Sem sequer olhar para trás, Anna abriu a porta e subiu no veículo, fechando-o rapidamente atrás de si, como se aquele movimento fosse a sua salvação.—Como você sabia onde estava? —perguntou ela, ainda surpresa, tentando recuperar o fôlego. Mikhail sorriu levemente, mas manteve o olhar na estrada.—Eu sabia que você veria a verdadeira natureza de Alexey. “É por isso que eu queria estar perto”, ele respondeu com uma calma tensa. No entanto, Anna não pôde ignorar o leve tremor em suas mãos enquanto segurava o volante. O que aquele cara infeliz fez com você?Anna sentiu o aperto no volante com tanta força que os nós dos dedos ficaram brancos.—Nada… ele apenas entendeu mal minhas intenções ao aceitar seu convite. “Eu só queria ser amiga dela”, respondeu Anna, tentando parecer indiferente, embora a situação claramente a afetasse.—Claro que você entendeu mal! Como você acha que um cara como ele poderia ter uma mulher como amiga? —Mikhail interrompeu, perdendo o controle por alguns segundo
—Eu sei que não podemos, mas nós dois queremos. Eu gostaria que nada de ruim estivesse acontecendo entre Anna e Mikhail e que pudéssemos continuar com nosso negócio.—Haverá tempo, mas por enquanto não vamos nos desesperar. Quero acertar as coisas com você, quero que a gente construa isso aos poucos, se você me der a oportunidade de conhecer.Tatiana permaneceu muito pensativa, perdida diante das palavras de Sergei; Ele não conseguia acreditar que tudo havia passado de um jogo divertido para algo mais formal e, de certa forma, ele gostou disso.Ela pensava em Sergei como uma possibilidade desde a noite que acidentalmente passaram juntos. Ela gostava de muitas coisas naquele homem, muitas para ser exata, e ainda mais de saber tudo o que Anna lhe contara sobre ele e como ele era com as mulheres: cavalheiresco, atencioso, gentil; as qualidades que toda garota procura em seu parceiro.—Eu também quero conhecer você, acredite, mas não sabemos aonde tudo isso vai nos levar. Não tem corrido
Foram beijos urgentes, com uma necessidade premente de ambos, que queriam que aquilo se transformasse em algo mais.Eles ficaram nus em frações de segundo, era disso que ambos tanto precisavam; Deixaram-se levar pela paixão que esteve contida durante tanto tempo. Eles explodiram de prazer quando Mikhail a tomou com desespero, com luxúria, com amor e com todo desejo que continha nos últimos dias. Anna gemeu, engasgou e se contorceu na cama, como se fosse uma das primeiras vezes que ele a tinha tomado.—Eu te amo Anna e senti sua falta como um louco.—Também senti muita falta de você, meu amor.Culminaram naquela dedicação apaixonada, cheia de tantas coisas que os enlouqueciam de desejo e amor.Depois de acabarem exaustos, nos braços um do outro, eles caíram em um sono profundo. Infelizmente, como não poderia deixar de ser, de manhã cedo, quando acordaram do sonho, a realidade os atingiu abruptamente. Anna sendo a primeira a se levantar e sair dos braços de Mikhail.Quando ele olhou
Vendo o estado e a dor no rosto da senhora, Anna pediu aos guardas que a deixassem ir. Os agentes obedeceram imediatamente, sabendo que Anna era esposa do Dr. Mikhail.A mulher agradeceu pela ajuda. Anna, olhando para seu rosto desfigurado pelo sofrimento, lembrou-se de como ela mesma havia sido maltratada no passado. Sem hesitar, ele colocou suas coisas no chão e se ajoelhou ao lado dela para ajudá-la a se levantar.“Você é um anjo”, sussurrou a senhora, pegando a mão de Anna num gesto de desespero.—Você está bem? —Anna perguntou claramente preocupada em ver o estado físico dele—. Se você se sentir mal, eu posso cuidar de você. Lá dentro estão os melhores especialistas. Sou um médico.—Obrigado, doutor, mas não vim por causa da minha saúde. Estou aqui para ver minha irmã. Temos uma conta pendente. Não ficarei mais em silêncio. Estou aqui para lutar pelo que é meu e desmascarar esse traidor.Comovida, Anna entregou-lhe um lenço para enxugar as lágrimas e ajudou-a a sentar-se.—Presum
Stevana assentiu com as mãos cruzadas, olhando para suas roupas velhas e gastas. Suas mãos sujas e negligenciadas o lembravam da miséria que carregava e da vergonha de se apresentar assim diante do próprio filho. Ela sentiu que Mikhail não a deixaria tocá-lo por desgosto, e essa ideia a magoou mais do que qualquer outra coisa.—Eu sei que é difícil acreditar que um estranho sujo e mal vestido lhe diga que você é filho dela, mas não estou mentindo. Você não é filho da minha irmã. Olga nunca poderia ter tido filhos, porque lembro que ela descobriu que era estéril muito antes de se casar.As palavras de Stevana caíram como uma bomba. Os olhos de Anna se arregalaram quando Mikhail caiu na gargalhada, mas desta vez a risada foi de pura descrença. Ele virou a cadeira, determinado a sair; Ele não suportava mais ouvir aquela história que lhe parecia completamente ridícula."Anna, não quero esta mulher aqui nem mais um segundo", ele ordenou, com a voz fria e autoritária.Antes que ele pudesse
Sergei chegou ao local onde Mikhail o havia convocado e algo imediatamente chamou sua atenção: eles estavam em um bar. Isso o surpreendeu muito, pois desde que Mikhail ficou paralisado, ele nunca mais quis voltar a um bar. Essa recusa era constante, como se evitar esse tipo de lugar fizesse parte de uma nova rotina em sua vida. Mas agora estava lá, e isso deixou Sergei ainda mais preocupado. Ele se apressou e quando chegou o que viu o deixou perplexo.Mikhail, normalmente impecável e sereno, estava desgrenhado: a camisa para fora da calça, o cabelo desgrenhado e uma garrafa de álcool pela metade na mão. Vê-lo naquele estado, num lugar que ele havia rejeitado anteriormente, tornou a situação ainda mais perturbadora. —Mikhail! —Sergei exclamou ao vê-lo—. O que você está fazendo aqui? Você não pode estar bebendo álcool, está tomando remédio e isso pode te machucar muito.“Preciso desta bebida mais do que nunca”, respondeu Mikhail com voz rouca. Não quero que você me repreenda. Pedi qu
Anna não respondeu à pergunta de Mikhail. Em vez disso, sem dizer uma palavra, ela correu para o colo dele e o abraçou com força. Seus braços se agarraram ao corpo, como se tivesse medo de que o momento desaparecesse, como se precisasse senti-lo vivo, real.-Você está bem? — ele perguntou em um sussurro, sua voz embargada de medo e alívio.Mikhail a apertou mais perto dele, respirando profundamente, como se precisasse absorver sua essência, seu calor. Por um momento, o mundo parou para os dois; um momento em que apenas os dois existiam e nada mais importava. No entanto, Mikhail se forçou a afastá-la gentilmente para poder embalar o rosto de Anna em suas mãos. Ele olhou atentamente para o pequeno ferimento em sua testa, enquanto seus dedos percorriam sua pele com uma ternura que ele não demonstrava há muito tempo.—Como ele fez isso com você? —ele perguntou com a voz contida, embora a preocupação em seus olhos dissesse tudo.Anna deu um pequeno sorriso, adorando a forma como ele se
No dia seguinte, Maria caminhou pelo corredor com passos determinados, mas no meio do caminho o mundo ao seu redor começou a girar. A tontura veio repentinamente, fazendo-a cambalear. Ele encostou-se na parede, respirando profundamente, esperando que a sensação se dissipasse. Agora não, ele pensou com os dentes cerrados, lutando para manter o equilíbrio. Seu plano não poderia falhar. Depois de alguns momentos que pareceram eternos, a tontura cedeu."Vou aproveitar minha fraqueza", ela murmurou antes de sorrir maldosamente.Ao passar pela porta da área de descanso das enfermeiras, uma delas ergueu os olhos e percebeu o rosto pálido de Maria. Não demorou muito para ele se aproximar.—Com licença, senhora, você está bem? ele perguntou com preocupação genuína. Você precisa de alguma coisa?Maria, ainda tonta, fingiu forçar-se a sorrir. Ele sabia que cada palavra tinha de ser medida e agora era o momento de colocar a sua estratégia em ação.“Vim procurar Mikhail, mas primeiro queria de