Ponto de Vista de DaniloMeus sentimentos por Rafaela aumentavam a cada dia. A forma como ela conseguia acalmar as mães em trabalho de parto me surpreendia completamente. Ainda mais impressionante era a maneira como ela se conectava com os parceiros, construindo aquela confiança para que eles entendessem que, quando eu verificava a posição do bebê da sua fêmea, era apenas por ser médico e não por qualquer outro motivo.Lobos machos ficavam estranhos durante o parto, com a adrenalina e os hormônios deles querendo proteger a parceira e o filhote. Já fui atacado várias vezes, mas meu status de Beta sempre resolvia a situação.Eu sabia que ela estava segura durante a batalha, desde que os renegados não chegassem ao hospital. Depois da explosão, ao ver a casa em chamas, soube que eles queriam causar destruição em massa. Foi aí que senti a necessidade de chegar até ela, de mantê-la segura. Precisava conseguir estabelecer a conexão mental com ela. O laço de companheiro me puxava para perto d
Matilde me olhou, com a expressão atenta, e perguntou:— Como está Rafaela?Respirei fundo antes de responder.— Ela está bem... Na verdade, é por isso que estou aqui. Eu queria conversar com você sobre nós.— Nós? Como em você e eu? — Ela se endireitou na cadeira, um gesto sutil, mas que Diogo notou imediatamente.— Não, o outro "nós"... Rafaela e eu. Tenho pensado nisso há algum tempo, mas a noite passada foi o alerta que eu precisava. Eu vou marcar Rafaela.Sentir-me um pouco desconfortável falando sobre algo tão pessoal na frente de Diogo e Guilherme era inevitável. Mas a realidade era que eles estariam presentes em nosso futuro de agora em diante. Então, era melhor começar a me acostumar.Diogo, com os dedos tamborilando um no outro, se recostou na cadeira e comentou, quebrando o silêncio que havia se formado:— Ela é membro da Matilha Lua Crescente.— Sim, você terá que marcá-la nas terras da Lua Crescente. Eu vou precisar entrar em contato com o Alfa Luís, e tenho certeza de
Ponto de Vista de Ricardo— Você ainda não começou. — Ana geme ao meu lado, enquanto quase tinha terminado de colorir, mas eu não conseguia me concentrar. Eu não queria colorir, parecia inútil.— Está tudo bem, Ricardo? — A Sra. Azevedo pergunta, olhando por cima do livro dela.— Sim, acho que vou para o meu quarto por um tempo. — Na verdade, eu queria ficar sozinho.— Tudo bem, eu te chamo quando o jantar estiver pronto. — Ela sorri antes de guardar meu desenho para outra hora.Subo as escadas devagar, mas então vejo o Alfa Pedro abrir a porta do escritório da mamãe. Lá dentro, mamãe estava sentada, conversando com tio Danilo, Diogo e Guilherme. Assim que a porta se fecha, giro no lugar e volto silenciosamente pelas escadas. Mamãe acha que o escritório dela é à prova de som, e é... exceto pela saída de ar que é ligada ao pequeno armário de casacos.Ninguém entra nesse armário, é só para guardar casacos e guarda-chuvas. Eu me escondi ali uma vez, depois de acertar a janela do carro d
Eu respiro fundo antes de falar, com o coração acelerado.— Você se lembra que um tempo atrás você me perguntou sobre seu pai?— Papai? — Ana interrompe, olhando para Danilo, que a cumprimenta com um sorriso de apoio.— Bem, o Danilo é seu tio, não é? Mas tudo bem continuar chamando ele de papai, se é isso que você quer fazer. Mas você se lembra de eu ter te dito que um dia você conheceria seu pai, que ele tinha coisas a fazer... que ele era importante.— Sim! — Ricardo responde cautelosamente, seus olhos lendo meus lábios para garantir que ele não perca uma palavra.Eu faço uma pausa por um segundo. Respiro fundo, respiro devagar.— Bem, o Alfa Diogo é, na verdade, o seu pai.Finalmente deixo escapar o maior segredo que escondi deles por toda a vida. Olhando para Ana, percebo que ela realmente não entendeu, mas ela sorri para ele como se isso não a incomodasse. Talvez, em seu coração, ela esteja apenas feliz por ter dois papais em sua vida. Ricardo, por outro lado, parecia estar com
Ponto de Vista de MatildeEu já havia lavado o sangue horas atrás, mas ainda sentia que precisava de outro banho antes de dormir. Talvez fosse algo psicológico. As crianças já estavam dormindo há uma hora. Ricardo fez questão de dizer que Ana poderia dormir no quarto dele esta noite. Não tenho certeza se era para o bem dela ou dele, mas, sem dúvida, eles estariam discutindo como irmãos típicos amanhã.Conversei com Maria mais cedo. Ela estava horrorizada com nosso ataque de renegados e se ofereceu para enviar guerreiros e equipe médica para nos ajudar. No entanto, eu a assegurei de que já tínhamos superado o pior e que seria uma viagem desperdiçada. Finalmente, estava apenas descansando... a noite anterior havia sido uma confusão, e tudo o que eu queria era a minha cama. Mas, ao mesmo tempo, não queria estar nela sozinha.Eu podia ouvir os quatro rindo enquanto caminhavam no pátio da casa Alfa. Eles haviam saído para assegurar as fronteiras, algo que eu insisti em fazer sozinha, mas,
Para onde estava indo aquele beijo? Era tão apaixonado, cheio de tanto desejo que acho que teria o acolhido me tomando contra essa mesa. A sensação era avassaladora, como se cada parte do meu corpo estivesse em chamas, e o desejo dele me envolvia como uma corrente impossível de resistir. Ele finalmente rompeu o beijo, ofegante, e me encarou.— Eu poderia muito facilmente perder o controle com você, Matilde. Acho que deveríamos deixar nossos lobos passarem um tempo juntos... deixá-los construir um laço. Eu nunca fiz isso antes, nunca deixei meu lobo conhecer o seu quando você era minha Luna. As fronteiras estão sendo vigiadas por três Matilhas diferentes esta noite, não há lugar mais seguro. Vamos nos transformar juntos?Eu hesitei por um momento, sabendo que queria aquilo, mas ainda me preocupava com as crianças.— Eu não quero ficar longe das crianças por muito tempo...Ele segurou meu rosto com suavidade, o calor de sua palma aquecendo minha pele.— Não vamos, Eu vou conectar Guilhe
Ponto de Vista de DiogoRevirei os olhos para o sorriso presunçoso de Guilherme. Era fácil entender por que ele, Danilo e Pedro se davam tão bem... os três, eu jurava, tinham um grupo secreto para me irritar o máximo possível. Meu lobo, agora que havia esfregado seu cheiro por toda a Matilde, estava se sentindo ainda mais possessivo, ainda mais protetor. Era o melhor que eu podia fazer por ele no momento. Ele rosnava para mim constantemente, querendo que eu a marcasse, mas ele teria que esperar. Isso não era só sobre mim e Matilde; envolvia as crianças e até mesmo Danilo.Ainda era o estranho na família deles, assim como Rafaela. Um movimento errado e eu sabia que eles se afastariam de mim, e Danilo tomaria as rédeas, talvez até rejeitando Rafaela. Eu não estava dizendo que ele não queria marcá-la, mas eu acreditava que o amor dele por Matilde e pelas crianças, a família que eles haviam criado, era mais forte do que ele gostaria de admitir. Quando ele finalmente marcasse Rafaela, o v
Eu sei que essa não é a nossa primeira vez, mas há algo diferente no jeito que ela me chama, o jeito que ela precisa de mim.— Eu sei... Não é a nossa primeira vez, Diogo... Eu só preciso de você. — Ela coloca a mão na parte de trás da minha cabeça, puxando-me para um beijo.Com essas palavras, sinto meu desejo crescendo, tomando conta de mim. A vontade de estar profundamente enterrado nela é tudo o que consigo pensar. Eu a giro e a empurro contra os azulejos frios do banheiro, meu desejo guiando cada movimento meu. Ela ofega quando suas costas nuas colidem com os azulejos. Minhas mãos exploram o corpo dela, sentindo sua pele quente. Seus lábios estão carregados do mesmo desejo enquanto ela luta por controle.— Desculpa, querida, hoje não. — Murmuro contra a pele dela.Minha boca e minha língua saboreiam cada centímetro de sua boca, pescoço e clavícula, enquanto minhas mãos descem e encontram o calor entre suas pernas.— Diogo... — Ela geme meu nome, e nunca ouvi algo tão sexy quan