Lucas se agachou e envolveu os três em um grande abraço.― Vocês sentiram minha falta? ― ― Sentimos! ―― Aqui estão seus presentes ― Lucas disse, enquanto o motorista, atrás dele, levava sacolas de lembranças para a sala de estar.Os trigêmeos comemoraram e correram para olhar o conteúdo das embalagens.― Por que você voltou para Luton tão cedo? Está tudo resolvido? ― perguntou Anne.― Sim, não sobrou nada de importante para lidar ― disse Lucas. ― Eu deveria ter te avisado que viria, mas quis te surpreender. ―A jovem riu.― Considere-me surpresa. Tommy está de volta também? ―― Não. Ele é o chefe, então não vai voltar tão cedo. ― O rapaz estudou o rosto de Anne e perguntou: ― Você está doente? Você não parece muito bem. ―Ela tocou o rosto e disse:― Sério? Não sinto nada diferente. ― Anne mentiu, apesar de saber do que se tratava. Seu corpo tinha sido traumatizado, apenas cinco dias atrás, então ela não tivera tempo de terminar de se recuperar, após a cirurgia.― Você já
No meio da refeição, Chloe quis ir ao banheiro e não querendo incomodar a refeição da babá, Anne a levou ao banheiro pessoalmente, passando por outra área do salão, no caminho de volta.A jovem viu um garçom caminhando apressado e se virou para olhar, apenas para se assustar ao ver Bianca e Michelle. Ela imediatamente pegou Chloe e correu de volta para o outro lado do salão.A bebê lançou um olhar confuso para Anne.― Que foi, mamãe? ―― Nada, tá tudo bem. ―Assim que voltaram para seus lugares, Lucas notou o olhar estranho no rosto de Anne.― O que há de errado? Viu alguém que você conhece? ―― Bianca e Michelle ― disse ela ― não esperava vê-las aqui. ―― Elas viram você? ―― Não. Estão do outro lado do salão. ―― Não há com o que se preocupar, então. ― Lucas fez uma careta. ― Que terrível coincidência. ―Depois do jantar, Lucas foi buscar o carro no estacionamento, enquanto a babá levava os trigêmeos para o veículo.Anne checava se ninguém tinha se esquecido de nada e foi
O gerente hesitou por um momento:― Aconteceu alguma coisa? ―― Sim, eu perdi um objeto ― disse Bianca.― Foi algo de grande valor ― acrescentou Michelle.O gerente se desculpou:― Sinto muito, senhora. Mas estamos com um problema nas nossas câmeras de vigilância, por isso não podemos verificar. Se puder me dizer o que era, podemos ajudar a procurar. ―Tanto Bianca quanto Michelle empalideceram. No entanto, não havia nada que pudessem fazer se as câmeras não tivessem filmado nada, então as duas tiveram que simplesmente aceitar que Anne teve sorte.Anne se sentava perto da janela com Chloe no colo, enquanto elas olhavam juntas para as luzes da rua. A jovem ouvia Chloe contando cada poste que passavam, enquanto mergulhava em seus próprios pensamentos, remoendo o que tinha acontecido no clube. Ela não estava preocupada com Bianca descobrindo sobre Lucas ou as crianças. O diretor tinha usado de sua influência para garantir que a ida deles para o restaurante não tivesse nenhum regi
Em um final de tarde, Bianca foi ao Grupo Arquiduque e Anthony não estava em lugar nenhum, porque havia uma reunião. Então, entrou em seu escritório, sozinha.Toda vez que entrava naquela sala, era tomada pela alegria e orgulho de ser poderosa e ninguém poderia tirar essa glória dela, nem ninguém poderia substituí-la no coração de Anthony, nem mesmo Anne.Ela circulou de volta para ficar atrás da mesa e, embora a tela estivesse totalmente preta, o computador parecia estar ligado.Imaginando se encontraria o plano de ação do Grupo Arquiduque, Bianca ligou o monitor e a tela se iluminou, apenas para encontrar imagens de vigilância de nove câmeras diferentes.'Por que essas imagens estão ligadas ao escritório de Anthony?' Ela pensou: 'Não existe um departamento específico para gerenciar as câmeras de vigilância do prédio? Ele não deveria estar prestando atenção nisso considerando o quão ocupado ele está.'No meio de sua confusão, ela percebeu algo estranho na filmagem.― Por que Tom
― Já decidiu para onde quer ir? ― perguntou Tommy.― Berham. ―― Certo, por mim tudo bem. Berham está bom. ―Não querendo dizer mais nada, Anne se virou para sair, nas atrás dela, Tommy ainda perguntou:― Você realmente perdeu a capacidade de ter filhos? ―― Sim. Satisfeito? ― Ela disse, antes de sair.No final do corredor, Anne parou diante do elevador e pensou no que precisava fazer para seguir em frente. Não esperava que Tommy a deixasse ir tão facilmente e estava se perguntando se ele tramava alguma coisa. O rapaz era muito astuto, então ela precisava se lembrar de ter cuidado redobrado. Assim que obtivesse o passaporte e a carteira de identidade, poderia partir.Anne não conseguia pensar em nenhum motivo para Bianca recusar seu pedido, se tudo corresse conforme o planejado.Ela entrou no elevador e olhou pensativa para o número vermelho acima dela. Não queria ligar para a pianista, pois, poderia arriscar deixar Bianca saber o tamanho do desespero que sentia.Anne decidiu
A expressão de Anne ficou sombria quando percebeu que não deveria ter feito um acordo com aquela mulher desequilibrada.― Além disso, não vou fazer nada com você, mas vou torturar Sarah. Isso deve ser ainda mais devastador para você, certo? Eu gosto de saber sobre a sua dor! Ouvi dizer que Sarah vai a um determinado clube, todas as tardes, para jogar pôquer. Estou indo para lá agora. Como você acha que ela reagiria se eu mostrasse a ela esses pedaços picados de seu passaporte e da carteira de identidade? ― Bianca riu, enquanto se levantava para sair.Anne ficou tensa.De fato, Sarah gostava de jogar pôquer à tarde, porque tirava uma soneca ao meio-dia e tinha que dormir cedo à noite. Se Bianca mostrasse o passaporte a Sarah e zombasse dela por isso, Sarah não seria capaz de se controlar. Se Sarah batesse em Bianca, seria outro desastre.Anne se levantou abruptamente e estendeu a mão para agarrar o braço de Bianca.― Espere. ―Assim que ela tocou em Bianca, a jovem gritou e caiu p
Em vez de correr escada acima, como faria normalmente, Anne se sentou no jardim de frente para a escada, que estava coberto por arbustos e era perfeito para ficar escondida. Se alguma coisa acontecesse, seria capaz de perceber imediatamente.O céu escurecia lentamente e a jovem viu a babá saindo para pegar as crianças. Pouco depois, os trigêmeos apareceram e subiram as escadas. Mas, Anne só se atreveu a olhar um pouco, pois estava preocupada que seus filhos pudessem ver como ela estava se esgueirando.Pouco depois que os trigêmeos voltaram para casa, duas vans estacionaram na frente do edifício e cerca de quinze pessoas desceram e correram em direção à escada. Percebendo a agressividade daquelas pessoas, Anne ficou absolutamente apavorada com a forma como a visão se assemelhava a um apocalipse zumbi. Felizmente, ela não estava em casa, ou estaria em uma posição perigosa se ficasse presa ali.Anne saiu rapidamente do prédio e se afastou até ficar em um local seguro, então ligou para
No entanto, a babá disse a ela que ainda havia muita gente e que eles não iriam embora tão cedo.Anne estava sentada em um pequeno supermercado que funciona 24 horas por dia. Na mesa comprida perto da janela, ela tinha uma xícara de macarrão instantâneo à sua frente.Enquanto comia, conseguia se imaginar como uma moradora de rua, sem ter para onde ir. Nunca tinha ficado tão envergonhada em sua vida.― Ei, será que é ela, ali? ―― Não sei... Parece com ela. ―― Parece nada, é ela. ―Anne virou o rosto e viu três garotas olhando para seu rosto, fazendo caretas. Mas, antes que as três pudessem pegar seus telefones, Anne não terminou sua xícara de macarrão. Apenas fugiu e, assim que despistou as meninas, vestiu a máscara.Tinha sido por pouco mas, no final, ela conseguiu se livrar delas.Anne sentia como se fosse enlouquecer. A população agia como se ela fosse a inimiga pública número um, ou algo do tipo. Até mesmo quando o celular tocou, a jovem pulou de susto, mas era apenas a ba