Como esperado, Sky dormira até depois das catorze horas.
Melody estava junto de Sebastian e alguns amigos em uma das mesas com guarda-sol próximas à margem da piscina quando vira a filha. Serenity brilhava ainda mais que o normal. Parecia que aquelas poucas horas de sono tinham feito milagres pela garota. A escritora nunca parava de surpreender.
A moça conversara algo com um dos garçons e logo viera para a mesa com a mãe, pai e os outros convidados. Nessa tarde, a ruiva usava um vestido branco bem curto com um grande destaque para o decote, certamente uma provocação para todas as donas de casa casadas da sociedade presentes.
—Mamãe. Papai. Delegado Wittmore, senhor e senhora Evergreen. Espero que estejam desfrutando da hospitalidade da casa – cumprimentara a jovem com um sorriso amistoso – Me perdoem pela minha ausência essa manhã, a noite foi
A escadaria no hall principal da residência de Sky se estendia na vertical por seis metros. Na metade do percurso, se dividia em outras duas que continuavam subindo na vertical por mais cinco metros cada, para esquerda e direita.Os dois lados, no alto, resultavam em longos corredores abertos, que davam acesso aos aposentos do andar superior. Acima da porta dupla de entrada havia uma enorme janela. No lado de dentro dessa janela, uma passarela unia os dois corredores abertos que se ligavam com as escadarias.Melody e Sky estavam debruçadas na guarda da passarela acima do hall.Do ponto em que estavam era possível ter uma vista panorâmica de todo o jardim frontal da casa espiando pela janela, bem como contemplar a belíssima estátua da frente de cima. Mas naquele momento, apoiadas na base de proteção da passarela, o que mãe e filha viam era o majestoso lustre com suas inúmeras pequenas luzes em fo
Quando a noite caíra, Sky já estava livre, leve e solta novamente. Tinha dado cabo da garrafa de vinho de pêssego que Elliott trouxera para seu almoço, além de outras três que buscara depois. Para surpresa de todos, não parecia bêbada e para sua própria surpresa, ninguém a estava repreendendo.David acordara mais cedo que ela e passara grande parte do dia na sede do FBI, analisando casos antigos não resolvidos ao lado de Deckard e Ângela, mas os três estavam de volta. As irmãs Tepes já haviam acordado e disputavam com o detetive pela atenção da escritora.A noite estava tranquila. Com exceção dos amigos mais próximos, todos os demais convidados já haviam partido. Jordan e Morgana haviam retornado para o almoço e ainda continuavam por lá, relaxando junto à mesa de bilhar.Elliott e a esposa ajudavam os
Melody, Sky e o trio de garotas romenas continuaram conversando até pouco depois da uma da manhã. Embora tivesse mudado sua abordagem, alegando se as moças costumavam ouvir muitas brincadeiras envolvendo seus nomes, Joana continuara as alfinetando com novas perguntas.Marishka revelara fotos que Sky nunca havia visto, retratos mostrando o trio de irmãs junto de outras crianças, ainda bem pequenas no país de origem. Havia também fotos das garotas usando biquini em piscinas e fazendo compras, o que tirava a fantasia de que só saíam à noite da mente de Melody.Aquelas lendas mal explicadas eram parte do espetáculo – dissera Aleera.Abraham Stocker – explicara Verona – havia criado um grande mito em torno do nome daquela família. Uma vibe sobrenatural que impressionava e assustava a muitos, que acreditação na mitologia fantástica longe
—Tem certeza?Os olhos verdes da linda garota ruiva apontavam para cima. Poucos homens tornavam necessário que Sky precisasse erguer o olhar para os encarar dentro dos olhos. Com um metro e setenta e nove, quase sempre reforçados por saltos altos, a jovem era tão ou mais alta que a maioria dos amigos que tinha.Não era o caso naquele fim de tarde. Não apenas o homem diante de si era mais alto que ela, mas também a garota calçava um tênis de caminhada.Da posição em que aquele homem a encarava, Sky parecia uma criança. De certa forma, era. Os olhos grandes e verdes brilhando de ansiedade, as sardas salpicando as maçãs de sua face, a boca grande em um largo sorriso de lábios fechados. Os cabelos estavam presos em um rabo de cavalo alto e uns poucos fios selecionados balançavam em cachos.O sujeito sorrira de volta.—Parece que tenho alg
—Um Porsche? Estiloso, elegante, charmoso e caro. Não nego que combina perfeitamente com você, mas já tinha me acostumado ao Jeep.Sky conhecia perfeitamente aquela voz. Nos últimos meses havia falado com aquele homem inúmeras vezes. Haviam se aproximado, ficado íntimos, transado e por fim, se tornado cúmplices de um segredo mortal e se afastado.Nada disso mudava o fato de que a química entre eles continuava forte. Eles eram como aqueles materiais que nunca podem ser colocados juntos por causa do risco de explosão. E talvez justamente por isso, parecia que estavam sempre se esbarrando onde quer que fossem.—Jordan – dissera a garota com aquele sorriso simpático que sempre tinha quando estava com fome ou com tesão – Onde está Morgana?O arrependimento pela pergunta viera um segundo depois de feita. Começar um diálogo com um homem gostos
Jordan agora tinha as mãos nos bolsos da calça. Avançara até se aproximar do carro para baixar o tom da voz. Sua expressão parecia mais séria que antes.—Sobre o… Sexy Notes… – dissera pausadamente – Alguma novidade?Sky ficara em silêncio ponderando uma resposta. De fato, não havia falado sobre a decisão de entregar o Sexy Notes para a mãe com o amigo. Mas também não pretendia dizer tudo que havia acontecido.—Bom, podemos dizer que… dei um jeito.É sério que disse isso, sua louca? Apenas vai deixá-lo mais curioso.—E com dei um jeito você quer dizer que…? – indagara Jordan, confuso.—Se escrevi no caderno? Me esclareça, caso eu tenha entendido errado… Na última conversa que tivemos sobre o Sexy Notes, disse
Novembro de 2021.—Ficou louca? Sou um mulher adulta de vinte e oito anos e estou no controle de todas as minhas faculdades mentais! O que irão pensar se me virem andando por aí com uma babá no meu pé?! De jeito nenhum!A ruiva cruzara os braços frente ao peito. Em sua mente, podia imaginar mil formas de aproveitar melhor seu tempo, entretanto, ali estava, diante da agente. A verdade era que só viera até aquele escritório devido à intimação e também à ameaça de que, caso ignorasse a solicitação pela sétima vez, em uma próxima seria premiada com escolta policial.Encarando a morena nos olhos, Sky torcera os lábios, empinando o nariz em tom de revolta. A sobrancelha arqueada era uma forma de dizer que não estava se sentindo ameaçada, embora soubesse que tinha um sermão a caminho.&m
A agente Del’Aventura apanhara o celular e espiara algo que Sky não podia ver. Deveria estava checando o contato de alguma terapeuta – pensara. —Sky, sei que tem uma casa enorme e que em breve pretende a transformar em um hotel. Imaginei que poderia hospedar uma psicóloga residente por cerca de três meses. Ela faria seu acompanhamento e poderia a ajudar em atividades relacionadas ao futuro hotel. Até a inauguração, tudo estaria resolvido. —Não estou interessada – rosnara a escritora. —Tudo bem… – dissera a agente, mantendo a calma – Mas não poderemos sair dessa reunião – aquilo era uma reunião? – sem resolvermos essa questão. E suspeito que irá aplaudir ainda menos as outras opções. —Irei me arriscar… – respondera a ruiva. Ângela ficara em silêncio encarando a jovem por alguns instantes. —Irei emitir uma ordem de internação sob a justificativa de que é uma vítima de crime seguido de violência explícita que se nega ao tratament