Jordan tinha a expressão séria e um sorriso malicioso nos lábios.
Para a ruiva, aquela era uma personalidade inédita no namorado. O amante costumava ser dominador, carinhoso e atencioso, mas ela mandava no show. A cena agora sugeria uma completa inversão de comando.
A escritora estava deitada no centro da cama completamente nua, a barriga para cima, a vasta cabeleira vermelha se espalhando pelos lados como se fosse um grande sol. Tinha as pernas abertas, totalmente submissa e vulnerável, como o admirador pedira que ficasse.
O olhar da jovem, no entanto, se concentrava no objeto que o parceiro tinha na mão direita, um pênis de silicone quase do tamanho de seu próprio. Espiando os armários do amplo quarto, o casal encontrara diversos acessórios para todo tipo de fetiches. E Sky jamais esperava aquele tipo de desejo daquele amante.
O garanhão de olhos azuis era um homem grande, forte, másculo. Boa parte de sua vida fora educado e doutrinado pelas regras
Sky abrira os olhos preguiçosamente. Havia desmaiado? Dormido? A visão diante de si era como a de um deus personificado como um homem, simplesmente lindo e sedutor. Aquele par de olhos azuis a encaravam curiosos. Jordan erguera uma taça em direção da escritora e só então, quando tentara a apanhar, ela notara que continuava algemada à cabeceira da cama. Suspirara se recordando dos últimos momentos. Aquele jogo ainda não havia acabado. —Aceito a bebida – dissera a moça sorrindo – Mas preciso de uma ajudinha. O desejo fora atendido, champagne. A ruiva provara um gole de leve e pedira para repetir. Embora a porcentagem de álcool naquela bebida fosse mínima, era melhor que nada. E Sky necessitava de álcool em seu organismo. —Podemos continuar? – sussurrara o amante ao ouvido da mulher. —Claro… – respondera a ruiva mordendo o lábio inferior. Claro que eu gostaria de me soltar e tomar um longo banho quente. Mas va
Quando Sky saíra do banheiro na madrugada da maravilhosa transa com o namorado no motel, Jordan a aguardava com uma garrafa de Tequila, um fardo de cerveja, refrigerantes, sucos e a melhor surpresa da noite, chocolates. A garota rira indagando se tudo aquilo era para ela e o sujeito explicara que, após aqueles momentos tão intensos de poucos minutos atrás, duvidava que ela fosse mesmo beber algo forte. O refrigerante e suco eram opções leves para um fim de noite perfeito, mas a escritora acabara optando por dividir as Heineken. E claro, abraçara a todos os chocolates como uma onça protegendo filhotes. A cama estava impecavelmente arrumada e Sky recebera uvas verdes e frias banhadas em chocolate direto na boca antes de adormecer. Jordan não apenas era atlético, lindo, tinha olhos azuis como o mar e um sorriso de derreter qualquer coração, como também era o par romântico ideal. Sky acordara eram ainda sete e meia da manhã. O trio de amigos combinara de
E lá estavam duas lindas mulheres independentes e inteligentes cara a cara, se encarando com pensamentos carregados de libertinagem. Embora os desejos fosse diferentes, as duas garotas queriam a mesma coisa. Sexo. Isadora lambera o lábio superior sorrindo maliciosamente. —Uma nova proposta? – indagara – Se a envolver, estou ouvindo. —De certa forma… – respondera a escritora – Envolve. Dando um passo à frente, Sky se inclinara e envolvera os lábios de Isadora novamente com os seus próprios. Fora um beijo molhado como o anterior. Quando as bocas se afastaram menos de um centímetro, permaneceram na mesma posição, apenas sentindo a respiração uma da outra. Isa beijara os lábios da amiga outra vez, então abrira os olhos, fitando a face tão próxima da sua. —Estou começando a considerar se isso vai ser uma boa ideia – comentara a mulata – Porque, por mais que eu fosse adorar, a última coisa que quero é me apaixonar por uma mulher comprometida
Sky deixara a suíte de motel onde Isadora pernoitara ao lado da amiga como se nada tivesse acontecido entre elas. Antes de sair, a ruiva havia arrumado os cabelos novamente e conferido a maquiagem. Isa, como era de se esperar, não usava maquiagem, havia apenas hidratado os cabelos, que deixara soltos.A nerd, assim como a amiga, vestia um shortinho jeans, fechando o look com uma camiseta branca de manga cavada até quase a cintura com estampa de um jogo online. Por baixo da camiseta, um top negro evitava que seus seios enormes ficassem à mostra, embora ainda atraísse muita atenção.Assim como solicitado, Jordan apanhara os pertences pessoais e de Sky do quarto onde haviam dormido e as aguardava logo na entrada. Naquela manhã, se era possível dizer, o rapaz de olhos azuis estava ainda mais lindo.Mesmo que não tivesse entendido a razão, Jordan percebera quando suas companheiras d
Isadora estacionara em uma ampla garagem ao lado de outros três veículos e com espaço para pelo menos mais dois de grande porte. Assim que o trio saíra, um senhor alto e magro vestindo suéter negro e jeans os esperava. Os cabelos grisalhos eram penteados para trás e arrumados com gel. Perto da nerd parecia um gigante e ambos se abraçaram assim que se viram.—Pessoal, esse é Jerome, um velho amigo de meu pai – explicara a mulata – Nos conhecemos desde que eu era criança. Depois que precisamos nos mudar daqui, para não nos desfazermos da casa, Jerome e sua família nos concederam a honra de ficar e cuidar de tudo por nós.—A honra foi minha. Eu já estava prestes a me aposentar, de qualquer forma – comentara o sujeito, se mostrando mais simpático do que esperavam – E seu pai e eu sempre seremos grandes amigos. É um prazer os conhecer t
A visão daquela beldade fizera Jordan se lembrar das palavras de Sky horas mais cedo naquele mesmo dia. Aquela mulher encantadora era a resposta ideal para a pergunta que lhe havia sido feita. Sim, negras e mulatas o atraíam.—Vai me convidar para entrar? – indagara Lúcia, fitando os olhos verdes do sujeito dentro do box. Ambos sabiam a resposta.Jordan escorregara a porta do box poucos centímetros. A linda mulher dera dois passos e a porta fora fechada novamente. Sem saltos, Lúcia era pouco mais baixa que o sujeito. Quando estavam frente a frente, banhados pelas águas que desciam da pequena ducha, a mulher mordera o lábia inferior.Aquele homem era praticamente uma estátua musculosa. Lúcia se lembrava dos namorados que a filha tivera e deixara escapar.—Não vou perguntar por que está aqui, mas… – começara o rapaz.—Querido, quer
A mulher deixara o banheiro na frente. Jordan a acompanhara. Era como se seguisse uma deusa caminhando. O rapaz ficava imaginando que tipo de homem conquistara uma mulher como aquela. Diego Jimenez com certeza era alguém a ser notado. Pensar em um homem com tamanho potencial o fazia se lembrar de Sebastian, pai de Sky, que presenteara a filha com um Porsche.Em um mundo de homens brilhantes como aqueles, ele se considerava com sorte por ter conquistado o coração da encantadora Serenity Sinclair. E mesmo assim, ali estava, cometendo o erro de estar junto de outra mulher.Sua única defesa era que Lúcia era simplesmente irresistível.E certamente isso não seria aceito como apelação em uma corte.Lúcia tinha um rebolado impossível de não acompanhar. E os lindos cabelos negros lhe desciam em ondas pelas costas até chegar perto da cintura. Era uma mulher de tantos encanto
Sky seguia junto da nerd pela longa avenida. Dos dois lados, diversos bares e lanchonetes estavam abertos com seus letreiros coloridos em led iluminando o trajeto. Isadora dirigia o Renegade enquanto Sky ficara no banco do passageiro durante aquele passeio. Não era comum que a escritora permitisse outra pessoa dirigindo o SUV, mas a mulata conhecia a cidade como a palma da mão.—É uma cidade bonita – dissera a ruiva – Tantas luzes inspiram baladas.A nerd sorrira. Seu humor havia mudado desde o momento em que as duas tinha deixado a casa. Isadora agora parecia mais relaxada que antes.—É uma fachada… – comentara com o olhar atento à avenida – À noite, as sombras são disfarçadas para atrair os turistas. A verdade pode ser vista durante o dia, é uma cidade escura e sombria. Eu diria que é um efeito colateral de toda a poluiç&ati