Nada no mundo era melhor que sexo bem feito logo pela manhã. E para Sky, era irrelevante se estava acordando ou nem tinha dormido ainda. Se a proposta envolvesse um homem atraente, carinhoso e sedutor, apenas algum desastre de proporções épicas a faria dizer não para a ideia.
E naquele momento eram apenas ela e aquele homem que bem poderia ser um maravilhoso incubus se alimentando de toda sua libido.
A ruiva estava deitada exatamente no meio da enorme cama king size feita sob encomenda. Os lençóis de algodão tinham a cor salmão. Sky amava peças de algodão com toda sua maciez e suavidade. Era um complemento necessário quando o objetivo era relaxar. E amava relaxar.
Apesar de todo o cansaço pelas atividades nas últimas horas, a ruiva agora se sentia revigorada, depois da relaxante massagem feita pelo companheiro. Se havia algo para fechar aquela manh
Para Sky, o sexo tivera três fases de aprendizado em sua vida.A primeira ocorrera na transição de sua infância para a adolescência, quando perdera a virgindade com um amigo da escola. Não fora uma experiência ruim, considerando a falta de conhecimento e maturidade de ambos. Fora esse evento que fizera a aspirante a escritora mirim na época, mudar sua escrita das fábulas com animais e suas lições de moral e ética para os contos mais picantes.A segunda fase viera com Robert, no auge do blog Sexy Notes.Conhecer um homem muito mais velho, com uma grande bagagem de vida, fosse na questão sexual ou qualquer outra, ajudara a garota a amadurecer mais rápido, a aprender coisas que antes sequer sonhava. Claro, o desfecho daquele fatídico romance não fora dos melhores, mas era inegável todos os prazeres que o empresário elegante e sedutor lhe p
Sky estava embaixo do chuveiro, abraçada ao amante. David a enlaçara por trás, ambos braços passando por sua cintura, as mãos à frente do corpo da ruiva, alisando calmamente a barriguinha definida.A garota rebolava, dançando lentamente para os lados, seguindo o swing de uma música lenta que vinha do aparelho de som no aposento anterior. Era uma música triste que fazia Sky sempre pensar nela como sua definição, a explicação mais simples e razoável para seus breves relacionamentos casuais.♫♪ Tell Me What's on Your Mind.♫♪ Tell me what I could get from what you had♫♪ I'm not feeling yet quite so bad♫♪ I'm not getting half of what I earn♫♪ Thought that we were set but now I, I've yearned♫♪ So tell me what's on your mind
Um fato sobre Sky. A ruiva não era facilmente saciável. Serenity Sinclair era o tipo de garota que desde a adolescência buscava ser detalhista e perfeccionista em tudo. Graças à essa personalidade, a linda mulher nunca fazia as coisas com pressa ou sob pressão. Sky só pegava tarefas quando tinha um grande prazo para cumprir. Segundo ela, elaborar projetos às pressas comprometia a qualidade final do produto. Em sua época de escola, Sky era quase sempre excluída por todos na hora de escolherem os integrantes de grupos de trabalhos e pesquisas. Isso acontecia porque a ruiva era uma nerd conhecida e todos os nerds eram escolhidos pelos alunos mais preguiçosos para fazerem os trabalhos praticamente sozinhos. O restante do grupo apenas assinava os projetos no final. Sky não era esse tipo de nerd. Os estudantes que tinham o azar de cair nos mesmos grupos que a menina não tinham escolhas senão colaborar. Sky exigia a participação de todos e se nenhum se ofere
Como esperado, Sky dormira até depois das catorze horas.Melody estava junto de Sebastian e alguns amigos em uma das mesas com guarda-sol próximas à margem da piscina quando vira a filha. Serenity brilhava ainda mais que o normal. Parecia que aquelas poucas horas de sono tinham feito milagres pela garota. A escritora nunca parava de surpreender.A moça conversara algo com um dos garçons e logo viera para a mesa com a mãe, pai e os outros convidados. Nessa tarde, a ruiva usava um vestido branco bem curto com um grande destaque para o decote, certamente uma provocação para todas as donas de casa casadas da sociedade presentes.—Mamãe. Papai. Delegado Wittmore, senhor e senhora Evergreen. Espero que estejam desfrutando da hospitalidade da casa – cumprimentara a jovem com um sorriso amistoso – Me perdoem pela minha ausência essa manhã, a noite foi
A escadaria no hall principal da residência de Sky se estendia na vertical por seis metros. Na metade do percurso, se dividia em outras duas que continuavam subindo na vertical por mais cinco metros cada, para esquerda e direita.Os dois lados, no alto, resultavam em longos corredores abertos, que davam acesso aos aposentos do andar superior. Acima da porta dupla de entrada havia uma enorme janela. No lado de dentro dessa janela, uma passarela unia os dois corredores abertos que se ligavam com as escadarias.Melody e Sky estavam debruçadas na guarda da passarela acima do hall.Do ponto em que estavam era possível ter uma vista panorâmica de todo o jardim frontal da casa espiando pela janela, bem como contemplar a belíssima estátua da frente de cima. Mas naquele momento, apoiadas na base de proteção da passarela, o que mãe e filha viam era o majestoso lustre com suas inúmeras pequenas luzes em fo
Quando a noite caíra, Sky já estava livre, leve e solta novamente. Tinha dado cabo da garrafa de vinho de pêssego que Elliott trouxera para seu almoço, além de outras três que buscara depois. Para surpresa de todos, não parecia bêbada e para sua própria surpresa, ninguém a estava repreendendo.David acordara mais cedo que ela e passara grande parte do dia na sede do FBI, analisando casos antigos não resolvidos ao lado de Deckard e Ângela, mas os três estavam de volta. As irmãs Tepes já haviam acordado e disputavam com o detetive pela atenção da escritora.A noite estava tranquila. Com exceção dos amigos mais próximos, todos os demais convidados já haviam partido. Jordan e Morgana haviam retornado para o almoço e ainda continuavam por lá, relaxando junto à mesa de bilhar.Elliott e a esposa ajudavam os
Melody, Sky e o trio de garotas romenas continuaram conversando até pouco depois da uma da manhã. Embora tivesse mudado sua abordagem, alegando se as moças costumavam ouvir muitas brincadeiras envolvendo seus nomes, Joana continuara as alfinetando com novas perguntas.Marishka revelara fotos que Sky nunca havia visto, retratos mostrando o trio de irmãs junto de outras crianças, ainda bem pequenas no país de origem. Havia também fotos das garotas usando biquini em piscinas e fazendo compras, o que tirava a fantasia de que só saíam à noite da mente de Melody.Aquelas lendas mal explicadas eram parte do espetáculo – dissera Aleera.Abraham Stocker – explicara Verona – havia criado um grande mito em torno do nome daquela família. Uma vibe sobrenatural que impressionava e assustava a muitos, que acreditação na mitologia fantástica longe
—Tem certeza?Os olhos verdes da linda garota ruiva apontavam para cima. Poucos homens tornavam necessário que Sky precisasse erguer o olhar para os encarar dentro dos olhos. Com um metro e setenta e nove, quase sempre reforçados por saltos altos, a jovem era tão ou mais alta que a maioria dos amigos que tinha.Não era o caso naquele fim de tarde. Não apenas o homem diante de si era mais alto que ela, mas também a garota calçava um tênis de caminhada.Da posição em que aquele homem a encarava, Sky parecia uma criança. De certa forma, era. Os olhos grandes e verdes brilhando de ansiedade, as sardas salpicando as maçãs de sua face, a boca grande em um largo sorriso de lábios fechados. Os cabelos estavam presos em um rabo de cavalo alto e uns poucos fios selecionados balançavam em cachos.O sujeito sorrira de volta.—Parece que tenho alg