— Obrigado por mantê-la segura. — Diogo acena para Rafael, que acena de volta em resposta.Eu sinto alívio por Ana estar segura. Ela corre para os meus braços e, mesmo com o impacto me fazendo sentir dor, não ligo. Esse abraço significa tudo para mim. Puxo Ricardo para o abraço também, apertando-os os dois com mais força do que deveria.— Mamãe? — Ana pergunta, com uma expressão preocupada.Tento tranquilizá-la com meu melhor sorriso, reservado apenas para ela.— Estou bem, querida. Só parece pior do que realmente é.Ela se vira para Diogo e levanta os braços, pedindo para ser carregada. Ele se abaixa e a pega com cuidado, segurando-a firme em seu peito.Enquanto eles sobem as escadas, ouço a voz doce de Ana perguntar:— Você voltou para ajudar a mamãe?— Voltei. Vim o mais rápido que pude. — Responde Diogo, com um leve riso.Ricardo toca meu braço e, pela primeira vez, olho para ele de verdade. Sinto uma náusea pesada se formar no estômago, queimando lentamente na garganta. Tento reun
Ponto de Vista de MatildeEu não sabia exatamente que horas eram, mas enquanto caminhava de volta para a casa do Alfa, os pássaros já estavam preparando seu coro matinal. A lua quase tinha perdido seu poder para o sol nascente, a batalha diária que ela venceria novamente ao anoitecer. Eu tinha passado a noite visitando as famílias daqueles que morreram no ataque dos renegados. Era meu dever, como Alfa, prestar condolências e me oferecer para organizar os funerais. Algumas famílias não conseguiam lidar com a perda de seus entes queridos e precisavam de apoio, de qualquer forma ou jeito. Eu achava difícil, mas sabia que era ainda mais difícil para aqueles que estavam passando por essa dor. Eu precisava ser forte por eles.Danilo e Rafaela ficaram no hospital, fazendo o que podiam pelos feridos. Eu planejava visitá-los em algumas horas para ver como estavam, mas, no momento, tudo que eu vestia era a camiseta que Diogo usava durante o ataque. Depois que ele carregou Ana para fora, eu lamb
Meus olhos ficam pesados e minha loba se sente tranquila estando tão perto de Diogo. Começo a ceder ao chamado do sono quando sinto formigamentos no meu braço pelo toque dele, seguido por umidade. Eu podia sentir as pontas da língua dele lambendo minha pele, oferecendo sua saliva de Alfa para ajudar a curar meu ferimento.Logo depois, ouvi vozes distantes, mas familiares. Eu tentei acordar, mas meu corpo estava tão exausto que me puxava de volta para o sono. …— Há quanto tempo ela está dormindo? — A voz masculina que ouço parece preocupada, mas a dor que sinto em meu corpo me impede de responder. — Uma hora... — Outra voz responde, sem pressa. — Ela deveria ter ido ao hospital, droga! — Era Danilo, claro. Ele parecia irritado, mas preocupado. Minha mente tentava me acordar mais, mas meus músculos estavam queimando, clamando por mais descanso. — Vou ter que grampear isso, não vai curar sem. — Sinto um puxão no braço, mas meu corpo está tão fraco que a dor passa despercebida. C
Oi a todos, Muito obrigada pelo apoio contínuo a este livro. Eu só queria aparecer aqui e deixar algumas notas. 1. Este livro está ao vivo e será atualizado todos os dias. Se você quiser ler livros completos, vá até o meu perfil e confira a série *Santos Matilha Lycan*, onde 2 livros estão prontos e completos. 2. Eu sou inglesa, então algumas palavras estarão escritas de forma diferente do inglês americano. Eu também tento ao máximo evitar gírias inglesas/dizeres ingleses, mas isso só adiciona detalhes aos personagens. 😁 3. Por favor, comentem se encontrarem algum erro gramatical. Eu faço o meu melhor para revisar, mas às vezes é necessário um novo par de olhos para encontrar um pequeno erro. 4. Lembrem-se de seguir minhas redes sociais, pois assim que o número de seguidores aumentar, começarei a fazer perguntas e respostas e competições. 6. Muito obrigada pelos likes e pelas gems, isso significa muito para mim. Se você quer que o livro receba o reconhecimento do GN, por
Ponto de Vista de DaniloMeus sentimentos por Rafaela aumentavam a cada dia. A forma como ela conseguia acalmar as mães em trabalho de parto me surpreendia completamente. Ainda mais impressionante era a maneira como ela se conectava com os parceiros, construindo aquela confiança para que eles entendessem que, quando eu verificava a posição do bebê da sua fêmea, era apenas por ser médico e não por qualquer outro motivo.Lobos machos ficavam estranhos durante o parto, com a adrenalina e os hormônios deles querendo proteger a parceira e o filhote. Já fui atacado várias vezes, mas meu status de Beta sempre resolvia a situação.Eu sabia que ela estava segura durante a batalha, desde que os renegados não chegassem ao hospital. Depois da explosão, ao ver a casa em chamas, soube que eles queriam causar destruição em massa. Foi aí que senti a necessidade de chegar até ela, de mantê-la segura. Precisava conseguir estabelecer a conexão mental com ela. O laço de companheiro me puxava para perto d
Matilde me olhou, com a expressão atenta, e perguntou:— Como está Rafaela?Respirei fundo antes de responder.— Ela está bem... Na verdade, é por isso que estou aqui. Eu queria conversar com você sobre nós.— Nós? Como em você e eu? — Ela se endireitou na cadeira, um gesto sutil, mas que Diogo notou imediatamente.— Não, o outro "nós"... Rafaela e eu. Tenho pensado nisso há algum tempo, mas a noite passada foi o alerta que eu precisava. Eu vou marcar Rafaela.Sentir-me um pouco desconfortável falando sobre algo tão pessoal na frente de Diogo e Guilherme era inevitável. Mas a realidade era que eles estariam presentes em nosso futuro de agora em diante. Então, era melhor começar a me acostumar.Diogo, com os dedos tamborilando um no outro, se recostou na cadeira e comentou, quebrando o silêncio que havia se formado:— Ela é membro da Matilha Lua Crescente.— Sim, você terá que marcá-la nas terras da Lua Crescente. Eu vou precisar entrar em contato com o Alfa Luís, e tenho certeza de
Ponto de Vista de Ricardo— Você ainda não começou. — Ana geme ao meu lado, enquanto quase tinha terminado de colorir, mas eu não conseguia me concentrar. Eu não queria colorir, parecia inútil.— Está tudo bem, Ricardo? — A Sra. Azevedo pergunta, olhando por cima do livro dela.— Sim, acho que vou para o meu quarto por um tempo. — Na verdade, eu queria ficar sozinho.— Tudo bem, eu te chamo quando o jantar estiver pronto. — Ela sorri antes de guardar meu desenho para outra hora.Subo as escadas devagar, mas então vejo o Alfa Pedro abrir a porta do escritório da mamãe. Lá dentro, mamãe estava sentada, conversando com tio Danilo, Diogo e Guilherme. Assim que a porta se fecha, giro no lugar e volto silenciosamente pelas escadas. Mamãe acha que o escritório dela é à prova de som, e é... exceto pela saída de ar que é ligada ao pequeno armário de casacos.Ninguém entra nesse armário, é só para guardar casacos e guarda-chuvas. Eu me escondi ali uma vez, depois de acertar a janela do carro d
Eu respiro fundo antes de falar, com o coração acelerado.— Você se lembra que um tempo atrás você me perguntou sobre seu pai?— Papai? — Ana interrompe, olhando para Danilo, que a cumprimenta com um sorriso de apoio.— Bem, o Danilo é seu tio, não é? Mas tudo bem continuar chamando ele de papai, se é isso que você quer fazer. Mas você se lembra de eu ter te dito que um dia você conheceria seu pai, que ele tinha coisas a fazer... que ele era importante.— Sim! — Ricardo responde cautelosamente, seus olhos lendo meus lábios para garantir que ele não perca uma palavra.Eu faço uma pausa por um segundo. Respiro fundo, respiro devagar.— Bem, o Alfa Diogo é, na verdade, o seu pai.Finalmente deixo escapar o maior segredo que escondi deles por toda a vida. Olhando para Ana, percebo que ela realmente não entendeu, mas ela sorri para ele como se isso não a incomodasse. Talvez, em seu coração, ela esteja apenas feliz por ter dois papais em sua vida. Ricardo, por outro lado, parecia estar com