Ponto de Vista de GuilhermeAs celas estavam sendo guardadas por guerreiros da Matilha Luar Vermelho, e os guerreiros da Pedra Preta pareciam um pouco surpresos com essa mudança de eventos, mas seguiram minhas ordens da mesma forma. Eu voltei sob o manto da escuridão, ansioso para não ser pego por Matilde, Rafaela ou até Gabriel. Ele estava mantendo um olho atento nos movimentos meus e de Diogo desde que assumimos a vigilância das celas. — Beta. — Um dos meus homens acena com a cabeça para mim quando entro no prédio das celas nas primeiras horas da manhã. — Algum movimento? — Nada desde a noite, está quieto desde então, chefe. — Quero os veículos prontos na parte de trás. Os corpos devem ser levados embora, não podem permanecer ou ficar perto das terras da Pedra Preta. — Ordeno. — Entendido, Beta. — O segundo guarda guerreiro confirma o reconhecimento das minhas instruções claras enquanto ele abre a porta da cela por onde saímos ontem à tarde. Meu estômago era de aço,
— Mantenha-se fora das estradas principais e das cidades. Fique no campo... — Entendi, sem câmeras. Qual é o prazo realista só para eu usar o dinheiro de forma adequada... Ele estava falando como um Alfa, seria ele filho de um Alfa? Ainda havia algo mais sobre ele que eu não conseguia identificar. — Uma semana para a data, a reunião será no próximo mês. Eu o manterei informado. — Entendido. E é só coleta de informações? Você não precisa que eu me envolva demais? — Não, esses são Alfas de Matilhas bem respeitadas... você não vai poder atacá-los como fez com os renegados aqui... — Você vai se surpreender. Mas tudo bem, entendi. Coleta de dados. — Ele foi muito despreocupado em relação ao que eu esperava dele. — Podemos confiar em você? Talvez essa tenha sido uma má escolha, ele tinha algum tipo de aura própria que estava escondendo de mim. — Sim, acredite ou não, eu posso ser discreto. — Ele olha ao redor da sala e dá de ombros para sua própria bagunça. — Tudo bem, vo
Ponto de Vista de Matilde— Eu não entendo, Diogo. Você não pode simplesmente deixar os renegados irem embora. Eles precisam ser reeducados... dar-lhes uma chance de se defender. Ou, se mostrarem arrependimento, que possam se juntar a esta ou a outra Matilha.— Matilde, essas pessoas mataram nossos companheiros. Eles teriam matado nossas crianças. Eles não podem ficar aqui. Já foram... eu resolvi isso.— Mas resolveu o quê, Diogo...— Eles foram embora, você não precisa saber de mais nada.— Você quer dizer que os matou? Droga, Diogo, não é assim que fazemos as coisas por aqui. — Eu estava tendo dificuldade em manter a calma nesse momento.— Bem, é assim que eu faço as coisas, querida, e não vou colocar a sua vida ou a de nossas crianças em perigo.Eu sabia exatamente o que ele tinha feito. Ele acha que sou uma idiota, ingênua. Ele acha que eu não teria tomado medidas semelhantes, se necessário? Mas você precisa ao menos dar às pessoas uma chance de tentar mudar.Gabriel se conectou
Rebeca aproveitou-se deles e os usou. Eu queria mostrar a eles que nem todo mundo era como a Rebeca, que ainda existem pessoas que se importam. Eu estava ocupada respondendo a e-mails quando o telefone da minha sala toca.— Alô? — atendo, esperando que seja um dos meus fornecedores habituais com uma atualização de entrega. — Alfa Matilde, como vai? É o Otávio. — Otávio, como você está... como está a Maria? — A Matilha Lua Crescente era uma forte aliada da minha Aliança. Tendo deixado a Aliança Luar Vermelho para se juntar à minha, algo que tenho certeza de que Diogo ainda estava secretamente chateado. Mais com eles do que comigo. Eu tinha descoberto pelo Alfa aposentado Luís que Maria estava grávida, mas isso já faz um tempo. Ela já deve estar com a barriga aparecendo agora. — Ela está bem, obrigado... Desculpe, Matilde, mas o Diogo está aí? — Ele está, mas foi o meu número que você ligou. — Ele disse que esse era o número mais seguro, que está protegido? — Ah, está
Ponto de Vista de Diogo Não demorou muito para prepararmos uma equipe para descer sobre a reunião secreta da Matilha Lua Sangrenta. O Alfa Pedro vai se arrepender do dia em que tentou cruzar comigo e com minha companheira. O plano é nos posicionarmos perto das fronteiras da Matilha e realizarmos a vigilância antes de entrar no território. Quero fotografar e documentar cada pessoa que participar dessa reunião, porque assim que chegarmos, eles vão tentar correr, com o rabo entre as pernas.— Você já entrou em contato com o renegado que deixamos ir? — Tenho cuidado de fazer a conexão mental com Guilherme, que está sentado atrás de mim no carro. Um carro com minha esposa e o Beta dela também. — Sim, Alfa, já pedi para ele vir. Ofereci fazer uma identidade falsa pra ele, mas ele respondeu por mensagem dizendo que não precisava, que não seria um problema. — Ele é um metido de m*rda, não é? — Respondo pela conexão mental. Metido sim... pequeno não. Havia algo nele que deixava meu lob
— Alfa? — Guilherme me chama enquanto usa a câmera de vigilância na Matilha. — Sim? — Vou até ele, dando um beijo na cabeça de Matilde, enquanto ela continua discutindo algo com Danilo. — Olha… — Guilherme aponta para a Matilha, seu dedo me mostrando o lugar exato onde devo focar.Vejo instantaneamente o que ele está vigiando… Camila. A filha da p*ta do Pedro, que era amiga da Rebeca. Ela está ao celular no pátio, fora da casa do Alfa, falando de maneira bastante animada com alguém ao telefone. Ela parece irritada, olhando para a casa do Alfa antes de olhar de volta para o carro dela. Droga, preciso que ela fique aqui. Não vou esperar ela voltar para lançar o ataque. Frustrantemente, ela termina a ligação antes de entrar no carro e sair dirigindo como uma maluca para fora dos terrenos centrais da Matilha. Estou falando de poeira na estrada voando para todo lado, e até as crianças da Matilha tiveram que pular para fora do caminho, já que ela não parecia querer esperar o cam
Ponto de Vista de MatildeAssim que Diogo lança o ataque, ele pisa no acelerador do carro e o traz de volta à vida. Ele acelera na curva da estrada, tentando aproveitar ao máximo a distração que Guilherme criou. E parece que funcionou. Quando chegamos aos portões principais, há apenas dois guardas de patrulha que não conseguem resistir à aura régia de Diogo e sucumbem à sua ordem de abrir os portões. O Alfa deles pode ser um traidor, mas eles ainda fazem parte da Aliança de Diogo… ainda seguem as ordens dele. Nosso carro é seguido de perto pelos meus guerreiros em seus próprios veículos, enquanto os guerreiros da Luar Vermelho avançam a pé. Nossa chegada não passa despercebida pelos membros da Matilha. Assim que estacionamos o carro do lado de fora do salão onde suspeitamos que a reunião esteja ocorrendo, eles pegam seus filhos e correm de volta para suas casas. Como se esperassem que uma briga fosse começar. Eu não estava esperando violência, mas é bom estar preparada, de
Lá se foi sua saída rápida. — Diogo, você precisa prendê-lo e fazer ele enfrentar um julgamento... — Exijo através do nosso vínculo de companheiros, Diogo precisa mostrar que seu governo é justo e correto. — Ele é escorregadio, Matilde, não posso mantê-lo vivo por tanto tempo. — Ele pode falar... — Não... confie em mim, ele não vai. — O Alfa Pedro aqui tem ajudado meu pai no sequestro não só da minha companheira, mas também dos nossos filhos. — Diogo grita para o grupo, e um forte suspiro audível ecoa na sala. — O Alfa Pedro tem trabalhado com o Alfa Fábio para não só tomar a Matilha Luar Vermelho e a Aliança... mas também para tomar minha companheira à força e depois dominar a Aliança Pedra Preta também.Um rosnado ecoa pelo salão, os alfas não estão satisfeitos com isso... claramente, eles foram deixados no escuro quanto ao verdadeiro plano. Não seriam duas Alianças, seria uma ditadura.— Se vocês são casados, como isso é diferente? — Um alfa se levanta perto da frente