumar um emprego. - Iori sugeriu ao encarar o esposo do outro lado da mesa. Os outros ao redor encararam a mulher que se servia de mais arroz e sorriu para todos com um olhar mais do que meigo. — Estou cansada de ficar em casa sem fazer nada.— Mas você faz as coisas de cas- - Yuri parou de falar quando levou um chute do irmão mais velho. — Ah, tá bom, vai me dizer que agora que quer que ela saia de casa todos os dois para trabalhar? As mulheres da família Iakisamoto não precisam trabalhar. - Contou já recebendo olhares de todos.— Um trabalho nessa cidade vai me distrair de muita coisa. Não quero ficar o dia todo trancado nessa casa enquanto vocês saem por ai para fazer o que querem. - Avisou e até o marido achou certo. — A não ser que não queiram que eu faça alguma coisa.— Tudo bem você querer alguma coisa. Só espero que não saia de casa sozinha e nem volte sozinha. Eu vou com você. Mas saiba também que não precisa disso. Temos uma boa reserva para
— Não. - Aurora bradou sorridente — Deixe que ela resolva, deixe que ela ponha para fora todo o seu ódio de mãe. - Colocou as mãos dentro do casaco, sorrindo. — Acho que nem todo mundo aqui pode ter uma mãe para nos defender, então eu acho justo que ela faça o que quiser. Dona Iori, o que quer fazer?— Eu quero é que ela morta. - Bradou zangada e saiu da sala subindo as escadas correndo. Akira olhou para todos e parou em Aurora por questão de segundos antes de subir atrás da esposa.— Yan, a dê para o Ifukasa, ele já sabe o que fazer. E agora a gente precisa planejar a nossa partida. - Yan fez o que foi ordenado e esperaram o mais velho de todos da casa voltar à sala. — Nós vamos ao Sul amanhã de manhã. Eu tenho uma pessoa para nos levar, o Rodrigo. Irei levar comigo o Sr. Akira e Yoshi e outra pessoa. Os meus betas vão atrás de moto. - Riki revirou os olhos sabendo que mais uma vez ficou de fora. — Riki você não vai porque estará com Roger, ele vai voltar hoje a noite com alguma noti
As paisagens eram lindas de todos os lados, Aurora não era acostumava a sair do seu território apenas quando estavam em alguma missão, como ia agora. Seu foco sempre foi cuidar da sua cidade e seu território, nada mais era sagrado que isso.— Aurora - alguns minutos depois daquela viagem, Yoshi resolveu falar. — Eu sempre escutei de pessoas importantes do clã, e de todos os lobos do mundo que o Alpha do Norte era extremamente fatal. Mas desde que chegamos tudo que vem de você é fofo e normal. Não vejo maldade ou ferocidade em nada do que faz, ou fala.— E o que você quer ver na verdade? - Yoshi não soube dizer. Aurora continuou sorrindo para a estrada… — Uma pessoa maldosa? Mas eu não sou tão maldosa assim.— Exatamente. Por um momento eu me questionei o porquê se sentir medo de uma…— Garotinha? - A alpha falou antes e respirou fundo — Não sei o que você quer ver, se é maldade ou uma áurea mais psicótica… Desde que vocês chegaram, realmente fiz poucas coisas ruins, porque nada vem ac
Os três saíram na frente logo entrando no carro, Aurora sua alcateia fizeram o mesmo seguindo os outros. As ruas continuavam a ser de pedras com flores e tudo arrumadinho, uma cidade bonita e deveria ser calma pelo visto. Contudo, em uma das ruas em que passavam Akira pediu para pararem o carro tão desesperado quanto Yoshi saiu do carro apressado. Aurora não entendeu de inicio, mas foi apenas encarar a casa que claramente foi queimada que colou as peças.Aquela casa era dos Iakisamoto, os lobos dali, talvez por vingança queimassem aquele lugar. Akira tirou algumas fotos e voltaram ao carro, os dois calados como se o ódio estivesse se preparando para colocarem tudo para fora. Ninguém disse mais nada durante o trajeto até chegaram a uma casa grande e o portão ser aberto com destreza.— Eu espero que você tome a frente agora. - Akira abaixou a cabeça quando o carro parou e as motos logo depois ao redor. — Eu não tenho como enfrentar esse homem. Ele matou o meu pai, o meu Alpha, e queimou