Anthony voltou para o corredor com uma expressão sombria e uma pequena marca de mão impressa em sua calça. Mas, não podia culpar ninguém por aquele contratempo, além dele mesmo. Afinal, não sabia bem por que decidira subir ao sexto andar para ver as crianças. Tinha sido por causa do que Anne disse?Seu humor piorou com o pensamento.Anne não ousou subir ao sexto andar, até ver o carro de Anthony saindo. Então, subiu correndo, entrou e fechou a porta do apartamento. atrás de si. Quando viu os filhos correndo em sua direção, afastou-se imediatamente.― Não! Parem aí mesmo! ― A jovem ameaçou, rindo. ― Vocês não podem sujar minha roupa. ―― Mamãe, aquele cara veio nos visitar! ― Charlie disse.― Ele é namorado da mamãe? ― Chloe perguntou.― Ele estava com você ontem, mamãe? ― Chris perguntou, curioso.Anne sentiu como se seus filhos fossem capazes de escanear sua alma e ela respondeu, constrangida:― Não, ele só estava de passagem... ― O que mais ela poderia dizer?Quando as crian
Deixando Damian sozinho. Eles voltaram para o escritório de Tommy e Anne imediatamente se afastou.― Por que você me trouxe aqui? Vou voltar para meu departamento. ―― Não. Ele ainda está bravo, então pode ir atrás de você. ― Tommy sentou-se no sofá, com as pernas cruzadas.Anne parou hesitantemente. Embora Damian não pudesse demiti-la, ele parecia ser do tipo covarde que batia em mulheres, então ela se sentou vagarosamente e se serviu de mais um copo de água.― Você sempre foi tão imprudente? ― Tommy observou os lábios dela ficarem vermelhos em contato com a água.Anne sabia do que o rapaz estava falando e queria dizer não, mas quando pensou em tudo o que havia acontecido no passado, percebeu que sempre fora imprudente. Se ela não tivesse ido ao bar, naquela noite, na França, não teria transado com Anthony e não teria dado à luz os trigêmeos e não estaria em tanto drama com Anthony, desde então. Essas foram todas as consequências de sua imprudência.― Mas, você é corajosa. Eu ad
Ao sair do banho, viu os filhos brincando com o celular e Chris correu até ela com o aparelho na mão, enquanto perguntava:― Mamãe, qual é a senha? ―― Mamãe mudou a senha dela ― Chloe reclamou.― Por quê mudou? ― Charlie perguntou, e depois resmungou: ― Eu quero assistir desenhos animados. ―Anne pegou o telefone, endireitou o corpo e digitou a senha. Então, se agachou novamente, com a tela desbloqueada. Assim, eles não viram a senha nova.Seus filhos tinham excelente memória e muitas vezes conseguiam memorizar as coisas depois de ver apenas uma vez, então Anne tinha que se certificar de que eles não pudessem descobrir seu novo padrão. Ela morreria de medo se eles tentassem enviar mensagens ou ligar para Anthony, mais uma vez.Chloe procurava habilmente por vídeos de desenhos animados quando o aparelho começou a chamar, na mão dela.― Mamãe precisa atender. ― Anne se levantou e saiu da sala, com o aparelho na mão.Os trigêmeos imediatamente se levantaram para discutir.― Será
― Você pode comer o que quiser, quando estiver comigo. Eu me lembro de tudo o que você passou. Você é minha filha e não vou deixar ninguém te machucar. Você pode me dizer qualquer coisa e eu vou te ajudar, não importa o que aconteça ― Sarah disse gentilmente.Anne folheou o menu hesitantemente e disse:― Eu... não passei por tanto. Está tudo no passado agora. ―Sarah ficou animada.― Sim. Está tudo no passado agora! ―As duas não precisavam de muita comida, mas Sarah teria pedido uma mesa cheia de pratos se Anne não estivesse ali para detê-la.― Estou tão satisfeita! ― Sarah esfregou a barriga. ― Não se apresse. Vou usar o banheiro. ―Havia uma certa distância até o banheiro, e era preciso passar pela área VIP. Assim que ela estava fazendo uma curva, Sarah ouviu uma voz.― Oh, que coincidência você estar aqui também. ―Sarah viu a pianista mundialmente famosa e seu bom humor foi instantaneamente arruinado. Então, se virou para sair, querendo ficar longe de Bianca e evitar Anth
Bianca ficou parada e cerrou os punhos até que suas unhas marcaram as palmas de suas mãos. O ciúme que ela sentiu não diminuiu, até que ela viu a poça de sangue no chão.'Ah, Anne Vallois, você não é páreo para mim!' ela pensou.Enquanto isso, Anthony saiu furioso, com Anne em seus braços, e até o motorista lutou para reagir ao quão aterrorizante era sua presença.― Para o hospital! ― Antônio ordenou.O motorista imediatamente ligou o motor e partiu para a avenida. A tensão continuou a crescer dentro do carro, junto com um cheiro sufocante de sangue que enchia o ar. Anne grunhiu de dor, nos braços de Anthony, e começou a tremer incontrolavelmente.O magnata a segurou gentilmente e a lembrou em voz baixa:― Respire fundo... ―Ela seguiu o comando instintivamente, mas a dor permaneceu e até seus lábios estavam pálidos. O suor escorria por sua testa e molhava os cabelos.― Estamos quase no hospital. ― Anthony tentou enxugar o suor dela, mas ficou surpreso quando notou sua própria
Apesar de dizer que estava bem, Anne ainda estava pálida como um fantasma e sentia uma dor surda no ventre.Quando Anthony a chutou na barriga, a jovem sentiu como se tivesse sido esmagada por um carro e cada um de seus órgãos internos tivesse sofrido o impacto. Anne sabia que não estaria sangrando tanto se estivesse bem e, a julgar pela expressão no rosto de Sarah, percebeu que sua condição era mais grave do que ela imaginava.Nervosa, ela perguntou:― Ehh... O que aconteceu? O que o médico disse? Ele quebrou minhas costelas ou algo assim? ―― Não... ― Os olhos de Sarah ficaram vermelhos. ― Você perdeu seu bebê... ―Anne não conseguia entender as palavras de Sarah e pensou consigo mesma: 'O que ela quer dizer? Isso é sobre o aborto que fiz antes? Por que sinto que não é a isso que ela está se referindo?’― O que você quer dizer com ‘eu perdi meu bebê’? ―― Seu bebê tinha dois meses de gestação. Como poderia sobreviver a um chute daqueles? ― Sarah suspirou, com melancolia.Ela
― Posso manter isso em segredo, mas não acho que seja o tipo de coisa que você pode esconder dela para sempre. Seria muito injusto permitir que ela se casasse, omitindo isso dela e do marido ― disse Kathryn. Afinal, seria moralmente errado esconder a infertilidade no casamento.― Eu sei. Vou tentar falar com ela quando se acalmar. A propósito, não deixe ninguém descobrir sobre isso, está bem? Eu não quero que ela enfrente os comentários maldosos dos outros. ― disse Sarah.― Não se preocupe. Os médicos não vão sair por aí discutindo as informações particulares de nossos pacientes com outras pessoas. ―― Obrigada, muito obrigada. ―Kathryn assentiu, antes de sair. Sarah parecia uma boa pessoa e era difícil imaginá-la como uma destruidora de lares. No entanto, Kathryn sabia que não tinha nada a ver com isso e decidiu ficar longe do drama.A mãe de Anne finalmente relaxou depois de procurar a ajuda de Kathryn. Ela tinha que lidar com a situação adequadamente e a filha não precisava
A porta se abriu, de repente.Tanto Sarah quanto Anne empalideceram, quando viram Bianca entrando.Sarah bateu na mesa a colher que estava em sua mão e se levantou, dizendo:― Como ousa aparecer aqui? Desapareça se não quer que eu arranque todo o seu cabelo! ―― Do que você está falando? Eu só vim porque vi que Anne foi trazida às pressas para o hospital. Que falta de gratidão, expulsar assim. Você realmente não tem boas maneiras, não é? ― Bianca não se intimidou, nem um pouco, com as ameaças de Sarah.― Sua mãe é quem deixou de te ensinar boas maneiras, por não te ensinar que você deve bater na porta e pedir licença, antes de entrar em uma sala! ― Sarah não era boa em brigas, mas era confiante, quando se tratava de insultar alguém.Provocada pelo insulto dirigido aos pais, Bianca disse:― De quem é a mãe que falhou, exatamente, considerando como sua filha seduziu o homem de alguém e acabou, até mesmo, engravidando? ―― O homem de alguém? De quem? Você está falando sobre você?