— Bem... — Anne ficou sem palavras, e uma das babás ao lado riu.— Mamãe, vamos visitar o vovô e a vovó hoje? — Chloe perguntou.— Perguntaremos ao seu pai mais tarde. — Disse Anne, porque não era algo que ela pudesse decidir sozinha.— Papai vai concordar! — Berrou Chloe.— Ainda temos que avisar a ele. — Respondeu Anne, enquanto descia a escada com os trigêmeos para baixo. No saguão, deixou os três seguirem a babá até a sala de jantar, para o café da manhã. Anne, então, perguntou a Hayden: — Onde está Anthony? Ele está no escritório? — — O senhor Marwood não voltou ainda... Senhorita Vallois, por que você não liga para ele e pergunta se algo aconteceu? — Sugeriu Hayden.Anne não sentia que algo tivesse acontecido. Anthony era muito poderoso e sempre tinha tudo sob controle, então o que poderia lhe causar qualquer problema?— Não me preocupo... Ele deve estar fazendo companhia a Bianca! — A jovem disse e foi para a sala de jantar depois disso.Hayden se sentiu estranho ao obs
— Quando você pode começar a trabalhar? — Disse Anne.— Posso começar agora mesmo. — Respondeu Ashlynn.— Tudo bem. — Anne se levantou. — Senhor Winston, mostre a ela como funciona a empresa. — — Sim, senhorita Vallois. — Anne voltou para seu escritório. Assim que ela entrou pela porta, parou por um instante. A moça ficou atordoada ao olhar para Anthony, ocupando a poltrona de seu pai. 'Quando ele veio? Ele não precisa ficar disponível para Bianca?'. Ela se acalmou, fechou a porta e perguntou: — Posso ajudar em alguma coisa? — — Você está satisfeita com o resultado da entrevista? — Anthony se encostou na cadeira com ar imponente e colocou uma das mãos na beirada da mesa.— Sim. A moça já vai começar a trabalhar. — Anne, sem poder se sentar no lugar devido apenas ficou na frente da mesa e examinou os documentos que deixara ali mais cedo.— Você não vai perguntar onde eu estive ontem à noite? — A expressão de Anthony era fria.Anne não conseguia entender o que o homem pensav
Anne não sentia medo nenhum. Desde que Anthony soube das crianças, a moça começou a se sentir muito mais segura para se impor diante do homem.— Para sua informação, eu não toquei nela. — A voz profunda e rouca de Anthony pôde ser ouvida. Anne ergueu a linha de visão e o encarou, surpresa que ele se explicasse. — Você está feliz agora que sabe disso? — Anne virou o rosto e não disse nada.— Você não vai abrir caminho para que eu saia? — O homem perguntou.Depois que Anne recuperou os sentidos, moveu-se para o lado.— Você pode decidir pelas crianças sozinha, a propósito. — Disse Anthony, e então abriu a porta e saiu.Anne, por fim, relaxou e fechou a porta. Havia necessidade de ele explicar? Claro que não tinha como tocar em Bianca na noite passada, já que a pianista tinha se ferido em uma queda.***Depois que Dorothy fez uma ligação, caminhou em direção ao quarto da filha. — O senhor Walker disse que Anthony foi à empresa de seu pai esta manhã e que foi embora pouco depois
Bianca chamou Hayden. — Vou levar os trigêmeos lá quando eles acordarem do cochilo. — Por causa do incidente com a sopa de frutos do mar no passado, Hayden ainda se sentia apavorado de pensar em deixar os três com a pianista. Contudo, o homem não iria demonstrar isso, então disse: — Não há necessidade de incomodá-la, senhorita Faye. Vou levá-los até lá. —— Como isso seria um incômodo? Eles também são meus filhos! — Disse Bianca. — Se você estiver preocupado, pode vir com a gente. —— Não foi isso que eu quis dizer. — Disse Hayden.— Hayden, não esqueça que sou a futura esposa de Anthony! Isso é muito importante. — Bianca tentava dizer a ele que algumas pessoas poderiam fechar os olhos para tais assuntos, mas ela, por exemplo, não conseguia. Ou seja, o funcionário deveria estar atento a isso sempre que tivesse que lidar com qualquer assunto.— Eu entendo. — Hayden abaixou a cabeça.Bianca ficou muito satisfeita, então se levantou e disse: — Vou tirar uma soneca também. —
Anne achou estranho. Um membro da família de seu pai? Ela não pôde deixar de olhar para Dorothy, que estava ao lado. Afinal, Dorothy era nora da família Faye, então ela poderia já tê-lo conhecido antes.— Eu irei aí ver. — Depois que Anne desligou a ligação, Bianca perguntou: — Qual é o problema com o papai? — Anne a ignorou e olhou para Dorothy. — Há mais alguém na família do papai? Nunca o ouvi falar disso antes. — Dorothy franziu os lábios. — Ele é órfão e filho único. Como poderia haver mais alguém na família? — — Você tem certeza de que não há outros membros na família dele? — Anne perguntou outra vez.— Tenho muita certeza! — Garantiu Dorothy: — Desde o momento em que nos casamos até o nascimento de Bianca, nunca o ouvi falar de sua família! — Anne franziu a testa. Quem foi a pessoa que invadiu a enfermaria então?— É melhor irmos à enfermaria para ver antes de discutirmos mais! — Ela pediu a Hayden que levasse os trigêmeos de volta enquanto as quatro iam até
Também não seria ruim se Bianca tivesse um tio para apoiá-la. Quando as duas já faziam planos, ouviram Anne questioná-lo: — Como posso saber se você está dizendo a verdade ou não? Não podemos simplesmente acreditar em qualquer pessoa que apareça e diga que é o irmão mais novo do meu pai, podemos? Além disso, mesmo que você seja o irmão mais novo dele, você não o visitou quando ele estava bem, então não há necessidade de você estar aqui agora! Meu pai tem sua própria família e filhas e isso é o suficiente! —Corentin sorriu e olhou para ela sem dizer uma palavra. Dorothy interveio:— Anne, suas palavras não fazem sentido algum. Por que alguém viria e simplesmente diria que é da família de Nigel por nada? Se ele é realmente da família, então é absolutamente necessário que venha visitar o irmão! Talvez os assuntos do passado ainda sejam algo que preocupa Nigel. Você não quer ajudá-lo a resolver? —Anne olhou para Corentin com calma. — Meu pai é um homem muito responsável e nunca de
Anne começou a hesitar por causa do que sua mãe disse. Sarah tinha razão. Afinal, por que seu pai deveria ser expulso da família e sofrer tanto? Qual foi o problema que fez Nigel evitar falar sobre sua família e preferir dizer que era órfão?— Sinto que a aparição desse homem foi muito estranha. — Disse Anne.— Por quê? Você mesmo disse que poderia ser porque algo aconteceu com seu pai. Talvez tenham se arrependido, isso é muito normal. — — O próprio Corentin disse que não se lembra de nada quando papai deixou a família, então como ele teria algum carinho por ele? Na verdade, ele veio sozinho para ver papai... É estranho. —— Ele pode não ter muito carinho pelo seu pai, já que não o conhecia. Porém, ele não disse que o próprio pai não permitia que ninguém da família sequer o mencionasse? Normal uma pessoa ficar curiosa sobre alguém condenado assim! — Anne não disse nada, porque o motivo também fazia sentido. Não importava o que acontecesse, ele era sua família, afinal. Por algum
— Você não quer saber quem é Corentin? — — Você o conhece? — Anne ficou atordoada.— Eu posso investigar. — Anne entendeu o que Anthony quis dizer: ele não conhecia Corentin. No entanto, com o poder do magnata, não deveria ter problemas para descobrir qualquer coisa sobre o homem. Na verdade, com certeza já tinha investigado tudo, do contrário não teria perguntado. Anne se sentou bem ao lado dele e perguntou: — O que você descobriu? — — Eu te conto depois que chegarmos. — Sentada no carro, ela percebeu que não seguiam em direção à Mansão Real. O veículo parou no estacionamento do velho apartamento e Anne e Anthony desceram do carro. A moça virou a cabeça para trás e ficou reflexiva por algum tempo. Seu pai comprara um apartamento naquele lugar para presenteá-la, mas antes que ela pudesse se mudar para ele, o homem enfrentou um acidente...— No que você está pensando? — Anthony perguntou, encarando a moça.Anne não estava com vontade de conversar sobre seus pensamentos com