O fim de semana começara agitado. Cento e vinte convidados confirmados marcavam presença na primeira festa da escritora em sua nova casa. Sky dividia a atenção entre David, com quem vinha saindo havia alguns dias, Sebastian, seu pai, que chegara naquela manhã e os inúmeros convidados.
Havia doze leões de chácara, quero dizer, seguranças contratados por Sky espalhados nas imediações da propriedade. Eram gigantes em ternos negros e usando pontos de comunicação em seus ouvidos. O objetivo era apenas orientar os convidados que se afastassem da casa a permanecerem distantes da floresta.
Embora a ruiva não temesse por algum novo assassino espreitando seu lar, a alguns quilômetros de distância havia uma reserva indígena cujos limites não eram permitidos ultrapassar sem permissão. Além disso, Sky sabia que naquela cidade já t
Havia algo de estranho naquela garota.Seria o nome? Não poderia ser apenas isso. Era apenas coincidência.As duas beldades trocaram olhares curiosos por menos de cinco segundos, contudo, em suas mentes, parecera que haviam transcorrido horas.O fato era que, no passado, pouco mais de dez anos antes, Morgana fora a primeira opção de pseudônimo imaginada por Serenity para assinar seus novos modelos de histórias. Fora substituída por Sky, pois era mais simples, fácil para memorizar e a ruiva pensara soar mais elegante.Desde criança, Sky sempre fora fascinada por livros. Aprendera a ler quando tinha ainda quatro anos e nunca mais se afastara daquela atividade. Entre suas obras preferidas, estavam os Contos Arturianos. Qualquer história envolvendo o Rei Arthur, sua corte ou aquela mitologia atraíam a menina. E fora nessa época que Sky se apaixonara por uma personagem p
Sky entrara dentro do balcão montado para o bar junto de Elliott e após virar o terceiro copo de uísque puro sem gelo seguido, apanhara uma taça, enchendo até a borda com champagne. Provara um gole e suspirara.—Noite difícil? – indagara o ancião ao lado da moça.—Nem queira saber – respondera a ruiva com um sorriso simpático, porém nada convincente – Felizmente – emendara, parecendo realmente otimista – As pessoas que tornaram essa noite possível são ótimas em suas áreas.O velho apanhara uma coqueteleira e começara a misturar algumas bebidas. Sky apenas observava enquanto aquele senhor chacoalhava o recipiente. Nem mesmo imaginava o que ele pudesse estar fazendo. Poucos segundos depois, o homem servira a mistura em um copo. Era um líquido cremoso e marrom, com a mesma tonalidade que uma batida de chocolate.
Existe uma expressão popular que diz que cada panela tem sua tampa.O significado por trás dessas palavras é que para cada pessoa existe uma outra, apropriada para ela em todos os sentidos, onde suas vidas se encaixam com perfeição. Seria verdade? Sky não acreditava mais nisso.Para a ruiva, uma panela poderia ter várias tampas.Sky cumprimentara Elliott enquanto o motorista contratado para aquela noite estacionava o carro em frente à residência. Em seguida, a escritora se despedira de Margareth, a Sra. Scothfield, como dizia o velho em tom brincalhão.Sorrira acenando para o casal enquanto o Shelby F-150 Super Snake seguia rumo à saída da propriedade. Encarando David ao seu lado, a jovem suspirara.—Esse homem nunca deixa de me surpreender… – exclamara.—É um homem com bom gosto e dinheiro &ndash
Sky retirara as sandálias que usava ainda na porta da casa. Avançara pelo hall principal anotando mentalmente tudo que fora mudado desde a primeira vez em que pisara ali. Felizmente, estava tudo melhor que antes.Não havia como negar, os grandes responsáveis pela restauração, reformas e melhorias na residência eram Jordan e sua mãe. Mas ela merecia o crédito por reunir a ambos, pagar e coordenar o trabalho. Havia poucas pessoas pelo salão agora, sendo a maioria mulheres da equipe de limpeza.Ainda no segundo lance de escadas, a garota se deparara com David.—Você demorou, já estava indo buscá-la.—Estava falando com Melody e meu pai… – respondera a moça – Mas agora quero só um banho quente e aquela massagem.David apanhara as sandálias que a ruiva trazia e a segurando pela cintura, a conduzira pelo corredor. A
Nada no mundo era melhor que sexo bem feito logo pela manhã. E para Sky, era irrelevante se estava acordando ou nem tinha dormido ainda. Se a proposta envolvesse um homem atraente, carinhoso e sedutor, apenas algum desastre de proporções épicas a faria dizer não para a ideia.E naquele momento eram apenas ela e aquele homem que bem poderia ser um maravilhoso incubus se alimentando de toda sua libido.A ruiva estava deitada exatamente no meio da enorme cama king size feita sob encomenda. Os lençóis de algodão tinham a cor salmão. Sky amava peças de algodão com toda sua maciez e suavidade. Era um complemento necessário quando o objetivo era relaxar. E amava relaxar.Apesar de todo o cansaço pelas atividades nas últimas horas, a ruiva agora se sentia revigorada, depois da relaxante massagem feita pelo companheiro. Se havia algo para fechar aquela manh
Para Sky, o sexo tivera três fases de aprendizado em sua vida.A primeira ocorrera na transição de sua infância para a adolescência, quando perdera a virgindade com um amigo da escola. Não fora uma experiência ruim, considerando a falta de conhecimento e maturidade de ambos. Fora esse evento que fizera a aspirante a escritora mirim na época, mudar sua escrita das fábulas com animais e suas lições de moral e ética para os contos mais picantes.A segunda fase viera com Robert, no auge do blog Sexy Notes.Conhecer um homem muito mais velho, com uma grande bagagem de vida, fosse na questão sexual ou qualquer outra, ajudara a garota a amadurecer mais rápido, a aprender coisas que antes sequer sonhava. Claro, o desfecho daquele fatídico romance não fora dos melhores, mas era inegável todos os prazeres que o empresário elegante e sedutor lhe p
Sky estava embaixo do chuveiro, abraçada ao amante. David a enlaçara por trás, ambos braços passando por sua cintura, as mãos à frente do corpo da ruiva, alisando calmamente a barriguinha definida.A garota rebolava, dançando lentamente para os lados, seguindo o swing de uma música lenta que vinha do aparelho de som no aposento anterior. Era uma música triste que fazia Sky sempre pensar nela como sua definição, a explicação mais simples e razoável para seus breves relacionamentos casuais.♫♪ Tell Me What's on Your Mind.♫♪ Tell me what I could get from what you had♫♪ I'm not feeling yet quite so bad♫♪ I'm not getting half of what I earn♫♪ Thought that we were set but now I, I've yearned♫♪ So tell me what's on your mind
Um fato sobre Sky. A ruiva não era facilmente saciável. Serenity Sinclair era o tipo de garota que desde a adolescência buscava ser detalhista e perfeccionista em tudo. Graças à essa personalidade, a linda mulher nunca fazia as coisas com pressa ou sob pressão. Sky só pegava tarefas quando tinha um grande prazo para cumprir. Segundo ela, elaborar projetos às pressas comprometia a qualidade final do produto. Em sua época de escola, Sky era quase sempre excluída por todos na hora de escolherem os integrantes de grupos de trabalhos e pesquisas. Isso acontecia porque a ruiva era uma nerd conhecida e todos os nerds eram escolhidos pelos alunos mais preguiçosos para fazerem os trabalhos praticamente sozinhos. O restante do grupo apenas assinava os projetos no final. Sky não era esse tipo de nerd. Os estudantes que tinham o azar de cair nos mesmos grupos que a menina não tinham escolhas senão colaborar. Sky exigia a participação de todos e se nenhum se ofere