Hank tirou o resto das roupas. Completamente nu, caminhou até o banheiro e empurrou a porta. Viu que Thea se trancara.— Ela está bastante alerta ainda. — disse, cruelmente. Batendo na porta, gritou: — Thea, abra! — No banheiro, Thea continuava jogando água no rosto e no cabelo. Suas roupas encharcaram com a água que escorria. No entanto, as drogas eram poderosas e a água já não anulava o efeito. Sentiu-se cada vez mais quente e febril, como se fosse desmaiar a qualquer momento. Além disso, sentia um formigamento intenso nos membros. Agachou-se no chão e pegou o celular de volta. Puxou as roupas e coçou a pele. Do lado de fora da porta, a voz de Hank soou, perturbando seus pensamentos.— Vamos, Thea, abra! Você quer, não é? Vou fazer você se sentir melhor, se você abrir a porta! — Thea ainda estava acordada, mas sentia que não resistiria por mais tempo. Continuou se esforçando, pensando em James. Seu marido viria e a salvaria, tinha certeza disso. Mordeu o próprio lábio furiosame
Hank arrastou Thea para fora, jogando-a no sofá. As roupas da moça estavam em frangalhos e ela não conseguiria ficar consciente por mais tempo. Para Hank, que se inclinou por cima da jovem, a diversão apenas começava. —Vamos, mocinha. Quer começar a implorar para que eu não faça isso? —Thea mordeu o lábio. Mesmo morrendo de medo, recusou-se a dizer qualquer coisa. Não daria esse prazer ao estuprador. De repente, alguém chutou a porta do escritório. Não houve tentativa, a maçaneta simplesmente estourou e a porta pesada desabou no chão. Um homem com veias saltadas no rosto, entrou furioso, na sala.— Q-quem é você?! — Hank se levantou, assustado, quando a porta se abriu. Sua reação foi tão rápida que estava de pé antes que a pesada tábua tocasse no chão. Teve tempo de avistar um homem robusto andando em sua direção. A temperatura da sala caiu, como se a mergulhassem no gelo. Involuntariamente, ele estremeceu. James chegou bem perto.— Quem é você?! — repetiu, desesperado.Jame
James ouviu as sirenes ficando mais altas. Sabia que a polícia chegaria logo. No entanto, não queria que todos soubessem sobre as coisas que aconteceram. Thea era apenas uma jovem e já sofrera abusos demais. O general não queria que a polícia se envolvesse, porque a notícia se espalharia e o caos estouraria na cidade. Embora a moça estivesse bem, uma notícia correndo geraria rumores. Ela não merecia mais ser o centro das fofocas. James não queria que o assunto lhe causasse mais problemas, por isso ligou para o Rei Alegre.Após a ligação, levou de volta Thea, desacordada, até o escritório e se sentou no sofá com sua amada em seu colo. Achou que seria mais discreto aguardar lá, agora que curiosos se amontoavam em frente ao prédio. Enquanto isso, vários de seguranças continuavam seguindo seus passos, sem saber o que fazer. Seus rostos estavam cobertos de suor e eles empunhavam cassetetes e pistolas, mas tinham medo de entrar na sala. O corpo sem vida de Hank estava caído em uma poça de s
O subordinado do Rei Alegre correu para cumprir a ordem.Depois, ele ordenou a outro: — Pegue as imagens das câmeras de vigilância da Ella. Conforte as famílias daqueles que James machucou e dê a eles tudo o que precisam, seja tratamento ou compensação. Detenha os seguranças que viram James hoje e faça todos assinarem acordos de confidencialidade. Tudo que testemunharam deve ser levado para seus túmulos. Caso contrário, vou garantir que a culpa caia sobre eles. Ah, e mande a mídia anunciar que foi um exercício conjunto entre forças militares e a polícia. — O Rei Alegre fez arranjos rápidos para cuidar do assunto. Quanto ao falecido, Hank, era membro da família Wilson, uma dos Quatro Grandes de Cansington. Para esconder a morte, o general mandou que informassem à família que Hank estava em um programa especial de proteção a testemunhas, porque esteve em um evento potencialmente perigoso para sua vida. Na verdade, cremariam o corpo, em segredo.James chegou em casa no carro prepara
James voltou a si depois de alguns segundos.— Você estava inconsciente, quando cheguei. Imediatamente chamei a polícia. Checaram as câmeras e o gerente foi preso, na hora. — James se preocupou com a possibilidade de traumatizar a Thea, então simplificou a história o máximo que pôde, para confortá-la. A moça ficou muito aliviada com o esclarecimento. Pensava em como uma desgraça teria acontecido se ela não percebesse que estava estranha e ligasse para o marido.— Vamos sair do quarto? Você precisa comer! — James pediu a Thea.Ela assentiu com a cabeça. James terminara de preparar a refeição enquanto a moça dormia. Os parentes dela chegaram naquele instante. Gladys e Benjamin foram ao supermercado, enquanto David e Alyssa visitavam alguns conhecidos. Chegaram juntos por coincidência, e entraram em casa comentando sobre o exercício conjunto entre militares e polícias que virou notícia mais cedo.— A cena deve ter sido grandiosa. Ouvi dizer que tinha dezenas de carros militares, no
Agora, simplesmente queria ficar ao lado de Thea e desfrutar de uma vida tranquila.— Minha sogra, acredito que possamos atrasar um pouco os planos sobre a clínica. David não mencionou que queria comprar um carro? Então, talvez devêssemos comprar o carro para ele, primeiro. Além disso, se eu quiser abrir uma clínica, o pouco que economizei ao longo dos anos ajudará a ter um bom início. — Um sorriso surgiu no rosto de David, que concordou imediatamente:— Mãe, James está certo. Vamos comprar um carro novo primeiro! Um bom carro melhorará muito a imagem e o conforto da família. Não podemos continuar andando naquela porcaria velha. —Os insultos que David se acostumara a gritar contra seu cunhado sumiram em um piscar de olhos.James assentiu. — Sim, não vou precisar do dinheiro. A propósito, Thea parece estar muito interessada em design de moda. Por que não abrimos uma empresa de roupas em vez de uma clínica? A cidade comercial estará em busca de contratos com lojas. Posso alugar
Lex tirou um quinto das ações da família e ofereceu à família de Benjamin. Também ordenou que Howard desistisse de seu cargo de diretor executivo e nomeasse a sobrinha, Thea. Tudo para que a família de Benjamin o perdoasse.Se não conseguisse o perdão de Thea e seus familiares, Howard perderia tudo. Portanto, o homem preparou presentes e apareceu na casa de Thea novamente. Desta vez, achou melhor que poucas pessoas o acompanhassem, então levou apenas sua família direta. Ou seja, Howard, Jolie, Tommy e Megan chegaram à casa, todos carregando presentes.Howard bateu gentilmente à porta. Podiam escutar a família de Thea conversando durante o jantar. Era um pouco tarde para visitar, na verdade.— David, vá. — Gladys ordenou.— Está bem. — David suspirou, largou os talheres e foi abrir a porta. Vendo que era a família de Howard, imediatamente os recebeu com um sorriso. — Tio, o que o traz aqui? Por favor, entre. —David ainda estava triste porque a mãe se recusou a aceitar o pedido
— Minha sogra, eu te imploro! Não precisa insistir em uma briga boba com a família! Estão aqui para ajudar! — Alyssa implorou.A preocupação da cunhada de Thea era por achar que sua vida mudaria do dia para a noite com aquelas ações. Howard, contrariado, recordou: — Gladys, vamos esquecer o passado, sim? Papai está sendo muito generoso. Vinte por cento das ações é mais do que qualquer um da família possui, tirando ele. —A repetição não era necessária. Gladys já estava tentada, então o valor das ações já não era o problema. Vinte por cento das ações era muito dinheiro. Quando o velho falecesse, Benjamin seria o maior dos sócios.‘Não consigo imaginar Benjamin conquistando alguma coisa assim, sozinho. Nunca seria capaz de ganhar tanto dinheiro, mesmo que trabalhasse a vida inteira.’No entanto, ela se cansou de chorar escondida, no banheiro de casa, por causa do tratamento que recebia na mansão dos Callahan. Só de lembrar disso, corria o risco de chorar ali, em frente a todos. L