— Da onde saiu tanto poder? — ele disse ainda rindo.— Não faço ideia, talvez foi o calor do momento — me sentei no banco alto perto da bancada.— Eu gostei — comentou ele indo até a geladeira procurar algo para a gente comer. — Não, eu não acredito nisso — pensei que tinha acontecido algo, então levantei e fui até ele ver o que tinha de errado.Sabe aquele olhar de criança que ganha seu doce favorito? Aquele com os olhos brilhantes e um sorriso de orelha a orelha? Era assim que Dylan estava. Em suas mãos tinha um grande pote de...— Sorvete! — gritou ele dando pequenos pulinhos. Tirando a tampa ele sorriu mais ainda. — Chocolate com morango — peguei duas colheres na gaveta e juntos fomos pra sala. Ignorando o incidente desagradável com Oliver, até que passar o dia com meu melhor amigo igual fazíamos antes, foi divertido, eu tinha me esquecido do quão divertida pode ser uma tarde na companhia dele. Não tive tempo para pensar, apenas assistimos, comemos, jogamos e corremos pela casa
Mas tinha um detalhe que eu não consegui deixar de notar, do outro lado da rua tem um carro preto parado com o vidro um pouco abaixado e pelo o que me lembro, esse carro está ai desde hoje cedo. Me levantei para tentar ver algo de familiar nele, mas assim que fiz isso, o vidro subiu e o carro saiu em alta velocidade.Que estranho.— Não deve ser nada, Meg. Não seja paranoica — falei para mim mesma enquanto fechava a porta da sacada. Assim que me sentei na cama, duas batidas foram dadas na porta chamando minha atenção.— Meg, está acordada? — essa é a voz da minha mãe. O que é de fato bem estranho, por que tem anos que eu não tenho uma conversar de verdade com a minha mãe.— Sim, pode entrar — já que ela está aqui, nada mais justo do que deixar ela dizer o que quer.Só espero que não seja outro dia de spa mãe e filha, não estou com nenhum pouco de vontade de tomar banho de lama.— Não te vi hoje, pensei que iria dormir na casa dos Miller’s — ela disse assim que passou pela porta. Desd
Eu sempre soube que os líderes de torcida treinam pesado, mas nunca passou pela minha cabeça que seria tão doloroso para o meu preciso corpinho dessa forma. Perdi as contas de quantas vezes fui arremessado no ar, devo ter virado meus órgãos de tanto mortal que eu dei. Era melhor ter continuado só com a academia.Me arrastando pelos corredores, fui até o meu armário, tenho certeza que guardei algumas balas na minha bolsa, preciso de açúcar para me manter acordada até o fim do dia. Enquanto estava procurando nas minhas coisas algum sinal de açúcar, Tommy saiu da sala de computação e parou no armário do lado.— Janet está te torturando muito? — perguntou.— Até que não, só o treino que é muito pesado — me dei por vencida, não tenho doce para aguçar meus sentidos.— Parabéns por ter conseguido a vaga, queria ter visto a coreografia — fechei o armário e me virei para ele.— Fiz novos desenhos, o que acha de marcar com os meninos para eu contar uma nova história hoje? — ele sorriu e concord
Assim que os primeiros raios de sol invadiram meu quarto, minha mãe abriu a porta batendo palmas para me despertar, me pergunto como pode uma noite de sono durar tão pouco?— Vamos, levante! Temos muito o que fazer - a mais velha puxou as cobertas expondo meu corpo quentinho ao frio da manhã.— Ah, não. Mais duas horas - pedi cobrindo minha cabeça com o travesseiro.— Nem pensar, você tem muita coisa para fazer hoje - puxou o travesseiro. - Sua massagista chega depois do café e depois você tem manicure - resmunguei enquanto me levantava, por que tantas coisas logo de manhã?Dei-me por vencida e fui fazer minhas higienes matinais, espero que Abby saiba esconder olheiras. Aproveitei a massagem e todos os mimos que o dinheiro pode pagar, tive um dia de princesa, mas a sensação de estar esquecendo algo me consumia. O que eu estava esquecendo?— Querida, quantos amigos seus confirmaram presença para o baile hoje? - minha mãe perguntou. Os convites, era isso que eu estava esquecendo. - Não
Quando chegamos em casa, meu pai estava bêbado e esperando a gente na sala, ele gritou dizendo que não levamos os celulares e que nossos rostos estavam em todos os sites de fofoca, "Recém-milionárias gastam fortuna com futilidades, este "escândalo" fez ele perder um contrato importante.Foi o último dia em que vi meu pai como pai, perdi qualquer respeito por ele ali, quando ele bateu nela.Ela foi entregar uma sacola que comprou em uma loja e ele a segurou pelo pescoço, disse que sabia do amante dela. Então ela chorou e confirmou as suspeitas dele.Nunca imaginei passar por isso, que teria que ligar para a polícia. Fiz anos de terapia, mas não esqueci.— Esqueça aquele dia, foque no agora, tudo bem? Se mudar de ideia, podemos fugir - acariciou minhas mãos. - Eu estou com você - senti meus olhos lacrimejarem.— Não me faça chorar, Abby me mataria - ela riu baixinho e me entregou um lenço.— Feliz aniversário! - sorriu acariciando meu cabelo. - Mas agora temos que ir.Ela foi até o clos
— Que linda a dança de vocês - uma delas falou.— Está mais graciosa a cada dia - outra elogiou.— Espero que seu vestido de noiva seja tão lindo quanto esse vestido - disse a mulher ao lado da minha mãe, que sibilou um ‘desculpa’ com os lábios.— Como andam os preparativos para o casamento? - outra perguntou tomando um gole da taça.— Dylan e eu estamos cuidando de cada detalhe com muito amor, garanto que será lindo - desconversei, hoje eu não estava afim de falar sobre o casamento.— Minha filha está em Milão desfilando, posso falar com ela para te encaixar, o que acha? A mulher mais próxima de mim perguntou.Senti Dylan segurar minha mão mesmo de costas para mim, ele estava tentando me passar conforto. Sorri com o gesto e voltei a interagir com as senhoras à minha frente.Entre taças de champanhe e conversas fúteis sobre viagens, roupas caras e falar mal dos filhos dos outros, procurei alguma forma de me livrar delas. Apertei a mão dele pedindo socorro e usando uma desculpa qualque
A luz forte do dia me despertou e eu me sentei na cama, as lembranças da festa pouco a pouco invadiam minha mente e eu imaginei o quão encrencada eu estava. As fotos! Esqueci de avisar Mike sobre o paparazzi. Levantei as pressas tropeçando ao calçar minhas pantufas, bati o pé no sofá e estava pulando feito saci quando a porta foi aberta e Abby entrou segurando uma bandeja.— Bom dia!— Abby, ontem aconteceu algo terrivel, mas maravilhoso - eu estava surtando. — Meu pai deve estar uma fera - me sentei no sofá ainda massageando meu pé.— Ele está furioso sim, mas não com você - enfiou um pedaço de maçã na minha boca.— E o agressor? E o Eric? - perguntei de boca cheia.— Eric? Não acredito que finalmente o conheci - me ofereceu mais um pedaço da fruta e eu comi. — Ele é um rapaz muito educado e forte, te carregou até o quarto — Eric Adams esteve no meu quarto? Ai meu Deus! — Ele contou para Mike que você estava saindo do jardim quando te viu, que viu o agressor e o impediu de te leva
Fazendo assim os alunos decidirem a melhor forma de aprender, sem pressão e mais liberdade.— Vamos a sorveteria e depois ao shoping - falei animada.— Podemos ir a pista de patins depois - Louise exclamou feliz. Caminhamos animados até nossas salas e Dylan já estava a minha espera para nossa aula juntos, ele parecia preocupado, mas quando me viu ficou menos tenso.— Soube o que aconteceu ontem, você está bem? - perguntou assim que me sentei do seu lado.— Estou bem, foi só um susto - pendurei minha bolsa na cadeira e me virei para o moreno. — Como estão as coisas com a Jane?— Muito mau humor? - soltou um muxoxo e relaxou na cadeira, sua jaqueta jeans caida para o lado e o cabelo o mesmo caos de sempre. Uma calça jeans justa preta e uma camisa branca, com uma corrente de prata para enfeitar. — Brigamos por telefone e quando fui conversar com ela, tive que ouvir um manual de como ser o namorado perfeito - revirou os olhos. — Terminamos!— Simples assim? Terminaram? Essa garota vai fa