— O que você disse para Bianca? Ou ela disse algo que te irritou? — Anthony perguntou. — Ela usou o incidente com meu pai para me irritar... Na verdade, não importa. Eu não me segurei e caí no chão, o que fez com que minhas feridas se abrissem novamente! Sua noiva não tinha nada de bom para dizer, e você não pode me culpar por não querer ouvir... Seja qual for o caso, Bianca é sua alma gêmea legítima, eu sou apenas uma terceira pessoa em seu relacionamento... — Anne se sentia impotente. Depois de falar, ela riu de si mesma, mas Anthony se sentiu atacado. — Isso é tudo que você tem a dizer? — — Sim. — — O que você quis dizer com "procurar as crianças"? — As pupilas de Anne tremeram ligeiramente. — Eu tenho um pesadelo recorrente... — Anthony entendeu o que ela quis dizer: a moça estava falando sobre o filho que foi morto ainda no ventre, por conta dos chutes no estômago. A mulher virou o rosto e olhou para o magnata fracamente. — Minha mãe veio visitar? Onde ela es
Anne olhou para Nigel. — Papai, você veio aqui com a mamãe? — Sarah ficou com alterada quando ouviu isso. — Se não fosse aquele diabo do Anthony, eu teria ficado com você desde o meio-dia! Meu Deus, por que o almoço que eu trouxe está na lata de lixo? — Ela pegou a marmita da lixeira e ficou furiosa. — Quem fez isso com a comida? Aquele psicopata! — Todos sabiam que Anthony tinha feito aquilo. — Não fique com raiva. Anne não pode comer isso em sua condição atual, de qualquer maneira. — Nigel tentou acalmá-la. Sarah conteve seu temperamento e perguntou a Anne: — Filha, diga honestamente a sua mãe, por que você está tão gravemente ferida? — Anne olhou para os pais e disse: — Eu caí. — — Você caiu? — — Bem ali. — Anne apontou para a mesa. — Foi um acidente. — — O que as enfermeiras estavam fazendo? Elas recebem tanto, mas são incapazes de cuidar de um paciente como você? — Sarah estava com raiva, sentindo como se seus pagamentos para uma enfermeira extra
— Vou encontrar as crianças o mais rápido possível. — Depois de desligar, Anne colocou o telefone de volta na bolsa e deitou-se fracamente.Seus olhos estavam cheios de lágrimas, e seu coração estava partido. Ela não poderia receber alta naquela condição. Mesmo que conseguisse, como iria procurar os filhos? Lucas tinha uma rede de contatos muito maior do que ela. Além disso, o que o homem quis dizer quando afirmou que sabia quem levou as crianças?Depois de definir seus objetivos, ela deveria ser capaz de encontrar as crianças rapidamente. Moona, por outro lado, ligou para Bianca e disse que Lucas já deveria ter adivinhado que fora ela a sequestradora, então pediu à moça que pensasse em uma estratégia para ajudá-la. Acontece que Bianca disse a ela que as crianças deveriam ser levadas para um orfanato fora de Luton, justamente porque, uma vez fora da cidade, seria muito mais difícil que encontrassem os trigêmeos. No entanto, a dondoca não sabia que as crianças estavam mesmo desapareci
— Tudo bem, eu não envolveria você, então é melhor você também não me envolver. Afinal, ninguém viu você escondendo as crianças. — Disse Bianca. — Meu filho confessou ao diretor que estava envolvido na história... — — Seu filho é um idiota? — Bianca quase sapateava de raiva. — Já que ele escolheu admitir, deixe que o imbecil vá para a cadeia, então! — — Senhorita Faye, eu não posso! Eu só tenho um filho! Ele não pode ir para a cadeia! Por favor, pense em alguma coisa para me ajudar! — — Tudo bem, contanto que você não me exponha, não vou deixar você e seu filho irem para a cadeia. — — Sério? Obrigada! — — No entanto, você deve encontrar as crianças e mandá-las para longe! Entendeu?! Muito longe! — — Mas e se eu não as encontrar? — Bianca já sentia agonia de ter que falar com a mulher. — Você tem que encontrá-las, custe o que custar! — — Sim, senhora, eu vou encontrá-las! — Bianca ficou tão aborrecida que procurou um assento e tombou sobre ele, a cabeça já doendo.
— A pianista não se parece com alguém que já teve um bebê antes! Além disso, se fossem dela, a mulher estaria aqui, pavoneando pelo escritório! Acho que é alguma outra garota! — — Concordo! Ela estaria aqui nos enchendo. — A porta do elevador se abriu e Anthony encontrou Oliver com uma expressão confusa, mais sério do que nunca, mas um tanto preocupado também.— O que foi? — O patrão perguntou.— Senhor Marwood... há... crianças no escritório. — Anthony franziu a testa e seu rosto ficou irritadiço.— Quem permitiu que eles entrassem aqui de novo? Você não se lembra da bagunça que fizeram, da última vez? — Oliver o encarou corajosamente. — Senhor Marwood, é melhor você dar uma olhada por si mesmo! Eu... eu acho que não posso mais julgar por mim mesmo. — Era a primeira vez que Anthony via Oliver tenso daquele jeito. Se eram apenas os trigêmeos, o que mais havia para ele julgar?— Que foi que eles fizeram? — Anthony se virou e caminhou até o escritório.'Eles teriam feito
Charlie e Chris se aproximaram. Eles eram pequenos e mal chegavam à cintura do pai. Anthony se agachou e carregou os dois para cima, tendo os três filhos em seus braços ao mesmo tempo, mas com facilidade. A sensação que tinha era de que carregava três bichinhos fofos, sem poder acreditar que eles eram seus próprios filhos. Tentou calcular o tempo para imaginar a idade deles, mas estava tão emocionado que não conseguiu. Durante todo aquele tempo, nunca imaginou.— Vocês sabem quem eu sou? — Anthony perguntou.— Sim! Você é o papai! — disse Chloe.— A gente sabe sobre você há tanto tempo! É só você que não sabe sobre a gente. — Charlie estava adoravelmente zangado.— Papai não é muito esperto! — Disse Chris.A expressão facial de Anthony era um pouco desgostosa. — Terei uma conversa séria com sua mãe. — ***Sarah fazia companhia a Anne no hospital, e a moça não queria que ela fosse embora porque queria usar o telefone da mãe.— Mãe, jante comigo esta noite, por favor! —— Cla
O olhar de Anthony era como se ele quisesse perfurá-la. A mulher esteve com ele por tanto tempo, mas escondeu as crianças sem pestanejar. O homem, no entanto, ficou bastante impressionado com a forma como ela conseguiu fazer um show tão bom, para bajulá-lo e agradá-lo. 'Como ela ousou fazer isso?!'. Anne não sabia o que se passava na cabeça de Anthony quando ele a olhava intensamente. Isso só a fez se sentir ainda mais ansiosa e nervosa. Justo quando a atmosfera estava quase chegando ao clímax, ela finalmente ouviu a voz monótona e profunda de Anthony.— Por que você está parada de pé? —— Eu... eu passei muito tempo na cama, estava um pouco chato. Eu queria dar uma volta... — Anne olhou para baixo.Ela não conseguiu fechar a bolsa e um canto do telefone podia ser visto. No entanto, a moça também sentiu que Anthony não tocaria nos pertences de sua mãe.— Eu já andei um pouco e não preciso de mais caminhadas, por enquanto. — Anne então se sentou ao lado da cama e se aconchegou.E
Anne não pensou mais em Anthony. Ela já tinha preocupações o suficiente em sua mente, pensando nas crianças. Depois que a moça deu duas mordidas, a porta foi aberta por alguém. Anne olhou para cima e viu Tommy se aproximando com uma cara de raiva. A moça não tinha ideia do que poderia incomodá-lo.— Tommy, o que você está fazendo aqui?! — Sarah não foi nem um pouco acolhedora.Ela não queria ver ninguém da família Marwood, como não gostaria de vê-los desde antes dos problemas que causaram. Outrora a mulher só vinha se comportando educadamente porque era, de certo modo, parte da família. Tommy se sentiu aliviado ao ver Anne enérgica novamente, mas sua expressão facial ainda parecia bastante incomodada. Desde que Anne "morreu" no acidente de avião, ele estivera infeliz em Santa Nila. Passava a maioria das noites nos bares, bêbado. Certa vez, ligou para Lucas para perguntar sobre Luton, mas o homem disse que também não tinha as informações de Anne.Depois disso, Tommy nunca mais proc