— Pedro... Diogo... não temos tempo para isso. Resolvem essa briga depois, ou descarreguem sua raiva em Felipe e Rebeca. Tenho certeza de que eles já estão planejando algo. — Matilde nos repreende.Ignoro Pedro, suas ações só me deixaram mais irritado, e eu me sentia como uma bomba prestes a explodir. Eu podia sentir meu olho começando a se curar, o corte desaparecendo e minha visão ficando mais nítida novamente. Desgraçado!Não demorou muito para concordarmos com uma estratégia. Meus homens na Matilha Luar Vermelho ficariam e permaneceriam em alerta máximo, fechando a Matilha o máximo possível. Mas todos sabíamos que Rebeca esperava que Matilde estivesse na Matilha Pedra Preta. É para lá que precisávamos enviar a maioria dos homens, mas não todos.Eu não tinha intenção de deixar Matilde ir comigo para Pedra Preta. Não poderia colocar sua vida em risco assim, sabendo que Rebeca a faria o grande prêmio.— Diogo, acho que você deveria fazer as pazes com Vitória... — A voz conciliadora
Ponto de Vista de MatildeRespire fundo e solte o ar.Eu estava dividida, dividida entre ficar com meu companheiro e os membros da minha Matilha na batalha, e permanecer com meus filhos.Eles precisavam de mim, Diogo estava certo, ele poderia liderar nossos guerreiros até a vitória. Como Alfa, eu sentiria a culpa, sentiria qualquer morte através do vínculo da Matilha, mas eu precisava estar aqui pelas crianças. Um de nós tinha que estar aqui pelas crianças, e ele estava certo, essa pessoa tinha que ser eu.Diogo estava vestido para a guerra, e aquelas malditas espadas estavam de volta à minha casa. Elas eram como um gatilho para mim, toda vez que eu via um brilho de prata… memórias surgiam na minha mente. Memórias que eu não queria que se repetissem esta noite, de todas as noites.Diogo era o melhor guerreiro, o melhor lutador, mas eu não podia deixar de me preocupar com ele. Ele e as crianças agora eram tudo para mim, e eu não podia perdê-lo.Ele estava conversando com Guilherme sobr
— Meus guerreiros estão à sua disposição. Vou manter minha conexão da Matilha aberta... por favor, tenha cuidado. Não seja tolo, não a deixe te provocar. Apenas faça o que precisa ser feito. — Tentei manter minha voz firme. Ele seria capaz de sentir minhas emoções através do vínculo de companheiros. Eu estava lutando para levantar meu bloqueio.— Matilde, querida, você está agindo como se eu não tivesse treinado para isso minha vida inteira. Eu não vou deixá-la vencer, já a deixei escapar do inferno antes. Agora, eu serei o próprio inferno dela. Pedro e seus guerreiros vão vigiar a casa do lago, tente não se preocupar.Ele se vira para ver os guerreiros prontos para partir, esperando seu comando. O pânico começa a me atingir com força, e ele percebe.— Eu te amo, prometo que vou voltar. — Ele promete através da conexão mental, sua testa repousando contra a minha.— Eu também te amo. — Respondo antes de seus lábios colidirem com os meus, fogos de artifício explodindo enquanto sua l
Ponto de Vista de PedroEstava quieto… quieto demais.Os arredores da casa pareciam ter olhos. Era assustador, como se as árvores e o lago tivessem olhos próprios.Vivi finalmente desceu as escadas. Rafaela a tinha convencido a descer, e eu sabia que só porque Diogo havia partido que ela sequer considerou sair do quarto. Não que ela estivesse se comunicando comigo ou com Matilde.Ela estava encolhida em uma posição protetora no sofá, observando Ricardo, Ana, Matilde e Rafaela jogarem cartas.Meus guerreiros estavam lá fora, vasculhando a área em busca de qualquer movimento suspeito. Eu podia vê-los pelas grandes janelas de vidro da casa do lago. Os olhos dos lobos deles só aumentavam a sensação assombrada da linha de árvores ao redor.— Alfa, a batalha começou. Os renegados chegaram. — Marcos empurra a informação pela conexão mental. Eu o havia posicionado para observar a batalha de uma distância segura, onde ele poderia me atualizar pela conexão mental.Se as coisas desandassem, n
…Encontro meus guerreiros posicionados perto de uma pequena cabana na floresta. A Casa do Lago ficava em uma localização remota, raramente visitada por humanos devido à má visibilidade na estrada principal. Acho que muitos nem sabem que ela existe.Ao inspecionar mais de perto a cabana, parecia ser usada como um lugar para armazenar lenha, mantendo-a seca da chuva.Por que alguém estaria aqui se não estivesse associado à batalha acontecendo nas terras da Pedra Preta?Uma sensação de inquietação começa a tomar conta de mim, algo não estava certo. O pavor profundo, surgindo do fundo do meu estômago, estava deixando meus sentidos em alerta máximo.— Alfa. — A voz de um guerreiro sussurra para mim através da conexão mental. Prática comum entre nós: se eu ordeno silêncio, meus guerreiros permanecem em silêncio... até mesmo pela conexão da Matilha.Caminho para a parte de trás da cabana, onde pegadas enlameadas cobrem o chão ao nosso redor. Isso é mais do que o cheiro de duas pessoas...
Ponto de Vista de Diogo— Danilo, às suas seis horas! — Eu grito para Danilo, lançando para ele uma espada no ar que ele consegue pegar e, em seguida, corta o pescoço de um renegado. A essa altura, já não precisaríamos de armas de reserva, as coisas estavam quase resolvidas aqui.Eles não tinham líder, ninguém para motivá-los ou incentivá-los a continuar. Eram como porcos sendo levados para o abate. Alguns já se rendiam, ajoelhados no chão lamacento, com as mãos erguidas. Guilherme e Gabriel cuidavam de prendê-los, sem dar brecha para surpresas. Quem estava no chão, ficava no chão.Danilo permaneceu ao meu lado durante toda a luta. Não se afastou nem por um segundo. Eu ainda não tinha decidido se deveria achar sua proximidade algo doce – claramente Matilde tinha ordenado que ele me mantivesse informado e ficasse por perto – ou se deveria me sentir insultado por ele pensar que eu pudesse me machucar. Se minhas mãos não estivessem ocupadas com renegados, eu já o teria matado por isso
Minha mente se torna um completo caos, lutando para focar na batalha. Eu preciso ir até ela... agora.— O Beta Guilherme está no comando. — Grito para meus guerreiros, minhas pernas já correndo na direção da Casa do Lago, sem esperar por uma resposta. Droga!— Guerreiros da Matilha Pedra Preta, comigo, sua Alfa está em apuros. — Ordeno, falando da minha Alfa, minha Luna.Danilo também não espera, ele está correndo atrás de mim, minha velocidade de Rei Alfa me impulsionando mais à frente. Gabriel estava liderando os guerreiros da Matilha Pedra Preta logo atrás de nós.Eu não deveria tê-los deixado, não é à toa que ela não estava nas malditas terras da Matilha Pedra Preta. Ela deve ter sabido que Matilde ficaria para trás. Ficaria com os gêmeos.Meu lobo uiva na minha mente, me empurrando mais rápido... seu próprio medo pelos nossos filhos à frente dos pensamentos.— Ela nos enganou. — Rosno, ao começar a ver fumaça à distância.Eu chego à Casa do Lago primeiro, meu coração afundando
Oi pessoal,Eu só queria aparecer aqui para pedir a ajuda de vocês.Estou em dúvida sobre o Pedro ter ou não o próprio livro.Eu adoraria fazer justiça a ele, mas nunca quero tomar o apoio de vocês como garantido. Então, se vocês gostariam de ver Pedro e Vitória com uma história mais longa só deles, coloquem A na caixa de comentários abaixo. Seria um livro de continuação antes de eu seguir para as histórias de Ana e Ricardo.Se vocês estiverem felizes com a história continuando como está e eu incorporar a história de Pedro e Vitória neste livro, mas a história deles será mais curta, então coloquem B.Obrigada por todo o carinho que vocês têm demonstrado por este livro, e por todas as mensagens que recebo também. ❤️