Ponto de Vista de Matilde— Danilo, não é minha primeira gravidez. — Matilde, você quase se afogou. Você ainda tinha muita água nos pulmões. Só estou garantindo que o bebê está saudável. — E eu aprecio isso, de verdade. Mas você disse que o ultrassom e os exames voltaram normais e que sentiu que o batimento cardíaco estava forte. Prometo que, se eu sentir qualquer mudança, você será o primeiro a saber. Estou acordada no hospital há dois dias, e só ficar sentada e descansando estava me deixando louca. Eu tinha coisas a fazer, vingança para organizar. Eu também estava desesperada para ver meus filhos mais velhos e contar-lhes a boa notícia. Porque era uma boa notícia, mesmo durante um período triste em que perdemos guerreiros e famílias estavam sofrendo. Ainda era importante reconhecer os momentos felizes, além de lamentar as perdas. Rafaela estava ajudando Diogo em casa, aparentemente, e eu estava grata. Ele realmente acreditou em Ana quando ela disse que eu geralmente a dei
Estávamos sentados à mesa da cozinha, só nós quatro. Beatrice havia levado Rafael para casa agora que eu estava em casa para ajudar Gabriel com a bebê Laura.Parecia o momento certo para contar a notícia. Eu sabia que era cedo, mas queria que eles estivessem envolvidos desde o início, para que nos sentíssemos como a família unida que estávamos nos tornando. — Mamãe e eu temos algumas novidades… — Diogo anuncia animado. — Ah? — Ana murmura enquanto morde seu terceiro bolo de milho… honestamente, para onde vai tudo isso? — Sim… tiramos uma nova foto esta manhã. — Eu puxo minha cópia da imagem do ultrassom do meu bolso e coloco sobre a mesa. — Vamos ter um bebê. — Sorrio para os dois, nervosa sobre como eles reagiriam. — Um bebê? — Ana grita, cuspindo migalhas para todo lado. Algumas me acertam no olho. — Ana… — Eu a repreendo enquanto limpo meu olho. — Desculpa, mamãe. É menino ou menina? — Ainda não sabemos. — Onde vamos morar? Aqui ou na Matilha Luar Vermelho? — Rica
Ponto de Vista de Guilherme— O que você está fazendo? — Diogo entra na casa do Alfa da Pedra Preta depois de ter se despedido de Pedro. Ele estava voltando para a Matilha Fúria Noturna hoje, e iríamos nos comunicar regularmente para atualizações. Era muito melhor que Pedro voltasse para sua Matilha e tirasse uma pausa de tudo. As últimas semanas tinham sido um inferno para ele... assim como para todos nós. — Estou cobrindo a saída de ar na parede... — Eu provavelmente parecia um idiota, agachado no chão no pequeno armário de casacos perto da porta da frente. — Por quê? — Porque seu filho está usando isso para ouvir reuniões secretas. Acho que muito antes de Matilde ter vindo até nós para descobrir o paradeiro de Ricardo... — Peguei ele só esta manhã tentando ouvir, o pequeno espertinho. — Matilde sabe disso? — Não, eu esperava fazer isso enquanto ela estivesse dormindo. — O pestinha... — Diogo suspira, apertando o nariz com os dedos. Mas ele parecia mais impressionado
Ponto de Vista de Guilherme— Oito! — Ele responde enquanto entramos em uma cela grande, com oito renegados homens encostados na parede do fundo. Todos tremiam enquanto Diogo liberava sua aura na sala, exceto por um. Diogo percebe, assim como eu. — Vou tornar isso muito simples... — Diogo rosna para os homens na sala, seus olhos instantaneamente assumindo o azul marinho escuro do seu lobo, a sala ficando pequena sob sua presença. Até minha própria garganta trava. — ...Eu preciso que alguém se infiltre, para obter informações de uma reunião secreta com várias Matilhas. Vou precisar que essa pessoa retorne para mim com certas informações. Se não voltarem, eu os matarei. Se falharem em reunir as informações, eu os matarei. Se me traírem não comparecendo... — Você vai matá-los. — O renegado que não estava tão afetado pela aura de Diogo interrompe, com um olhar divertido no rosto. — Você está se voluntariando? — Eu respondo com um rosnado por interromper meu Rei Alfa. — Depend
Ponto de Vista de GuilhermeAs celas estavam sendo guardadas por guerreiros da Matilha Luar Vermelho, e os guerreiros da Pedra Preta pareciam um pouco surpresos com essa mudança de eventos, mas seguiram minhas ordens da mesma forma. Eu voltei sob o manto da escuridão, ansioso para não ser pego por Matilde, Rafaela ou até Gabriel. Ele estava mantendo um olho atento nos movimentos meus e de Diogo desde que assumimos a vigilância das celas. — Beta. — Um dos meus homens acena com a cabeça para mim quando entro no prédio das celas nas primeiras horas da manhã. — Algum movimento? — Nada desde a noite, está quieto desde então, chefe. — Quero os veículos prontos na parte de trás. Os corpos devem ser levados embora, não podem permanecer ou ficar perto das terras da Pedra Preta. — Ordeno. — Entendido, Beta. — O segundo guarda guerreiro confirma o reconhecimento das minhas instruções claras enquanto ele abre a porta da cela por onde saímos ontem à tarde. Meu estômago era de aço,
— Mantenha-se fora das estradas principais e das cidades. Fique no campo... — Entendi, sem câmeras. Qual é o prazo realista só para eu usar o dinheiro de forma adequada... Ele estava falando como um Alfa, seria ele filho de um Alfa? Ainda havia algo mais sobre ele que eu não conseguia identificar. — Uma semana para a data, a reunião será no próximo mês. Eu o manterei informado. — Entendido. E é só coleta de informações? Você não precisa que eu me envolva demais? — Não, esses são Alfas de Matilhas bem respeitadas... você não vai poder atacá-los como fez com os renegados aqui... — Você vai se surpreender. Mas tudo bem, entendi. Coleta de dados. — Ele foi muito despreocupado em relação ao que eu esperava dele. — Podemos confiar em você? Talvez essa tenha sido uma má escolha, ele tinha algum tipo de aura própria que estava escondendo de mim. — Sim, acredite ou não, eu posso ser discreto. — Ele olha ao redor da sala e dá de ombros para sua própria bagunça. — Tudo bem, vo
Ponto de Vista de Matilde— Eu não entendo, Diogo. Você não pode simplesmente deixar os renegados irem embora. Eles precisam ser reeducados... dar-lhes uma chance de se defender. Ou, se mostrarem arrependimento, que possam se juntar a esta ou a outra Matilha.— Matilde, essas pessoas mataram nossos companheiros. Eles teriam matado nossas crianças. Eles não podem ficar aqui. Já foram... eu resolvi isso.— Mas resolveu o quê, Diogo...— Eles foram embora, você não precisa saber de mais nada.— Você quer dizer que os matou? Droga, Diogo, não é assim que fazemos as coisas por aqui. — Eu estava tendo dificuldade em manter a calma nesse momento.— Bem, é assim que eu faço as coisas, querida, e não vou colocar a sua vida ou a de nossas crianças em perigo.Eu sabia exatamente o que ele tinha feito. Ele acha que sou uma idiota, ingênua. Ele acha que eu não teria tomado medidas semelhantes, se necessário? Mas você precisa ao menos dar às pessoas uma chance de tentar mudar.Gabriel se conectou
Rebeca aproveitou-se deles e os usou. Eu queria mostrar a eles que nem todo mundo era como a Rebeca, que ainda existem pessoas que se importam. Eu estava ocupada respondendo a e-mails quando o telefone da minha sala toca.— Alô? — atendo, esperando que seja um dos meus fornecedores habituais com uma atualização de entrega. — Alfa Matilde, como vai? É o Otávio. — Otávio, como você está... como está a Maria? — A Matilha Lua Crescente era uma forte aliada da minha Aliança. Tendo deixado a Aliança Luar Vermelho para se juntar à minha, algo que tenho certeza de que Diogo ainda estava secretamente chateado. Mais com eles do que comigo. Eu tinha descoberto pelo Alfa aposentado Luís que Maria estava grávida, mas isso já faz um tempo. Ela já deve estar com a barriga aparecendo agora. — Ela está bem, obrigado... Desculpe, Matilde, mas o Diogo está aí? — Ele está, mas foi o meu número que você ligou. — Ele disse que esse era o número mais seguro, que está protegido? — Ah, está