Solange limpou as mãos com um lenço de papel e, em seguida, abriu o computador à sua frente.Seus dedos delicados e pálidos dançavam sobre o teclado com uma velocidade surpreendente.Logo, uma gravação de vigilância foi projetada pelo projetor, que estava não muito distante.Era um vídeo do corredor do 56º andar.As imagens claras mostravam Isabelly e Solange em frente ao escritório do presidente.Do começo ao fim, Solange não havia tocado em Isabelly.Todos no departamento seguraram a respiração inconscientemente.Quando ouviram Solange dizer: "Eu vou te dar uma gorjeta", alguém não pôde deixar de rir.Quem se importaria com uma gorjeta?O cargo de Isabelly na empresa não era tão alto, mas também não ao ponto de precisar de uma pequena gorjeta.No entanto, isso também provava indiretamente que Solange não tinha a menor intenção de causar dificuldades para Isabelly.Pelo contrário, era Isabelly quem parecia ter mudado, com uma expressão de mágoa no rosto.As palavras que ela dizia pare
No entanto, ele nunca imaginou que, no momento seguinte, seria provado, na sua cara, que tinha julgado mal a pessoa.À frente do computador, Solange vestia uma saia amarela até os joelhos e tinha os cabelos soltos sobre os ombros, mostrando um rosto pequeno e muito pálido, com um leve sorriso.De longe, parecia inocente e inofensiva, mas as palavras que ela dizia eram assustadoras.— Veja bem, eu não sou uma pessoa irracional. Originalmente, só queria que você esclarecesse os rumores, mas você insistiu em me perseguir.A luz iluminava Solange, revestindo ela com um brilho frio e branco, fazendo ela parecer arrogante e intocável.Isabelly encolheu os ombros com força, um brilho de ódio surgiu em seus olhos.Apontando para Solange, com o rosto banhado em lágrimas e marcado pela raiva, ela gritou:— Se você já tinha o vídeo, por que continuou me torturando? Você fez de propósito!Solange abaixou os cílios.Seus longos cílios tremiam levemente, escondendo a verdadeira expressão em seus olh
Naquele dia, Isabelly foi ao escritório do presidente e voltou chorando. Lágrimas enchiam seus olhos, agora vermelhos pelo choro, e sua aparência vulnerável despertava uma compaixão involuntária. Todos pensaram instintivamente que Isabelly tinha sido gravemente injustiçada. Após indagarem, Isabelly respondeu vagamente, apenas dizendo:— Não foi intencional da parte da Sra. Solange, a culpa foi minha... Tudo é minha culpa. Desde que a Sra. Solange esteja feliz, não importa se eu deixar a empresa.Agora, refletindo melhor, perceberam que eles foram completamente manipulados por Isabelly!A Sra. Solange, esposa do Presidente Marcos, permaneceu calada, e Isabelly começou a encenar tudo sozinha.Resentida após ser repreendida pelo Presidente Marcos, ela quis denegrir a imagem da Sra. Solange na mente dos funcionários.— Presidente Marcos, nós estávamos equivocados. Sra. Solange, nos desculpe.Alguém tomou a iniciativa e se inclinou em direção a Marcos e Solange para se desculpar.— Falha
Solange e Marcos trocaram um olhar, então ela se agachou lentamente e pressionou alguns pontos de acupressão em Isabelly. No instante em que Solange retirou as mãos, a dor de Isabelly diminuiu significativamente, restando apenas um leve desconforto, quase insignificante em comparação com a dor anterior. Isabelly levantou a mão, enxugou o rosto, as lágrimas e o nariz, e rapidamente agradeceu:— Obrigada, Sra. Solange.Solange olhava com os olhos baixos, com os cílios longos e negros. Ela olhou para Isabelly, com um tom de voz frio:— Se houver uma próxima vez, não será apenas uma dor passageira.Enquanto falava, Solange lançou um olhar de relance para Marcos ao seu lado. Humph, ela sabia bem, essa era a mulher que Marcos havia trazido.Isabelly, atordoada, ficou sem palavras de medo. Ela tremia os lábios e rapidamente baixou os olhos, escondendo o ressentimento que brilhava neles.Marcos, encarado severamente por sua esposa, tocou o nariz de forma estranha e embaraçada.Depois que
Olhando para a figura de Dario se afastando com elegância, Marcos sorriu friamente por dentro."Perfeito.""Dario, você também perdeu o seu bônus do próximo mês."— Solzinha, só tenho olhos para o trabalho, quem traz os documentos para mim não faz a menor diferença.Essa foi a primeira vez que Marcos chamou ela de "Solzinha".Antes, ele sempre a chamava de "Solange".Os lábios de Solange se curvaram levemente, num arco quase imperceptível que desapareceu num instante.Ela não disse nada, apenas olhou para ele em silêncio.Se observasse com atenção, poderia ver que seus olhos estavam cheios de um sorriso.Mas Marcos, com os olhos abaixados, pensando em como convencê-la, não percebeu:— Se você não acredita, posso pegar a gravação da câmera do 56º andar.Ele nunca se preocupou com o que os outros diziam ao longo dos anos, nem explicou suas ações a ninguém, mas Solange era diferente.Ela era sua esposa.Depois de casados, ele deveria ser totalmente sincero com a esposa.Essa é a responsab
Henrique suspirava interiormente, seu irmão sempre foi frio e ele nunca o tinha visto tratar uma mulher com tanta ternura. Parecia que o avô estava certo, a decisão de afastar o mal realmente foi acertada.Ele pigarreou e falou para Solange:— Solange, o veneno no corpo do Marcos... Quando ele poderá ser completamente removido?Solange pressionou os lábios e balançou a cabeça:— Não tenho certeza. Preciso de um laboratório para extrair amostras do veneno em seu corpo.Henrique mostrou uma expressão de surpresa:— Você também estudou Medicina ocidental?Henrique estudou Medicina ocidental, ele possuia um laboratório próprio e uma equipe médica.Esse laboratório foi especificamente estabelecido para estudar o veneno no corpo de Marcos, mas nunca houve progresso ao longo dos anos.Ao ouvir as palavras de Solange, um brilho passou pelos olhos de Henrique.Solange assentiu e sorriu timidamente:— Eu estudei um pouco. Meu professor foi aluno de Álvaro, que também estudou Medicina ocidental,
Para sua esposa, um homem era suficiente em seus olhos. Mesmo que o outro homem fosse seu próprio irmão, ele não aceitava.Solange sorriu discretamente, se ergueu na ponta dos pés e deu um beijo no canto da boca de Marcos, sussurrando em seu ouvido:— Amor, você fica tão fofo com ciúmes.A expressão de Marcos escureceu.Desde quando "fofo" era uma palavra usada para descrever um homem?Justamente quando Marcos ia retrucar, ouviu Solange dizer:— Eu gosto tanto disso.O olhar de Marcos se aprofundou e, ignorando os olhares dos presentes, ele a levantou pela cintura e caminhou com passos largos em direção ao andar de cima.Solange, erguida no ar de repente, gritava instintivamente, se agarrando apressadamente ao pescoço do homem.Assim que entraram no quarto, Solange foi colocada no chão.Mas, antes que pudesse respirar aliviada, o homem rapidamente fechou a porta atrás deles, pressionando a mulher contra ela com um olhar profundo e sombrio.Era como se um enorme vendaval estivesse pres
Ela era tão pura como um papel em branco, carregando uma inocência e beleza de quem pouco conhece as complexidades do mundo. Ele havia, recentemente, violado essa beleza. Marcos pressionava os lábios, com a mente girando rapidamente, pensando em como poderia compensar. Ele reconhecia que tinha perdido o controle. Sempre prometeu proteger Solange, mas acabou sendo ele mesmo quem ultrapassou os limites. Solange merecia uma vida melhor e um dia encontraria alguém que realmente combinasse com ela. O casamento deles, que deveria ser apenas de proteção, agora estava complicado pelos sentimentos impróprios que Marcos começava a nutrir por Solange. Marcos se sentia desonrado. Enquanto se arrependia, a cintura de Marcos era subitamente apertada.Um par de braços o envolvia.Ao olhar para baixo, encontrou os olhos de Solange.— Amor, vamos fazer de novo. Marcos perguntou, confuso:— Você... O que disse?Marcos congelou, incrédulo com o que ouvia. Solange franzia os lábios e seus olhos