Só então a ruiva se virara para encarar Ricardo também no terraço, portando uma pequena pistola prateada. Logo que os dois agentes caíram, o helicóptero alçara voo, subindo rapidamente pelo ar. O assassino correra na direção em que a aeronave se encontrava. Estava furioso.
—Maldito! Onde pensa que vai?! – berrara – Não foi pago para isso!
A ruiva arregalara os olhos quando o advogado apontara a arma para ela.
—Por que as coisas tinham que acabar assim? – resmungara ele – Não era para terminar desse jeito! Temos uma história para viver!
—Se entregue! – gritara a garota – Desista e terá uma chance!
—Não… é impossível agora… – balbuciara o homem, apontando na direção do helicóptero se afastando no ar – Não há mais esperanças…
O assassino efetuara três disparos. A aeronave começara a girar, parecendo estar fora de controle, então perdera altitude e se espatifara no oceano.
—Ainda há esperanças! – gritara a ruiva – Eu posso conserta
Sky sentira o despertar como se estivesse acordando de um sonho. Os olhos pareciam pesados, cansados. Cada articulação de seu belo corpo latejava como se tivesse sido atropelada. Toda aquela dor só podia ser real.As pálpebras se ergueram devagar, permitindo que as lindas íris esmeralda absorvessem a luz do ambiente. Agredida pela luminosidade, a ruiva fechara os olhos rapidamente. Sabia, pelo colchão duro, que não estava em sua cama.—Onde estou? – sussurra se esforçando para sua voz sair.—Fique calma – dissera alguém com uma voz suave e harmoniosa – Preciso que abra os olhos devagar e os mantenha abertos, por favor.A escritora obedecera. Ainda não enxergava nada. Aos poucos os borrões começaram a ganhar forma. O teto era branco e havia uma linda mulher ao seu lado, uma jovem com cabelos loiros bem claros e olhos azuis.Os cabelos es
A linda escritora estava séria. E sem palavras.Poucas coisas eram capazes de fazer a criativa e falante Serenity Sinclair se calar. Estar bem próxima da morte ou coisa pior podia causar esse efeito. Agora Sky tinha ideia acerca do realmente acontecera. E se sentia culpada.Quem mais poderia ter culpa por Ricardo ter vindo ao mundo? Ela era como sua mãe de criação, mas não da forma como as pessoas pensariam.Contudo, naquele momento a ruiva estava à beira de um ataque de nervos, mas não pelas razões que qualquer um pudesse imaginar. Ao despertar, Sky se dera conta de que estava em uma cama de hospital, com as roupas do hospital, sem nenhum tipo de maquiagem e com cara de quem dormia mal havia dias.E para piorar a situação, estava diante do elegante e charmoso agente Cain, com quem já estivera em um de seus melhores momentos. Poder-se-ia dizer que aquele homem j&a
Poucos minutos depois, a ruiva já estava do lado de fora, agora devidamente produzida. Vestia jeans e botinhas, além de um suéter pink que Melody trouxera com outras roupas. Usava um cachecol branco e os cabelos soltos. E o melhor de tudo, estava caprichosamente maquiada.O sorriso nos lábios indicava que estava bem. Nem de longe parecia alguém que havia sido resgatada de um sequestro tinha menos de vinte e quatro horas. Deckard a esperava junto da mãe, que tinha uma sacola de plástico em mãos.—Elliot disse que preparou um lanche reforçado que não irá parar de comer até ter acabado – dissera Joana – Pronta para irmos?Desde quando Melody conhecia Elliot? Que mundo era aquele? Teria o Sexy Notes causado mais danos à realidade do que esperava enquanto estivera fora? Claro que não. Aquele pensamento era puro sarcasmo. Não precisava se
—Tudo bem, já cuidei disso – dissera a escritora ao telefone – Instalei mais doze câmeras de segurança em torno da propriedade, todas escondidas ao lado das entradas. Também mudei todas as senhas, foi o próprio Deckard, é… digo, o agente Cain quem supervisionou as aplicações. Como você está? Eu? Ainda dói um pouco, mas nada que incomode tanto. Virá para minha festa, certo? Não ouse vir a trabalho, venha beber e se divertir.A conversa era com a agente Del’Aventura. Mesmo após o resgate da moça, o FBI continuara com um escritório instalado na cidade, pois era um bom centro de controle para operações em cidades vizinhas e pelo fato de Verônica não ter sido localizada em lugar algum desde o ocorrido.Os especialistas acreditavam que Verônica tivesse fugido para longe, afinal, não tin
Enquanto sorria e fingia estar tudo bem para todos que a cercavam, em seu íntimo, Sky sentia que sua vida começava a se tornar um quebra-cabeças com várias peças ainda fora do lugar. Desde que revelara sobre o Sexy Notes para a mãe, parecia que Melody a vigiava em um nível acima do normal.O clima com Jordan esfriara. O sujeito não aprovava a ideia de uma terceira pessoa saber sobre o Sexy Notes, mesmo sendo a mãe da garota. Entretanto, a decisão era apenas dele e Melody não tinha conhecimento sobre todas as coisas que já haviam acontecido envolvendo o caderno, menos ainda que Jordan fizera parte de alguns desses eventos.Na cidade, quase todos agora sabiam quem ela era. Felizmente, ao contrário do que acontecia em Nova York, a maior parte dos conhecidos parecia não ter qualquer interesse em seu passado. Os amigos mais próximos tinham escutado sua versão dos
O fim de semana começara agitado. Cento e vinte convidados confirmados marcavam presença na primeira festa da escritora em sua nova casa. Sky dividia a atenção entre David, com quem vinha saindo havia alguns dias, Sebastian, seu pai, que chegara naquela manhã e os inúmeros convidados.Havia doze leões de chácara, quero dizer, seguranças contratados por Sky espalhados nas imediações da propriedade. Eram gigantes em ternos negros e usando pontos de comunicação em seus ouvidos. O objetivo era apenas orientar os convidados que se afastassem da casa a permanecerem distantes da floresta.Embora a ruiva não temesse por algum novo assassino espreitando seu lar, a alguns quilômetros de distância havia uma reserva indígena cujos limites não eram permitidos ultrapassar sem permissão. Além disso, Sky sabia que naquela cidade já t
Havia algo de estranho naquela garota.Seria o nome? Não poderia ser apenas isso. Era apenas coincidência.As duas beldades trocaram olhares curiosos por menos de cinco segundos, contudo, em suas mentes, parecera que haviam transcorrido horas.O fato era que, no passado, pouco mais de dez anos antes, Morgana fora a primeira opção de pseudônimo imaginada por Serenity para assinar seus novos modelos de histórias. Fora substituída por Sky, pois era mais simples, fácil para memorizar e a ruiva pensara soar mais elegante.Desde criança, Sky sempre fora fascinada por livros. Aprendera a ler quando tinha ainda quatro anos e nunca mais se afastara daquela atividade. Entre suas obras preferidas, estavam os Contos Arturianos. Qualquer história envolvendo o Rei Arthur, sua corte ou aquela mitologia atraíam a menina. E fora nessa época que Sky se apaixonara por uma personagem p
Sky entrara dentro do balcão montado para o bar junto de Elliott e após virar o terceiro copo de uísque puro sem gelo seguido, apanhara uma taça, enchendo até a borda com champagne. Provara um gole e suspirara.—Noite difícil? – indagara o ancião ao lado da moça.—Nem queira saber – respondera a ruiva com um sorriso simpático, porém nada convincente – Felizmente – emendara, parecendo realmente otimista – As pessoas que tornaram essa noite possível são ótimas em suas áreas.O velho apanhara uma coqueteleira e começara a misturar algumas bebidas. Sky apenas observava enquanto aquele senhor chacoalhava o recipiente. Nem mesmo imaginava o que ele pudesse estar fazendo. Poucos segundos depois, o homem servira a mistura em um copo. Era um líquido cremoso e marrom, com a mesma tonalidade que uma batida de chocolate.