Não exatamente – refletira Sky. O misterioso homem com quem falara sabia sobre o incidente, sobre o Sexy Notes e também sobre o clone de Jordan. Aquele segredo era dividido entre três pessoas, uma das quais ela ainda não conhecia.
Mas não era o momento para falar com o companheiro sobre aquilo.
—Tem algum compromisso marcado para essa manhã? – indagara a ruiva.
—Se tivesse, já teria ligado para cancelar no momento em que a vi… – era a resposta que a moça esperava. Jordan sabia como seduzir uma mulher – Me diga, algo a está incomodando? – mas era curioso demais.
—Shhh… – sussurrara Sky, colocando o indicador à frente dos lábios – Acho que precisamos estabelecer algumas pequenas regras… – emendara.
—Regras? – repetira Jordan com um meio sorriso, parecendo surpreso.
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Jordan então subira beijando a barriga da moça, deslizando os lábios sobre sua pele macia, arrancando suspiros até alcançar aquele par de lindos seios que faziam os homens babarem. Dessa vez não se segurara, abocanhara com gosto os mamilos e mamara como um bebê o faz pela primeira vez.Alguns segundos depois a ruiva podia sentir o corpo grande daquele homem sobre si, a pressionando contra a cama, a tomando de uma forma que ela não desejava escapar jamais. Seus lábios novamente se envolviam como os beijos de amantes de longa data.Seriam almas gêmeas? Sky não acreditava em tais baboseiras.Embora antes não acreditasse em livros mágicos também.—Hey, gatão… – sussurrara a moça, mordendo o lábio inferior – Que tal tirar essa calça e me mostrar o Superman em ação?Jordan sorrira e a
A chuva que começara naquela manhã parecia não dar tréguas. Aumentava, diminuía, mas não parava. Após tomar o café da manhã com Jordan, Sky deixara o porto e seguira para o armazém do velho Elliott a fim pegar algo para o almoço.A manhã havia sido perfeita e Sky não pretendia ir para o fogão aquela tarde. Seus planos incluíam escrever até cansar e então, ligar para alguma das amigas. Precisava falar com alguém sobre o que estava acontecendo atualmente em sua vida. Não tinha como falar sobre o Sexy Notes, mas ao menos poderia se gabar da transa recente e de como estava feliz na nova casa.Lembrando do sexo com Jordan, Sky também se lembrara da conversa após a consumação, durante o breve café da manhã, onde confessara ser apaixonada por sexo e no entanto, ainda mais apaixonada por sua liberdade, de
—Espero que esteja certo, não tenho nenhuma intenção de me mudar dessa cidade tão cedo – respondera a ruiva, rindo – Mudando de assunto, tem alguma história curiosa por aqui? Sei que todas as cidades têm suas lendas urbanas.—Lendas urbanas? Quer dizer, histórias de mistério não resolvidas?—Algo do tipo. Talvez resolvidas, mas interessantes…—Bom… – o sujeito erguera uma sobrancelha, refletindo – Podemos afirmar que Camden é um lugar pacífico. Não há registros de crimes de qualquer espécie por aqui, nem mesmo assaltos corriqueiros como os que são comuns em outros lugares. Qualquer coisa que ouça de surpreendente, é invenção para distrair os turistas. Temos forasteiros o ano todo visitando nossos pontos históricos.—Pode me dizer algo de surpreendente
Precisava escrever. Celeste estava sentindo sua falta – como sempre dizia. Meia hora depois, a ruiva já estava de volta em seu Renegade a caminho de casa. Enquanto dirigia, Sky se lembrava da conversa com Elliott e todo aquele papo sobre lobisomem. Não se lembrava de ter perguntado acerca da descrição da criatura, mas pouco importava, lobisomens eram assustadores. O que não comentara com o velho e nem poderia era sua suspeita de que um lobisomem havia realmente rondado a cidade anos antes. A questão era que Ben fora o antigo proprietário do Sexy Notes e as pessoas só tinham começado a avistar a criatura após ele ter lançado seu livro. Teria o sujeito escrito os esboços do livro no Sexy Notes? Se sim, a história poderia ter ido parar no mundo real e após conseguir uma noiva, o jovem lobisomem desaparecera, cumprindo seu papel. Ao perceber que havia cometido um grande erro, Ben teria usado o Sexy Notes novamente para criar alguém e m***
O Agente Cain tinha sotaque inglês, um estilo esnobe, elegante e charmoso de falar que os europeus carregavam. Devia ter pouco mais de quarenta anos e era sedutor. E o principal, não tinha nenhuma aliança nos dedos.No entanto, seus devaneios logo foram interrompidos por Melody.—Sou Joana Sinclair, podem me chamar de Melody – se apresentara a mãe de Sky – Alguém pode me explicar umas coisas. Agente Cain? Parceiro? E quem é a senhora, ou senhorita? – indagara encarando Ângela.Fora a morena quem se adiantara.—Me chamo Ângela Sant’Anna Del’Aventura – se apresentara a mulher uma vez mais. Antes já havia se apresentado informalmente quando tinham se falado pela primeira vez – Agente Del’Aventura, do FBI, assim como meu parceiro. Sua filha, Serenity, me ajudou a prender um criminoso alguns dias atrás.Os olhos verdes de Melody
Sky estava sentada à mesa bebendo suco de laranja enquanto observava a mãe comer. Melody tecera uma longa lista de elogios à refeição e dissera que iria convencer Elliott a lhe ensinar suas receitas. A escritora apenas sorrira com a afirmação, Melody nunca desistia facilmente de algo que desejava. Diante dos fatos, Sky decidira levar Joana para jantar na cidade aquela noite. Seria a oportunidade perfeita para passarem um tempo juntas e para apresentar Elliott à mãe. Além disso, a loira estava terminando de devorar o que seria seu jantar e a escritora continuava sem intenções de cozinhar naquele dia. —Então… – dissera Melody fitando a filha, seus lindos olhos verdes mirando diretamente no brilho do olhar da garota – Já conheceu algum homem charmoso e do seu agrado na cidade? Não minta, já teve tempo de passear por aí. Mentir para Melody não era uma boa ideia. Melhor que qualquer um, a ruiva sabia disso desde criança. Contudo, para uma exímia escritora, contar
Esboçando um sorriso debochado e confiante no canto dos lábios, a garota encarara a mãe com a expressão mais perversa que conseguira no olhar.—Já transei, se é o que está querendo saber – dissera a ruiva pausadamente – Algumas vezes, apenas casualmente. E não foram tantas vezes quanto teria sido nesse mesmo período em Nova York. Acho que estou me controlando. Claro que o fato de Dreamfield ficar um pouco distante do centro da cidade não ajuda. E não conheço muita pessoas, por enquanto.—Isso nunca foi problema para você, querida – dissera a mãe diretamente.Realmente – pensara a ruiva. Em Nova York, Sky deixara uma vasta lista de homens com quem acordara após uma noite e com quem nunca mais falara.—Mas me mudei para cá com a intenção de recomeçar, de verdade – dissera
—Ben Carter morava com a esposa, os filhos e alguns empregados. Quando ela o deixou, levando os filhos, ele acabou dispensando os últimos funcionários e se exilando. Apenas algumas pessoas vinham da cidade toda semana para trazer suprimentos. Ele terminou seus dias aqui…Não havia como esconder aquela história de Melody por muito tempo. Cedo ou tarde, Sky teria de contar para a mãe que um homem havia tirado a própria vida naquela casa pouco antes de ela a comprar.—Céus! – exclamara Joana – Ele morreu aqui? Estava sozinho?—É melhor dirigir – respondera a ruiva – Longa história.Melody entrara no Beetle seguida pela filha. O chuvisqueiro leve aumentara e mais uma vez, o clima esfriara. Felizmente, o interior do veículo era confortável e aquecido pelo ar condicionado. Sky contara à mãe tudo que soubera através d