Diogo tinha acabado de entrar no quarto. Pedro estava perto da cama, e meu lobo não gostou nada da proximidade dele com Matilde enquanto ela estava vulnerável. Tive que enfrentá-lo.— Diogo, eu tenho o direito de saber de quem estou cuidando…— Você não está, seus médicos estão. Não me venha com essa m*rda, Pedro. — Me aproximei, minha voz saindo mais agressiva do que eu pretendia.— Que m*rda? Você está em território da minha Matilha. Eu poderia ter matado vocês dois no momento em que saíram daquele armazém.— Então por que não fez? — Eu sabia que ele era arrogante, mas achava mesmo que teria uma chance contra mim?— Ela, eu gosto. Ela é muito atraente... muito atraente para ser casada com você. Você, eu ainda estou debatendo.— Como se você tivesse uma chance! — Cruzei os braços, irritado com sua petulância.— Por tudo o que sei, isso pode ser uma tentativa elaborada de obter informações sobre minha Matilha... Estou sendo muito confiável aqui.Ele estava certo em ter dúvidas, mas eu
Ponto de Vista de Matilde— Sente-se! — Ele libera toda a sua aura sobre mim, enquanto arrepios envolvem minha mão, a mão que a dele estava segurando. Eu não era mais a esposa que foi escolhida para obedecer às suas regras, eu era uma Alfa por direito próprio e era equivalente. Para mim, o contrato estava anulado. Libertei minha própria aura, deixando claro que não seria comandada. Esses eram meus filhos, e somente meus filhos. Não dele.— Não me force, Diogo. — Eu disse, aumentando a intensidade da minha aura sobre ele. Eu podia ver nos olhos dele, no brilho de seu lobo se manifestando, que ele sentia.— Do jeito que vejo, se eu não tivesse te seguido, você estaria morta. Então sente essa porra e seja grata.Minha raiva subiu de tal forma que eu mal conseguia formar as palavras.— Ser grata a você? Toda essa confusão é por sua causa. Se você não tivesse invadido... Se você não tivesse... Estávamos bem até você voltar para minha vida.Eu não entendia por que ele me afetava tanto. Com
Oh, isso é muito gentil, mas tenho alguns assuntos importantes para resolver, que não podem esperar. Talvez em outra ocasião, quando eu tiver mais tempo para te dar... – Respondi, tentando ser cortês, mesmo com a pressa que eu sentia.— O prazer seria meu. — Ele disse, piscando para mim e exibindo seus dentes brancos e perfeitos.…..Eu tentei não me deixar levar pelo charme dele, mas Diogo continuava a me irritar. Ele se recusava a devolver as chaves do meu carro, como se tivesse algum direito sobre elas. Alfa Pedro havia ordenado que alguns de seus homens recuperassem meu carro e o trouxessem de volta para as terras da Matilha, mas agora que as chaves estavam em minha posse, Diogo simplesmente se recusava a me deixar dirigir.— Você não vai dirigir sozinha. — Ele rosnou, sem me dar espaço para argumentar.— Matilde, você levou uma pancada feia na cabeça... — Ele tentou justificar sua insistência, mas eu já estava curada.— E eu já me curei. Agora me devolve minhas chaves... — Eu rosn
Eu tinha certeza de que ela já teria conseguido entrar no quarto dele a essa altura.— Papai, Papai… Mamãe voltou! — Ana grita da sala de estar, onde estava sendo vigiada por Azevedo e alguns guerreiros. Eu estava sentado no escritório de Diogo com Guilherme e Gabriel, enquanto tentávamos encontrar qualquer informação que pudesse ser um sinal do paradeiro de Ricardo.Encontramos algum movimento incomum relatado por um Alfa que tinha terras perto de uma pedreira no oeste. Eu queria discutir isso com Diogo, pois o Alfa estava sob sua aliança, não a de Matilde.— Graças à Deusa! — Suspirei aliviado. Ela tinha ficado fora mais tempo do que eu esperava. Além disso, a distância dela era grande demais para que nossa conexão mental funcionasse.Guilherme e Gabriel me seguiram para fora do escritório e em direção à porta da frente, onde o retorno deles já estava causando comoção.— Você dirigiu como um idiota! — Ouvi Matilde gritar com Diogo enquanto ela bate a porta ao sair do carro.O que dia
Ponto de Vista de DaniloEntrei na casa do Alfa logo atrás de Rebeca, que, como sempre, estava em seus saltos altos. Ela parecia determinada, seguindo Diogo como se estivesse em uma missão. Matilde se aproximou de Ana, colocando um beijo suave em sua bochecha.— Bolachas? Hhmm, tenho certeza que Bianca ajudaria com isso — Disse Matilde, enquanto começava a conduzir Ana para dentro da casa.— Claro que ajudo, querida. — Respondeu Bianca com um piscar de olhos, pegando Ana de Matilde e se dirigindo para a cozinha, com Azevedo logo atrás.Assim que entramos, ouvi Rebeca bater a porta do escritório com força, sibilando algo inaudível para Diogo. Pelo rosnado dele, percebi que não gostou nada da atitude dela. Olhei para Matilde e vi que ela franziu levemente a testa.— Guilherme, aqui agora! — Diogo rugiu através da porta do escritório fechada, e seu Beta rapidamente atendeu ao comando rude.— O que aconteceu? — Sussurrei para Matilde enquanto Gabriel e eu a seguíamos para a sala de estar p
Eu ainda estava processando tudo o que tinha acontecido quando Guilherme se virou para mim, depois de ver Rebeca sair do meu escritório.— O que aconteceu? — Perguntou ele, com uma expressão preocupada."Um desastre," pensei, sentindo a raiva subir à tona novamente. Respirei fundo, tentando organizar meus pensamentos antes de responder.— Um desastre, Guilherme! — Exclamei, a frustração clara na minha voz. — Cheguei ao ponto de encontro e a encontrei semi-inconsciente e sangrando muito da cabeça, com marcas de mãos no pescoço por ter sido presa ao chão pelo agressor...Eu me lembrei do estado em que a encontrei, e um rosnado saiu do meu peito. Guilherme me olhou com atenção, percebendo o quanto aquilo me afetou.— Ela está brava comigo por ter assustado o agressor, por ter perdido a informação, mas ele não estava lá para dar detalhes. Ele foi claramente enviado para assustá-la, para forçá-la a romper sua Aliança.Passei os dedos pelo meu cabelo, tentando aliviar a tensão. Guilherme fra
Ponto de Vista de Matilde— Tudo bem. — Assenti para Gabriel.Eu esperava que ele e Guilherme trabalhassem como uma equipe. Empurrei minha aura sobre Guilherme. Se eu não estivesse tão desesperada para ter Ricardo de volta, não deixaria Gabriel ir para um possível perigo. A companheira dele estava grávida e não precisava de mais estresse através do vínculo deles. Além do perigo de quem estava com Ricardo, minha mente se preocupava que Guilherme pudesse se voltar contra Gabriel.— Vou preparar alguns kits de primeiros socorros caso vocês dois encontrem problemas. — Danilo se ofereceu.— Sério? — Diogo debochou de Danilo, sem acreditar em quão bom ele realmente era.— Com sua permissão para entrar no centro médico? — Danilo perguntou, empurrando os óculos no nariz e encarando Diogo.— Guilherme pode te acompanhar! — Diogo respondeu.Eles saíram, e Danilo olhou nervosamente para mim antes de deixar o escritório. Eu precisava voltar para a minha Matilha. Suspirei, virando-me para olhar meu
“Fique calma, ele não está machucando ele... ele tem o direito de conhecer o próprio filho.” Minha loba afirma calmamente, tentando me impedir de começar uma nova discussão. Entro na cozinha com um sorriso divertido no rosto.— O que é tudo isso, mocinha? — Pergunto, já sabendo a resposta.— Desculpa, mamãe, eu estava com fome. — Ela ri, colocando a mão sobre a boca.Caminho até o armário, pego um copo e abro a geladeira para pegar o sumo de laranja. Despejo um pouco no copo, fingindo que não ouço os sussurros deles. Sento-me na mesa da cozinha, de frente para os dois, e coloco o copo de sumo de laranja na frente dela. Diogo mostra um lado mais suave quando fala com Ana, um lado que eu nunca tinha visto antes.— O que vocês dois estão sussurrando? — Pergunto, curiosa sobre o que eles estavam conversando.— Eu estava contando para o Alfa Diogo sobre a vez em que Ricardo jogou uma pedra na janela do seu escritório. — Ana responde.Sorrio com a lembrança. Ricardo sempre negou que tivesse