Apesar das notícias envolvendo estranhos assassinatos, Sky seguira para o quarto e passara o dia escrevendo. Ponderara a ideia de dizer a Jordan sobre a voz que ouvira vindo do porão, mas decidira ser melhor manter o segredo. Tinha de focar e descobrir onde ouvira aquela voz antes.
Por que soava tão familiar?
Poderia solicitar que o namorado arrombasse a passagem para o porão sem mencionar uma voz sobrenatural em sua mente a chamando até lá. Até porque apenas se imaginar dizendo aquilo soava como loucura, mesmo para ela.
Já à noite, depois que os funcionários tinham partido, Sky subira com Jordan para um pequeno terraço que havia acima do telhado do hall. Daquele lugar era possível ver todo o jardim da frente da casa, bem como o caminho que passava ao lado daquele poço no estacionamento e seguia para a saída.
As copas das árvores na floresta ao redor e
Assim como prometido, no sábado, após tentar abrir a porta do porão usando uma chave mestra novamente sem sucesso, Jordan solicitara a um dos amigos que a desmontasse por completo, a fim de obter acesso àquela área.As surpresas da proprietária logo aumentaram.O porão da residência de Dreamfield estava completamente mergulhado na escuridão. Inicialmente, Jordan e outros homens da manutenção desceram com lanternas, mas logo o sujeito decidira que era melhor aguardar que o eletricista assumisse e elaborasse um mapa para as luzes no local.Sky só descera quando as luzes haviam sido colocadas. Ainda assim, estava apreensiva e seu medo era visível. Para sua sorte, não havia nenhum corpo ou qualquer evidência de algum crime no lugar. Apenas mais mistérios.Aparentemente, o porão estava dividido em cinco salas enormes, ligadas por pequenos corred
A ruiva concordara em irem para a cidade no Dodge Charger de Jordan, com a condição de que ele a deixasse ir dirigindo. Era um carro muscle bem diferente de seus dois próprios veículos, o Porsche e o Renegade. Porém, não demorara para pegar o jeito na direção, ainda mais com o instrutor ao lado.Sky presumira que Jordan falaria sobre a cena daquela manhã, quando vira o Sexy Notes em sua cama. Esperava que ele indagasse o que ela fazia com o caderno e já tinha ensaiado mentalmente diversas respostas.Ironicamente, não acontecera. Jordan se concentrara em ensiná-la sobre as manhas de direção do muscle e falara brevemente sobre a ameaça de existir um vampiro real naquela região. Como se não bastasse o medo de lobisomem que a ruiva já tinha desde a história contada por Elliott.Sem dizer nada, Sky refletira sobre sua
Sky estava sentada em uma daquelas duas enormes poltronas que tinha em sua sala de estar. Gostava de ficar ali à noite observando as chamas na lareira. Ironicamente, estava justamente na poltrona onde se sentara naquela primeira noite na casa, a noite que encontrara o Sexy Notes.Por um instante, sua mente viajara para longe no passado, relembrando tudo que acontecera desde que tomara o caderno em suas mãos pela primeira vez. Não se permitira mergulhar naquelas lembranças mais que poucos segundos, a vida não acontecia no passado, mas sim, no futuro.Precisava refletir sobre o que faria daquele momento em diante.O Sexy Notes era um fardo que transformava seu Guardião em outra pessoa. Ela própria, Serenity Sinclair, se sentia diferente. Estava mentindo para Jordan, o homem a quem mais amava no mundo. A ironia? Tivera seu coração partido justamente por conta de mentiras. Estava se tornando o que mais o
Naquela tarde havia caído uma chuva forte que pegara a todos de surpresa.Fora preciso cobrir as obras externas rapidamente e todos os contratados se esbarravam caminhando dentro da residência. Sky caminhava com o celular na mão por toda parte enquanto falava com Melody usando fones de ouvido.Terremoto se dividia, hora seguia Sky, hora Isadora e hora Virginia. O gato era hóspede vip e a escritora já tinha ameaçado a todos, dizendo que se alguém pisasse no rabo do bichano, ela própria lançaria o agressor naquele velho poço que ficava próximo ao estacionamento.Desde o incidente com o sistema de segurança aquela manhã, Isadora tinha saído do banho e se trancado em seu quarto, não saindo mais, nem mesmo para o almoço. Sky havia pedido que Virginia falasse com a mulata depois. Apesar de ser um inconveniente em seu caminho, a morena continuava sendo psic&oa
O trio caminhando pela calçada era o mais improvável possível.Era fato que Sky gostava da casa onde morava e fazia de tudo para não ter de deixar a propriedade. No entanto, como toda mulher, a escritora necessitava de coisas que só poderiam ser encontradas no centro da cidade.E que apenas ela saberia escolher.—Ainda não acredito que disse em voz alta que a bolsa era falsa – exclamara Isadora – A vendedora claramente queria nos jogar para fora.—O que eu deveria fazer? Aquela bolsa era um lixo tão barato que a chamar de falsificação foi um elogio. Tenho duas Gucci em meu quarto e reconheço um produto original quando vejo um. Fiquei perplexa – se exaltara a ruiva.—Admito que foi preciso muita resistência para não rir – dissera Virginia – A vendedora pedindo que Sky falasse mais baixo e a louca falando mais alto.<
Quando as portas do elevador se abriram, o casal saíra para o corredor como se estivesse indo para uma lua de mel. A linda morena de cabelos negros usava um vestido vermelho com uma abertura rente à coxa esquerda e saia que descia até abaixo dos joelhos. O rapaz vestia terno negro e camisa branca. A gravata já tinha sido removida e os dois botões próximos à gola estavam desabotoados.Henry e Virginia formavam um belo casal.Desde o encontro no barco, haviam começado a namorar oficialmente.O rapaz dizia que era melhor anunciar o relacionamento a deixar que outros viessem a pensar que poderiam ter uma chance de conquistar a garota. Sky não entendia como o sujeito podia se dar bem com alguém que vivia tentando decifrar cada palavra que ele dizia e dar sentido próprio a elas todo o tempo.O importante nessa história era que a morena tinha ficado mais dócil depois do in
Embora a noite estivesse maravilhosa após mais de uma dúzia de orgasmos intensos, Virginia e Henry decidiram retornar para Dreamfield. De certa forma, a verdade era que Dreamfield era o lar do casal tinha já algum tempo.Além disso, passear dirigindo um Porsche era um luxo inigualável, contudo, estar longe de casa com aquele carro os deixava mais tensos que relaxados. O menor arranhão naquele veículo teria efeitos desastrosos posteriormente.O retorno renderia ainda algumas horas de viagem, mas aquela noite valera cada minuto investido. E dirigir o Porsche era um bônus. Até mesmo a psicóloga tinha assumido o volante durante algum tempo. Infelizmente, estava chegando aquele momento em que a carruagem voltava a ser abóbora.Pensando bem, a carruagem continuaria sendo maravilhosa, mas retornaria para sua verdadeira dona. Tudo parte de um conto de fadas moderno.Na volta, Henry se ves
Henry ficara observando enquanto o sujeito se afastava do carro. Contara os passos e o tempo usados pelo mesmo para chegar até a porta do celeiro logo à frente. Quinze metros. Um espaço pequeno, perfeito para combate.O lugar onde estavam parecia imerso nas sombras. Felizmente era noite de lua cheia. Em noites como aquela, era mais fácil enxergar as coisas em meio à escuridão da natureza que em cidades com suas luzes intensas e ofuscantes.Após poucos minutos, a porta do celeiro se abrira e um homem saíra.Diferente dos dois primeiros, que usavam jeans e jaquetas de couro negras, o terceiro integrante vestia um macacão amarelo e moletom azul com o capuz a lhe cobrir a cabeça. Não parecia estar armado, mas certamente não era do tipo indefeso. Aqueles caipiras sempre tinham alguma coisa.Se soubessem o quanto veteranos como Henry se esforçavam para deixar o horror e v